Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > RI 23 > "No dia15 de Fevereiro de 1942, os três amigos íntimos [,da direita para a esquerda,] Luís Henriques, António F. Delgado e José Leonardo... os três bigodinhos querem é dizer que têm bigode... invisível!... [Eram três 1ºs cabos inseparáveis, todos da mesma companhia e
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > RI 23 > "Num dos funerais que cá se realizou , ao passar nas salinas (?) em São Vicente. 1942. Luis Henriques"
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > RI 23 > Parte da festa do 1º de dezembro de 1941. Corrida de cavalos. Lazareto, São Vicente, Cabo Verde. Luis Henriques"
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > RI 23 > "Uma das partes mais brilhantes do programa da festa da restauração: a ginástica. No dia 1 de dezembro de 1941. Lazareto, São Vicente, Cabo Verde. Luis Henriques"
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > Mindelo > RI 23 > "Duas secções em diligência. No paiol, São Vicente, novembro de 1941. Luis Henriques".
Cabo Verde > Ilha de São Vicente > RI 23 > Calhau > Janeiro de 1942 > Um amigo do Fundão, no verso pode ler-se a seguinte dedicatória: "Ofereço ao meu amigo [Luis Henriques] com verdadeira amizade, esta fotografia em Cabo Verde. Seu amigo António João Abel, 1º cabo nº 267/41, RI 15"... Ao fundo, vê-se o "jardinzinho", no Calhau, a que o Luís Henriques se refere nesta entrevista abaixo...
Lourinhã, cemitério local, 22 de setembro de 2012 > A lápide de Luís Henriques, homenagem de seus filhos, netos e bisnetos.
Fotos: © Luís Graça (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os
direitos reservados
Lourinhã > 20 de março de 2010 > Luís Henriques (1920-2012), ex-1º cabo inf nº 188/41, 1º Pelotão, 3ª Companhia, 1º Batalhão, Regimento de Infantaria nº 5 (Caldas da Rainha). Esteve no Mindelo, Ilha de S. Vicente, Cabo Verde, entre Julho de 1941 e Setembro de 1943. Neste episódio, evoca alguns dos sítios da ilha por onde passou ou que conheceu: Mindelo, Lazareto, Matiota, São Pedro, Calhau, Monte Verde, Monte Cara... Na época ainda estava longe de ser mundialmente famosa a praia da Baía das Gatas... Fala também das duras condições de vida na illha, responsável por dezenas mortes entre o pessoal do RI 23...
Vídeo: 13' 02'. © Luís Graça (2012). Alojado no You Tube > Nhabijoes
Mapa da ilha de São Vicente (Cortesia de Wikipédia): A azul, assinalam-se alguns dos topónimos aqui referidos na entrevista dada por Luís Henriques, em 10 março de 2010. Morreu em 8 de abril de 2012, sem nunca ter voltado a São Vicente, ilha de que falava com muito afeto...
(...) São Vicente (em crioulo: Sanvicente ou Soncente) é a segunda ilha mais populosa de Cabo Verde, localizada no grupo do Barlavento, a noroeste do arquipélago. O canal de São Vicente separa-a da vizinha ilha de Santo Antão. O Aeroporto Internacional Cesária Évora localiza-se a sul da cidade do Mindelo, o principal centro urbano da ilha e segunda maior cidade do país, onde se concentra grande parte da população da ilha que no seu todo conta com 74.136 habitantes. Mindelo é frequentemente considerada informalmente a capital cultural de Cabo Verde
A ilha, de aspecto seco e árido, tem na pesca, no turismo e na exploração do seu movimentado porto de mar ― o Porto Grande ― as suas principais fontes de receita. São Vicente tem muitos pratos típicos, muitos deles tendo o marisco por base. Para além da célebre "cachupa", pontificam o "arroz de cabidela de marisco à Dadal" e o "guisado de percebes".
São Vicente é também conhecida pelo Festival de Música da Baía das Gatas ― realizado no primeiro fim-de-semana de lua cheia do mês de Agosto ― e por ser a terra natal da célebre cantora Cesária Évora " (...).
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Nota do editor:
Último poste da série > 21 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10284: Meu pai, meu velho, meu camarada (31): Expedicionários em Cabo Verde, mortos entre 1903 e 1946 e inumados nas ilhas de São Vicente e Sal (Lia Medina / José Martins)
5 comentários:
É curioso, até porque não sei a razão de me emocionar com este periodo da nossa História, especialmente com a expedição a Cabo Verde.
Zé Martins:
Obrigado, tens sido uma espécie de fio de Ariadne, levando à descoberta e explicação de muita coisa do que se passou em Cabo Verde, entre 1941 e 1944, com estes valentes expedicionários...
Olha, foi graças a ti que descobri, por exemplo, o RI 23!... Depois do teu poste, ao ver de novo este vídeo esquecido nos meus arquivos, e ouvir o meu falecido pai falar no RI 23, é que eu disse:
- Eureka!, bate certo com o que li no poste do Zé Martins!
... No meu caso, a emoção está associada à minha infância, a estas fotos amarelecidas (e muitas delas já com manchas de humidade...), às histórias que o meu pai contava, e que fiz repescar, "obrigando-o" a falar para a câmara, já tardiamente, no final da vida...
Tenho procurar contactar alguns dos seus antigos camaradas do RI, mas infelizmente a maior parte já desapareceu... Descobri há o ex-fur mil António Caixaria, de 94 (!) anos, que costumava levar o meu pai aos convívios do batalhão... Durante décadas, eles não falharam o convívio anual no RI 5, nas Caldasda Rainha... Depois, foram desaparecendo um a um... Ando a contactar os familiares para me emprestarem,pelo menos, as fotos ou os álbuns de Cabo Verde...
Alguns já me disseram:
- Olha, depois do meu pai morrer, fiz uma escolha das fotos, e mandei muitas para o lixo...
É pena, é um espólio (precioso) que se perde, que nos interessa para a documentação, estudo e conhecimento daquele período da nossa história... Interessa-nos a nós e aos nossos amigos caboverdianos...
Fica também aqui o meu apelo aos demais amigos e camaradas da Guiné para que se empenham na salvaguarda da "fotobiografia" dos nossos pais, nossos velhos, nossos camaradas... Muitos deles estiveram também nos Açores ... Não tenho ouvido falar desses expedicionários, que eram 5 ou 6 vezes mais do que os de Cabo Verde: cerca de 30 mil!
Caro Luís
Tenho pena, muita pena mesmo, de não ter feito a recolha das memórias do meu pai a respeito da sua passagem/estadia em Cabo Verde.
Lembro-me de ver as fotos que já enviei mas havia mais, que se perderam, pois já procurei e a minha mãe não em sabe dizer nada sobre isso. Devem-se ter perdido nas diferentes mudanças de casa.
Lembro-me vagamente das histórias que ele contava e das fomes...
Quando me facultaram o livro "Hora di Bai" percebi melhor o que me dizia.
Abraço
Hélder S.
Esta mensagem aqui colocada neste blogue, tal como muitas outras, é de uma riqueza histórica imensa. Pelo facto de ter depoimentos gravados em filme, assim como as fotografias apresentadas tem um carácter histórico muito importante.
Agradeço ao Sr José Martins por ter partilhado esta rica memória connosco.
Agradeço também ao sitio de Luís Graça e Camaradas, do qual sou seguidor diário, pela preservação da memória.
Atentamente Fernando Laureano
Dr. Luís Graça, há bocado intervim para comentar sobre o conteúdo de um post, mas tomando agora conhecimento do falecimento do seu querido pai, não posso deixar de lhe endereçar os meus sinceros pêsames. Estou convencido de que ele continuará presente nas páginas deste blogue, pois os que amamos e foram referências importantes nas nossas vidas, continuam vivos e eternos na nossa memória.
Um abraço
Adriano Miranda Lima
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