Um Amanuense em terras de Kako Baldé
(Para quem não sabe, Kako Baldé era o nome por que era conhecido, entre a tropa, o General Spínola. Kako – (caco) lente que o General metia no olho. Baldé – Nome muito comum na Guiné)
6 - Patrulhamentos no Pilão
Durante os cerca de 30 meses em que permaneci nas fileiras do Exército, em cumprimento do Serviço Militar obrigatório, muito enriqueci o meu vocabulário à custa da chamada "linguagem de caserna", particularmente na Guiné. E se em relação aos vocábulos "ordinários", pouco tinha a aprender, confesso, já no que se refere a expressões mais "pacíficas", o ganho foi substancial.
Efectivamente aprendi e usei expressões (e ainda uso algumas) que, embora sendo consideradas calão, não são pejorativas e fazem, também elas, parte integrante da história de uma época e de um contexto onde todos nós, ex-combatentes, vivemos durante algum tempo da nossa juventude. Com o fim da guerra colonial, muitas daquelas expressões caíram em desuso e, para que se preserve este valioso património, tentarei usar e abusar, nesta "Tabanca", de expressões usadas entre os militares em serviço na Guiné e que me ficaram na memória.
Dito isto, vamos aos "famosos" patrulhamentos no Pilão.
O Pilão (assim designava-mos habitualmente o Cupilom) era o maior bairro negro de Bissau e situava-se perto das instalações militares de Santa Luzia, onde estava instalado o QG/CTIG. Era composto por numerosas tabancas, sem energia eléctrica, sem água canalizada e sem rede de esgotos. Era ali que vivia a maior parte da população pobre de Bissau. Era também ali que havia "manga de fudi-fudi"(1) e onde muitos militares iam "desenferrujar o prego". À noite era perigoso andar por ali sozinho.
Recordo-me de, ainda na Metrópole e terminadas a férias que antecediam o embarque, ter-me deslocado a uma barbearia para um corte de cabelo curto, e o barbeiro que me atendeu ter-me perguntado se ia para a tropa. Tendo-lhe respondido que não, que já lá andava há quase um ano, mas que ia para a Guiné, ele logo me avisou:
- Cuidado com o Pilão, um 'gajo' entra e sai de lá com a cabeça debaixo do braço!.
Fiquei esclarecido.
Efectivamente, vim a constatar depois que, à noite no Pilão, havia constantes conflitos por variadíssimas razões, entre as quais o "fudi-fudi". Era também habitual o rebentamento de granadas naquela bairro e constava até que por lá havia muita gente simpatizante do PAIGC e que alguns guerrilheiros ali vinham passar os fins de semana, recolhendo informações.
Os patrulhamentos estavam a cargo do pessoal da CCS do QG/CTIG e eram efectuados em três turnos; 20h-24h, 24h-04h, 04h-08h e eram controlados por um Capitão do COMBIS (Comando de Defesa de Bissau).
E é neste contexto que este vosso camarada "operacional do ar condicionado", apenas com alguns dias de Guiné, é chamado a efectuar o seu primeiro patrulhamento nocturno ao Pilão. "Piriquito"(2) como era, estava decidido a seguir à risca todas as instruções que me fossem transmitidas para o efeito.
Munido de G3, telemóvel matulão (já não sei como se chamava aquilo) e um croquis mal-ajambrado, com notas escritas à máquina e envolto num plástico transparente, lá vou eu comandar uma patrulha de seis homens, transformados em guardas-nocturnos.
Vamos de Unimog e largam-nos no local indicado no croquis. Este, tinha aspecto de já ter cumprido dezassete comissões e apresentava-se com a farda toda esfarrapada. Isto é: o plástico estava a desfazer-se e o papel mal se conseguia ler. Então de noite, sem luz, era giro!
Mas eu estava determinado a fazer tudo certinho e direitinho (era mesmo muito "pira"!(2)) e esforço-me por estudar o croquis, quando um elemento da patrulha me diz que o "télélé" tinha lanterna o que me levou a concluir que, afinal, a tropa portuguesa estava bem equipada. Às apalpadelas tentei acertar com o botão respectivo, mas acabou por ser o tal elemento da patrulha a dar à luz. Logo pensei: "este deve ser Engenheiro".
Os caracteres esbatidos daquele croquis já se me apresentavam mais legíveis e tratei de perceber qual o trajecto que teria de seguir para cumprir cabalmente a missão que me havia sido confiada, quando dou com o seguinte fragmento de texto: "(...) junto a um mangueiro com uma faixa branca (...).
Porra! Esta merda está toda rota, a luz é fraca comó caraças, um gajo num bê a ponta dum chabelho e, ainda por cima, estes gajos num sabem escreber, ou estom a gozar comigo?! Como é que bou encontrar uma mangueira com uma risca branca, no meio desta escuridom?! Tá tudo doido! (Em 1973, com 4 ou 5 dias de Guiné, sabia lá eu que existiam mangueiros!)
Fartei-me de olhar para o chão à cata da tal mangueira! Resumindo: perdi-me completamente e, a páginas tantas:
- kalar, kalar, aqui celta, diga se me ouve, escuto. - kalar, kalar, aqui celta, diga se me ouve, escuto.
O "télélé" tinha acordado - era o Capitão do COMBIS! Respondo:
- celta, celta, aqui kalar, diga se me ouve, escuto - celta, celta, aqui kalar, diga se me ouve, escuto - (duas vezes - tinham-me dito que era assim).
Do outro lado respondem:
- kalar, kalar, aqui celta, diga se me ouve, escuto - kalar, kalar, aqui celta, diga se me ouve, escuto.
E eu novamente:
- celta, celta, aqui kalar, diga se me ouve, escuto - celta, celta, aqui kalar, diga se me ouve, escuto.
Aquilo até estava a ser giro, mas o tal "engenheiro" diz-me:
- Meu Furriel, tem de carregar num botão aí ao lado! (o tipo sabia mesmo daquilo!).
Carreguei no botão, mas a conversa continuava monótona como tinha começado:
- kalar, kalar para cá - celta, celta para lá - e já começava a chatear!
Então o "engenheiro" diz:
- Meu furriel, tem um botão de cada lado, tem de carregar nos dois ao mesmo tempo! - Aí convenci-me mesmo que o "bacano" era Engenheiro, e dos bons! Talvez electrotécnico.
Bom, lá consegui chegar à fala com o Capitão que me perguntou onde é que eu estava, e eu lá tive de lhe dizer que me tinha enganado no autocarro, que era a primeira vez, etc. e tal e ele lá me disse que estava junto à igreja, o que me deixou mais sossegado pois, provavelmente, estaria em meditação e dava-me algum tempo para lá chegar. Como não fazia a mínima ideia onde ficava a igreja, perguntei ao pessoal e um dos negros que compunham a patrulha lá nos encaminhou.
Chegados lá, nem Capitão, nem Padre, nem Sacristão, nem o raio que os parta! Recomeça a cantoria:
- kalar, kalar...
A sério que me apeteceu mesmo mandá-lo calar, mas lá carreguei nos dois botões (a gente está sempre a aprender) e o Capitão pergunta-me:
- Então, onde é que você anda?!
O tom de voz dele já não me estava a agradar. Respondi-lhe com alguma sobranceria:
- Estou junto à Igreja!
E ele:
- Junto à Igreja estou eu e não vejo aqui ninguém!
Eu, afinal, estava junto a uma mesquita!!!
- Ai meu Deus que desta é que eu vou parar a São Crincalho! - (Já me estava a imaginar no centro de Madina de Boé a fazer patrulhamentos com uma moca de Rio Maior na mão e uma fisga no bolso!)
Lá me explicou mais ou menos onde ficava a Igreja e, como o pessoal mostrou conhecer o caminho, para lá avançamos a todo o vapor! Lá chegados, continuei com as minhas desculpas e não notei nele grande ressentimento. Julgo que era Capitão Miliciano. Assinei o mapa de controlo e lá me embrenhei novamente na "densa mata", até ser rendido.
Tabanca do Pilão
Foto: © Arménio Estorninho
Eu era de rendição individual, estava há três ou quatro dias na Guiné e ainda não tinha tido tempo para conhecer todos os "cantos à casa". Vim mais tarde a saber como a "coisa" funcionava e, até ao fim da comissão, agi de acordo com as regras vigentes e..., "tá na mala!"(3)
Então era assim: O Capitão do COMBIS ligava para o Oficial de Prevenção - Alferes Miliciano - informando-o da hora e local onde seria efectuado o controlo. O Oficial de Prevenção avisava o Sargento de Ronda. Este seguia directamente com a patrulha para perto do local de controlo e, minutos antes da hora marcada, avançava destemido para o "objectivo". Nunca falhava!
Eu nunca dormia (forte sentido de responsabilidade), mas algum pessoal era "tiro e queda!". Uma das vezes dei comigo a guardar seis "bacanos" a ressonar! "Oh c'um carago, mas que é isto?! Tudo a "ferrar o galho" e eu aqui feito camelo, de sentinela a velar por eles?!"
- Toca a acordar pessoal, vamos dar uma volta que estou a ficar com frio! - Acordaram e lá foram, meio a resmungar.
Em Setembro de 1973, vim de férias à Metrópole e, regressado a Bissau, "tungas, bora lá alinhar" numa rondazinha ao Pilão.
Era o turno das 20h às 24h, o pior em termos de conflitos. Eu tinha regressado no dia anterior e estava atarefado a tentar descansar da azáfama das férias. Sossegadinhos no canto de uma tabanca (do lado de fora, claro), fomos sobressaltados com o rebentamento de uma granada. Ouvi, registei e esperei. Logo de seguida, rebenta outra, depois outra... Mau, vim ontem de férias e ainda me sinto em convalescença e com pouca vontade de entrar em "festas"!. Continuam a rebentar - tenho de ir, pois vai aparecer o COMBIS de certeza.
Inicio, então, a deslocação das tropas exactamente em sentido contrário ao do som dos rebentamentos (cautelas e caldos de galinha...). O pessoal alerta-me, mas eu não ouço. É para este lado e "mai nada!"
Rebenta mais outra e aqueles "camelos" insistem:
- Meu Furriel é para ali! - (militares impreparados!).
Lá tive de inverter o sentido da marcha. Aqueles "gajos" não estavam a facilitar nada.
- Calma, nada de pressas-, ordenei eu!
Entretanto rebenta uma granada incendiária que provocou um grande clarão e pude ver que já lá se encontrava alguma tropa e, aí sim, acelerei a marcha. Não façam já juízos precipitados! Acelerei a marcha, não porque me sentisse mais seguro, mas porque estavam lá camaradas meus que podiam necessitar da minha ajuda (a isto chama-se altruísmo!).
O Capitão da COMBIS manda-me fazer um cordão de segurança ao local (eu mais 6 homens, quando muito uma cordinha!), pois estava uma granada descavilhada junto à porta de entrada da casa de um 1º Sargento e era preciso fazer segurança aos homens que iriam tentar resolver o assunto. Aquela granada podia rebentar por simpatia a qualquer momento. Colocaram sacos de areia junto à entrada da casa.
Pensou-se em dar um tiro de longe à granada, mas não seria fácil acertar-lhe e, além disso, parece que havia uma determinação qualquer que não permitia tiros em Bissau.
Se algum tabanqueiro tiver informações acerca do assunto, seria interessante divulgá-las aqui na Tabanca, pois sempre me pareceu absurda a ideia, tanto mais que era frequente o rebentamento de granadas, mas realmente e apesar da quantidade de armas que por ali circulavam, nunca tive conhecimento de cenas de tiroteio em Bissau. Talvez eu andasse distraído, não sei.
Aquilo demorou uma eternidade. Toda a gente dava palpites e eu, "experimentado" como era no assunto, também dou o meu.
- E se se abrissem algumas munições e se fizesse no chão um carreiro de pólvora até à granada e se espalhasse em cima desta alguma pólvora. Depois, era só chegar fogo à pólvora no início do carreiro e proteger-mo-nos.
A sugestão foi bem recebida, mas o pior veio a seguir. Era preciso um voluntário... "Querem ver que estes "gajos" estão a pensar na minha pessoa para pôr em prática o meu plano?! Estão doidos!"
Realmente, isto de fazer planos para os outros executarem é muito lindo. Não deixavam de ter razão, mas eu tinha regressado de férias no dia anterior, carago! Era só por isso, mais nada. E não é que um "bacano" do meu "grupo de combate" se oferece como voluntário?! Este gajo é maluco! Esta merda ainda rebenta, o "gajo" vai pelos ares, e eu fico com um "molho de brócolos" nas mãos, do carago!
O "bacano" lá começa a fazer o carreiro de pólvora até à granada e eu sempre a "rezar" para que ela se aguentasse muda e queda e a pedir que o "bacano" se despachasse. Quando chega à granada e começa a despejar pólvora em cima dela, eu já tremia todo só de imaginar a "gaja" a explodir, o "bacano" a ficar feito em fricassé e eu a "sentar o cu no mocho".
Lá terminou sem problemas aquela tarefa e, então, chegou fogo à pólvora. Todos nos abrigamos a aguardar os acontecimentos. A pólvora lá foi ardendo pelo carreiro e, quando chegou à granada, dá-se um clarão e... "um autêntico flato em pantufas!". A "gaja" não rebentou, chegou o pelotão para me render, eu regressei a quartéis e no dia seguinte soube que lá tinha ido o pessoal das minas e armadilhas que tratou do assunto.
A esta distância (40 anos) estes episódios são relatados com esta ligeireza da "calma, descontração e estupidez natural", mas não deixei de apanhar alguns "cagaços", pois temos de levar em conta que o meu nome completo inclui os apelidos Valente e Magro e que, o último me assentava na perfeição, à época.
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(1) - "manga de fudi-fudi" - muito sexo
(2 - "piriquito" ou "pira" (abrev.) - expressões que designavam um militar recém chegado à Guiné e cujo camuflado, com pouco uso, nos levava a assemelhá-lo ao periquito verde da Guiné (papagaio do Senegal).
(3) - "tá na mala!" - Está feito, siga!
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Nota do editor:
Vd. último poste da série de 27 de Fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11164: Um Amanuense em terras de Kako Baldé (Abílio Magro) (6): Regresso a Bissau
8 comentários:
Lembra-me é de móqui e móqui ou móki e móki não sei como era escrito, "fudi-fudi" não mas mereço um perdão já se passaram 48 anos e nunca fui bom poliglota em "kriol, kiriol ou crioulo"
Passo a palavra para o nosso professor de crioulo Luís Borrega.
Um alfa-bravo Colaço.
Faltou-me referir um pormenor curioso:
O pessoal das patrulhas ao Pilão era transportado de Unimog e, tanto na ida como no regresso, tinha obrigatoriamente de passar pelo Palácio do Governador que era guardado pelos Comandos, e tinha de passar também pela residência do Brig, Banazol que era guardada, salvo erro, pela PM.
Isto é: O Spínola podia dormir descansado, pois se os Comandos estivessem em apuros, lá estaríamos nós para restabeler a segurança.
Por outro lado, eu ficava também mais descansado porque se os Comandos notassem demora na nossa passagem, provavelmente iriam alertar o General e este mandava os três ramos das Forças Armadas para o Pilão à nossa procura.
Abílio, sou capaz de concordar contigo. O pobre do bairro, se calhar, tinha mais fama do que proveito... Somos manifestamente exagerados e injustos, ao "diabolizar" e "estigmatizar" o Pilão..
A "má fama" já vinha de trás, do princípio dos anos 60, ao ponto de um vereador, militar, da CM de Bissau ter sugerido, em 1966, a sua destruição por "bulldozer"...
O impacto de milhares de homens, vindos da Europa, com algum poder de compra, cheios de tusa, mobilizados para a guerra aos 20 anos..., bom, fez o resto... O Pilão é uma criação da guerra, à nossa escala e á escala de Bissau... Mas nessa época (anos 60/70), quem é que andava, descontraído, sozinho, à noite, a assobiar, em Lisboa, pelas ruas do Bairro Alto ou do Intendente, à noite ? Ou no bairro da Sé, no Porto ?... E, no entanto, quem não foi o tuga, em trânsito por Bissau, que "não dormiu" (ou "não passou pelas brasas"), pelo menos uma noite, no Pilão ?
No ausência de estatísticas seguras, corremos sempre o risco de especular, e tomar a parte pelo todo... Dizer que o Pilão era um bairro de turras e putas, é manifestamente exagerado... Não é teu caso... Mas, como tu mesmo reconheces, afinal os problemas que ainda lá havia, episodicamente. no teu tempo de garboso amanuense (1973/74), eram connosco, eram com a tropa, por saias e bebedeiras... Mas acredito que tenhas conhecido muito melhor o sítio do que eu, que fui um simples turista acidental de Bissau (e do Pilão)...
Parabéns pela prosa, ligeira, divertida, com humor de caserna q.b.
Abilio, fui vasculhar o blogue. temos bastantes escritos sobre o Pilão, historietas passadas lá... Até fizemos uma sondagem, há tempos... De tempos a tempos, o tópico (ou o topónimo) vem à baila... São históras para contar aos netos, quando chegar a altura...
Vê aqui:
, 17 DE NOVEMBRO DE 2007
Guiné 63/74 - P2272: As nossas (in)confidências sobre o Cupelom, Cupilão ou Pilão (Helder Sousa / Luís Graça)
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2007/11/guin-6374-p2271-as-nossas-inconfidncias.html
(...) "O Pilão era um mito... Alguns dos nossos camaradas - sobretudo os que estavam sedeados em Bissau e Bissalanca - até tinham lá os seus amores... Que eu saiba, nunca ninguém ficou lá sem a cabeça, embora alguns de nós a tenham perdido por lá...
"Pergunto: Quem não ficou lá pelo menos uma noite, vindo do Vietname (sic), em trânsito, na véspera da partida do avião para férias ou no regresso das férias ? Ou pelo menos, ido lá noite, desenfiado em Bissau, à procura de sexo ?
"Julgo que o Pilão não era mais perigoso do que o Bairro Alto ou o Cais do Sodré, em Lisboa, naquela época... O que o tornava perigoso era o excesso de álcool da malta da tropa, da nossa tropa, que, às tantas da noite, andava a procura das verdianas ou pretas de 1ª (sic)" (...)
... De resto, o Pilão já nos deu aqui histórias deliciosas e de antologia!... Veja-se, por exempplo, esta do nosso comando Briote:
21 DE NOVEMBRO DE 2007
Guiné 63/74 - P2290: Estórias de Bissau (14) : O Pilão, a menina, o Jesus e os pesos que tinha esquecido (Virgínio Briote)
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2007/11/guin-6374-p2290-estrias-de-bissau-14-o.html
Caro Abílio
Penso que com mais este teu relato conseguiste que um bom número daqueles que pensavam que em Bissau era só 'boa vida', 'ar condicionado' e outras mordomias, tenha mudado de opinião....
Tu, sendo um "amanuense, porra!", tiveste a sorte de contactares com vários aspectos não menos 'strssantes' (embora de outra ordem, é certo) e penso que isso foi um previlégio que te valorizou. Pelo menos para nos contares hoje 'como foi'.
Abraço
Hélder S.
Cáro amigo Abilio, sempre que mandas aqui umas coisas acerca da tua guerra na guiné, presto sempre muita atenção, eu de imediato vou ler porque sei que tens sempre histórias intereçantes que me fazem rir,com que então o gajo era engenheiro pois encinou-te a trabalhar com o rakal e o capitão não te conseguia ouvir,ele até pensaria que era gozo,ou brincadeira,também tenho imensas histórias,como deves imaginar,dava para fazer um remance de muitas páginas.um abração para ti,espero que estejas bém de saude.
Do Pilão já falei.Mas posso garantir
que nunca lá dormi ou passei pelas
brazas...Quando lá fui, dediquei-me
a outras actividades...
Abraço.
Alfero Cabral
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