sexta-feira, 17 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11583: Foi cancelado o Seminário: "A Polícia Militar e o Direito Penal Militar no Estado de Excepção e de Guerra", por Sua Ex.ª o MDN [, Ministro da Defesa Nacional,] o considerar inoportuno (Coutinho e Lima / José Costa)

1. Mensagem do dia 15 de Maio de 2013 do nosso camarada Alexandre Coutinho e Lima, Coronel na situação de Reforma (ex-Cap Art.ª, CMDT da CART 494, Gadamael, 1963/65; Adjunto da Repartição de Operações do COM-CHEFE das FA da Guiné, 1968/70 e ex-Major Art.ª, CMDT do COP 5, Guileje, 1972/73):

Lamento informar que o Seminário sobre os 40 anos da Retirada de Guileje, que estava previsto para ser realizado na Academia Militar (Amadora), no dia 22 MAI 2013, fica sem efeito.

Fui informado pelo Director da PJM que cancelou o referido Seminário, porque o Ministro da Defesa Nacional não considera oportuno tal evento.
Nestas condições, solicito que seja publicado no nosso blogue a informação da não realização deste acontecimento.

Como é evidente, não tenho nenhuma responsabilidade do que aconteceu; de qualquer maneira, as minhas desculpas, porque fui eu que pedi a divulgação, no pressuposto que tudo estava a ser tratado convenientemente.

Um abraço
Coutinho e Lima


2. No dia 16 de Maio, recebemos a seguinte mensagem do SAj José Carlos Teixeira da Costa (PJM - Tesouraria):

Em virtude de não ter sido considerado oportuno, por parte de SUA EXA. O MDN, a realização do Seminário da PJM planeado para o próximo dia 22 de maio, informa-se que fica sem efeito o mesmo.

Luís Augusto Vieira
Cor AM “Cmd”
Director-Geral
____________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 12 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11558: Agenda cultural (270): Seminário: A Polícia Militar e o Direito Penal Militar no Estado de Excepção e de Guerra, dia 22 de Maio de 2013, pelas 09H00, na Academia Militar - Amadora (Coutinho e Lima / José Costa)

12 comentários:

Anónimo disse...

Já estão com medo!!!

Abraços

JPicado

Luís Graça disse...

A título pessoal, defendo que os ex-combatentes da Guiné não podem ficar calados perante uma decisão aparentemente arbitrária e prepotente do poder político, que tutela, através do Ministro da Defesa Nacional, a Academia Militar e Direcção da Polícia de Justiça Militar.

Para já conviria esclarecer quem cancelou o evento: o diretor da PJM ou o diretor geral da Academia Militar.. e com que fundamentos...

É caso para perguntar: afinal, quem tem medo de Guidaje, Guileje, Gadamael ?... Bolas, foi há 40 anos, no século passado... Com uma diferença: alguns de nós estavam lá, e ainda estão vivos, e têm memória...

As gerações mais novas só têm a ganhar com o estudo e o conhecimento do passado, em relação aos nossos sucessos e insucessos, nos mais diversos campos, da economia à política, da diplomacia à guerra... No plano militar, importa fazer "estudos de caso" (e debatê-los) em relação às nossas batalhas ganhas e perdidas ao longo da nossa história milenar: Guidaje mas também Alcácer Quibir,
Aljubarrota mas também Guileje, Gadamael mas também La Lyz...

Repare-se que o seminário "A Polícia Militar e o Direito Penal Militar no Estado de Excepção e de Guerra" era uma iniciativa institucional, da Direção da Polícia Judiciária Militar... e aberta ao público, em geral...

É uma decisão lamentável...

Luís Graça disse...

Esta históiria (triste) faz-me lembrar outra:

Quando eu estive no CISMI (em Tavira, no último trimestre de 1968),a fazer a especialidade de armas pesadas, rercordo de ter feito, juntamente
com outros instruendos, uma exposição sobre a... II GUerra Mundial.

Estava o material já exposto (na parede ou placards, já não me lembro), quando o comandante, do alto da sua pesporrência, mandou retirar imediatamente, sob pena de uma porrada, todo o material exposto!...

Justificação esfarrapada, transmitida através do comandante da companhia:
- Já basta de guerras!... Guerra por guerra temos a nossa, a do Ultramar!

Anónimo disse...

Ainda há liberrrrrdddaaaaade de expreeeeeeesãoooo,diz sua EX.A o Sr. Ministro da ROUBALHEIRA, perdão das Finanças.
Por enquanto,por enquanto...digo eu.

O que isto significa é no mínimo um atentado à liberdade de expressão e de opinião e revelador de que estão a ficar "cagados".
Lanço aqui um repto,porque é que este evento não é realizado fora de instalações militares,queria ver se o SEXA ministro da INDEFESA iria proibir.
Tenho idade para ter juízo mas estou a ficar com uns "farnicogotes" que até parece que estou a voltar aos tempos de adolescência e não posso porque ando com a merda da tensão alta.

Ex.mo Sr.Comandante da Brigada de Intervenção Rápida venho por este meio expor o seguinte......

C.Martins

Unknown disse...

Pois... o 25A foi há 40 anos.
Mas o andor ainda não acabou de descer a escadaria da igreja, nem as velas que o alumiam se apagaram.

Abraços para todos e cada um.

Carlos Filipe
CCS-BCaç3872 Galomaro/71

Mário Alberto Vasconcelos disse...

Locais há muitos...

Mude-se o local e fique o tema pois o estudo do caso deve ser feito para bem de todos: os intervenientes e os mandantes.

Gostei da tua frase Carlos Filipe, muito actual.
Um abraço a todos.

antunes disse...

Talves por ainda existirem os que lá estiveram e saberem mais que do que os governantes gostariam, que foi proibido o seminário, parece que estão com medo como no antes 25 de Abril, em que todas as reuniões eram proibidas, não vá aperecer um grupo de jovem a solicitar a demissão (neste caso) do Ministro da Defesa Nacional. Inoportuno porquê???????

Anónimo disse...

Caro Luis Graça,
Lamentávelmente, as nossas pseudo-elites", tem um invejável "pedigree",...1385, 1580...,nos traem, não assumem, e depois querem colher..
Forte abraço
Vasco Pires
PS: Se o meu poste, for contrário a alguma regra do Blog, fica à vontade para eliminá-lo.

Manuel Reis disse...

Caros amigos:

Isto é o sinal dos tempos que vivemos!

Manuel Reis

Anónimo disse...

São sinais dos tempos, isto revela que a história por vezes se repete.
Estou convencido de que se não não estivesse-mos na UE este e outros "cavalheiros" já tinham tido o tratamento que merecem.
Existem outros locais e em último recurso a praça pública e por aqui me fico.

Anónimo disse...

Caro Manuel Augusto,

Infelizmente esses tempos em que vivemos,vem de há muito; as nossas retrógradas pseudeu-elites sempre nos "venderam", ávidas pelas migalhas que sobram das mesas dos Poderosos de aquém e de além-mar, ou de aquém e além Pirineus.

O Sr. Rafael Bordalho Pinheiro, já no século XIX, sem palavras, com um gesto singelo, mostrou a nossa "gratidão" a esses "líderes" que quase sempre nos conduzem ao "pântano"!!!

forte abraço
Vasco Pires

Anónimo disse...

Olá Camaradas
Fico com a ideia de que o tema não era a retirada de Guileje. Sobre ela tudo terá sido dito e não há nada a comemorar. Comemoram-se as vitórias e os êxitos. Os sacrifícios e as vicissitudes, podem ser e deve ser recordados. (por favor não celebrem o começo da I Guerra Mundial). Já constituímos um processo que, por existirem ainda tantos participantes vivos, creio que está à disposição dos vindouros com grande exactidão. Fico com a ideia de que o tema era a actuação da justiça militar (no passado?) na actualidade(?) e, em relação ao passado, poderia vir "à colação" a actuação deplorável da justiça militar ocorrida em diversas situações. E isso é que a hierarquia teve dificuldade em aceitar.
Nestas circunstâncias só a mudança para outra sede poderá responder à acção do ministro.
Um Ab.
António J. P. Costa