Data: 10 de março de 2016 às 16:01
Assunto: Inquérito
Olá, Luis e Carlos,
Tenho respondido a quase todos, se não mesmo a todos, os inquéritos que têm aparecido no blogue, mas confesso que a este, embora ainda não o tenha visto na página, a não ser o seu enunciado, porque nada me aparece para poder votar, gostava de sugerir uma pequena alteração: é que nunca apanhei nenhuma de caixão à cova pelo simples facto de não poder, caso isso acontecesse via-me a braços com uma porrada que podia levar-me a ainda lá estar a cumprir serviço.
Nós funcionávamos por turnos e individualmente e em caso de não comparecermos era complicado fazer uma substituição imediata, não havia reforços que previssem essas situações e também nem sempre tínhamos hierarquia de vigilância. No meu caso, enquanto estive em Bissau, ainda pior por, sempre que estive de serviço, ser o chefe do turno, sem qualquer autoridade e sem nada poder fazer a não ser informar depois superiormente se isso acontecesse.
Não me recordo de alguma vez ter acontecido. Qualquer bebida a mais tinha que ser curada antes ou marcada a presença mesmo que agoniado, com vómitos e mal disposto, isso sim, acontecia, a qualidade do serviço não sei, não posso avaliá-la.
Sugeria por isso que houvesse diferentes graus na pergunta, pois alegre confesso que muitas vezes estive, mesmo muitas, de caixão à cova só depois de estar cá, já descansado e com outras responsabilidades.
Não vejam aqui qualquer coisa que não esteja escrita, não havia meninos de coro nem éramos diferentes nem melhor que ninguém, acontece é que num grupo ou num pelotão pode faltar um elemento, mas onde um é a totalidade não pode faltar ninguém.
Penso que já em tempos escrevi onde referia que, durante um período de convalescença de um camarada e amigo, bebíamos diariamente uma garrafa de gin, cada dia pagava um, daí resultar um dos estados de alegre em que me encontrei diversas vezes, mas não bêbado. Ou será que estava e não sabia e por isso não me lembro de muitas coisas hoje em dia?
Espero ter contribuído para poder melhorar o inquérito.
Um abraço,
BS
2. Comentário do editor:
A sugestão é bem vinda e faz todo o sentido. Simplesmente o inquérito já está no ar e o prazo de resposta acaba na 3ª feira, dia 15, às 18h00. Desde o momento que a malta começa a votar, já não é possível corrigir a pergunta ou as hipóteses de resposta, a não ser "remover" o questionário e fazer um de novo, sem possibilidade de recuperação das respostas já dadas...
E depois o inquérito só pode ter uma pergunta... E a pergunta tem que ser fechada (sim, não, talvez, não sei...). Não é nada flexível, mas o objetivo não é "científico": queremos apenas a pôr a malta a refrescar a memória e a escrever sobre o "in illo tempore", aquele tempo em que tínhamos idade para ter todos os sonhos e fomos mandados para a guerra...
Felizmente que não vivemos num país puritano (, pelo menos, por enquanto), e não é política, ética e socialmente incorreto recordar em público os "pecadilhos" da juventude passada, incluindo "pifos de caixão à cova" que apanhámos lá na "Guiné, longe do Vietname" (, como eu gostava de dizer, nas minhas cartas, que nunca pus no correio)... Um abraço valente... LG
Não me recordo de alguma vez ter acontecido. Qualquer bebida a mais tinha que ser curada antes ou marcada a presença mesmo que agoniado, com vómitos e mal disposto, isso sim, acontecia, a qualidade do serviço não sei, não posso avaliá-la.
Sugeria por isso que houvesse diferentes graus na pergunta, pois alegre confesso que muitas vezes estive, mesmo muitas, de caixão à cova só depois de estar cá, já descansado e com outras responsabilidades.
Não vejam aqui qualquer coisa que não esteja escrita, não havia meninos de coro nem éramos diferentes nem melhor que ninguém, acontece é que num grupo ou num pelotão pode faltar um elemento, mas onde um é a totalidade não pode faltar ninguém.
Penso que já em tempos escrevi onde referia que, durante um período de convalescença de um camarada e amigo, bebíamos diariamente uma garrafa de gin, cada dia pagava um, daí resultar um dos estados de alegre em que me encontrei diversas vezes, mas não bêbado. Ou será que estava e não sabia e por isso não me lembro de muitas coisas hoje em dia?
Espero ter contribuído para poder melhorar o inquérito.
Um abraço,
BS
2. Comentário do editor:
A sugestão é bem vinda e faz todo o sentido. Simplesmente o inquérito já está no ar e o prazo de resposta acaba na 3ª feira, dia 15, às 18h00. Desde o momento que a malta começa a votar, já não é possível corrigir a pergunta ou as hipóteses de resposta, a não ser "remover" o questionário e fazer um de novo, sem possibilidade de recuperação das respostas já dadas...
E depois o inquérito só pode ter uma pergunta... E a pergunta tem que ser fechada (sim, não, talvez, não sei...). Não é nada flexível, mas o objetivo não é "científico": queremos apenas a pôr a malta a refrescar a memória e a escrever sobre o "in illo tempore", aquele tempo em que tínhamos idade para ter todos os sonhos e fomos mandados para a guerra...
Felizmente que não vivemos num país puritano (, pelo menos, por enquanto), e não é política, ética e socialmente incorreto recordar em público os "pecadilhos" da juventude passada, incluindo "pifos de caixão à cova" que apanhámos lá na "Guiné, longe do Vietname" (, como eu gostava de dizer, nas minhas cartas, que nunca pus no correio)... Um abraço valente... LG
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Nota do editor:
Último poste da série > 11 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15843: Inquérito 'on line' (41): "Nunca apanhei um pifo de caixão à cova na tropa ou no TO da Guiné"... (Comentários de Rui Santos, Manuel Luís Sousa, Orlando Pinela, Mário Gaspar)
Último poste da série > 11 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15843: Inquérito 'on line' (41): "Nunca apanhei um pifo de caixão à cova na tropa ou no TO da Guiné"... (Comentários de Rui Santos, Manuel Luís Sousa, Orlando Pinela, Mário Gaspar)
3 comentários:
Luis,
Na nota de abertura que vos enviei e que transcreves abaixo, nunca disse ter pegado ao serviço alegre e muitas vezes, se eventualmente isso aconteceu e não digo que não tenha acontecido, não posso afirmar que o fiz, o que eu escrevi foi que diversas vezes estive ou estava alegre por causa da bebida, agora pegar ao serviço nesse estado não posso afirmá-lo.
Um abraço,
BS
Belarmino, tens toda a razão, e eu só tenho que te pedir desculpa e corrigir o título do poste, o que já fiz...
De facto, uma coisa é "pegar ao serviço, alegre", com um grão na asa; outra é "estar muitas vezes alegre", isto é, com um grão na asa, "fora de serviço"... São as subtilezas da nossa bela língua...
Convém que fique claro: a malta gostava de beber uns copos, fora das "horas de serviço", e até era capaz de apanhar umas narsas valentes... em certas ocasiões, especiais... Mas uísque era uísque e serviço era serviço!... Estava em causa a nossa vida e a vida dos nossos camaradas!...
PS - Só agora vi o teu reparo, acabo de chegar de fim de semana...
Luis,
Obrigado por teres visto e ter tomado em consideração o que referi.
Acontece a quem publica os textos que enviamos, no caso dava era uma ideia errada, por isso fico grato por teres rectificado.
Está tudo resolvido e da melhor forma, obrigado.
Um abraço,
BS
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