quarta-feira, 9 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15835: Inquérito 'on line' (41): "Nunca apanhei um pifo de caixão à cova na tropa ou no TO da Guiné"... (Comentários de Luís Graça, Abílio Duarte, Francisco Baptista e Valdemar Queiroz)

Valdemar Queiroz, CART 11, Nova Lamego, c. 1969-70
Enquanto está a decorrer esta semana mais um inquérito 'on line', aqui ficam alguns comentários ao poste do Valdemar Queiroz, P15827 (*)

(i) Luís Graça, editor 

Valdemar, meu camarada de Contuboel (, que pena não termos uma foto em conjunto, foi escasso o nosso convívio, de menos de dois meses!), acompanho-te na pergunta: quem nunca apanhou um pifo na Guiné, daqueles de caixão à cova, pois que levante, não o copo, mas a garrafa vazia!...

Até os oficiais superiores apanhavam pifos, na nossa guerra!... E até os puritanos que pregavam a lei da abstinência (alcoólica e sexual): "Quem não sabe beber vinho, que beba merda!"... Ora merda era o que a gente comia e bebia quando ia para o mato... Ou dentro do "quartel" (, melhor dizendo, bu...rako, para muitos de nós)... Merda era, afinal, aquela guerra a que fomos condenados!...

É uma boa pergunta para um próximo inquérito de opinião... (**)


(ii) Abilio Duarte:

Nós, na CArt 11, éramos uns sortudos, pois tínhamos vinho e whisky, como mato, como a companhia era de africanos, e eles não bebiam bebidas alcoólicas, e tínhamos a mesma dotação, que uma companhia de brancos, era uma alegria. Eu tinha uma embalagem de morteiro 60, carregada de garrafas, pois, além das 2 obrigatórias, podia comprar as que quisesse.

Como andei muito no mato, e sempre fui bem recebido, por toda a gente, quando esses amigos passavam, pelo nosso Quartel em Nova Lamego, tinha muito gosto em retribuir, essa amizade com uma garrafa do dito escocês. Muitas vieram para Portugal, ainda vieram comigo quase quarenta garrafas, a maior parte de whisky. Mas fui apanhado no Aeroporto de Lisboa (lembras-te, Queiroz?), mais o Matias e tu, e tivemos que pagar imposto. Tu que escreves bem, conta aí essa nossa aventura no Aeroporto.


(iii) Francisco Baptista:

Estava à espera do testemunho de outros camaradas para ganhar coragem. Afinal só apareceu o nosso professor e mestre Luís Graça a confessar esses pecados mas o testemunho dele traz a compreensão e absolvição do sociólogo. Isso me basta.

Em Buba, uma noite, com o quartel cheio de gente, pois a coluna de reabastecimento do batalhão não pôde regressar por causa do mau tempo, houve uma bebedeira geral com muito alarido. Imaginem o exemplo e o espectáculo de um capitão e alguns alferes aos tiros para o ar. O capitão seria conduzido à enfermaria para levar uma injecção. Eu não tive necessidade disso mas fiz bem o meu papel.

Em Mansabá contrariamente aos soldados da companhia de madeirenses que gastavam todos os trocos em cerveja os graduados eram no geral bastante abstémios. Lá nunca participei em grandes festas de cerveja mas passei a beber muita água do castelo com gelo e whisky. Era um refresco que me dava boa disposição físíca e mental. Com a companhia já quase de partida para Bissau, a aguardar o regresso, roubei uma garrafa de whisky ao Marques, furriel enfermeiro, de quem era amigo, convidei-o para beber dela e ele quando soube não gostou nada desse meu abuso. Mais tarde fiquei com remorsos, que ainda hoje não me largaram, já procurei o Marques para lhe dar uma boa garrafa para o compensar mas o Carlos Vinhal, também dessa companhia, já há decadas que lhe perdeu o rasto. 

Tu camarada, Valdemar Queiroz, curaste-te, pelos vistos com uma garrafa. Eu como sofria dum mal maior, gastei muitas com o tratamento.

O camarada Abílio Duarte diz que comprou muitas, confessa que trouxe muitas e que ofereceu a amigos mas não diz se ele as bebia como remédio para a dor de dentes ou para brindar à vida e esquecer a puta da vida que nos tinha calhado na roda da fortuna.


(iv) Abilio Duarte:

Francisco Baptista, bebi muitas,e hoje ainda bebo, e posso dizer, que é o que me traz de pé.
Muitas noites na varanda da nossa messe, em Nova Lamego, onde a malta que estava de descanso, ao som de uma boa música, no meu leitor de cassetes, conversando e jogando umas partidas de Copas, ou King, lá passamos bons bocados.

Não me esqueço de um dia em que estava de Sargto. de Dia, e o Furriel Macias, chegou de férias do continente, trazendo uns enchidos, da terra dele, Aldeia Nova de São Bento, apanhei, uma piela de todo o tamanho. Durante uns tempos nem podia tocar no whisky, e virei-me para o Gin.
Mas em Paúnca, voltei a apreciar o escocês até hoje.


(v) Valdemar Queiroz

Viva, meu camarada Luís Graça.

É verdade: quem nunca apanhou um grande pifo que levante o primeiro copo. (excelente revisão Luís).

Uns mais outros menos, por lá se apanharam grandes bezanas, umas por festejos, outras por nem tanto, muitas pelo stresse e outras por nenhuma razão.

Suas excelências também se atiravam aos copos, daí não vem mal nenhum, também por lá andavam, por profissão, o mal era quando os senhores da guerra com uns copos a mais faziam perigar muita gente. 

Vendo bem, já na altura nos parecia que por cá todas as extraordinárias excelências estavam com uma grande e prolongada bebedeira. Ao menos podiam ter procedido como qualquer bêbado e apenas dar vivas à república, mas não. Era uma bebedeira sem lucidez, era uma bebedeira violenta, era uma bebedeira de guerra.

Nós na CArt 11, nesses momentos, sempre trauteávamos ...Ó bioxene... ó bioxene, fazendo lembrar a letra da canção do John Lennon 'Give a chance ...'

Quanto ao nosso relacionamento em Contuboel, com certeza que tivemos troca de opiniões. Para ser franco eu não me lembro com nitidez da rapaziada da futura CCaç 12. Lembro-me das vossas tendas (Tarrafal), lembro-me do Sargento Piça e, principalmente, do Levezinho,  por ser familiar dum colega de trabalho e julgo que do râguebi na Amadora, mas não mais que isto a não ser que os soldados do meu pelotão de instrução foram todos para a vossa Companhia, ex.,  Umaro Baldé, Sori,  J. Carlos Suleimane Baldé, Cimba, Cherno e muitos outros.

Quanto às garrafas de bioxene que o Abilio Duarte se refere na Alfandega do Aeroporto da Portela, já contei o episódio no blogue, mas qualquer dia volta à cena por ser absolutamente delirante.

PS - A grande canção e grande música de John Lennon é "GIVE PEACE A CHANCE" [, 1969,][clicar aqui aqui para o vídeo no You Tube].

Oiçam e digam se não parece que é cantado: Ó bióxe..ne ... Ó bióxe..ne. ..Ó bióxe..ne...Ó bióxe...ne. (Era assim trauteada, quando se estava mais ou menos com os copos. Oiçam e arranjem uma tradução da letra). (***)
_______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 7 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15827: (De)caras (35): Quem nunca apanhou um pifo, de caixão à cova, que levante o primeiro copo!... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)

(**) Último poste da série > 6 de março de  2016 > Guiné 63/74 - P15825: Inquérito 'on line' (40): Num total de 126 respostas, quatro razões principais são apontadas em termos de "problemas" das NT logo no início da guerra: (i) Deficiente instrução (73%); (ii) Deficiente equipamento (63%); (iii) Cansaço (62%); e (iv) Instalações inadequadas (61%)

(***)  Eis a letra original e uma tradução [, Cortesia do sítio brasileiro Vagalume]

Give Peace A Chance

Two, one two three four
Ev'rybody's talking about
Bagism, Shagism, Dragism, Madism, Ragism, Tagism
This-ism, that-ism, is-m, is-m, is-m
All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance

C'mon
Ev'rybody's talking about Ministers
Sinisters, Banisters and canisters
Bishops and Fishops and Rabbis and Pop eyes
And bye bye, bye byes

All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance

Let me tell you now
Ev'rybody's talking about
Revolution, evolution, masturbation
flagellation, regulation, integrations
meditations, United Nations
Congratulations

All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance

Ev'rybody's talking about
John and Yoko, Timmy Leary, Rosemary
Tommy Smothers, Bobby Dylan, Tommy Cooper
Derek Taylor, Norman Mailer
Alan Ginsberg, Hare Krishna
Hare, Hare Krishna

All we are saying is give peace a chance
All we are saying is give peace a chance


Dê uma chance à paz

Um, dois, três, quatro
Todos estão falando sobre
Bagismo, Shaguismo, Draguismo, Madismo, Ragismo, Tagismo
Esse ismo, ismo, ismo
Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz
Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz

Qual é
Todos estão falando sobre Ministro
Sinistro, Corrimãos e Latas
Bispos, Peixes, Coelhos, Olhos Abertos
E tchau, tchau

Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz
Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz

Vou falar agora
Todos estão falando sobre
Revolução, Evolução, Masturbação
Flagelação, Regulação, Integrações
Mediações, nações unidas
Parabéns

Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz
Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz

Todos estão falando sobre
John e Yoko, Timmy Leary, Rosemary
Tommy Smothers, Bobby Dylan, Tommy Cooper
Derek Taylor, Norman Mailer
Alan Ginsberg, Hare Krishna
Hare Hare Krishna

Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz
Tudo o que dizemos é dê uma chance à paz

7 comentários:

Anónimo disse...



Os vinhos são como os homens: com o tempo os maus azedam e os bons apuram.
Escreveu Cícero, político e filósofo romano, há mais de dois mil anos.
Bom vinho e boa disposição para todos.
Francisco Baptista

Luís Graça disse...

Francisco, Valdemar, Abílio, adoradores do deus Baco... Camaradas, vocês têm toda a razão... Vamos lá baixar a guarda, e falar, com toda a franqueza, com aquela franqueza que é timbre do transmontano Francisco (e que eu muito admiro eke), sem qualquer autocensura ou hipocrisia, de um problema que nos tocou a todos, ao longo da guerra... e que é, de resto, um problema de todas as guerras...

A Guiné e a guerra da Guiné, aguentámo-la, com heroísmo, estoicismo, patriotismo, e todos os demais ismos que vocês acrescentar...

Ao fim destes anos, arrandacadas centenas de páginas do calendário (12 por ano, multipliquem por 40, 50...), deixemo-nos de merdas e de discursos politica, social, disciplinar, ética, filosófica, militarmente corretos... Quando nos der o badagaio, há um filho da puta qualquer a discursar por cima do nosso cadáver, e a cobrir-nos de ppiedosas mentiras... E um gajo lá em baixo, na cova, metido no caixão, sem se poder defender, sem poder mandar parar os gatos pinguados, e estragar a festa do enterro… Sem poder dizer o discurso, o último, que tinha preparado, ao longo dos últimos anos de vida, para quando chegasse a hora de dar o peido mestre:
- Meus queridos filhos, netos, bisnetos, amigos, camaradas, vizinhos, conterrâneos, compatriotas... Penso que fui um bom português... Estive na Guiné, entre os 22 e os 24 anos… Mas, na derradeira despedida, ao dizer adeus à Terra da Alegria, que foi a minha pátria, não posso deixar de ter um pensamento de gratidão pela Escócia e pelos seus destiladores de uísque… Na Guiné bebi o uísque todo que me estava destinado em vida… Sobrevi à Guiné e ao uísque, que vinha, “from Scotland with love for the Portueguese Armed Forces", da Escóocia com amor para as Forças Armadas Portuguguesas...

Francisco, Valdemare, Abilio, e demais camaradas que se sentam à sombra do poilão da Tabanaca Grande: fui para a Guiné com a uma mala cheia de livros, e confesso que ao fim de seis meses estava a beber uma garrafa de uísque (, com água de Perrier…), por dia… Hoje é raro beber uísque… Prefiro o nosso maravilhoso vinho português, q.b., às refeições… Nunca me soube tão bem, o raio do uísque escocês, como naquele tempo, naquelas paragens, naquela guerra, entre os meus 22 e 24 anos... Não me perguntes porquê, ou melhor, só posso responder-vos com um dos poemas meus, escritos em Imbecilburgo (leia-se: Bambadinca)… Estive em Dublin, várias vezes, nos anos 90, em trabalho, mas o raio do uísque irlandês não me sabia como o escocês da Guiné… Nunca mais me soube o uísque como o "scotish" da Guiné… Eu acho que há um tempo para tudo… Até para um homem apanhar uma piela de caixão de caixão à cova… Apanhei algumas... pielas (e esquentamentos)... E quem não apanhou, que atire a primeira garrafa (vazia, que é pena perder-se o precioso líquido).

Xi-coeur (coração, em francês). LG

Luís Graça disse...

Francisco, Valdemar, Abílio, adoradores do deus Baco...

Camaradas, vocês têm toda a razão... Vamos lá baixar a guarda, e falar, com toda a franqueza, com aquela franqueza que é timbre do transmontano Francisco (e que eu muito admiro), sem qualquer autocensura ou hipocrisia, de um problema que nos tocou a todos, ao longo da guerra... e que é, de resto, um problema de todas as guerras...

A Guiné e a guerra da Guiné, aguentámo-la, com heroísmo, estoicismo, patriotismo, e todos os demais ismos que vocês acrescentar...

Ao fim destes anos, arrancadas centenas de páginas do calendário (12 por ano, multipliquem por 40, 50...), deixemo-nos de tretas, de merdas e de discursos politica, social, disciplinar, ética, filosófica, militarmente corretos... Quando nos der o badagaio, há um filho da puta qualquer a discursar por cima do nosso cadáver, e a cobrir-nos de piedosas mentiras... E um gajo lá em baixo, na cova, metido no caixão, sem se poder defender, sem poder mandar parar os gatos pinguados, e estragar a festa do enterro… Sem poder dizer o discurso, o último, que tinha preparado, ao longo dos últimos anos de vida, para quando chegasse a hora de dar o peido mestre:
- Meus queridos filhos, netos, bisnetos, amigos, camaradas, vizinhos, conterrâneos, compatriotas... Penso que fui um bom português... Estive na Guiné, entre os 22 e os 24 anos… Mas, na derradeira despedida, ao dizer adeus à Terra da Alegria, que foi a minha pátria, não posso deixar de ter um pensamento de gratidão pela Escócia e pelos seus destiladores de uísque… Na Guiné bebi o uísque todo que me estava destinado em vida… Sobrevi à Guiné e ao uísque, que vinha “from Scotland with love for the Portuguese Armed Forces", da Escócia com amor para as Forças Armadas Portuguesas...

Francisco, Valdemar, Abilio, e demais camaradas que se sentam à sombra do poilão da Tabanca Grande: fui para a Guiné com uma mala cheia de livros, e confesso que ao fim de seis meses estava a beber uma garrafa de uísque (, com água de Perrier…), por dia… Hoje é raro beber uísque… Prefiro o nosso maravilhoso vinho português, q.b., às refeições… Nunca me soube tão bem o raio do uísque escocês, como naquele tempo, naquelas paragens, naquela guerra, entre os meus 22 e 24 anos... Só bebia uísque com água de Perrier e uma pedra de gelo (um triplo luxo, reconheço, naquele tempo, em Bambadinca, quando dormia em Bambadinca!)... Perrier e não Vichy: tinha um preconceito em relação a Vichy...

Não me perguntem porquê, ou melhor, só posso responder-vos com um dos poemas meus, escritos em Imbecilburgo (leia-se: Bambadinca)… Estive em Dublin, várias vezes, nos anos 90, em trabalho, mas o raio do uísque irlandês não me sabia como o escocês da Guiné… Nunca mais me soube o uísque como o "scotish" da Guiné…

Eu acho que há um tempo para tudo… Até para um homem apanhar uma piela de caixão de caixão à cova… Apanhei algumas... pielas (e esquentamentos)... E quem não apanhou, que atire a primeira garrafa (vazia, que é pena perder-se o precioso líquido).

Xi-coeur (coração, em francês). LG

Cesar Dias disse...

Luis, participei na votação, votei "uma vez por acaso", mas não foi assim, foi mesmo com intenção. Como nuncca tinha sentido essa sensação, resolvi passar por isso, embora não tenha perdido a consciência, fiz algumas coisas de que não me lembrava no dia seguinte. Posso dizer que isto foi combinado, foi uma bebedeira colectiva na messe de sargentos, mas depois da guerra ter fehado, porque normalmente não tinhamos visitas depois da uma da manhã.
Posso dizer que nuncca mais repeti, porque a ressaca foi terrivel.

É este o meu testemunho a este respeito.
Um abraço

César Dias

Anónimo disse...

Não votei, uma vez que nunca apanhei uma piela de caixão à cova. Mas foram muitas as vezes que fui para a cama sem saber bem para onde ia. Principalmente em Mansabá, sim Francisco Baptista antes de lá teres ido parar. Muitas noitadas com todos aqueles Alferes, uns mais apanhados do que outros, foram passadas nos copos na messe. Casal, Bento, Rodrigues que não me lembro de o ver vestido que não fosse com o camuflado. Vinhal, será que era a pele dele, aquele camuflado?
De caixão à cova, nunca mais voltei a ter uma piela, depois de em jovem isso me ter acontecido por duas vezes e verificar que a ressaca me deixava muito mal tratado. Daí em diante só até ficar no estado eufórico e mais nada.
De todas as bebidas, na Guiné apenas me estreei no Gim.
Agora praticamente só tinto e uísque como medicamento...

Eis a minha prova de vida

Abraços

JPicado

Carlos Vinhal disse...

Meu Capitão, eu nunca vi nenhum dos oficiais da 2732 com os copos. Bem, talvez um deles numa festa dada pelo senhor José, mas como eu também estava lindo... caso para dizer: um por todos e todos por um.
Não fora umas fotos que Vossa Senhoria publicou neste Blogue, se não estou em erro, referentes ao dia em que festejou os seus 34 anos em Mansabá, eu nunca saberia das poucas vergonhas e da falta de aprumo dos meus alferes e, pasme-se, do meu Comandante de Companhia, naquela Messe de Oficiais que eu julgava ser um lugar impoluto. Na Messe dos Furriéis, com 2 Sargentos, era diferente. Lá sim, a malta portava-se mal.
Abraço
Carlos Vinhal
Ex-Fur Mil da CART 2732

Hélder Valério disse...

Meus caros

Também já 'votei'. Foi na primeira hipótese. No "Nunca". Este "nunca" refere-se, como está no inquérito, "nunca apanhei um pifo de caixão à cova na tropa ou no TO da Guiné".

Antes disso, nas minhas férias nas "termas do Cartaxo", nas férias de verão da juventude e particularmente em duas ocasiões em Lisboa, tive oportunidade de sentir essas sensações, pelo que estava mais 'prevenido' aquando da passagem pela tropa.

Na Guiné, algumas situações houve de "ficar alegre", isso sim, mas como o tema era o de "caixão à cova" a minha resposta é coerente.
Lembro-me de uma vez, em Piche, se fazer uma misturada de várias bebidas alcoólicas. O malogrado Borrega é que me lembrou disso já não retenho pormenores.

Abraços
Hélder S.