1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais, oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975, na guerra do ultramar ou guerra colonial (em África e na Ásia).
Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva [, foto atual à direita], instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.
Morais da Silva foi cadete-aluno nº 45/63, do corpo de alunos da Academia Militar. É membro da nossa Tabanca Grande, com o nº 784, desde 7 do corrente.
Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva [, foto atual à direita], instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.
Morais da Silva foi cadete-aluno nº 45/63, do corpo de alunos da Academia Militar. É membro da nossa Tabanca Grande, com o nº 784, desde 7 do corrente.
Guiné > Região do Cacheu > Susana > CCAV 2358 (1969/71) > Natal de 1969 > Último Natal e provavelmente a última ou uma das últimas fotos do Cap Cav Luís Filipe Rei Vilar (1941-1970) (, o segundo a contar da esquerda), comandante da CCAV 2538 / BCAV 2876, unidade de quadrícula de Susana (1969/71), que morreu, em combate, em circunstâncias que nunca foram cabalmente esclarecidas pelo Exército, na sequência de uma operação contra o PAIGC, a Op Cassum [ou Op Selva Viva ?), na fronteira com o Senegal, no dia 18 de Fevereiro de 1970. [O Perintrep nº 08/70 refere a Op Cassum, e diz que a morte ocorreu às 14h30.]
Nesse dia ainda foi evacuado, de Susana para Bissau, para o HM 241, de heli (pilotado pelo nosso camarada Jorge Félix). O malogrado oficial foi substituído pelo Cap Cav Rogério da Silva Guilherme. [Outras subunidades do BCAV 2876: CCAV 2539 (S. Domingos) e CCAV 2540 (Ingoré).]
Foto cedido por Rogério Pedro Martins, que estava em Susana nesta altura. O Miguel Vilar, um dos irmãos Vilar (, um dos quais, o Duarte foi meu colega de curso de sociologia no ISCTE, concluído em 1979/80), falou também com o ex-fur mil Enf Jesus, que vive em Mértola, e que estava a dois metros do seu capitão, quando este foi atingido.
Foto (e legenda) : © Rosário Pedro Martins / Miguel Vilar / Duarte Vilar (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor:
Último poste da série > 3 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20310: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XXX: Adelino Oliveira Nunes Duarte, cap inf (Castelo Branco, 1939 - Moçambique, 1970)
Último poste da série > 3 de novembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20310: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XXX: Adelino Oliveira Nunes Duarte, cap inf (Castelo Branco, 1939 - Moçambique, 1970)
4 comentários:
Há uma terrível suspeita, ao fim deste meio século, por parte da família, de que o Luís Vilar possa ter sido vítima de "fogo amigo"... O Exército nunca desfez, ao que parece, esta suspeita que ainda pesa sobre os irmãos, os filhos... Porquê ? Onde pára o relatório da autópsia ?... Não é justo que uma família inteira viva ainda hoje com este monstruoso pesadelo...
A suspeita só pode ser superada investigando.
No que respeita ao meu camarada Cap. Villar é possível consultar no Arquivo Histórico Militar o respectivo processo individual onde existe a Participação da ocorrência e o Auto de Averiguações elaborado pelo comandante de companhia substituto.
As circunstâncias da morte são testemunhadas pelos graduados que presenciaram a ocorrência. Naturalmente, no processo está anexado o Certificado do Óbito.
Porque consultei toda a documentação (que entretanto enviei ao Luis Graça porque já não tem classificação de segurança) escrevi na biografia do meu camarada as circunstâncias da morte que devem ser lidas pelos que ainda alimentam fantasmas.
Coronel Morais Silva
... Senhor Coronel, acompanho-o e felicito-o pelo seu sucinto esclarecimento, não apenas mas também pelo facto de igualmente haver eu procedido - 'de motu proprio' -, em Julho do ano transacto, a pesquisas documentais e aferição de testemunhos presenciais, credíveis, que afirmam a inexistência de qualquer "fogo amigo" ou de eventual encobrimento das precisas circunstâncias que originaram graves ferimentos adquiridos em situação de combate e que causaram a morte daquele oficial de cavalaria, cuja memória merece ser respeitada e que não pode continuar a estar sujeita a cíclicas edições ao estilo diz-que-disse de um "jornal da caserna".
Sobre o assunto, tive há época supra relatada o ensejo de trocar breves mensagens com Miguel (irmão daquele malogrado militar), por mim interrompidas face à firme convicção por aquele demonstrada, de que em nada crê nem em ninguém que lhe afaste os "fantasmas" acima aludidos.
Receba, por este meio, os meus cordiais cumprimentos.
Camarada Abreu dos Santos
Aprecio sobremaneira os meus camaradas que buscam/localizam informação, estudam-na, recortam-na e, pro bono, a difundem com o intuito, único, de dar a conhecer o que resultou do seu labor.
Beneficiamos, aqui no blog, de vários exemplos, notáveis, de perseverança e capacidade de investigação de que muito tenho aproveitado.
Retribuo os seus cumprimentos com um abraço cúmplice.
Morais Silva
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