1. Press-release da editora Guerra e Paz, que nos acaba de chegar por mão do nosso camarada António Graça de Abreu:
Os números da Guerra de África
como nunca foram apresentados
1, Uma nova e objectiva luz sobre a Guerra de África, é esta a proposta de Pedro Marquês de Sousa, tenente-coronel do Exército português doutorado em História, no livro Os Números da Guerra de África.
Resultado de uma ampla e rigorosa investigação, a obra reúne, pela primeira vez, os dados constantes dos relatórios dos três ramos das Forças Armadas que participaram na Guerra de África (1961-1975) e ainda os números dos movimentos independentistas. Os mortos e os feridos, militares e civis, o armamento mobilizado, os desertores, as despesas do Estado.
A realidade dos números, num livro que servirá para clarificar os debates do presente e de vital referência para o futuro. Com prefácio do major-general João Vieira Borges, presidente da Comissão Portuguesa de História Militar, Os Números da Guerra de África chegam à rede livreira nacional no próximo dia 24 de Agosto, com a chancela da Guerra e Paz Editores e o apoio da Comissão Portuguesa de História Militar, da Comissão Cultural da Marinha, da Direção de História e Cultura Militar, da Força Aérea Portuguesa e da Associação 25 de Abril.
O lançamento da obra acontece no dia 9 de Setembro no Palácio da Independência em Lisboa.
2. Já muito fora escrito sobre a Guerra de África, no que aos aspectos políticos e sociais, e até geoestratégicos, diz respeito, mas os dados estatísticos analisados nessas abordagens apenas reflectiam os relatórios do Exército português, o ramo das Forças Armadas que mais interveio em combate. Era preciso clarificar a realidade dos números e Pedro Marquês de Sousa, tenente-coronel do Exército doutorado em História pela Universidade Nova de Lisboa, fê-lo neste Os Números da Guerra de África.
No caso das baixas em combate, por exemplo, as informações oficiais apontavam, até aqui, para os 8 mil militares portugueses mortos, mas, segundo a investigação de Pedro Marquês de Sousa, foram mais de 10 mil os homens que perderam a vida nas três frentes.
Esta ampla investigação dá-nos também a conhecer quantas foram as baixas dos movimentos independentistas, de guerrilheiros, de civis, assim como a real mobilização dos militares portugueses, as despesas do Estado Português, a quantidade de armas, de aeronaves, de navios, de viaturas. Até são apresentados os números dos desertores. Toda a logística dos três ramos das Forças Armadas, enriquecida com tabelas, gráficos e mapas.
O impacto que a guerra de África teve na sociedade, na economia e na história dos povos de quatro nações faz desta uma obra obrigatória para clarificar os debates do presente, mas também um documento histórico de vital referência para o futuro.
É esse impacto que João Vieira Borges, major-general, presidente da Comissão Portuguesa de História Militar, destaca no prefácio da obra;
«Sustentado por fontes primárias existentes nos diferentes arquivos das Forças Armadas Portuguesas, o autor divulga novos dados e actualiza outros relativos a uma guerra que marcou e marca profundamente, ainda hoje, toda uma geração de cidadãos, em especial os combatentes.»
Os Números da Guerra de África chega à rede livreira nacional no próximo dia 24 de Agosto. A obra estará ainda disponível, em edição digital, nas principais plataformas de distribuição de ebooks, da Amazon à portuguesa Wook, da espanhola Casa del Libro à americana Barnes & Noble, da Kobo à Scribd, com distribuição da Libranda.
Esta é uma edição da Guerra e Paz Editores com o apoio da Comissão Portuguesa de História Militar, da Comissão Cultural da Marinha, da Direção de História e Cultura Militar, da Força Aérea Portuguesa e da Associação 25 de Abril.
O lançamento oficial da obra acontece no próximo dia 9 de Setembro, pelas 18h00, no Palácio da Independência, em Lisboa, e contará com a apresentação do prefaciador da obra, o major-general João Vieira Borges.
Ficha técnica:
Os Números da Guerra de África
Pedro Marquês de Sousa
Não-Ficção/História
384 páginas · 15x23 · 16 €
Nas livrarias a 24 de Agosto
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Nota do editor:
Último poste da série > 8 de agosto de 2021 > Guiné 61/74 - P22442: Agenda cultural (779): "Um caminho de quatro passos", o livro autobiográfico do António Carvalho (ex-Fur Mil Enf, CART 6250/72, Mampatá, 1972/74), a ser apresentado na Tabanca dos Melros, Fânzeres, Gomndomar, no próximo dia 11 de setembro
8 comentários:
Lá estarei,
Que me desculpe Pedro Marquês de Sousa, ilustre autor deste livro.
A imagem da capa do livro parecer em instrução "pra fotografia", ou não sendo, a escolha da fotografia para capa é de escolha propositada para demonstrar o que nunca se deveria fazer e evitar mortos entre os próprios militares (?).
Naquela estrada de campo aberto e plano, a coluna só podia ter sido atacada de um dos lados, por isso a NT só deveria estar do lado do ataque e não dos dois lados da estrada.
Nem o IN e muito menos a NT queria ser atingida pelo seu próprio fogo.
Abraço e saúde
Valdemar Queiroz
O Valdemar "não brinca em serviço", esta sempre no seu "posto de observação" e tem um "olho clínico" como poucos... Esta sempre atento ao pequeno erro ou lapso que escapa ao comum dos leitores.
Não sei de quem é a responsabilidade da escolha da capa. Muitas vezes é tarefa que o autor declina à editora...
O autor, que eu saúdo, não tem felizmente idade para ter andado nas "guerras de África"... Esta imagem não passa de uma encenação...O fotógrafo está em cima de uma veículo...O que se vê ao fundo é uma panhard, com dois militares, o condutor e o apontador "de peito feito as balas"... Os "infantes" (tropa metropolitana e africana, esta com mauser) "fingem" tomar posição na berma da picada, de um lado e do outro... Parece ser uma foto de Angola, tirada "na reinação" para o pessoal mandar às namoradas...
É a minha primeira leitura, feita às 5 da manhã, no "escritório" do WC...
Vendo melhor,nâo é uma Panhard, é uma Fox. Peço desculpa aos camaradas da cavalaria.
Outra coisa... Este capim é angolano ou guineense ?
É importante sabermos o cômputo geral das vítimas da "guerra de Africa", como se diz na Academia Geral" ( ficando de fora Goa, Damão e Diu, além de Timor). Combatentes e civis, de um lado e do outro. Parabéns ao autor por esse esforço. Infelizmente.não poderei estar no lançamento do livro.
Luís, o mais certo é ser uma "reinação".
Mas, o tema do "Os Números da Guerra de África" é um assunto muito sério e quem ver a capa e não tenha sido periquito ao papagaio sabichão fica alarmado com um 'coitados, assim caiam que nem tordos'. Calhando até foi esta a ideia da capa.
A propósito daquele capim, numa operação com dois pelotões da minha CART.11 tivemos de caminhar em fila pelo meio do capim por um carreiro, que os nossos soldados fulas conseguiram descobrir só possível em tempo de seca. Não me lembro porquê deixe de ver o pessoal que vinha atrás de mim e fiquei uns segundos à espera, depois nem os de trás apareciam nem conseguia ver os da frente. Fiquei perdido meia dúzia de segundos, meia dúzia de aflitivos segundos.
Abraço
Valdemar Queiroz
p.s. no meu comentário anterior escrevi 'parecer em..' por falar muito depressa, queria dizer 'parece ser em...'
Caros senhores só hoje vi os vossos comnatários.
Agradeço o vosso interesse. Quem escolheu (e arranjou) as fotos e todo o grafismo foi a Editora...Eu estive bastante ocupado profissionalmente (com outra coisa) em Junho e Julho e apenas autorizei/concordei...
Sim tb acho que a foto (como muitas outras conhecidas deste tempo) era para a encenação... mas o mais importante do livro não é a capa....
Obrigado
Pedro MSousa
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