Fotro: Paulo Salgado (2005). Direitos reservados
Mensagem do Paulo Salgado (administrador hospitalar, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho; ex- alf mil, CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72).
Luís,
Luís,
Por favor, não sei se isto tem interesse em colocar no Blogue, mas acho que sim, pois ajuda-nos a compreender os outros.
Fico sempre contente com a chegada de novos tertulianos - mesmo daqueles que só lêem as coisas dos outros. Vai crescendo a roda de Camaradas (não tenhamos medo das palavras - a semântica não tem nada a ver com outras conotações e, tendo para alguns, tudo é de respeitar, aliás dentro dos nossos princípios). Pois fiquei agradavelmente surpreendido com a presença do Amaral Bernardo (oh, Prof, viva!?) (2).
Tenho a comunicar-vos, queridos tertulianos, que tive o privilégio de estar com o Amaral Bernardo em Bissau por várias vezes, em 1997, 1998, 2004, 2005 e 2006 - lá, onde deixámos um pouco (ou muito de nós). E tenho esse privilégio porque ele - o Amaral Bernardo - acabou por reviver muitas coisas, como alguns que lá foram mais tarde. Trabalhou como médico, coordenador da formação de médicos em Bissau, localmente, dando o exemplo e a sua sabedoria e capacidade de organização.
Tenho que recordar duas pequenas histórias, porque é justo:
Primeira: Em 1997 fomos ao Saltinho, ou melhor, a Cusselinta, por uma picada mal batida. Ele ainda não tinha feito a catarse. Iamos num carro alugado e eu, que já tinha estado dois anos na Guiné, em 1990-1992, pensei que para ele seria fácil. Pois, meus Caros, o Amaral Bernardo perguntou-me com a sua franqueza habitual:
- Onde é que você me leva? - E eu:
- Não há problemas! - E ele:
- E as minas, já não há problema?
Ainda hoje estou arrependido de não ter feito as coisas com serenidade.
Segunda: O Amaral Bernardo coloca sempre um entusiasmo grande nas sua actividades. Pois, na formação de Médicos Guinenenses, onde se deslocou por várias vezes, um dia, virou-se para um dos médicos faltosos e frontalmente atirou-lhe:
- Ou cumpre, ou você chumba. - Sem rodeios, mas com disciplina e com modos decentes.
Para todos: este nosso tertuliano fez um belo trabalho na guerra e nos últimos tempos. Tem uma costela de Guineense. E como ele gosta de apreciar a beleza das paisagens, do que é mau e do que é belo (é ou não, Prof.?)
Para o Amaral Bernardo: paraéens por ter esta aparição. Agora é só contar as estórias - eu sei que são muitas. E fotos também. Antigas e recentes. Fica o desafio.
Paulo Salgado
_____________
Notas de L.G.:
Fico sempre contente com a chegada de novos tertulianos - mesmo daqueles que só lêem as coisas dos outros. Vai crescendo a roda de Camaradas (não tenhamos medo das palavras - a semântica não tem nada a ver com outras conotações e, tendo para alguns, tudo é de respeitar, aliás dentro dos nossos princípios). Pois fiquei agradavelmente surpreendido com a presença do Amaral Bernardo (oh, Prof, viva!?) (2).
Tenho a comunicar-vos, queridos tertulianos, que tive o privilégio de estar com o Amaral Bernardo em Bissau por várias vezes, em 1997, 1998, 2004, 2005 e 2006 - lá, onde deixámos um pouco (ou muito de nós). E tenho esse privilégio porque ele - o Amaral Bernardo - acabou por reviver muitas coisas, como alguns que lá foram mais tarde. Trabalhou como médico, coordenador da formação de médicos em Bissau, localmente, dando o exemplo e a sua sabedoria e capacidade de organização.
Tenho que recordar duas pequenas histórias, porque é justo:
Primeira: Em 1997 fomos ao Saltinho, ou melhor, a Cusselinta, por uma picada mal batida. Ele ainda não tinha feito a catarse. Iamos num carro alugado e eu, que já tinha estado dois anos na Guiné, em 1990-1992, pensei que para ele seria fácil. Pois, meus Caros, o Amaral Bernardo perguntou-me com a sua franqueza habitual:
- Onde é que você me leva? - E eu:
- Não há problemas! - E ele:
- E as minas, já não há problema?
Ainda hoje estou arrependido de não ter feito as coisas com serenidade.
Segunda: O Amaral Bernardo coloca sempre um entusiasmo grande nas sua actividades. Pois, na formação de Médicos Guinenenses, onde se deslocou por várias vezes, um dia, virou-se para um dos médicos faltosos e frontalmente atirou-lhe:
- Ou cumpre, ou você chumba. - Sem rodeios, mas com disciplina e com modos decentes.
Para todos: este nosso tertuliano fez um belo trabalho na guerra e nos últimos tempos. Tem uma costela de Guineense. E como ele gosta de apreciar a beleza das paisagens, do que é mau e do que é belo (é ou não, Prof.?)
Para o Amaral Bernardo: paraéens por ter esta aparição. Agora é só contar as estórias - eu sei que são muitas. E fotos também. Antigas e recentes. Fica o desafio.
Paulo Salgado
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Notas de L.G.:
(1) Vd. post de 19 de utubro de 2005 > Guiné 63/74 - CCXLVII: Crónicas de Bissau (ou o 'bombolom' do Paulo Salgado) (3) (...)
"Hoje, sábado, fomos até ao Saltinho, com os cooperantes da Saúde que chegaram ontem no avião (já agora: a Dra. Adelaide, ginecologista; o Dr. Justiça, hematologista e que também fez a guerra em Angola) e ainda o João Faria, engenheiro hospitalar (que já cá está há oito dias… Manga di tempu! , que esteve em Angola, e que se está a aguentar com brio e companheirismo nas lides do Hospital Civil... Todos eles emprestaram à viagem de 350 km um sabor especial)" (...).
(2) Vd. post de 2 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1489: Tertúlia: Formalizo o meu pedido de entrada (Amaral Bernardo, ex-Alf Mil Médico, Catió, BCAÇ 2930)
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