Conforme está previsto e já difundido, vi o programa das cerimónias para comemorar o encontro de combatentes deste ano.
Como está indicado, e bem, vai ser prestada uma homenagem a D. Nuno Alvares Pereira, Condestável e Santo. Também foi, como já referi em data anterior, um dos primeiros combatentes em África, pelo que temos algo a ver com ele, porque além de também ser Patrono da Infantaria Portuguesa, nós, aqueles a quem chamam antigos ou ex- combatentes, fomos os últimos combatentes portugueses em África.
No entanto, o que me leva a escrever à Comissão Organizadora do Encontro, e em especial ao seu presidente Tenente General Alípio Tomé Pinto, é que, quando a banda presente tocar o Hino Nacional, não esteja ninguém a cantar, a solo, o nosso hino.
Como em encontros anteriores, que houve destacadas figuras do mundo musical que se enganavam na letra, deixem que sejam as nossa vozes roucas a cantar.
Roucas, da idade;
Roucas, da emoção,
Roucas, do desgaste que têm;
e, sobretudo,
soluçantes, porque ao entoar o Nosso Hino, não deixaremos de pensar em quem, antes de nós e desde 1143, se entregou à causa de defender a Bandeira das Quinas, entregando, a própria vida, no cumprimento de um dever sagrado, ao Jurar Bandeira.
E que não venham novos velhos do Restelo dizer que, quando estavam na cerimónia de Juramento, não moveram os lábios. O Juramento à Pátria não é exterior, é interior e pessoal. E é a soma de todas estas vontades individuais, que faz a grandeza da Pátria.
Que se entoe o Hino, entre lágrimas e sorrisos, mas que seja a voz dos Combatentes que, mais uma vez, se levante e se faça ouvir por Portugal.
(José Martins)
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Nota de MR:
Vd. último poste da série em:
28 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4259: (Ex)citações (26): Caba Fati: Nunca poderia ser amigo do peito, mas também nunca senti ódio contra ele (Miguel Pessoa)
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1 comentário:
José Martins,
Querido Amigo, não vale! Já estou a ficar com um nó na garganta, como é que poderei cantar?
Só espero que o canto me tire o choro, pois nesse aspecto, cada vez o coração fraqueja mais.
Vamos juntar os "cotas" tenores, e mostrar como se canta o Hino de Todos nós!
Um abraço como o de sempre, com o tamanho do Cumbijã,
Mário Fitas
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