segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Guiné 63/74 – P5098: Estórias do Mário Pinto (Mário Gualter Rodrigues Pinto) (25): As armas proibidas que nós utilizámos


1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos a sua 25ª estória:

Camaradas,

Rebuscando os fundos do meu baú de memórias, vou-o esvaziando das memórias minhas boas e más recordações do antigamente, retirando o pó aos textos e dando-lhes apenas alguns retoques, editorialmente falando, pois as ideias neles expressas, mantenho-as inalteráveis, por, ainda hoje, as perfilho convictamente.

A matéria de hoje é problemática e controversa, mas penso que vale a pena ser exposta.

O presente texto havia dado, e mantenho, o título:

AS ARMAS PROIBIDAS QUE NÓS UTILIZÁMOS

Na guerra em que nós portugueses fomos protagonistas, nem sempre usamos de métodos “cavalheireicos”, convencionais, éticos, ou clássicos (como queiram chamar-lhe), nas estratégias adoptadas contra o IN, na mata.

Além do equipamento militar normal e regular que o exército nos fornecia e usávamos no terreno, e era do conhecimento geral, também utilizámos material bélico que era proibido pelas leis e regulamentos da Convenção de Genebra.

O Direito de Intervenção Humanitária, órgão das ONU, impedia o emprego em combate de um determinado número de armas que, pela sua natureza pouco leal e traiçoeiro, foram declaradas desumanas, por causarem mais tortura e sofrimento físico, que o necessário e indispensável, para inutilizar um combatente (deixá-lo fora de combate).

Tudo tretas para nós, porque, como é sabido pela experiência, a lei na guerra, é olho por olho, dente por dente, ou “com ferro matas com ferro morres”, cada um usa as armas que tem e quando desesperado, ou por motivos de ódio e, ou, vingança, as que não devia.

Nós usamos, por exemplo, a bala Dum-Dum, proibida desde o século 19, por uma das ditas convenções internacionais, que regulamenta a utilização de armas de Guerra. Esta bala foi criada pelo Exército Britânico, no final do século 19, para ser usada em distúrbios na Índia (então Colónia Inglesa).

A bala Dum-Dum é uma bala com a ponta oca, que tem um poder destrutivo superior a todas as outras, porque expande-se pelo corpo humano em vários estilhaços após o impacto na carne, ou osso.

Utilizamos também balas de penetração maciça de fragmentação tracejante.

Chegámos a rebordar (ranhurar) as pontas das balas comuns da G3, com as nossas facas de mato, ou com navalhas, para que o seu efeito penetrante provocasse um maior rombo no local de entrada.

Utilizamos granadas de fósforo e bombas de napalme, que eram proibidas Internacionalmente, pela ONU.

O napalme foi um armamento militar que chegou a ser utilizado (embora pontualmente), pela nossa aviação em alguns locais da Guiné, em bombardeamentos a bases do IN. É constituído por um conjunto de líquidos inflamáveis (à base de gasolina gelificada) e sais de alumínio e, pela sua especificidade de, no momento da sua detonação, para maior eficácia e rendimento destrutivo, e mortífero, através de um maior raio de expansão explosivo, requerer uma grande e instantânea absorção de oxigénio, tornou-se um meio pouco apropriado na nossa guerra de “guerrilha”, já que as características do terreno em África (selva por vezes muita cerrada e, ou muito lodosa), não permitiam assim o seu pleno desenvolvimento.

Em armadilhas, truques e alçapões, como eram conhecidos, os nossos camaradas de Minas e Armadilhas, quantas vezes não utilizou material incendiário (fósforo) e outros produtos de teor proibido.

Com o decorrer da comissão e a “bestalização” da guerra ia-se instalando e dominando o nosso discernimento psíquico. Quem não utilizou estes artefactos?

Estou convicto que, naquele tempo, se houvesse material de destruição maciça, nós, em casos pontuais, em desespero de causa, por motivos de ódio, ou vingança pelos nossos mortos em combate, tínhamo-lo utilizado.

Um abraço,
Mário Pinto
Fur Mil At Art

Imagens: Wikipédia, enciclopédia livre (2009). Direitos reservados.
Emblema de colecção: Carlos Coutinho (2009). Direitos reservados.
____________
Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

21 comentários:

Unknown disse...

Amigo Mário Pinto, obrigado por se ter disponibilizado a abordar este assunto da utilização de armas proibidas (ou desaconselhadas) pelas convenções internacionais nos nossos teatros de guerra e que foi muitas vezes noticiado pela imprensa internacional e consequentemente reproduzido clandestinamente em Portugal.
Este seu Post, leva-me a pergunar de forma directa o seguinte:
No ataque à Mata do Morés foi utilizado Napalm ??
Nesta Tertúlia há realmente camaradas com grande capacidade de memorização de "registos" datas, dias, avanços, retiradas, (que admiro) mas geralmente são omissos em grandes acontecimentos, que inclusive tiveram repercussões na posição de Portugal na cena internacional.
Não esqueça, p.f. se achar conveniente esclareça-me.
Um abraço para todos e
para cada um.
Carlos Filipe
ex CCS - BCaç 3872
Galomaro 71/73
Galomar@sapo.pt

Unknown disse...

Desculpem amigos, corrijo o endereço:
Galomaro@sapo.pt

António Martins de Matos disse...

Uma correcção ao seu artigo:
O napalm usado no Ultramar não era uma arma proibida.
A proibição do seu uso só foi aprovada em 1980, entrando em vigor a partir de 1983.
Ainda assim, a "Convenção sobre Proibições ou Restrições ao Emprego de Certas Armas Convencionais, que Podem ser Consideradas como Excessivamente Lesivas ou Geradoras de Efeitos Indiscriminados" não proíbe o seu uso contra alvos militares desde que sejam tomadas precauções para evitar danos colaterais à população civil.
Um abraço

António Martins de Matos

Juvenal Amado disse...

Meu caro Mário

A utilização de armamento proibido foi sempre negado pelas nossas autoridades. Ainda hoje a dúvida persiste, pois ninguém se disponibilizou a mostrar com datas e locais, onde essas armas foram utilizadas.
Foi vós corrente na época, que se bombardeava com napalm, já para não falar das tácticas de terror onde se defendia que filho de turra amanhã é turra por isso mata.

Na verdade os que participaram nessas acções ou têm vergonha, ou estão orgulhosos dos seus feitos uma vez que estão calados.

A provar-se a verdade, desmistifica-se assim que nós hera mos bonzinhos eles maus, pois atacavam os seus irmãos sobre a nossa protecção, enquanto nós queimávamos tudo onde não pudéssemos chegar .

Vamos lá aclarar o nosso passado e provar se haveria ou não os tais assassinos entre nós que tanta celeuma provocou a algum tempo atrás.
Quanto ao Estado assassino não teremos dúvidas.
Sendo verdade ou mentira, é muito importante teres trazido esta questão novamente para a actualidade.
Onde e quando foi? É muito importante sabermos a verdade.
Um abraço

Juvenal Amado

mario gualter rodrigues pinto disse...

Caros camaradas

Ao escrever este post., só poderei contar e comentar aquilo que vi ou vivi na minha ZA.

Posso afirmar que SACANCAUR, bastião do PAIGC, bem conhecido no Sul era constantemente bombardeada pela aviação com NAPALM.

O meu sector que ia desde MAMPATÁ até NHACOBÁ para Sul, era uma zona do IN de infiltração constante de colunas de abastecimento pelo corredor de MISSIRÃ que provinha do Corredor de Guileje via SALANCAUR, e nele eram utilizados
vários tipos material proibido como fósforo e balas Dum dum tanto em acções militares como em armadilhas. Nada que o IN tambem não utilizasse.

Lembro os camaradas que as colunas do PAIGC, na sua maior parte eram constituidas pela população por eles controlada, e por isso as maiores vítimas.

O caracter de assassino já aqui evocado não pode ser considerado plausivel, porque era acto de Guerra no impedimento de acção IN contra as NT.

Posto isto, creio ter esclarecido os camaradas da nossa Tabanca.

Ao camarada António Matos o meu agradecimento pelo exclarecimento, pois desconhecia a data da proibição do Napalm.

Um abraço

Mário Pinto

Carlos Vinhal disse...

Camaradas
Continuamos a não entender o nosso papel na guerra colonial. Nem admira.

Uns dizem que fomos vítimas, outros que fomos assassinos. Diria que, se calhar, nem uma coisa, nem outra. Fomos simplesmente apanhados pelo momento da História.

Grave, é nós próprios nos acusarmos de termos saído mal na fotografia. O nosso camarada Juvenal Amado, exagerará quando diz que alguns de nós terão vergonha do que fizeram na guerra. Vergonha foi matar a sangue frio, pelo instinto mórbido matar e de desrespeito pelo IN. Bombardear com Napalm ou com bombas. Que diferença fazia? Montar minas e fornilhos não era estupidamente cruel e cobarde? Ou desculpa-se neste caso porque se fazia de ambos os lados? Se o PAIGC tivesse aviões, não bombardearia com Napalm? Importar-se-ia com os seus irmãos de cor?
Parece até que o Napalm nem era proibido. Ironia. As G3, as Kalashes, as granadas, as minas, os fornilhos, as armadilhas, as emboscadas, as..., as..., etc, também não eram proibidas. Não matavam por acaso?

O que hoje se vê no Iraque e no Afeganistão, com aqueles ataques suicidas, utilizando a boa (?) fé de voluntários, que matam indiscriminadamente (matando-se) onde quer que seja, em nome de um Alá (ou outro Deus qualquer), inocentes, mulheres e crianças que estão no lugar errado à hora errada. Isto não é assassínio? Claro, só que neste caso o homicida é logo condenado e executado.

À vossa consideração, com um abraço
Carlos Vinhal

António Matos disse...

Parecer-me-ia bem que a discussão da temática sobre as armas proibidas fosse inserida num contexto mais alargado onde se pudesse ajuizar o referido uso tendo na mente um conjunto de protocolos que tentam estabelecer uma linha condutora do raciocínio.
Para tal, sugiro a leitura das Convenções de Genebra, as suas actualizações e demais literatura.
Confesso a minha perplexidade perante opiniões que, sendo válidas, não podem ser taxativas como que portadoras da verdade !
Por outro lado, permitam-me que, tendo sido especialistas em minas e armadilhas e tendo montado ( juntamente com as equipas formadas para o efeito ) o maior campo de minas em todo o ultramar ( na altura ), repudie a noção que eu estava a usar armas proibidas !
Se o eram, pertencia à tutela esse juízo de valor e não, obviamente, ao soldado, que se limitava a cumprir ordens.
Finalmente, deixo um pedido aos políticos para que, então, usem das suas influencias no sentido de alterarem as ditas convenções pois o seu preceituado é de rir face aos dias de hoje !
António Matos

Anónimo disse...

Segundo creio a bomba atómica não

terá sido utilizada na Guiné. Ou

foi?


Jorge Cabral

Anónimo disse...

Caro Mário Pinto, conheci as três 'frentes' e nunca me foram fornecidas ou tive acesso às munições que refere.

Quanto a improvisos...
é conhecido o 'nosso' espírito inventivo
MAS!
qual é o intuito ou benefício desta sua evocação?

S.Nogueira

Juvenal Amado disse...

Camaradas
Aceito que a forma que escrevi tenha algum exagero de linguagem ou melhor, talvez não me tivesse explicado bem.
O Carlos Vinhal está certo.
Todos fizemos os possíveis por nos defender de todas as formas.
Quando me refiro aos acontecimentos não me refiro a nós, meros actores, daquele teatro trágico.
Refiro-me sim a quem era responsável pela direcção da própria guerra. Se alguma arma ou munição proibida era usada, era porque a punham à disposição dos combatentes.
Fomos tão vítimas como os guineenses daquela guerra, que como o Carlos diz, fomos apanhados pelo momento histórico.
Um abraço
Juvenal Amado

Joaquim Mexia Alves disse...

Ó Jorge Cabral olha que foi utilizada, mas era uma das pequeninas!!!

Triste sina esta dos portugueses que gostam numa pretensa busca da verdade diminuir-se cada vez mais!

Para este peditório não dou!

Abraço camarigo para todos.

Anónimo disse...

Joaquim, caríssimo
Assino por baixo tudo o que dizes.
Que peditório!...
E ainda há tanta gente a pôr a esmolinha!
Parece que ainda não entenderam que a guerra da Guiné foi isso mesmo, uma guerra.
Um abraço,
António Graça de Abreu

mario gualter rodrigues pinto disse...

Caro S. Nogueira

Não sei em que frente esteve nem isso para aqui interessa, o que eu pretendo dizer é que utilizámos tudo o que estava ao nosso dispor, mesmo material que era considerado proibido.

O sentido que eu pretendi dar a este post com esta evocação era que nem sempre fomos os coitadinhos e os ingénos que alguns nos querem fazer crer, se
calhar não me expressei
convenientemente, por isso peço desculpa.


Um abraço

Mário Pinto

Anónimo disse...

Para este peditório também não dou!!
Depois, desculpem a minha ignorância, só conheço uma bebida chamada genebra, execrável para mim, e uma cidade Suíça...linda,linda!
Quanto a convenções, bem quanto a isso, conheço tantas e acabo por baralhar e de nenhuma me lembrar. E ainda há o masoquismo...o...etc...

Eu não me revejo neste tipo de polémicas ou este tipo de escrita.
Mesmo tendo sido usada a bomba atómica, o que desanuviou a leitura. Francamente não estou para ficar aborrecido. Problema meu e só por mim poderá ser resolvido.
Adeus até ao meu regresso.
Os soldados portugueses eram gente ruim...coitados dos soldados!
Torcato Mendonça

manuel maia disse...

Camaradas,

Tantas foram as armas utilizadas,tantas as explicações sobre a sua proibição,ou não,que dou comigo a pensar,na utilização do gás...

E,meus amigos,sobre o gás poderíamos enumerar vários tipos...

Mas será que alguém se lembrou do gás "fajónico"que todos, especialmente logo após a ingestão
duma dobrada ou feijoada à moda do Porto,da forma mais democrática soltávamos?

Pense-se nisso e agrdeçamos à onu não nos ter acusado de nada...

Deixemos lá as armas,e pensemos noutra coisa.
um abraço
manuel maia

Anónimo disse...

Será que as abelhinhas quando usadas tambem eram arma ilegal??

Quanto ás feijoadas,Manuel Maia,que recorde, só à "moda da tropa" e à "Sul Africana em lata" me passaram pelo "goto".Se fosse à moda do Porto... não havia "turra "que nos resistisse!!

Luis Faria

Anónimo disse...

Caro Mário Pinto,

Tenho a certeza que o teu artigo, aqui publicado, foi escrito na melhor das intenções. E se bem li assim conclui.

Todavia há algo que julgo ser importante para quem nos lê.

Tanto quanto eu saiba eu nunca usei desse tipo de munições ou alterei a configuração das balas.

Saí da CCaç 3327 com cerca de 10 meses de comissão. Durante aquele tempo não foram montadas qualqueres tipos de minas, fornilhos ou armadilhas. A nossa missão não permitia fazê-lo.

Quando cheguei ao destacamento de São João todos os campos de minas e armadilhas estavam montados. Aí desconheço o material usado, mas tenho a certeza que nunca ouvi falar nada sobre esse assunto.

Entre os campos de minas existentes havia um único fornilho que estava montado no meio da picada (estrada) São João/Nova Sintra. Esse fornilho era apenas reforçado com granadas de morteiro 60, salvo correção por quem o montou ou tenha visto montar.

Vou mais longe. No referido destacamento nem tinhamos qualquer graduado com o curso de minas e armadilhas.

Todos os nossos campos de minas e armadilhas, na altura, eram supervisionados por um furriel que vinha de Bolama. Lembro-me de ter feito patrulhas de reconhecimento aos campos minados com o referido graduado.

Mas a pergunta impõe-se: eramos melhores, piores ou iguais aos outros?

Sem querer ser controvesso, e muito menos levantar outro problema para este blogue, direi apenas o seguinte: a guerra veio ter comigo. Eu fui obrigado, por lei, a ir ter com ela.

Perante esses dois factos tenho a certeza que adquiri um direito: o de me defender (e aos meus camaradas) com aquilo que me foi dado para fazê-lo.

Nesse enquadramento nunca a consciência me poderia doer por acusatória.O mesmo não diria se, deliberadamente, infligisse sofrimento humano sem a necessidade de o fazer.

Um abraço do,
José Câmara

António Matos disse...

Mário Pinto, parabéns pelo teu post pois recolheu já uma bonita soma de comentários a atestar da oportunidade do tema.
Isto pese embora os que dizendo nada darem para tal peditório, sempre vão deixando umas moedinhas ....
Enfim, incongruências ....
Espero, claro, que algumas faltas de cultura geral demonstradas não sejam mais do que o sinal de quem diz porque o outro também disse e o outro, e o outro e o outro ...
Ressalvo, evidentemente, a alusão ao gás fajónico soberbamente relembrado pelo Manuel Maia que eu, no passado fim de semana, tive ocasião de atestar o depósito ao jantar no Abadia, na Invicta, empurrado, para melhor compactação, com um verde tinto excelente a pedir bis !
António Matos

Joaquim Mexia Alves disse...

Caro António Matos

Gostava que explicasses melhor o teu comentário, pois receio não o ter entendido.

Abraço camarigo

António Matos disse...

Caro Mexia Alves, independentemente da quantidade de sub-reptícias que grassam pelo blog ( situação mais ou menos normal nestas andanças de quem se pretende fazer entender por escrito ) tenho muito prazer em ir ao encontro do teu pedido ficando no entanto a informação de que não farei disto o meu hábito.
Suponho, entretanto, que alguma pulga te tenha ficado atrás da orelha na dúvida de te estar a mandar alguma indirecta o que não é verdade pese embora a tua alusão ao "peditório".
Essa tua expressão teria passado absolutamente incólume pelo meu crivo crítico não fosse o despoletar de outros "benfeitores" que lhe seguiram mas que na mão, em vez da esmolinha, traziam mais uns fulminantezitos para provocarem as detonações por simpatia ( estou a usar linguagem do foro dos explosivos, nota ).
Caro Mexia Alves, espero que seja suficiente o que acabo de dizer pelo que daqui te envio um abraço.
António Matos

Anónimo disse...

Caros camaradas

Mas alguém conhece algum tipo de guerra "limpa".
Revejam a história do mundo, desde que começou a ser escrita, inclusivamente desde o arco e flecha. Lembram-se do azeite a ferver lançado do alto das muralhas dos castelos?
Nada temos que nos recriminar!
Não digo que não possa ter havido um ou outro excesso (nunca assisti a nenhum), mas, foi só do nosso lado?
Fizemos o que tínhamos de fazer, como certamente o PAIGC também o fez (ou acha que fez).
Ou eles eram alguns santinhos que nos poupavam ao que quer que fosse? Ou que deixavam de usar qualquer tipo de arma para não nos "magoar"?
Quanto às tais armas proibidas, confesso que também não as usei e nem sequer vi pelos locais por onde andei.
Concordo plenamente com o comentário do Carlos Vinhal.

Um abraço para toda a Tabanca

José Vermelho
Ex-Furriel Milº CCAÇ 3520
Cacine/Cameconde
CCAÇ 6 Bedanda
CIM - Bolanm