1. Mensagem natalícia da nossa amiga Gilda Pinho Brandão (hoje, Brás, por casamento). uma órfã de guerra, que através do nosso blogue ganhou um novo país e uma nova família (um caso que muito sensibilizou e mobilizou os amigos e camaradas da Guiné reunidos nesta Tabanca Grande) (*):
Para todos vós
A todos os meus amigos, colegas e a àqueles que não pertencendo a nenhum dos dois grupos, "pisaram a areia da minha praia", deixando recordações de carinho, solidariedade, respeito e consideração e, me surpreenderam levando-me a acreditar que vale a pena que os anos se sucedam, sempre na esperança de ter sonhos, se não concretizados, pelo menos sonhados, desejo "Um Natal cheio de Paz e que a nova década seja cheia de alegria e prosperidade".
Um beijinho de coração,
Gilda Brandão
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Nota de L.G.:
Vd. postes de:
30 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1798: Região de Catió: Descendentes da família Pinho Brandão procuram-se (Gilda Pinho Brandão)
(...) 1. Mensagem enviada por Gilda Bras:
Muito boa tarde,
Parabéns pela vossa página, pois ajudou-me a descobrir que a família que eu procuro há mais de 35 anos, foi importante para a formação da Guiné.
Não sei se alguém me pode ajudar, eu gostava de encontrar familiares do Afonso Pinho Brandão e Manuel Pinho Brandão, comerciantes importantes na Guiné na altura da Guerra.
Sou filha do Afonso Pinho Brandão, chamo-me Gilda Pinho Brandão. Se me puderem ajudar, podem fazê-lo para o meu e-mail.
Muito obrigada e continuem com o vosso bom trabalho.
Cumprimentos
Gilda Brás (...)
3 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1811: Vim para Portugal aos 7 anos, em 1969, e não tenho uma fotografia de meu pai, A. Pinho Brandão (Gilda Pinho Brandão, 44 anos)
(...) A minha história é um bocado longa, mas vou tentar resumi-la em poucas linhas:
(i) Vim da Guiné em 1969, a pedido da mãe do militar (Furriel Pina) que me trouxe; tinha 7 anos e lembro-me de vir num barco de guerra com os militares todos e mais um menino negro chamado Domingos (já falecido).
(ii) Esta família deu-me tudo e cuidou de mim como se fosse da família; hoje com 44 anos, perdi um bocado as minhas raízes guineenses, mas tenho uma família portuguesa fantástica.
(iii) Este ano acabei por descobrir que tenho mais 8 irmãos (só da parte do pai Afonso), espalhados por Portugal, Alemanha e Guiné. Conheci dois deles no fim-de-semana passado e espero muito em breve conhecê-los todos.
(iv) Os meus familiares maternos continuam na Guiné, poucas lembranças tenho deles, o único membro de que me lembrava mais ou menos era da minha avó, mas que já faleceu há algum tempo, a minha mãe faleceu há cerca de 2 anos.
(v) Nunca mais voltei lá mas, agora que tenho uma filha, terei que pensar em visitá-los, para lhe apresentar a família biológica.
Mais uma vez muito obrigada pelas vossas palavras, a guerra foi muito “feia” e “má”, mas contribuiu para se fazerem GRANDES AMIZADES. (...)
5 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1817: Catió: Em busca da família Pinho Brandão (Leopoldo Amado / Victor Condeço / Armindo Batata / Gilda Pinho Brandão)
(...) Bom dia Amigos,
Muito, muito obrigada. Não encontro palavras, para vos expressar o que sinto com todas estas informações.
Vou falar com o meu irmão (Furriel Pina), para o caso de ele ter algumas fotos nossas da Guiné e dar-lhe o contacto desta fantástica Tertúlia de Amigos da Guiné.
Ao Dr. Luís Graça em particular, os meus sinceros agradecimentos pelo tempo dedicado ao meu caso.
Cumprimentos e até breve
Gilda Brás (...)
25 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1994: Tabanca Grande (29): Gilda Pinho Brandão: uma mulher feliz, que ganha uma nova família e um novo país
(...) Boa tarde, Amigo Luís,
Pois é, este fim-de-semana recebi a visita do nosso amigo Pepito, um ser humano extraordinário e um guineense orgulhoso, que fala do seu país e das suas gentes com uma paixão indescritível, por mim ficava o dia todo a ouvi-lo, pena não ter podido ficar mais tempo.
Relativamente aos meus familiares, falou-me no meu primo Carlos Pinho Brandão, que foi colega dele de curso [, de Agronomia,] das circunstâncias da morte do meu pai [, Afonso Pinho Brandão,] que foram um pouco dramáticas, pois segundo o Carlos contou ele era muito querido pela população, era um homem bastante sociável: ao fazer frente a uns balantas que se queriam apropriar da casa dele, acabou por ser morto, pois estava em inferioridade numérica. O Pepito também falou-me acerca dos fulas, etnia da minha família materna. A seguir ao encontro com os meus irmãos, este foi um dos momentos mais marcantes desde que comecei esta busca pelas minhas raízes (...).
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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