Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Guiné 63/74 - P10266: Bibliografia de uma guerra (63): Uma foto de 1972 que documenta a visita da Cilinha a Cufar (Armando Faria)
1. A propósito do Power Point (enviado à tertúlia) elaborado pelo camarada Manuel Sousa para apresentação do seu livro "Prece de um Combatente - Nos Trilhos e Trincheiras da Guerra Colonial", recebemos a seguinte mensagem do nosso camarada Armando Faria (ex-Fur Mil Inf Minas e Armadilhas da CCAÇ 4740, Cufar, 1972/74):
Boa noite camarada.
Nem sempre é possível e fácil estar presente com alguma informação em tempo útil, mas face a esta mensagem apraz-me aqui um comentário.
A foto inicial da apresentação do livro deste camarada* onde está bem visível a Cilinha em visita, o local é CUFAR e foi de visita à CCAÇ 4740 que lá esteve estacionada de Julho de 1972 a Julho de 1974 e ao pessoal do CAOP na zona de CUFAR.
Ao lado da Cilinha nas suas costas e mesmo junto a ela sou eu, ex-Furriel Armando Faria da CCAÇ 4740, então de bigode à boa maneira militar.
Isto é só e apenas por curiosidade.
Parabéns ao autor e a todos aqueles que continuam a recordar/exorcizar momentos que teimam em ficar, nos seguem nos dias que passam e perseguem no sono que teima em não vir.
Um abraço a todos e não deixem de visitar a nossa pagina em: http://ccac4740.com/
Cumprimentos,
Armando da Silva Faria
Ex-Fur Mil da CCAÇ4740
Cufar/Guiné
1972/74
e-mail: asfaria.seguros@sapo.pt
____________
Nota de CV:
(*) Vd. poste de 2 de Agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10219: Bibliografia de uma guerra (59): Prece de um Combatente - Nos Trilhos e Trincheiras da Guerra Colonial, de Manuel Luís Rodrigues Sousa
Vd. último poste da série de 12 de Agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10255: Bibliografia de uma guerra (62): Primeiro Capítulo do próximo livro "Quebo", de Rui Alexandrino Ferreira (3): Primeira parte do depoimento do Major General Pezarat Correia (2)
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11 comentários:
Apenas por curiosidade, o major em primeiro plano é o meu bom amigo, hoje Cor. Art. Nelson de Almeida Matos, na altura Oficial de Operações em Cufar, no CAOP 1.
Mesmo em frente à Cilinha, está o alf. mil. António Graça de Abreu, pau para toda a obra no CAOP 1.
Obrigado, meu caro Faria, por mais esta singular fotografia, que eu não conhecia.
Abraço,
António Graça de Abreu
A foto deve ser da segunda metade de 1973 e não de 1972, porque em 72 nem eu nem o major Matos estávamos em Cufar.
Abraço,
António Graça de Abr4eu
Gostei dessa postura. Um recém académico "progressista", concerteza...o primeiro à frente dos seus(?) homens respirando os bafos do MNF.
Embora tenha q reconhecer que era uma imagem 'bonita' para a época !!!
Cumprimentos.
Carlos Filipe
Ai, Carlos Filipe,não me sei
nivelar ao teu entendimento.
Fica com os bafos, os bufos, as bufas.
Saudações.
António Graça de Abreu
... que este postal, supostamente sobre «a "Cilinha" retratada em Cufar», difunde um completo disparate!
Em tempo, aqui ou em outro local, tive ocasião de afirmar, e repito:
- a menina que ali está retratada, não é - de modo algum poderia ser -, Cecília Supico Pinto (nascida em 1921... )!
Acaso subsistam dúvidas - ou mesmo teimosias do género "eu é que sei porque 'tava lá" -, sugerem-se visitas/revisitas a algumas outras fotos, como por exemplo no destacamento de Carenque em 1973
prof2000.pt/users/secjeste/arkidigi/Carenque01
e tb aqui...
ultramar.terraweb.biz/Cilinha/Cilinha.pdf
Cordialmente,
J.C. Abreu dos Santos
___
À Cilinha o que é da Cilinha, aos artistas de circo o que é dos artistas de circo.
O Abreu dos Santos terá toda a razão.
A foto, quase aposto, é de uma das artistas do circo Sevilha que foram dar espectáculo a Cufar no dia 24 de Janeiro de 1974.(ver o meu Diário, pag. 190) Toda a tropa da CCaç. 4740 e do CAOP 1 em redor, bem alinhada para assistir ao
show cirquense, não parece estar ali para ouvir a Cilinha.
Mas a Cilinha andou por Cufar e pelo sul nos últimos dias de Fevereiro de 1974. Em Cacine até esteve debaixo de fogo, num ataque ao aquartelamento (ver meu Diário pag. 200).
De qualquer modo, esta foto com a
não Cilinha, é interessantíssima.
Abraço,
António Graça de Abreu
Lá está !!!
Eu tambem lá estava, só que a Dª Cilinha era outra.
Desculpem a ironia. Esta foi p/ Antonio Graça Abreu.
E aqui está porque não és capaz de responder a questões concretas claras e concisas que te colocam.
Cumprimentos para todos e para cada um.
Mais uma vez desculpem a ironia minha.
Carlos Filipe
A Sra. Supico Pinto, esteve em finais de fev. 74 em gadamael.
Foi acompanhada pelos "fuzos" de cacine.
Ao desembarcar na ponte cais..lançou um assobio e imitou uma rajada...muito simpática, pediu tintol de bidon..provou e perguntou se não havia wisky..claro que havia e era do bom...old parr.
Distribuiu os géneros habituais,discos e cigarros, e botou o discurso da praxe...tinha garra e coragem e defendia aquilo em que acreditava.
Entretanto,começou a correr o boato.. que iria pernoitar no aquartelamento e que no dia seguinte iria um heli. buscá-la..primeiro estupefacção geral e em seguida revolta..os discos passaram a discos voadores e até um mais marado apareceu com uma granada na mão dizendo que a faria explodir..
A Sra. não teve outro remédio senão retirar-se estrategicamente para cacine..
Após a sua saída..aconteceu o que era hábito..fomos flagelados mas sem consequências..
Caro A. Graça, nesse dia devias ter o azimute trocado.
C.Martins
Filipe
Deste-me trabalho, tive de procurar.
A ignorância, a tua teimosia, creio que serão perpétuas, até ao fim dos teus dias que desejo longos e com saúde.
Recomendo-te a leitura dos posts 8939, e 8928, sobretudo os comentários:
Diz o C. Martins que esteve em Boé e Lugajole em 2006 e sabe muito bem do que fala:
"É evidente que a cerimónia da proclamação da independência foi feita na guiné-conakri.
Só que para a propaganda do paigc tinha todo o interesse em dizer que foi na guiné.
A região do boé estava abandonada, logo poderia parecer que era o local ideal, só que tinha um grande inconveniente era e é uma zona de savana, e uma grande concentração de pessoas não passaria despercebida para não falar de prováveis fugas de informação.
Correriam grandes riscos se o fizessem...foram inteligentes..só.
O resto é propaganda.
C. Martins
Fui lá em 2006, toda aquela região é muito seca e é savana.Existem árvores de grande porte mas dispersas,não há matas densas.Para leste na direcção da fronteira há um rio afluente do corubal relativamente largo e que tem um forte caudal na época das chuvas.
Não havia ninguém em lugadjole que confirmasse se tinha sido lá que tinha sido proclamada a independência.
Pelo que vi, se houvesse uma grande movimentação de pessoas eram facilmente detectadas por via aérea para já não falar na logística que tinha que ser empregue, devido a não existir no terreno qualquer estrutura de apoio.
O terreno não é plano, é um sobe e desce contínuo e não havia qualquer picada em direcção à fronteira.
Todas as pessoas teriam que se deslocar a pé.
Foi-me confirmado por quem assistiu à cerimónia que esta se realizou em território da guiné-conakri.
Cada um que tire as conclusões que quiser.
C. Martins
Lê também o comentário do José da Câmara.
Recomendo-te apenas que aprendas a
conhecer e a respeitar a verdade dos factos.Nunca é tarde.
E não estou disposto a responder a mais atoardas, ironias bacocas vindas do Carlos Filipe. Todos os camaradas da Guiné me merecem enorme respeito, vivemos e sofremos uma mesma guerra.
Mas quando a ignorância ou falta de argumentos dão lugar ao pseudo-sibilante insulto, estamos entendidos.
Saudações,
António Graça de Abreu
Antonio Graça Abreu, aqui o assunto é a Suposta Dª Cilinha da foto deste post, e não a proclamação de independência pelo paigc.
Porque aqui o importante é dizer-nos se sempre é ou não a Dª Cilinha. Estavas numa posição previligiada p/ nos esclarecer agora. Obrigado e cumprimentos a todos.
Carlos Filipe.
Carlos Filipe
Não me custa nada reconhecer que não se trata da Cilinha. Fui atrás do comentário do Faria da 4740, vi o major Matos, pareceu-me ser eu diante da rapariga e assinei de cruz.
O Abreu Santos referiu e bem que a Cilinha em 1974 tinha mais de cinquenta anos, a moça da foto parece andar pelos vinte. Ela está com um cesto na mão, creio que a recolher umas moedinhas que para o pessoal do Circo Sevilha.
Quando me engano, e engano-me muitas vezes, não me custa nada reconhecer os meus erros.
Saudações
António Graça de Abreu
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