segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Guiné 63/74 - P10303: Passatempo de verão (10): As árvores também choram... (Luís Graça)


Quinta de Candoz > 24 de setembro de 2011 > Os "ouriços" do castanheiro... Candoz foi roubado à floresta de castanheiros, que aqui crescem espontaneamente, tal como os carvalhos...



Quinta de Candoz > 8 de junho de 2012 > O nosso orgulhoso sobreiro... Tem menos de 50 anos,
é portentoso, não dá cortiça de qualidade mas a sua sombra é tutelar e o sítio onde está implantado inspirador...

Fotos:   ©  Luís Graça (2011).  Todos os direitos reservados



Quinta de Candoz > 24 de setembro de 2011 > Abate de um castanheiro

Vídeo (38''):  
 ©  Luís Graça (2011). Alojado em You Tube > Nhabijoes >
1. As árvores também choram. Quando o machado, a motosserra ou a bulldozer as abate. Na Quinta de Candoz (Portugal), no Cantanhez (Guiné-Bissau) ou na Amazónia (Brasil). As razões podem não ser (nem são) as mesmas. Na Quinta de Candoz, os castanheiros selvagens competem, pelo espaço vital,  com a vinha de vinho verde, sustento da casa (leia-se: dá para a luz, o gás, o gasóleo, os tratamentos da vinha, o IMI...).

Houve tempos em que tinham valor económico, os castanheiros, só pela madeira. Hoje nem isso. E para darem boas castanhas, têm de ser enxertados... É das árvores que,  em termos de estética da paisagem, eu mais admiro, a seguir aos carvalhos (que são os nossos poilões). É uma dor de alma ver as nossas florestas de castanheiros, carvalhos e sobreiros (que crescem aqui muito rapidamente) serem destruídas pelo raquítico, inestético e invasor eucalipto, uma praga que veio da Oceania e é uma ameaça séria para a nossa paisagem mediterrânica... 

Candoz pertence à freguesia de Paredes de Viadores, concelho de Marco de Canavezes. Do outro lado do vale é Baião. Pertencia ao concelho de Bem-Viver, com sede em Sande, concelho esse que foi extinto em meados do séc. XIX.Há 300 anos estas terras eram fracas de cereal e abundantes em castanha, segundo a  Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal, do P. António Carvalho da Costa (3 volumes, Lisboa, 1706-1712).
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Nota do editor:

Último poste da série > 26 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10300: Os nossos passatempos de verão (9): A andorinha da Tabanca de Candoz, que é leal, gregária, solidária, corajosa, persistente, vai à luta, não desiste... (Luís Graça)

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