Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 40, sem legenda > O comandante da companhia sentado à entrada da sua morança (?), ou então mais provavelmente da secretaria, ou ainda do bar/messe de oficiais. Neste tempo já havia abrigos, construídos pela engenharia militar, presumindo-se que todo o pessoal militar dormisse, pelo menos, nos abrigos...
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 9, sem legenda > A porta de armas... Ao fundo, uma série impressionate de barris com frases saudando os visitantes de Guileje.
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 45, sem legenda > Aspeto parcial do aquartelamento e tabanca... Ao todo viviam em Guileje cerca de 800 pessoas, entre civis e militares.
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 46, sem legenda > Mais um aspeto parcial do aquartelamento e tabanca. Do lado esquerdo, um dos espaldões da artilharia (um das 3 peças 11,4, que defendiam Guleje, orientadas para a fronteira, a sul).
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 42, sem legenda > Vista aérea, geral, do aquartelamento e tabanca. Ao fundo, os três espaldões de artilharia, antes a orla da floresta... Ao lado direito, o heliporto
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 45, sem legenda > Porta de armas, passadeira VIP feita com garrafas de cerveja dando acesso à pista de aviação e ao fundo um dos impressioantes "bunkers" construídos pelo BENG.
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 6, sem legenda > Guiné > Região de Tombali > Guileje > Porta de armas e por detrás um dos "bunkers" construídos pela engenharia militar no tempo da CART 2410 (1969/70). Jorge Parracho e um dos seus alferes (presume-se que seja o Rodrigues).
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Álbum fotográfico do cor inf ref Jorge Parracho > Foto n.º 39, sem legenda > O cap Parracho com a malta do Pel Art n.º 5, que era comandado pelo alf mil art Cristina... O quarto militar, na primeira fila, a contar da direita para a esquerda, parece ser o alf mil médico Mário Bravo, nosso grã-tabanqueiro.
Fotos: © Jorge Parracho / AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. [As fotos de Jorge Parracho foram disponibilizadas à ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau, em 2007, no âmbito do projecto de criação do Núcleo Museológico Memória de Guiledje. Não têm legendas, vêm apenas numeradas.
Legendagem da responsabilidade de L.G, que recorreu às informações já aqui publicadas pelo Orlando Silva sobre a CCAÇ 3325].
1. Já aqui chamámos, no devido tempo, a atenção para a a qualidade dos materiais usados pela Engenharia Militar na construção dos abrigos de Guileje que toda a gente diz (ou dizia) que eram os melhores da Guiné... As escavações arqueológicas, pela AD - Acção para o Desenvolvimento, vieram mostrar as placas de cimento armado ainda estavam como novas, ao fim de quase 4 dezenas de anos, capazes de aguentar bem o morteiro 120...
O José Barros Rocha, ex-alf mil, da CART 2410, os Dráculas, chegou a Guileje em Junho de 1969, e por lá ficou até Março de 1970. Já aqui nos falou também sobre a construção dos abrigos:
"Recordo-me que houve um Pelotão de Engenharia que durante esse período aí esteve sediado para construir dois abrigos de betão armado, e que se afirmava serem à prova das granadas do Morteiro 120 ou 122. Dois Pelotões aí tinham a sua residência!!! Tais abrigos localizavam-se por detrás do refeitório e à direita da saída para estrada que seguia para Mejo"...
Recorde.se aqui as companhais que passaram por Guileje, desde o tempo do José Barros Rocha, de junho de 1960 a maio de 1973:
CART 2410 (Jun 1969/Mar 1970) (contacto: Armindo Batata,. comandante do Pel Caç Nat 51)
CCAÇ 2617 ( Mar 1970/Fev 1971) > Os Magriços (contacto: Abílio)
CCAÇ 3325 (Jan 1971/Dez 1971) > Os Cobras de Guileje (contacto: Jorge Parracho)
CCAÇ 3477 (Nov 1971 / Dez 1972) > Os Gringos de Guileje (contacto: Amaro Munhoz Samúdio)
CCAV 8350 (Dez 1972/Mai 1973) > Os Piratas de Guileje (contacto: José Casimiro Carvalho )
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Outubro de 2010 > Escavações no antigo aquartelamento das NT, abandonado em 22 de Maio de 1973 > Foto n.º 12 > Um curioso artefacto produzido por um militar da CCAÇ 3325 (À direita, a sua efígie; de quem seria ?)...
Fotos: © Pepito / AD -Acção para o Desenvolvimento (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados
2. A origem destas fotos do cor inf ref Jorge Parracho já foi aqui explicada pelo nosso amigo Pepito, em poste de 15 de janeiro de 2007:
(...) Queria pedir-te dois apoios, embora saiba que tempo é o que tens menos:
(i) Quando aí estive no verão 2006, conheci o Coronel Jorge Parracho que me forneceu excelentes fotos, algumas das quais te enviei. Nessa altura, e por seu intermédio conheci o ex-enfermeiro de Guiledje, Vitor Manuel Rodrigues Fernandes (CCaç 3325) que estava na altura a digitalizar o Livro da Unidade, tendo-mo prometido logo que acabasse (em finais de Setembro). O favor que te pedia era o de, se possível, dares-lhe uma chamada (933323135) para saber se ele já concluiu o trabalho e se te poderia dar esse documento, para tu mo dares.
(ii) Como vou aí na 3.ª semana de Fevereiro, gostaria de contactar com o [Coronel] Coutinho Lima, último Comandante do quartel de Guiledje [ou, melhor, do COP 5], elemento determinante do nosso
(i) Quando aí estive no verão 2006, conheci o Coronel Jorge Parracho que me forneceu excelentes fotos, algumas das quais te enviei. Nessa altura, e por seu intermédio conheci o ex-enfermeiro de Guiledje, Vitor Manuel Rodrigues Fernandes (CCaç 3325) que estava na altura a digitalizar o Livro da Unidade, tendo-mo prometido logo que acabasse (em finais de Setembro). O favor que te pedia era o de, se possível, dares-lhe uma chamada (933323135) para saber se ele já concluiu o trabalho e se te poderia dar esse documento, para tu mo dares.
(ii) Como vou aí na 3.ª semana de Fevereiro, gostaria de contactar com o [Coronel] Coutinho Lima, último Comandante do quartel de Guiledje [ou, melhor, do COP 5], elemento determinante do nosso
projecto. (...)
Legenda:
(i) Pelo que se consegue perceber nesta infografia, o aquartelamento e a tabanca de Guileje formavam um rectângulo, todo minado à volta, na parte desmatada, com minas, armadilhas e fornilhos;
(i) Pelo que se consegue perceber nesta infografia, o aquartelamento e a tabanca de Guileje formavam um rectângulo, todo minado à volta, na parte desmatada, com minas, armadilhas e fornilhos;
(ii) A orientação parece ser norte/sul, tendo as peças de
artilharia de 11.4, em número de três, apontadas para a fronteira com a
República da Guiné-Conacri (a sul);
(iii) Podem ver-se ainda as posições dos morteiros, a verde: dois 81 (incluindo o 'meu', o que era operado pela secção do Furriel Carvalho, do lado oeste, junto a um dos abrigos) e dois 10,7 (ou 120?);
(iv) A oeste, há um campo de futebol, uma pista de aterragem de aeronaves e um heliporto;
(v) Ao longo do perímetro do aquartelamento, há arame farpado, postos de iluminação, postos de sentinela (cinco), abrigos e valas, todos devidamente assinalados;
(vi) As palhotas da tabanca situam-se dentro do perímetro do aquartelamento;
(vii) O trilho que corre a norte da pista de aviação era o trilho da água, o que significava que as NT e a população precisavam de sair do perímetro defensivo para se abastecer do precioso líquido;
(viii) A esttrada que atravessava o aquartelamento e a tabanca, no sentido norte/sul era a que seguia para Mejo e Bedanda (a noroeste) e ligava a sul à estrada de Mampatá - Gadamael - Cacine, ao longo da fronteira.
Infografia: © José Casimiro Carvalho (2005)/ Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.
(iii) Podem ver-se ainda as posições dos morteiros, a verde: dois 81 (incluindo o 'meu', o que era operado pela secção do Furriel Carvalho, do lado oeste, junto a um dos abrigos) e dois 10,7 (ou 120?);
(iv) A oeste, há um campo de futebol, uma pista de aterragem de aeronaves e um heliporto;
(v) Ao longo do perímetro do aquartelamento, há arame farpado, postos de iluminação, postos de sentinela (cinco), abrigos e valas, todos devidamente assinalados;
(vi) As palhotas da tabanca situam-se dentro do perímetro do aquartelamento;
(vii) O trilho que corre a norte da pista de aviação era o trilho da água, o que significava que as NT e a população precisavam de sair do perímetro defensivo para se abastecer do precioso líquido;
(viii) A esttrada que atravessava o aquartelamento e a tabanca, no sentido norte/sul era a que seguia para Mejo e Bedanda (a noroeste) e ligava a sul à estrada de Mampatá - Gadamael - Cacine, ao longo da fronteira.
Infografia: © José Casimiro Carvalho (2005)/ Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:
Último poste da série >16 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10390: CCAÇ 3325, Cobras de Guileje (1971/73): Parte VIII: Mais fotos do álbum do cor inf ref Jorge Parracho, que integram hoje o Núcleo Museológico Memória de Guiledje
9 comentários:
Todos os camaradas,sem exceção, que passaram por Guileje, entre 1964 e 1973, merecem o meu apreço e admiração. Todos cumpriram ordens e deram o seu melhor na defesa na daquele ponto estratégico do território da Guiné onde flutuava a bandeira verde rubra...
Há quem pense que se tem falado demasiado de Guileje, até mesmo "ad nauseam", neste blogue... Na realidade, há unidades de que ainda não tínhamos falado, é o caso da CCAÇ 3325, Os Cobras de Guileje de quem formalmente não temos ainda ninguém registado na Tabanca Grande (aguardo a resposta ao convite feito a Orlando Silva e a Jorge Parracho).
O que acontece é que o número de documentos, de fotos, de depoimentos, de histórias, tem favorecido Guileje em detrimento de outros lugares onde também demos o nosso melhor, dois anos da nossa vida...
Guileje e Bambadinca são os topónimos sobre os quais há mais referências no nosso blogue: cerca de 350... à frente de Bissau (270), Mansoa (270), Nhacra (220), Bafatá (190), Mampatá (190), Gadamael (180), Mansambo (180), Bula (180), Buba (170), Xime (170), Guidaje (160), Bissorã (160), Mansabá (160), Catió (160), Galomaro (150), Teixeira Pinto (150) - mais Canchungo (10) -, Nova Lamego (140) , mais Gabu (50) -, Gandembel (140), Missirá (120), Xitole (110), Farim (100)...
Este "top ten" não diz nada sobre a importância relativa de cada um destes topónimos na história da guerra ed no seu desfecho, tem mais a ver com os sítios por andaram os nossos contadores de histórias mais assíduos...
Dr L.Graça
Sou leitor habitual deste blog.
Já que escreve no seu comentário "que se tem falado demasiado de Guilege" ocorre-me um outro comentário que aqui li em que aludia ao facto de haver uma "porta d'armas"e impedidos fardados com camisa branca, na messe,como factos despropositados numa guerra como a Guiné.Pelo menos foi assim que concluí dos comentários, já que estou a citar de memória. Sobre isto gostava de dizer que foi pena não ter havido mais Companhias onde houvesse este espírito. Na guerra há uma coisa que chama o "moral" das tropas. E em teoria ganha a guerra quem tiver maior moral.Se calhar era exactamente por não descurar estas pequenas "mordomias" que desenvolveu a actividade operacional que obteve resultados operacionais relevantes. Não conheço o sr Cor Parracho e por isso estou á vontade para escrever isto. E esta Companhia devia ter mesmo mérito porque no final foi obsequiada com um jantar no palácio pelo sr Gen Spínola coisa raríssima neste Comandante sobretudo quando os convidados eram de Infantaria.
A bandalheira generalizada que grassou pelas tropas em campanha (não lhe chamo exército)nunca conseguiu bons resultados.
Cumprimentos
G.Tavares
Prezado Senhor G. Tavares,
O meu comentário não tem fim polémico, ao contrário, é um testemunho de factos contemporâneos, em zona de guerra bem próxima, já sobejamente "cantada em prosa e verso". Cheguei a Gadamael porto, lá por meados de 70 para asumir o comando do 23° Pelart, encontrei uma Companhia em fim de comissão, comandada pelo então Capitão de Artilharia Rodrigues Videira, que logo nos primeiros dias me falou da importância da disciplina em zona de guerra.Logo em seguida veio uma Companhia de Infantaria, comandada pelo saudoso Capitão de Infantaria Asunção Silva, morto em combate,intrépido oficial altamente disciplinado e disciplinador, que foi substituido pelo então capitão de Artilharia Antonio Carlos Morais Silva, sobre o qual já falei neste blog, como um dos mais brilhantes Oficiais do Exército Português que conheci, nos meus três anos de serviço.Acredite Senhor G. Tavares, nunca vi bandalheira acidental, muito menos bandalheira genralizada.
Cordiais saudações
Vasco Pires, Ex-Comandante do 23° Pel Art - Gadamael Porto
Estimado Sr Vasco Pires
Sem realmente entrar em qualquer polémica,não é essa a minha intenção,digo-lhe que me regozijo com o que afirma. Como disse não sou de polémicas e nada mais direi aqui sobre este assunto.
Cumprimentos
G.Tavares
Estimado leitor, G. Tavares:
Presumo que tenha sido militar, eventualmente do QP, e que tenha conhecido o teatro de operações da Guiné, em uma ou mais comissões.
Não é membro da nossa Tabanca Grande, cujas regras, por isso, não tem que conhecer... Mas uma delas é justamente sobre a recusa (não direi proibição) em fazer "juízos de valor" sobre o comportamento (operacional, humano, profissioinal, ético, disciplinar...) das NT. Sei que não é fácil, e nem sempre o temos conseguido nestes últimos 9 anos de vida do blogue, nomeadamente ao nível dos comentários (que são livres)...
Por outro lado, também não temos tendência para, abusivamente, fazermos generalizações a partir do nosso conhecimento, limitado no tempo e no espaço, sobre o que passou na Guiné entre 1961 e 1974...
A sua vontade de comentar, na qualidade de leitor (e provável conhecer das NT em campanha no TO da Guiné) deve ser ser registada como positiva. Não partilho no entanto da sua opinião sobre "a bandalheira generalizada que grassou pelas tropas em campanha (não lhe chamo exército)"...
Convenhamos que os termos usados por si são "fortes" e polémicos... Temos que nos basear na evidência empírica, nos factos, nas estatístcias, etc., para tirarmos esse tipo de conclusões...
Saudações bloguísticas... Luía Graça, editor
... PS - Também não é habitual usarmos títulos (académicos ou outros) quando nmos dirigimos uns aos outros, de camarada para camarada. LG
Estimado Luís Graça
Como disse anteriormente não era minha intenção causar qualquer polémica e voltar a falar deste assunto. Como realmente não pertenço á Tabanca Grande não me devia ter pronunciado. Pelo facto peço desculpa pela intromissão e solicito que desde já remova o meu comentário.
Cumprimentos
G.Tavares
Guileje, Guileje, no tempo em que servi o exército de Portugal, 1964/66, na Guiné, não ouvi muito falar de Guileje, só sabia que existia, porque estava no mapa do território, pois eu estava na região do Oio. O "capitão Parracho", devia de ser um "gajo porreiro", pois tirava fotografias, com todos os seus sobordinados, o que para altura em que servi nesta província, era assim que a modos um pouco difícil, ainda havia "algumas peneiras", e quem era oficial, era oficial, e queria que lhe "batessem a pala"!. Havia algumas excepeções, que nós soldados e cabos, admirava-mos, e muito respeitáva-mos.
Mas o que me levou a escrever este comentário, foi a fotografia número 45. É uma foto que podia existir, numa aldeia do Vietname, num posto avançado, que nos Estados Unidos, existia na fronteira há duzentos anos, mas que também existiu na Guiné, onde combatemos, e acima de tudo, retrata, a convivência da população natural, com os soldados, pois o posto avançado, era constituido por militares e população cilvil, dando a ideia que juntos, todos se queriam protejer do inimigo, que no caso dos militares era os guerrilheiros que queriam a independência, e no caso da população, talvez queressem única e simplesmente sobreviver. A colocação estratégica das peças de artilharia, dão uma ideia de posto avançado da fronteira!. Eu com todo o respeito, já guardei a fotografia!.
Um abraço do Tony Borie.
Meus amigos:
Ainda não me inscrevi na "Tabanca Grande" ùnicamente por comodismo, mas irei fazê-lo brevemente.
Relativamente a um comentário relativo ao fardamento utilizado pelos soldados dos bares do aquartelamento, devo dizer que nada tem a ver com "peneiras" bem como o facto de Oficiais e Soldados conviverem diàriamente.
Como devem saber, num aquartelamento como aquele, isolados de tudo, onde só podíamos ser reabastecidos após seis meses (época das chuvas) pois não podíamos efectuar colunas para Gadamael, e tendo em conta a actividade operacional constante e diária, e as baixas que inicialmente iamos tendo, tudo isto levou a que, para desviar um pouco as atenções das tristezas e criar mais um pouco de espírito de união e de orgulho no trabalho que efectuávamos, tentámos ocupar mais e melhor o tempo do dia a dia, procurando arranjar ocupações diárias e divertimentos com que o soldado ficasse mais alegre. E isso começava pelos Bares, pelo caminho de garrafas de cerveja em direcção à pista, a Porta de acesso à pista com dois soldados devidamente fardados aquando de qualquer visita (o que normalmente admirava qualquer visitante), novos postes de iluminação à volta do aquartelamento e respectivo arame farpado, construção de Casernas-abrigo, limpeza da área circundante ao aquartelamento, Porta de Armas em direcção a Gadamael bem como ir arrancar pedra à Bolanha para os abrigos, etc.
Tudo isto se pode ver nas fotos.
Se tínhamos horas de lazer, tínhamos sim. Jogávamos futebol junto à pista de vez em quando e não tínhamos medo (pelo menos abstraíamo-nos dele). Mas para isso, tínhamos pessoal no mato em patrulha constante. Não nos conformávamos. Depois de termos alargado toda a nossa ZA, depois de termos percorrido várias vezes zonas onde até aí só entrava "tropa especial" e termos criado no IN insegurança e medo, não podíamos dormir à sombra da mangueira pois as tropas inimigas ir-se-iam aproximando. Isso não, mantivemos toda a actividade operacional até ao fim.
E AQUI COMEÇAM AS CRÍTICAS A QUEM NOS SUCEDEU.
Meus amigos um abraço porhoje.
Orlando Silva
Ex-Alferes Cobra autor do blogue "GUILEJE 3325-VAMOS FALAR VERDADE"
Aveiro
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