sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10741: Memória dos lugares (199): Ponte do Saltinho no Rio Corubal: fotos do álbum do Arlindo Roda (ex-fur mil, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71) (Parte I)


Foto nº 202 - A > Aspeto do tabuleiro da ponte do Saltinho (batisada como ponte gen Craveiro Lopes), com militares da CCAÇ 12 em passeio (possivelmente no final do tempo das chuvas, no 3º ou 4º trimestre de 1969)


Foto nº 202 > Aspecto geral da ponte


Foto nº 5 > Aspeto geral da ponte, vista do lado do aquartelamento do Saltinho... Em primeiro plano, o Humberto Reis e o "Alfredo" (, ambos do 2º Gr Comb da CCAÇ 12, 1969/71... No canto superior esquerdo vêem-se os fios elétricos do sistema de iluminação da ponte


Foto nº 5 - A  > Eu, Luís Graça, de costas..


Foto nº 206 > O Tony Levezinho, ex-fur mil, at inf, 2º Gr Comb, CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71)


Foto nº 203 > Ponte do Saltinho, vista da margem direita... Em cima dos arcos, pessoal da CCAÇ 12.


Foto nº 19 > Fur mil ati inf Arlindo Roda, 3º Gr Comb, CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71)... Por detrás do Arlindo, nota-se um poste dos holofotes que iluminavam a ponte (, foto possivelmente tirada já em 1970, na época seca)


Foto nº 45 > Arlindo Roda

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Foto nº 57 > Arlindo Roda, no início da ponte (margem direita)


Foto nº 57 - A > Pormenor da placa, em bronze, evocativa da visita do gen Craveiro Lopes, em 1955, aquando da construção da ponte. Em baixo, na base em cimento, O nº, pintado à mão da CART 1646, que estava no Xitole e devia ter um pelotão destacado na ponte do Saltinho.

Sobre a CART 1646:/BART 1904: (i) mobilizada pelo RAP2, partiu para a Guiné, em 11/1/67, e regressou 31/10/68; (ii) passou por Bissau, Fá Mandinga. Xitole, Fá Mandinga e Bissau; (iii) comandante: cap art Manuel José Meirinhos; (iv) o BART 1904 esteve esteve sediado em Bambadinca, sendo comandado pelo ten cor art Fernando da Silva Branco; restantes unidades de quadrícula: CART 1647 (Bissau, Quinhamel, Bissau, Binar, Bissau); e CART 1648 (Bissau, Nhacra, Binta, Bissau).


Guiné-Bissau > Saltinho > Ponte General Craveiro Lopes > Novembro de 2000 > Lápide, em bronze, evocativa da "visita, durante a construção" do então Chefe do Estado Português, general Francisco Higino Craveiro Lopes, acompanhado do Ministro do Ultramar, Capitão de Mar e Guerra Sarmento Rodrigues, em 8 de Maio de 1955. Era Governador Geral da Província Portuguesa da Guiné (tinha deixado de ser colónia em 1951, tal como os outros territórios ultramarinos...) o Capitão de Fragata Diogo de Melo e Alvim... Craveiro Lopes nasceu em 1894 e morreu 1964. Foi presidente da República entre 1951 e 1958 (substituído então pelo Almirante Américo Tomás). Foto do "turista" Albano Costa, nosso camarada, que lá passou em novembro de 2000.

Foto: © Albano M. Costa (2006). Todos os direitos reservados


Foto nº  198 > Humberto Reis, fur mil op esp, 2º Gr Comb, CCAÇ 12

Guiné > Zona leste > Setor L5 (Galomaro) > Saltinho > Ponte > Pessoal da CCAÇ 12, passeia pela ponte depois de chegada, a "bom porto", de mais uma colunas logística (Bambadinca-Mansambo- Ponte dos Fulas - Xitole - Saltinho)... Passeio descontraído, sem armas... Alguns, inclusive, foram dar um mergulho nas águas límpidas do Rio Corubal...Vê-se que as fotos são de épocas diferentes, ou de estações diferentes, por causa do caudal do rio e das ervas na ponte: fim da época das chuvas (3º ou 4º trimestre de 1969) (5, 202, 203, 2006),  época seca, 1970 (as restantes)...

Fotos: © Arlindo Roda (2010). Todos os direitos reservados


1. Mensagem, de ontem, do Paulo Santiago (*):

Luís:

Boas fotos. Foram tiradas em épocas diferentes. Assim, as 206 e 203,mostram um elevado caudal do rio que submerge a ponte submersível (passe a redundância). Corresponderão a uma data a seguir à época das chuvas.Também as ervas espontâneas,verdes em algumas fotos,secas noutras,denotam diferenças de estação.

A ponte tinha uns holofotes, notam-se na foto nº 19, a meio da viga que liga os dois últimos arcos e na foto nº 5 vê-se à esquerda os fios que alimentavam aquele dispositivo de iluminação.

Faziam-se patrulhamentos na margem esquerda,com frequência até ao rio Mabia, zona onde um Gr Comb comandado pelo Alf Mota, no último dia do Ramadão de 71, deu de caras com um grupo do PAIGC que vinha flagelar o quartel. O Mota ficou gravemente ferido.

Durante a minha permanência no Saltinho,  nunca houve ataques ao quartel,e a última flagelação ocorrera ainda na altura da presença de um pelotão do Xitole (66/67 ???).

Contabane pertencia a Aldeia Formosa, passei por lá uma vez numa operação com uma companhia independente (madeirense ou açoreana) que antecedeu a CCAÇ 18.

Um dia, já com o reordenamento meio construído, chegou uma info A2 (?) prevendo um ataque para essa noite. Não houve ataque, mas os obuses 14 de Aldeia meteram-me em respeito. Ao cair da noite,o meu grupo ocupou a vala do reordenamento e preparou o 82 B 10 [, canhão s/r, russo,]; e preparámo-nos para reagir. Havia uma carta de fogo com pontos a bater pela Artilharia, e o [cap] Clemente [, da CCAÇ 2701,] pediu para esses pontos serem batidos, só que eu não sabia. Aquelas "ameixas" de obus a caírem umas dezenas de metros à nossa frente impressionavam, e houve uns estilhaços (estilhações) que arrancaram chapas das casas já construídas.

Abraço, Paulo


2. Mensagem, de ontem, do António Levezinho

Amigos

Lamento mas não tenho qualquer contributo a dar a propósito daquele local. Afinal, íamos lá sempre num saltinho e com a preocupação da viagem de regresso na mente.

Um abraço,
Tony Levezinho


Guiné > Mapa da província (1961) > Escala 1/500 mil > Pormenor da zona leste (região de Bafatá) > Setores L1 (Bambadinca) e L5 (Galomaro), com os itinerários alternativos para se chegar ao Saltinho, no Rio Corubal: (i) Bambadinca - Mansambo - Xitole - Saltinho; (ii) Bambadinca (ou Bafatá) - Galomaro - Dulombi - Quirafo - Saltinho.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2012)


3. Comentário de L.G.:

No 2º semestre de 1969, para se chegar a qualquer uma das unidades de quadrícula do Setor L1, a sul de Bambadinca (Mansambo, Xitole e Saltinho, embora esta já pertencesse ao sector de Galomaro, o L5) não havia nenhuma alternativa a não a ser a terrestre: a estrada Bambadinca-Mansambo-Xitole-Saltinho, que terminava justamente na ponte do Saltinho, estando interdita a partir daí. (Tirando o helicóptero, claro...).

A estrada de Bambadinca (ou Bafatá) - Galomaro-Dulombi - Quirafo - Saltinho às vezes também ficava interdita, a partir da Galomaro e/ou Dulombi, devido às chuvas e à acção do PAIGC, pelo que as NT ali colocadas também dependiam do abastecimento feito a partir de Bambadinca (o eixo Xime-Bambadinca-Bafatá  era a grande porta de entrada de toda a zona leste, do Xime até Buruntuma).

A própria estrada Bambadinca-Mansambo-Xitole estivera interdita entre Novembro de 1968 e Agosto de 1969. O Op Belo Dia, a 4 de Agosto, já aqui sumariamente descrita, destinou-se justamente a reabrir esse troço fundamental para as ligações do comando do Setor L1 com as suas unidades a sul Um mês e tal depois, ainda em época das chuvas, fez-se uma segunda operação para novo reabastecimento, patrulhamento ofensivo e reconhecimento. (**)

Por fim, a 14 de Novembro de 1969, a CCAÇ 12 efectuaria a última coluna logística para Xitole/Saltinho, integrada numa operação. Após o regresso, os Gr Comb das unidades em quadrícula na área, empenhados na segurança da estrada Mansambo-Xitole, executariam um patrulhamento ofensivo entre os Rios Timinco e Buba, não tendo sido detectados quaisquer vestígios IN (Op Corça Encarnada).

A partir dessa data (e até ao final da comissão, em março de 1971, para os quadros metropolitanos da CCAÇ 12), estas colunas de reabastecimento das NT em unidades de quadrícula, aquarteladas em Mansambo, Xitole e Saltinho, tomariam um carácter de quase rotina, passando a realizar-se periodicamente (duas vezes por mês, em média), e com viaturas civis, escoltadas por forças da CCAÇ 12

A segurança ao longo do itinerário, essa, continuava, no entanto, a movimentar seis Gr Comb das unidades em quadrícula de Mansambo, Xitole e Saltinho. Na prática, isto significava que o abastecimento das NT nestas três unidades implicava a mobilização de forças equivalentes a um batalhão (3 companhias). No tempo seco, o inferno, para além das minas, era o pó, o terrível pó que cobria tudo e todos...

O Saltinho, embora passasse a depender operacionalmente do Setor L5 (Galomaro), a partir da data em que as NT evacuaram Quirafo (, julho de 1969,s e não me engano), continuava no entanto ligada ao Setor L1 para efeitos logísticos, uma vez que a estrada Galomaro-Saltinho se mantinha parcialmente interdita desde o início das chuvas devido à actividade do IN na região. (**)

A respeito das "acessibilidades" do setor L5, diz o nosso camarada Luís Dias, ex-alf mil da CCAÇ 3491 (Dlombi, 1971/74)

(...) "O principal itinerário da companhia era a estrada Dulombi-Galomaro/Galomaro-Bafatá ou Bambadinca, em que se transitava com alguma facilidade (terra batida até ao cruzamento para Bafatá ou Bambadinca, porque depois já eram estradas alcatroadas), com excepção da época das chuvas em que a bolanha do Rio Fanharé (entre Dulombi e Galomaro) a tornava de difícil transposição. Os outros itinerários eram as estradas Dulombi-Jifim-Galanjo(A), difícil na época seca e impraticável na época das chuvas e Dulombi-Quirafo que era impraticável na época das chuvas e cheio de capim devido à sua pouca utilização na época seca (nunca foi utilizado após a emboscada efectuada no Quirafo contra elementos da CCAÇ 3490, em Abril de 1972)" (...).
_______________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 29 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10739: Memória dos lugares (198): A ponte do Saltinho e o ninho da metralhadora Breda (Paulo Santiago, Pel Caç Nat 53, 1970/72 / Luís Graça, CCAÇ 12, 1969/71)

(**) Sobre as colunas logísticas até ao Xitole e Saltinho,  vd. postes de:

8 de dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7401: A minha CCAÇ 12 (10): O inferno das colunas logísticas Bambadinca - Mansambo - Xitole - Saltinho, na época das chuvas, 2º semestre de 1969 (Luís Graça)

28 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7354: A minha CCAÇ 12 (9): 18 de Setembro de 1969, uma GMC com 3 toneladas de arroz destruída por mina anticarro (Luís Graça)

7 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6948: A minha CCAÇ 12 (6): Agosto de 1969: As desventuras de Malan Mané e de Mamadu Indjai nas matas do Rio Biesse... (Luís Graça)

7 comentários:

Torcato Mendonca disse...

Olá Luís, quando fui para Mansambo,Maio/68, a estrada de Mansambo/Xitole estava interdita. Foi aberta em 11/Nov/68 -Op.Hálito. Eram 7 (sete)G.de Combate, Pel.Caç.Nat. 53, 1 GC Ref CMD.Agr 1980, 3 ESQ PEL. AM/Daimler 2046,1 ESQ. PEL MORT. 81 1192 e 1 SEC MILª. Era obra e pancadaria não faltou. A Aviação, claro está, ajudava...e a estrada ficou aberta a partir daí. Tivemos seis feridos (um deles ficou paraplégico) era da "tropa de elite da 2339", á qual o teu amigo pertencia -presunção e água benta...
Antes, tens o itinerário marcado na Carta inserida no Poste, era Bambadinca,Galomaro, Qirafo,Saltinho, Xitole.A volta era feita sem passar pelo Quirafo. Já escrevi e veio no blogue uma coluna ou loucura dessas. o pó era ás nuvens.
Não se parava para visitas á ponte e, menos ainda cavalgar a dita. Era um risco logo passível de chatice.
Lembro-me, muitos meses depois, a CCAÇ 12 ir numa coluna onde uma GMC (com 3 ? Toneladas de arroz) e um militar em cima dos sacos voaram com uma mina sacana porque rebentou á 3ª ou 4ª viatura, seria?. Aquela estrada era uma merda, na estação seca ou na das chuvas. Com a agravante do IN...mas era giro levar um dia ou dois para fazer 17/18 KMs. havia ali um corredor de passagem e outro mais abaixo, pelos rápidos de Musselinca? directo á sede do Sector deles em Mina. Foi lá que os Páras apanharam, o Braimadicô,o nosso futuro guia na "lança..." quando escaqueiramos aquilo tudo. Bons tempos.
O Com.Chefe a descer e a dizer que não era Mina...malhas que o Império teceu e eu era um jovem...os bons tempos e as saudades são dessa juventude...o resto f.! Esta estrada, as colunas ao Xitole/Saltinho davam um escrito.
Sabes que há datas que podem estar erradas, pela fonte de informação/memória ou erro na escrita. Ontem acabei de ler o Tangomau do MBS e há lá um ou outro engano. Eu estava lá.Não vale a pena dizer ao M. Pax-Julia Santos ficava triste e ia perguntar ás suas memórias falantes.
Ab T.

Luís Graça disse...

1. Torcato:

Cussilinta... Rápidos de Cussilinta!... Uma maravilha da natureza... Só conhecei em 2008...

O Corubal, no nosso tempo, metia respeito, temor... Não tenho ideia de a Marinha lá ter postos os "botes", depois da Op Lança Afiada (março de 1969)... E, depois, em boa verdade era (e é) o único Rio da Guiné... E o resto é tudo de braços de mar, de água salgada, a começar pelo "nosso" Geba.

E havia hipopótamos, no nosso tempo,no Corubal... Diziam, eu nunca vi...

Ainda não perdi a esperança de um dia acampar num das suas ilhas... O nosso amigo Pepito é dono de uma ilha, no Rio Corubal, que lhe foi doada pelo Cerno Rachide!...

2. A famosa GMC com 3 toneladas de sacos de arroz, conduzida pelo meu amigo Dalot!... Foi pelos ares... Ia em 4º lugar, atrás de mim, eu ia na 3ª viatura, num Unimogo 404, passámos a rasar a mina... Aquela estrada deu-nos muito trabalho a todos nós, sangue, suor e lágrimas, a todo o pessoal,Bambandica, Mansambo, Xitole, Saltinho... Centenas de camaradas e pessoal civil dependia das nossas colunas logísticas... Também gostava de voltar a fazer aquelas picadas... Agora há uma estrada alcatroada que não segue exatamente o mesmo traçado... Muito provavelmente a antiga estrada desapareceu engolida pelo mato...

Luís Graça disse...

Até Julho de 1969, Galomaro fazia parte do Setor L1 (BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70). Nesse mês, Quirafo sofreu um violento ataque de 3 horas, sendo depois abandonado.

Em Agosto de 1969, a zona de acção (ZA) da CCAÇ 2405 passou a constituir o COP 7, criando-se em Outubro seguinte o Setor L5, sob a responsabilidade do BCAÇ 2851 e formado pelas ZA das CCAÇ 2405 (Galomaro) e 2406 (Saltinho). A CCAÇ 2405 era comandado pelo cap mil Jerónimo, e a CCAÇ 2406 pelo cap André.

Juvenal Amado disse...

COnheci bem os dois percursos.
Até Novembro de 1972 fazia-mos a estrada Galomaro Saltinho. No dia 15 de Novembro de 1972 uma minha matou o soldado Pel-Rec Teixeira do 3972 nessa mesma picada.
A partir daí passamos a abastecer o Saltinho pelo Bambadinca- Xitole onde era empregue grande aparato de proteção à coluna com Chaimites.
No Xitole estavam à espera militares da comp. do Saltinho que nos escoltavam dai para a frente. Por duas vezes a coluna regressou mas eu fiquei, só vindo a regressar depois das chuvas.
O que recordo mais é da fartura de água mesmo ali à mão. Diziam que mais para o lado da nascente haviam crocodilos.

Juvenal Amado disse...

Quero emendar o meu comentário.
É que o percurso Galomaro Saltinho que nós faziamos não passava pelo Quirafo.
Cortavamos perto das duas fontes e penso que era mais diecto.

Torcato Mendonca disse...

Camarada Luís Graça e Caro Amigo: ora eu estava lá. Até 15 de Ag/69 estivemos a trabalhar para a 2405/COP 7 e depois fomos tentar descobrir o arraial do Mamadú Indjai.

Cito de cor, a memória está muito usada mas...tem dias. Ou seja, há de quando em vez toques em neurónios mais jovens e é como se estivesse lá.
Gostei das gentes da 2405 e muito do Cap Jerónimo. O Cap. André conheci e só no nosso almoço soube que ele era ou fora Presidente dum concelho do Distrito, salvo erro Proença. Foi o cmdt do Zé Camacho Costa.Tenho ali um emblema da 2406. Estiveram na Lança...
Ab T.

António Tavares disse...

Camaradas,

Em 09 de Agosto de 1970 o 1º. Cabo Manuel S. Andrade, da CCaç.2701, desapareceu nas águas dos rápidos do Saltinho (Rio Corubal). Tinha pisado o solo do CTIGuiné há 101 dias. Era a primeira morte do BCaç.2912.

António Tavares
Galomaro 1970/72