Cascais > A Cidadela de Cascais > 7 de maio de 2014 > Espaço interior e vistas sobre a baía de Cascais.
Fotos (e legendas) © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.
1. Comentário do nosso camarada António J. Pereira da Costa ao poste P13134 (*):
[foto atual à esquerda: alf art na CART 1692/BART 1914,Cacine, 1968/69; e cap art cmdt das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74;
hoje cor art ref]
Olá, Camaradas
Fui comandante desta unidade durante 370 dias (1994-95) e tive o máximo prazer nisso.
Conheci-a em 1967 quando ali fiz um estágio de Artilharia Anti-Aérea e depois voltei lá episodicamente até vir a ser o comandante (**).
Escrevi um livro sobre ela que o Exército e a Câmara Municipal apoiaram (o que quer dizer que não era assim tão mau) e que se chama "A Cidadela de Cascais: Pedras, Homens e Armas". Podem vê-lo e comprá-lo no posto de vendas da Câmara. Pela minha saudinha que não ganho nada com a venda...
Quanto às legendas... Ficam à imaginação dos observadores.
Um Ab.
António J. P. Costa
2. Comentário de L. G.:
Bingo!!!... Não tem nada que enganar!... É a Cidadela de Cascais... E merece bem uma visita demorada... Desde o Palácio da Presidência da República, à Pousada (a maior do país, com 120 e tal quartos), gerida pelo Grupo Pestana. Não percam a visita à cisterna da Cidadela... E às galerias de arte.
Com as minhas limitações de locomoção, não pude andar por todo o lado... Mas fiz uma visita, guiada, demorada, ao Palácio... (Vejam aqui mais informação no sítio da Presidência da República).
Sobre o historial militar (mais recente) da Cidadela de Cascais, ver o que diz o nosso assessor militar, o Zé Martins:
(i) Na Cidadela de Cascais cuja história remonta ao séc. XVI (se não mesmo antes), foi constituído o Grupo de Artilharia contra Aeronaves, nº 1, em 1937 e 1939.
(ii) Depois, em 1959, esta unidade foi transformada em Centro de Instrução de Artilharia Anti-Aérea e de Costa (, designação alterada para Centro de Instrução de Artilharia Anti-Aérea de Cascais, em 1977).
O nosso D. Luís, pai do D. Carlos I, e avô do D. Manuel II, passou a frequentar o palácio do governador da cidadela, por razões da saúde (sofria de renite, se não erro) a partir do início da década de 1870. A época balnear, na altura, era mais tardia do que hoje: setembro, outubro, novembro... A família real voltava a Lisboa para a "rentrée", ou seja, a abertura da temporada da ópera no São Carlos... Bons tempos!... "Belle époque"!...
3. Mensagem de ontem, do António J. Pereira da Costa
Olá, Camarada:
Aqui vai a capa do meu livro sobre a Cidadela. Foi lançado em 2003 no Palácio Conde de Castro Guimarães em vez de ter sido na cisterna na qual não há qualquer vestígio da "ocupação militar".
Havia um conjunto de brasões de barro da autoria da ceramista Maria de Lurdes Valente. Eram brasões de todas as unidades de artilharia e do governo militar de Lisboa. Aí havia um brasão de grandes dimensões com as armas de Portugal e respectivos "tenentes".
No meu tempo, havia um pequeno museu com as imagens de Santa Bárbara, do Santo António, um pendão para as procissões do dia 13 de junho e vários guiões das unidades mobilizadas pelo GACA 2 (Torres Novas) e outras unidades.
Creio que as coisas reverteram para o RAA 1 (Queluz) se eram de AA e para a EPA, se eram de Artilharia de Campanha.
As peças os obuses e o morteiro do Bartolomeu da Costa reverteram para um ou outra
Um Ab.
António J.P. Costa
Título: "A Cidadela de Cascais: pedras, homens e armas"
Autor: António José Pereira da Costa; Prefácio: Rui Carita.
Publicação: Lisboa: Direção de Documentação e História Militar, 2003
Descrição física: 481p. : il.; 23 cm
ISBN: 972-8347-02-2 (brochado)
____________
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 12 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13134: Fotos à procura... de uma legenda (27): Alguns de nós, poucos, passaram por lá... Foi centro de instrução militar...
(**) Último poste da série > 8 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13115: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (28): Caldas da Rainha onde frequentei o 1.º Ciclo do Curso de Sargentos Milicianos até me magoar, baixar ao HMP e regressar a casa com licença registada (António Tavares)
4 comentários:
Olá Camaradas
Aquele relógio-de-sol que se vê à esquina do edifício Stº António é muito bom. Creio que dá horas desde 1870(?) e ainda não mudou de pilhas. De Inverno tem uma certa dificuldade em dar horas, mas, de Verão, nunca falha...
O meu gabinete era no 1º andar Esq.º do Edifício St.º António e tinha "os bons e maus cheiros das casas que têm história".
Um Ab.
António J. P. Costa
Quem também passou por Cascais, o o nosso cap mil art Jorge puicado:
(...) De Cascais portanto nada de mal a dizer e, quanto às tropas, sempre de vento em poupa, tudo na desportiva como é costume dizer-se e a caminho duma “Muito Boa” classificação, ao mesmo tempo que limpava a “cadeira de Hidráulica Agrícola” que tinha deixado para fazer em Dezembro.
No final da especialidade, 2.º classificado em AAA com 16,59, preparava-me para seguir rumo a Queluz, convencido que a Instituição Militar era o paradigma dos valores éticos que apregoava. (...)
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2014/03/guine-6374-p12891-cidade-ou-vila-que-eu.html
Caríssimos,
Cordiais saudações.
O então Tenente de Artilharia Rui Carita, foi instrutor do meu Curso de IOL em Vendas Covas em 1969.
forte abraço a todos
Vasco Pires
António José Pereira da Costa
14 maio 2014 19:40
Olá Camarada
Obrigado pelo relevo que me deste.
Tenho uma certa pena do que sucedeu à Cidadela.
Já o mesmo não direi da recuperação feita na parte da Presidência, que ficou muito bem.
Quanto à parte do Exército, nem a fui ver e, ceda vez que lá passo fujo. Creio que deitaram abaixo o a vacaria e a casa das armas e substituíram o respectivo edifício por um manipanço em vidro e ferro.
Creio que abriram uma piscina para as bifas velhas fazerem top-less. E a porrada que a tropa levou por ter ali um campo de futebol de 5 que seria facilmente removível, se a beleza assim o impusesse!
Para trás já tinha ficado a demolição da contra-escarpa do forte...
Não posso insurgir-me contra a demolição do "edifício da alimentação" do meu tempo, uma vez que ele substitui o Hospital da Praça que ardeu durante os anos 80 do Séc. passado. Mas, o que será feito das cisternas? A do centro da parada foi esventrada para a construção(!) de uma saída de emergência e da do hospital nada sei.
Enfim o nacional-saloismo!
Mas, como dizia "o outro": é a vida!...
Um Ab.
António Costa
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