Convite para o lançamento do 2º volume do livro "Toda a China", do António Graça de Abreu. O 1º volume foi lançado em 22/10/2013, conforme notícia dada no nosso blogue
Antonio Graca de Abreu: [, ex-alf mil, CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74]
Meu caro Luís
Espero-te reabitado, com essas ancas e pernas capazes de correr pelo mundo. Ainda vamos um dia os dois, ou com um grupo de malta boa, a pé, até à Guiné.
Tenho mais um livro pronto, é o Toda a China II. Peço-te que publiques a notícia do lançamento no blogue.
É sempre bom ter a companhia dos ex-camaradas da Guiné nestes eventos. Dá-me mais força e alegria.
De resto neste segundo volume de tantas viagens pela China falo da Guiné. Transcrevo, da pag 73 :
"Outra vez os enormes atalhos da China.
24 horas certinhas de viagem desde Lisboa, (via Munique e Pequim) para Harbin, capital da província de Heilongjiang, a mais setentrional de todas as províncias chinesas,
paredes meias com a Sibéria Oriental russa. Um velhinho Boeing 737 da China Eastern, a companhia aérea destas paragens, faz as duas horas do voo final desde Pequim até Harbin. Lá em baixo, um vasto tapete de nuvens que escurecem com o avançar para norte e com o cair da tarde. Ao descer, acabamos de entrar por dentro das nuvens, com o avião a voar meio em parafuso, quase às arrecuas em busca do aeroporto de Harbin. Nuvens e mais nuvens negras, poços de ar e mais poços de ar, chuva e mais chuva. As cartilagens do avião gemem, rangem de velhice. Vai-se soltar uma asa, cair um motor. Perdi todos os medos de viajar de avião nos recuados tempos do meu Comando de Operações na guerra da Guiné, 1972/1974, nos DO 27, nos Noratlas, nos Dakotas, até nos helis, os fantásticos Alouette 3 voando a rapar sobre rios, bolanhas e florestas. Agora, Maio de 2013, não é exactamente receio mas uma acre sensação de desconforto.
De repente, no meio de tanta chuva, as nuvens acabam, ficam por cima e planamos a menos de um quilómetro do solo. Em baixo, corre o rio Songhua bordejado por diques, mais os campos de terra negra, e o aeroporto encharcado em água.Estou no norte da Manchúria, na província chinesa que dá pelo nome de Heilongjiang黑龙江 que significa “rio do Dragão Negro”. O rio, também conhecido como Amur, faz a fronteira com a Rússia e o esturjão é o mais famoso habitante das suas águas frias, porque as ovas do peixe são aqui transformadas, dizem, no melhor caviar do mundo. A província de Heilongjiang é cinco vezes maior do que Portugal e, tal como toda a Manchúria, só passou a fazer parte do Império chinês a partir de 1644 quando os manchus se assenhorearam do poder imperial em Pequim e depois em toda a China.
(...)"
Abraço forte,
António Graça de Abreu
2. Press-release da editora Guerra & Paz, enviado a 15 do corrente pelo autor:
Meu caro Luís
Espero-te reabitado, com essas ancas e pernas capazes de correr pelo mundo. Ainda vamos um dia os dois, ou com um grupo de malta boa, a pé, até à Guiné.
Tenho mais um livro pronto, é o Toda a China II. Peço-te que publiques a notícia do lançamento no blogue.
É sempre bom ter a companhia dos ex-camaradas da Guiné nestes eventos. Dá-me mais força e alegria.
De resto neste segundo volume de tantas viagens pela China falo da Guiné. Transcrevo, da pag 73 :
"Outra vez os enormes atalhos da China.
24 horas certinhas de viagem desde Lisboa, (via Munique e Pequim) para Harbin, capital da província de Heilongjiang, a mais setentrional de todas as províncias chinesas,
paredes meias com a Sibéria Oriental russa. Um velhinho Boeing 737 da China Eastern, a companhia aérea destas paragens, faz as duas horas do voo final desde Pequim até Harbin. Lá em baixo, um vasto tapete de nuvens que escurecem com o avançar para norte e com o cair da tarde. Ao descer, acabamos de entrar por dentro das nuvens, com o avião a voar meio em parafuso, quase às arrecuas em busca do aeroporto de Harbin. Nuvens e mais nuvens negras, poços de ar e mais poços de ar, chuva e mais chuva. As cartilagens do avião gemem, rangem de velhice. Vai-se soltar uma asa, cair um motor. Perdi todos os medos de viajar de avião nos recuados tempos do meu Comando de Operações na guerra da Guiné, 1972/1974, nos DO 27, nos Noratlas, nos Dakotas, até nos helis, os fantásticos Alouette 3 voando a rapar sobre rios, bolanhas e florestas. Agora, Maio de 2013, não é exactamente receio mas uma acre sensação de desconforto.
De repente, no meio de tanta chuva, as nuvens acabam, ficam por cima e planamos a menos de um quilómetro do solo. Em baixo, corre o rio Songhua bordejado por diques, mais os campos de terra negra, e o aeroporto encharcado em água.Estou no norte da Manchúria, na província chinesa que dá pelo nome de Heilongjiang黑龙江 que significa “rio do Dragão Negro”. O rio, também conhecido como Amur, faz a fronteira com a Rússia e o esturjão é o mais famoso habitante das suas águas frias, porque as ovas do peixe são aqui transformadas, dizem, no melhor caviar do mundo. A província de Heilongjiang é cinco vezes maior do que Portugal e, tal como toda a Manchúria, só passou a fazer parte do Império chinês a partir de 1644 quando os manchus se assenhorearam do poder imperial em Pequim e depois em toda a China.
(...)"
Abraço forte,
António Graça de Abreu
2. Press-release da editora Guerra & Paz, enviado a 15 do corrente pelo autor:
«Toda a China» constitui o primeiro olhar completo, global e compreensivo, de um português sobre a China. Depois de apresentar o primeiro volume em Outubro, António Graça de Abreu completa agora «Toda a China», um guia indispensável, que reúne as múltiplas vivências de 37 anos de viagens e estadas na China, tão grande como a Europa. Um título que chega às livrarias a 21 de Maio.
Pouquíssimos estrangeiros e não muitos chineses conhecerão o mundo chinês de forma tão exaustiva: são quase quatro décadas de extraordinárias jornadas contidas em livro.
Com uma escrita descomplexada e fascinante e com fotografias do autor, «Toda a China» é mais do que um guia de viagens. É um livro que nos dá a conhecer a história, o património cultural, as transformações sociais e políticas e a forma de vida da China. Seja pelas grandes cidades ou pelo infindável campo chinês.
De avião, por comboio, barco, autocarro, automóvel, mota, bicicleta, camelo ou teleférico, António Graça de Abreu percorreu 9,6 milhões de km2, 22 províncias, cinco regiões autónomas e quatro municípios centrais, além de Macau, Hong Kong e Taiwan. Um mundo inteiro que o autor lhe dá a conhecer em dois volumes de «Toda a China».
A sessão de lançamento de «Toda a China» (Vol.II) decorre no dia 26 de Maio, às 18h30, na Bertrand do Picoas Plaza, em Lisboa. Conta com apresentação da Prof.ª Dr.ª Annabela Rita, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Grata pela atenção,
Vânia Custódio | Comunicação
–––––––––––––––––––––––––
R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.
1150-105 Lisboa | Portugal
Tel. (+351) 213 144 488
Tlm. (+351) 913 050 026
Guerra e Paz
Pouquíssimos estrangeiros e não muitos chineses conhecerão o mundo chinês de forma tão exaustiva: são quase quatro décadas de extraordinárias jornadas contidas em livro.
Com uma escrita descomplexada e fascinante e com fotografias do autor, «Toda a China» é mais do que um guia de viagens. É um livro que nos dá a conhecer a história, o património cultural, as transformações sociais e políticas e a forma de vida da China. Seja pelas grandes cidades ou pelo infindável campo chinês.
De avião, por comboio, barco, autocarro, automóvel, mota, bicicleta, camelo ou teleférico, António Graça de Abreu percorreu 9,6 milhões de km2, 22 províncias, cinco regiões autónomas e quatro municípios centrais, além de Macau, Hong Kong e Taiwan. Um mundo inteiro que o autor lhe dá a conhecer em dois volumes de «Toda a China».
A sessão de lançamento de «Toda a China» (Vol.II) decorre no dia 26 de Maio, às 18h30, na Bertrand do Picoas Plaza, em Lisboa. Conta com apresentação da Prof.ª Dr.ª Annabela Rita, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Grata pela atenção,
Vânia Custódio | Comunicação
–––––––––––––––––––––––––
R. Conde Redondo, 8, 5.º Esq.
1150-105 Lisboa | Portugal
Tel. (+351) 213 144 488
Tlm. (+351) 913 050 026
Guerra e Paz
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