Saída em desfile, do 4.º Pelotão da CCAÇ 2679, do acanhado BII-19 para o porto do Funchal, onda apanharam o Uíge com rumo à Guiné, onde, não tenho a certeza, parece que acabaram com a guerra. Ainda hoje se ouvem choros de bajudas, depende da orientação do vento.
1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), com data de 12 de Maio de 2014:
Viva Carlos!
Não sei se vou ser muito chato (porque sem aquela medida de quantidade, já sei que sou), por enviar uma troca de meiles depois do encontro de confraternização da CCaç 2679 e Pel Caç Nat 65 realizado durante o último fim-de-semana (10 e 11) em Tomar.
Sob a batuta da Donzília e do Leal tudo se revelou com grande afinação.
Reunidos em permanência na Estalagem Sta Iria, no jardim que margina o Nabão, no centro da cidade, ninguém foi nabo, mesmo os madeirenses Valentim e Agostinho, que eram escoltados por uma tropa de familiares, só chegaram atrasados, por causa dos atrasos de vida do rent-a-car, mas ainda tiveram ocasião para matar a malvada e participar activamente nas actividades lúdico-culturais que decorreram durante a tarde, sempre aconchegadas com bolinhos regionais e líquidos de boa cepa, produtos da dedicação do alfero.
De comboio fomos até ao Convento de Cristo - que foi visto a retorcer-se de inveja para integrar o animado grupo; visitaram-se as dependências do imóvel, e a janela do Capítulo foi centro de atraqueções; adquiriram-se recuerdos; voltámos ao comboio que, lampeiro, nos transportou ao Museu do Fósforo; recebemos indicações sobre os magnos estabelecimentos onde se aconchegam os estômagos de delícias tradicionais, mas o pessoal queria era ordem unida, pelo que até ao jantar e depois dele, a varanda foi ponto de encontro, de emboscadas, de armadilhas, tudo sabiamente neutralizado, e depois convenientemente regado e celebrado.
Lá para a uma da matina, quando acabaram os very-lights, o pessoal cansado, mas muito bem disposto, recolheu ao tabancal, onde as respectivas bajudas já aguardavam os heróis.
Como dizia o outro, depois da tempestade vem a bonança.
Se tiveres pachorra, e não encontrares inconveniências, peço-te que dês notícia da feliz ocorrência.
Com um abraço
JD
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2. Diz também a propósito do Convívio o nosso camarada Cândido Morais (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71):
Caros amigos
De regresso do nosso encontro deste ano em Tomar, deixo aqui expressa a minha satisfação pela forma cordial como decorreu, e pela comunicação que proporcionou.
Gostaria que a todos tivesse corrido bem a viagem de regresso, tal como nos aconteceu a nós.
Foi bom rever alguns rostos que já não víamos há algum tempo e expresso a minha pena por não poder enviar esta mensagem a todos, pois a exemplo do Guerra ou do Calvo ou do Vítor, não tenho os respectivos endereços.
Ao Leal e à esposa, os melhores agradecimentos. Acho que acabaram por ter prejuízo pessoal com a nossa presença em Tomar, mas sei que o fizeram com prazer e sem reservas de qualquer espécie.
Sendo certo que tudo correu da melhor maneira, tal só aconteceu devido aos cuidados que tiveram para nos receber.
Quanto aos licores... bem, acho que que deveriam comercializá-los, para vergonha de algumas coisas que circulam por aí nos mercados.
Um grande abraço para presentes e ausentes, pois a amizade está cimentada entre todos.
Cândido Morais
De cima para baixo: Tito e Aquino; Abreu e Salvador; Gonçalves e Dinis; Marino e Azevedo; Morais; Ramalho e Vieira de Sousa; Viçoso e Pedro.
Particularidade: nota-se, bastante evidentemente, que estes cavalheiros estão prontos a ingressar noutra guerra, com pose e determinação.
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Nota do editor
Último poste da série de 15 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13146: Convívios (596): V Encontro do pessoal da CCAÇ 617/BCAÇ 619 e do Pel Mort 942 (Catió, Cachil, Ilha do Como, 1964/66), dia 31 de Maio de 2014, na Tocha
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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2 comentários:
Este JD está em todas...quando se trata de mastigar...Queria era vê-lo a cavar batatas, como eu fiz este fim de semana. Um abraço e mantenham-se unidos por muitos e muitos anos.
Veríssimo Ferreira
Já te passaram as dores lombares?
Congratulo-me com isso.
E envio-te um abraço
JD
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