"O cinema independente celebra-se, duplamente, no dia da liberdade. A 25 de Abril, será exibido o mais recente documentário de Marta Pessoa: O Medo à Espreita. Um olhar sobre os passos escondidos e as manobras secretas da PIDE, a política política do Estado Novo, e que ainda marcam, hoje, as vidas e memórias de quem sofreu com as suas perseguições e torturas. A sessão especial terá lugar hoje, às 18h, na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, com a presença da realizadora. Um filme que promete não fazer esquecer os que sofreram, em Portugal, com os passos secretos da ditadura".
O Medo à Espreita
18:00 | 25 DE ABRIL DE 2015
Cinema São Jorge - Sala Manoel de Oliveira
Marta Pessoa, Documentário, Portugal, 2015, 86'
Secção: Sessões Especiais
Sinope:
Cinema São Jorge - Sala Manoel de Oliveira
Marta Pessoa, Documentário, Portugal, 2015, 86'
Secção: Sessões Especiais
Sinope:
Depois de “Lisboa Domiciliária”, estreado nas nossas salas em 2009, Marta Pessoa filma outras memórias secretas: a de cidadãos que viveram, até à queda do Estado Novo, uma vida de perseguição pessoal e política. Ao longo de toda a sua existência, uma das piores faces da ditadura movia-se por passos secretos, informações ocultas, e perseguições, no dia-a-dia, a pessoas suspeitas de viverem contra o regime. “O Medo à Espreita” é o retrato, assim, de pessoas que viveram diariamente debaixo da sombra dos informadores da PIDE/DGS e da sua tortura. Mas é também o retrato de um país onde o instrumento da denúncia cresceu para além dos círculos políticos para se instalar, sorrateiramente, no nosso quotidiano.
PS2 - A nossa amiga Marta Pessoa é também a realizadora de Quem Vai à Guerra [Portugal, Real Ficção, 123', 2011, disponível em DVD, € 10]. E foi a diretora de fotografia do filme de Silas Tiny, Bafatá Filme Clube (Portugal e Guiné-Bissau, 2012, 78').
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Nota do editor:
Último poste da série > 23 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14509: Agenda cultural (391): Histórias à volta do livro "Pai, tiveste medo ?!", no âmbito das comemorações do 25 de abril... Com a autora, Catarina Gomes, filha de combatente da guerra colonial, jornalista do Público, hoje, 23, 5ª feira, às 18h00, na Biblioteca-Museu República e Resistência, Lisboa; e e no dia 25, sábado, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal
2 comentários:
Recortes de imprensa... Com a devida vénia... LG
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http://visao.sapo.pt/filme-o-medo-a-espreita-recorda-repressao-do-estado-novo-no-dia-da-liberdade=f817710
Lusa | Lusa Cultura | Filme "O medo à espreita" recorda repressão ...
Filme "O medo à espreita" recorda repressão do Estado Novo no Dia da Liberdade
Lusa -
6:50 Sábado, 25 de Abril de 2015
Lisboa, 25 abr (Lusa) - A realizadora Marta Pessoa estreia hoje o filme "O medo à espreita", sobre o ambiente de repressão no Estado Novo e que, segundo a autora, merece reflexão, porque se notam hoje "sinais sub-reptícios de incentivo à denúncia".
O documentário, que se estreia no Dia da Liberdade, no âmbito do festival IndieLisboa, cruza depoimentos de pessoas que foram vigiadas, interrogadas e, em alguns casos, torturadas pela PIDE, a polícia política da ditadura, com relatos de informadores e fotografias de época.
Marta Pessoa explicou à agência Lusa que este não é mais um filme português sobre tortura, prisão ou sobre a PIDE. É um olhar sobre o passado a partir da atualidade, por verificar que, na sociedade, parece estar a "surgir devagarinho e sem se dar por isso" uma mesma sensação de medo.
Fui, mais à Alice ver, o filme, tínhamos convite da realizadora. No São Jorge encontrámos a Giselda Pessoa e o Paulo Santiago (que também é um dos entrevistados)...
Tive ocasião de dizer à Marta que ela ´é uma realizadora (, jovbem e promissora,) com a rara capacidade de empatia, de saber ouvir e pôr os outros a falar para a camara...
Consegue bem isso neste filme, tal como nos dois anteriores: "Lisboa Domiciliária" e "Quem Vai à Guerra"... É sobretudo excecional a filmar as mulheres...
"O medo à espreita" é um filme a preto e branco, com "voz off" de informadores e agentes da PIDE (, aqui com atores, obviamente) e uma série de entrevistados que conheceram o medo (da denúncia, da prisão, da tortura...). Por detrás há um todo um trabalho notável de pesquisa de arquivo...
A Marta utilizou, e muito bem, fotos a preto e branco da época, ligeiramente desfocadas, nalguns casos, e que dão um ambiente mais dramática à entrevistas... O filme de quase 90 minutos é entrecortado de silêncios e imagens totalmente escuras... Não deixa ninguém indiferente...
A Marta, nascida já no pós 25 de abril, consegue, além disso, não cair no efeito fácil, no demagógico, no panfletário, nop choradinho... É um filme universal sobre a delação e o medo...
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