Cartoon > Homenagem ao ex-Alf Mil Médico Alfredo Roque Gameiro Martins Barata, da CCAÇ 675 (Binta e Guidaje, 1964/66), por parte do seu irmão, arquitecto, pintor e ilustrador José Pedro Roque Gameiro Martins Barata.
(Cortesia do autor e do JERO - José Eduardo Oliveira, ex-fur mil enf, da CCAÇ 675)
1. Aqui fica um comentário à morte do ex-alf mil médico Alfredo Roque Gameiro Martins Barata, da CCAÇ 675 (Binta e Guidaje, 1964/66), e uma sugestão, por parte do nosso editor-mor, Luís Graça, para que o seu nome passe doravante a figurar e a ser honrado na lista alfabética da nossa Tabanca Grande (*)...
Pois que assim seja: o Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017) passará a ser o nosso grã-tabanqueiro n.º 747. (**)
Carlos e Jero, são seis da manhã, estou na Madalena, Vila Nova de Gaia, e justamente também a ultimar a escrita da "oração fúnebre" que vou postar na página da família, "A Nossa Quinta de Candoz", e que gostaria, em nome da nome da família Carneiro, de eventualmente poder ler, no Tanatório de Matosinhos, a um sobrinho da minha mulher que morreu este fim de semana num brutal acidente na A41. O Jorge Dinis (1962-2014), economista, gestor de empresas, deixa viúva e duas filhas, estudantes, de 18 e 16 anos... e uma legião de amigos que iam desde o mundo da moda ao desporto automóvel.
Em suma, já não estamos em guerra, mas a morte continua a fazer parte das nossas vidas. Vamos ter que saber continuar a olhá-la, olhos nos olhos, ontem como hoje, e a tentar fintá-la. Mas quando cairmos, que haja sempre um ou mais camaradas que não nos deixe enterrar na "vala comum do esquecimento". Alguns dos "provérbios" que usamos aqui, reforçam a nossa vontade de continuar a lutar contra o esquecimento da nossa geração que soube fazer a guerra e a paz (***)
PS - O nosso camarada Alfredo Roque Gameiro Martins Barata era um dos 4 filhos o casal de artistas plásticos Jaime Martins Barata e Maria Emília (Màmia) Roque Gameiro, filha do pintor e e desenhador Alfredo Roque Gameiro,
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JERO: antes de mais, aceita os meus votos de pesar pela morte, sempre prematura, de mais um bravo da Guiné. À família enlutada, transmite a nossa homenagem e o nosso apreço por este camarada, veterano, como tu, da CCAÇ 675, bem como o nosso pesar pela sua perda.
Os furriéis enfermeiros como tu e os alferes médicos como o Alfredo Roque Gameiro Martins Barata, a par dos 1.ºs cabos aux enf que andavam connosco no mato, tinham, na Guiné, uma elevada cotação e eram camaradas particularmente respeitados e estimados. Sempre soubemos contar com vocês, pessoal de serviço de saúde militar, nas horas difíceis.
A vossa família maior, a CCAÇ 675, também está de luto. E com ela a Tabanca Grande. A ti, que és um talentoso escritor, e o porta-voz dos bravos da CCAÇ 675, já com perto de 140 referências no nosso blogue, deixa-me dizer-te que li, deliciado, este naco de prosa de primeira água que é a aventura e desventura da ida do Martins Barata de Binta até Bissau para apanhar o avião, e gozar as merecidas férias de um mês na metrópole. É um texto de antologia.
A preservação da memória do Martins Barata fica, deste modo, acautelada. Mas, na qualidade de fundador, administrador e "editor-in-chief" deste blogue, eu vou propor ao nosso incansável e sempre atento Carlos Vinhal que acrescente à lista dos nossos 746 grã-tabanqueiros o nome do Martins Barata. Vai diretamente para o nosso panteão onde estão já todos aqueles de nós que "da lei da morte se foram libertando". Penso que estou também a interpretar corretamente os sentimentos de toda a nossa Tabanca Grande.
De resto, e como nós gostamos de dizer, com o nosso humor de caserna, "Não é o Panteão Nacional, é melhor, é... a Tabanca Grande"...
A vossa família maior, a CCAÇ 675, também está de luto. E com ela a Tabanca Grande. A ti, que és um talentoso escritor, e o porta-voz dos bravos da CCAÇ 675, já com perto de 140 referências no nosso blogue, deixa-me dizer-te que li, deliciado, este naco de prosa de primeira água que é a aventura e desventura da ida do Martins Barata de Binta até Bissau para apanhar o avião, e gozar as merecidas férias de um mês na metrópole. É um texto de antologia.
A preservação da memória do Martins Barata fica, deste modo, acautelada. Mas, na qualidade de fundador, administrador e "editor-in-chief" deste blogue, eu vou propor ao nosso incansável e sempre atento Carlos Vinhal que acrescente à lista dos nossos 746 grã-tabanqueiros o nome do Martins Barata. Vai diretamente para o nosso panteão onde estão já todos aqueles de nós que "da lei da morte se foram libertando". Penso que estou também a interpretar corretamente os sentimentos de toda a nossa Tabanca Grande.
De resto, e como nós gostamos de dizer, com o nosso humor de caserna, "Não é o Panteão Nacional, é melhor, é... a Tabanca Grande"...
Carlos e Jero, são seis da manhã, estou na Madalena, Vila Nova de Gaia, e justamente também a ultimar a escrita da "oração fúnebre" que vou postar na página da família, "A Nossa Quinta de Candoz", e que gostaria, em nome da nome da família Carneiro, de eventualmente poder ler, no Tanatório de Matosinhos, a um sobrinho da minha mulher que morreu este fim de semana num brutal acidente na A41. O Jorge Dinis (1962-2014), economista, gestor de empresas, deixa viúva e duas filhas, estudantes, de 18 e 16 anos... e uma legião de amigos que iam desde o mundo da moda ao desporto automóvel.
Em suma, já não estamos em guerra, mas a morte continua a fazer parte das nossas vidas. Vamos ter que saber continuar a olhá-la, olhos nos olhos, ontem como hoje, e a tentar fintá-la. Mas quando cairmos, que haja sempre um ou mais camaradas que não nos deixe enterrar na "vala comum do esquecimento". Alguns dos "provérbios" que usamos aqui, reforçam a nossa vontade de continuar a lutar contra o esquecimento da nossa geração que soube fazer a guerra e a paz (***)
- Ainda pior do que o inferno da guerra, é o inverno do esquecimento dos combatentes.
- Camarada não tem que ser amigo: é o que dorme no mesmo buraco, na mesma cama, no mesmo abrigo.
- Camarada, que a terra da tua Pátria te seja leve!
- In Memoriam: para que não fiques, pobre camarada, na vala comum do esquecimento.
- Não deixes que o teu espólio de memórias vá parar à Feira da Ladra.
- Não fazemos a História com H grande, mas a História não se fará sem a nossa... pequena história.
- O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!
- Para que os teus filhos e netos não digam, desprezando o teu sacrifício: "Guiné? Guerra do Ultramar? Guerra Colonial? Não, nunca ouvi falar!"...
- Sempre presentes, aqueles que da lei da morte já se foram libertando.
- Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos separa
- Tuga, que Deus te livre da doença do... alemão.
PS - O nosso camarada Alfredo Roque Gameiro Martins Barata era um dos 4 filhos o casal de artistas plásticos Jaime Martins Barata e Maria Emília (Màmia) Roque Gameiro, filha do pintor e e desenhador Alfredo Roque Gameiro,
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 25 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17511: In Memoriam (299): Dr. Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017), ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 675, Binta e Guidaje, 1964/66 (José Eduardo R. Oliveira)
(***) Vd. poste de 4 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17207: O nosso livro de estilo (10): proverbíário da Tabanca Grande, edição revista e aumentada
2 comentários:
Obrigado Luís.Muito Obrigado. O nosso Alferes Alfredo Roque Gameiro Martins Barata foi uma das melhores pessoas que conheci ao longo da minha vida. Atrevo-me a dizer que não morre nem ficará na vale comum do esquecimento.
Grande abraço de Alcobaça, sede dos Coutos de Cister.
JERO
Ao procurar o contacto do Dr. Martins Barata, para marcar uma consulta (foi um médico que consultei há alguns anos atrás), deparei-me com a notícia do seu falecimento. Alguém me poderia informar qual foi a causa?
Tinha muito boa impressão deste médico.
Agradeço antecipadamente.
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