sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Guiné 51/74 - P17679: Manuscrito(s) (Luís Graça) (122): um soneto de amor (dedicado àquela que amo e que faz hoje anos)


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Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Soneto do amor

(o primeiro soneto que dedico à minha Chita)


O italiano Francesco Petrarca (1304-1374) foi o inventor do soneto (14 versos de 10 sílabas métricas, sob a forma de duas quadras e dois tercetos). E com isso, foi o fundador da moderna  poesia de amor. Ficam para a história aos seus sonetos a Laura. Camões e tantos outros poetas maiores da língua seguiram o modelo. Fernando Pessoa acharia ridículo escrever  cartas e, pior ainda, sonetos de amor.  Para mais publicamente, num prosaico blogue dedicado à guerra da Guiné de que já ninguém se lembra. E para mais repproduzido no Facebook que ele abominaria, se fosse vivo. Mas não tive outro jeito: poeta menor, nascido em meados do século passado, jubilado, descobri agora o encanto do soneto. Faço sonetos por encomenda, para batizados, casamentos e funerais, Não chego às barbas nem sequer aos calcanhares dos grandes, e vais-me desculpar a minha menoridade poética. Mas também sei que os teus amados nunca te escreveram, em vida,  um soneto de amor. Eu ousei, tentei e aqui está um, o primeiro que te dedico. Sei que és facebook...eira. Em dia de anos, toma lá soneto em primeira mão. Come-se como o chocolate. Di-lo-ei em público, no fim da caldeirada de peixe, que é o prato que vai ser servido na Tabanca de Porto Dinheiro, do régulo Eduardo Jorge Ferreira, meu amigo e camarada. O ramo de rosas vermelhas, como tu gostas, virá depois. A esta hora a florista ainda está fechada. Um bom dia de anos, meu amor!... LG




O amor é como o bacalhau,

P’ra cada dia tem uma receita,

Ora se rapa com colher de pau,

Ora se estraga e nada se aproveita.



Se queres ser um (e)terno enamorado,

Amor é arte, mais do que ciência,

Primeiro, nunca o sirvas requentado,

E, depois, tem do santo a paciência.



Quem o diz, é a minha dama e mestra,

Que faz hoje setenta e dois aninhos:

Que pena eu não ter aqui uma orquestra,



Com coro, para os parabéns lhe dar,

E, entr’as velas e os búzios dos moinhos,

Lhe jurar que a continuarei… a amar!



Lourinhã, Tabanca de Porto Dinheiro, Restaurante "O Viveiro", 18 de agosto de 2017


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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de agosto de 2017 >  Guiné 61/74 - P17672: Manuscrito(s) (Luís Graça) (121): poema à minha igreja do Castelo, Lourinhã, setembro de 1964...

1 comentário:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Foi um boa almoçarada e um melhor convívio, o da Tabanca de Porto Dinheiro... Marcaram presença vinte e amigos amigos e camaradas. Da malta da Guiné, comparacerAM À chamada o régulo da Tabanca, Edurdao Jorge Ferreira, o Luís Graça, o João Crisóstomo, o Joaquim Pinto Carvalho, o Belarmino Sardinha, o Estêvão henriques e o Arcílio Marteleira, mais a Helena do Enxalé... O Jaime Bonifácio Marques da Silva. embora nosso grã-tabanqueiro, esteve em Angola. Trouce com ele a esposa, Dina, a filha Sofia e o genro, José. O Belarmino Sardina e a esposa Antonieta vieram do Cadaval onde têm segunda casa, em Rocha Forte. CXalro que não podiam faltar os dques do Cadavl, os Pinto Carvalho, o Joaquim e a Maria do Céu, da Artvilla, Vila Novca, Vilar, Cadaval. Da Lourinhã, vieram os casais Luís Graça e Alice, Elisabete e Arcílio Marteleira, Fenando e Ângela... O ESrêvão e a Rosário vivem no Seixal. Nosso novo tabanqueiro é o Rui Chamusca, proefessor de educação física, tal como o Eduardo. É do Savigal, e tem um projeto solidásrio com Timor Lorosae, de que nos falou. O João Crisóstomo veio diretamente da Eslovénia, mas sem a Vilma...Esteve há dias com o secretário de Estado do Vaticano para angariar apoios para o projeto do Rui Chamusco em Timor Leste... A Lena do Enxalé veio com o seu Álvaro Carvalho. Aniversariantes deste mês, a Helena a 9, e a Alice, hoje, tiveram direito a um alegre coro que cantou os "Parabéns a vocè"...

Tudo bem comido e bem regado (, a caldeirada recomenda-se aqui no restaurante "O VIveiro"), com direoto a bolo de alunos, espumante e ginginha de Óbidos, ficou por 18 morteiradas... O JOão Crisóstomo estava com saudades das nossas comidinhas. A Estómnia é linda de morrer e é a terra da sua amada Vilna, mas a comida é, no mínimo, uma coisinha deslavada...

Faltou o nosso "capelão", o Horácio Fernandes e a Milita, que vivem no Porto...

Mais uma vez está de parabéns o régulo Eduardo Jorge Ferreira que tem sabido zelar pela nossa saúde e bem-etsra, com toda a competencia, dedicação e ternura... Um régulo de cinco estrelas!... Obrigado, Eduardo! Obrigado aos nossos amigos e camaradas!... LG