Ver aqui trailer do filme
Cinema São Jorge - Sala Manoel De Oliveira,
Lisboa
“Como é cantar uma cultura que não se conhece?
Três portugueses, uma italiana, uma alemã e seis franceses formam o grupo Cantadores de Paris, dedicado ao cante alentejano.
Trazemos elementos do grupo a Serpa para os cruzar com os grupos locais.” (Tiago Pereira )
Projecções:
22 OUT / 16.15, Cinema São Jorge – Sala M. Oliveira
28 OUT / 16.15, Cinema São Jorge – Sala M. Oliveira
Vd. aqui "trailer" do flme > Sinopse:
"A música portuguesa a gostar dela própria2 apresenta um filme de Tiago Pereira
Em Paris criou-se um grupo de Cante Alentejano formado por pessoas de várias proveniências.
O cante Alentejano tem uma coisa incrível que é o seu lado de confessionário, os homens másculos, bem constituídos cantam sobre as flores e os passarinhos e as mulheres quando não imitam os motes dos homens cantam segredos femininos e lamentam-se por estar casadas, as pessoas usam o cante como escape do que de outra forma não seria bem visto em sociedade. Isto é uma análise possível, a minha neste caso.
O documentário quer-se nesse tom de confissão, não é uma reportagem, o que importa é mostrar não é narrar, não é um filme de entrevistas, os interpretes usam a câmera como espelho, como algo que está lá no camarim ou na rua e falam com ela, podem-se vestir ou pintar em frente a ela mas também usá-la como confessionário, confessam-se, falam dos seus medos, da dificuldade do cantar em português, do que o cante os faz pensar e sentir."
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Nota do editor:
Último poste da série > 21 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17891: Agenda cultural (597): DocLisboa2017, de 19 a 29 de outubro: destaque para dois filmes sobre a África Lusófona, um realizado na Guiné-Bissau ("Spell Reel", de Filipa César, 96') e outro em São Tomé e Príncipe ("O Canto do Ossobó", 99')
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Nota do editor:
Último poste da série > 21 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17891: Agenda cultural (597): DocLisboa2017, de 19 a 29 de outubro: destaque para dois filmes sobre a África Lusófona, um realizado na Guiné-Bissau ("Spell Reel", de Filipa César, 96') e outro em São Tomé e Príncipe ("O Canto do Ossobó", 99')
2 comentários:
Confesso que adorei o documentário e transmiti isso, no final da sessão ao jovem realizador, o Tiago Pereira. É uma outra maneira de ver e ouvir cantar o cante...
Os portugueses têm esse enorme complexo de inferioridade em relação à Europa a que eles nunca pertenceram (nem ainda hoje pertencem, mas espero que ainda venham a pertencer de pleno direito): precisam do "olá!", do "okay!", do "bravo!", do "elogio com palmas" dos estrangeiros... Na realidade, não somos a ponta mais ocidental da Europa, somos a mais acidental..., pelo menos desde os tempos dos romanso...
Resumindo, este homem, o Tiago Pereira, filho do Júlio Pereira (o tal dos sete instrumentos, que tirou o cavaquinho do sótão das velharias...), em termos de defesa e promoção da música popular portuguesa vale mais do que todos os subsubsecretários de estado da cultura juntos...Presta, com este documentário, mais um grande serviço à cultura portuguesa, à nossa música, à diáspora lusitana, ao cante, ao Alentejo...
É um documnentário a não perder, amigos e camaradas, aqueles de vós, obviamente, que gostam do cante... E mesmo que não gostem lá muito, vejam com o cante (tal como o fado) pode unso povos e continentes, e tornar-se universal...
No dia 28, há uma "projeção" do documentário. Mas eu tenho uma novidade em primeira mão: falei ao Tiago Pereira na "Casa do Alentejo", e ele disse-me logo que a 24 de novembro, daqui a um mês, vão lá projetar o filme...
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