Alcácer do Sal > Carrasqueira > Cais palafítico > 28 de janeiro de 2018 > Nomes de barcos ancorados... Dizem que é a maior "aldeia palafítica" da Europa... Homens e mulheres trabalham juntos na faina da pesca no estuário do Sado... A aldeia encontra-se dentro da Reserva Natural do Estuário do Sado... E é um belo sítio para se observar aves (de dezenas e dezenas de espécies diferentes) como para comer o famoso choquinho de coentrada e outras coisas boas que há por aqui, do camarão à enguia, da ostra às ameijoas... Fica a 3 km da praia da Comporta...
Vale uma visita, a Carrasqueira e não só... até por que todo o concelho de Alcácer do Sal (, o segundo maior do país em superfície) nos faz lembrar algumas coisas da Guiné-Bissau, não só a paisagem física (as "bolanhas"; aqui é a "Catió" de Portugal, produzindo um 1/3 do nosso arroz, com destaque para o nosso carolino...mas também o grande produtor do pinhão!), como a fauna (com destaque para as aves pernaltas..) e até as gentes (uma parte da população será de origem subsariana, antigos escravos que trabalhavam nos arrozais)...
1. Pergunto: porque é que aquele barco, "Graça Luis(a)" nunca se poderia chamar "Luis Graça"? Ou "Virgílio Teixeira", que também faz anos hoje (e que me confessou: "até que enfim!, nunca tinha dado os parabéns a ninguém neste dia!"...). Ou "Carlos Vinhal", que é o nome do nosso querido editor que que nunca se esquece de nós, e nos dá os "parabéns"...no dia certo!
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor:
Último poste da série > 13 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18209: Fotos à procura de...uma legenda (98): Adivinhem quem vem almoçar à Tabanca da Linha, 5ª feira, dia 18?... Será um grupo coral alentejano? Alguns "meninos da Linha" já se começaram a queixar, ao régulo e seu adjunto, que a Tabanca está-se a tornar numa grande "bandalheira"...
3 comentários:
Caro Luís
Deves andar mesmo entusiasmado com o teu aniversário para baralhares a legenda das fotos. Corrige lá isso. É que o cais palafítico ("palafítica") da Carrasqueira fica na Reserva Natural do Estuário do Sado ("Tejo") e penso que ainda continua a ser um belo sítio para observar aves ("não se observar").
Mas o mais importante é felicitar o aniversariante. Aqui vai um grande e fraterno abraço de parabéns, com votos de vida longa e feliz. Que a vida se não esqueça de te sorrir e que te faça sorrir (e gargalhar) muitas vezes.
Felicidades!
Manuel Joaquim
Meu caro Manuel Joaquim
Peço-te desculpa, a ti e aos demais leitores... Foi um "lapsus linguae": nunca se deve escrever com op estômago vazio ou, a correr, paera um jantar de família, em dia de aniversário... Eu queria dizer Sado e não Tejo...
Passei no sábado por lá, já lá não ia há uns anos, à Carrasqueira, a Comporta dos pobres...Fui lá à enguia, ao choco, à ameijoa... no prato. Tens toda a razão, não é sítio para a gente se ver e ser visto... Muito menos tem "chefs" com estrelas Michelin... Mas tem boa matéria-prima do rio e do mar...
Para observação de aves, descobri agora (, aprendiz de ornitólogo, anda mesmo atrasado...) o Moinho de Maré da Mourisca, às portas de Setúbal... Mas, para azar meu, fecha à segunda-feira...
Obrigado pelas correções e pelos parabéns!... e sobretudo de votos de saúde e longa vida que só fazem sentido se foram recíprocos...
Mas não respondeste ao mewu repto: porque é que estes barcos têm nomes de Fêmeas ?
É uma comunidade piscatória como a da "minha" Ribamar da Lourinhã... No Porto Dinheiro os barcos (da pesca artesanal...) também têm nomes de fêmeas, como eu escrevi no poema "Praia de Porto Dinheiro":
(...) Deste nomes de fêmeas aos teus barcos
Que são machos,
Máquinas fálicas de lavrar e violar
O vento, a água, o ar,
Jessica, Mafalda, Sofia,
Inês, Patrícia, Maria. (...)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2013/08/guine-6374-p11935-manuscritos-memoria.html
Parece que dar o nome de mulher aos barcos de pesca tem a ver com o uso de, no tempo dos fenícios e gregos, ser habitual dar o nome de deusas aos barcos.
Também se julga que, o nome da mulher faz companhia ao homem, nas lides da pesca.
Parece que na Carrasqueira, pelo seu isolamento, ainda se nota entre os seus habitantes semelhanças africanas devido ao ter sido, em tempos antigos, retiro de escravos.
Valdemar Queiroz
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