sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Guiné 61/74 - P20547: In Memoriam (362): Padre Libório Jacinto Cunha Tavares (1933-2020), ex-Capelão do BCAÇ 2835 (Nova Lamego, 1968/69)

IN MEMORIAM



PADRE LIBÓRIO JACINTO CUNHA TAVARES (1933-2020)


1. Mensagem de Catarina Tavares, sobrinha-neta do Padre Libório Tavares, com data de 9 de Janeiro de 2020:

Boa tarde,

Há algum tempo fiquei de lhe enviar uma fotografia do meu saudoso tio padre, como carinhosamente o chamamos eu e a minha irmã desde sempre. Para lhe dizer a verdade fui-me esquecendo, pois pensei que tinha tempo... é com grande tristeza que o informo que o meu tio padre faleceu terça-feira, 7 de janeiro após o seu estado de saúde se deteriorar nos seus últimos dias de vida.

Envio-lhe em anexo algumas fotografias dele, como me tinha pedido.

Obrigada por ter partilhado histórias tão dele!

Com os melhores cumprimentos,
Catarina Tavares

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2. Libório Jacinto Cunha Tavares:

(i) Açoriano, nascido em 1933, na ilha de São Miguel, em Rabo de Peixe;

(ii) Frequentou o seminário diocesano da Terceira;

(iii) Foi ordenado padre em 1958; esteve em várias paróquias da sua ilha natal, incluindo Rabo de Peixe;

(iv) Com 35/36 anos, foi capelão no CTIG, de 17/1/1968 a 10/12/1969, em Nova Lamego, no leste da Guiné [, como tudo indica, no BCAÇ 2835: mobilizado pelo RI 15, esta unidade partiu para a Guiné em 17/1/1968 e regressou a 4/12/1969; esteve em Bissau e Nova Lamego; comandantes: Ten-Cor Inf Esteves Correia, Maj Inf Cristiano Henrique da Silveira e Lorena, e Ten-Cor Inf Manuel Maria Pimentel Bastos; foi rendido pelo BCAÇ 2893 (1969/71)] (*);

(v) Emigrou para o Canadá, foi pároco da igreja católica de Santa Maria, em Brampton, durante 26 anos, lugar que é hoje ocupado pelo seu sobrinho e afilhado, o padre Libório Amaral, nascido em 1963;

(vi) Em 2016, reformado, viveu em Brampton, cidade suburbana da área metropolitana de Toronto, província de Ontario, Canadá:

(vii) Muito conhecido de (e estimado por)  a comunidade portuguesa e açoriana de Toronto, é foi considerado um dos principais animadores da tradição da multissecular festa do Senhor Santo Cristo

Guiné > Região de Gabu > Sector de Nova Lamego) > Canjadude > CCAÇ 5, "Gatos Pretos" > 1969 > O Alf Mil Capelão Libório Tavares, dizendo missa, num altar improvisado. Ajudante, o José Martins, Fur Mil TRMS, CCAÇ 5 (Canjadude, 1968/70).



Fotos mais recentes do Padre Libório Tavares, enviadas pela sua sobrinha-neta

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3. A tertúlia e os editores deste Blogue, enviam as mais sentidas condolências à família do senhor Padre Libório Tavares pela perda deste seu ente querido.(**)

Em jeito de homenagem póstuma, à sua pessoa, aos nossos capelães, a todos os nossos camaradas açorianos, e aos demais camaradas da diáspora lusitana,  o seu nome passará a figurar entre os nossos tertulianos já falecidos. 
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Notas do editor:

(*)  Vd. poste de 25 de outubro de  2016 > Guiné 63/74 - P16638: Os nossos capelães (6): Libório [Jacinto Cunha] Tavares, o meu Capelini, capelão dos "Gatos Negros", açoriano de São Miguel, vive hoje, reformado, em Brampton, AM Toronto, província de Ontario, Canadá (José Martins, ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70)
(**) Último poste da série de 6 de janeiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20532: In Memoriam (361): Fernando Alberto Silva Franco (1951-2020), ex-1.º Cabo Caixeiro do PINT 9288 (Guiné, 1973/74)

3 comentários:

Anónimo disse...

O Alferes Capelão Padre Libério, pertenceu ao BC2835, que foi render o meu BC1933, no final de Fevereiro de 1968 em Nova Lamego.
Conheço o nome, o nosso Alferes Capelão Padre Carlos Moita, terá estado com ele em Bra, no final de Fevereiro de 68, quando regressamos a Bissau, e julgo que ambos tiveram contacto uns dias, nos Adidos, a passar o testemunho, e eu lembro-me vagamente do seu nome, não me lembro da imagem.

Posso estar eventualmente enganado.

De qualquer modo, sendo mais velho do que eu 10 anos, já teria os 87 anos, ainda poderia viver mais uns 'anitos', mas nós não mandamos em nada.. É Deus.

As minhas condolências à familia enlutada e paz à sua alma.
Virgilio Teixeira


José Marcelino Martins disse...

Há alturas que se pensa mais numas coisas, do que noutras.
Desde que investiguei para escrever "Das leis do Reino e da República, às leis da Igreja, com influência nas Forças Armadas", que me tenho perguntado:

- Que "sacanice" teria feito o Padre Libório, para que o seu bispo lhe tenha feito a "sacanagem" de o enviar para a guerra aos 34/35 anos e já com dez de sacerdócio?

Não estranhem a questão que coloco.
Cada diocese e/ou cada congregação/ordem religiosa, tinha de ter ao serviço das Forças Armadas, um determinado número de sacerdotes.
Essa "escolha" devia ser por voluntariado, mas poucos se ofereciam. Assim, ficava o campo aberto para a escolha ser do Bispo ou Superior. Resultado: avançavam os mais "incómodos" na óptica do avaliador.

Mais uma dúvida que o Império teceu.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Boa questão, Zé Martins. Que responda quem sabe ou passou por esta situação... LG