domingo, 9 de fevereiro de 2020

Guiné 61/74 - P20635: Agenda cultural (728): Lisboa, 8 de fevereiro de 2020, na apresentação do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial": quando o Alentejo e o Gabu se tocam - Parte I: as primeiras fotos


O mundo é pequeno... "Fazer um filho, plantar uma árvore, escrever um livro": O Zé Saúde com a sua "descêndia": duas lindas filhas, dois amorosos genros, quatro netos e netas ternurentos, nove livros publicados... E amigos por toda  parte, desde  a Aldeia Nova de São Bento ( ninguém lhe chama Vila...) até à Tabanca Grande.


O Zé Saúde, agradecendo no fim a presença, fraterna e solidária, do seus conterrâneos, o "Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento", grandes embaixadores do "Cante", vedetas nacionais e internacionais... Têm 3 concertos, esgotados, no CCB, Grande Auditório, em Lisboa, sala que tem cerca de 1500 lugares.


Outros dos amigos do Zé Saúde, que já conhecíamos de 2013: o "Grupo Musical Os Alentejanos de Serpa" (1)


Outros dos amigos do Zé Saúde, que já conhecíamos de 2013: o "Grupo Musical Os Alentejanos de Serpa" (2)


A dra. Rosa Calado, diretora cultural da Casa do Alentejo, saudando o amigo e escritor alentejano José Saúde, e desejando as boas vindas a todos os convidados....É a esposa do nosso camarada Fernando Calado, ela de de Beja, ele de Ferreira do Alentejo. Chamo-lhe,por graça, "a ministra da cultura do Alentejo"...  Por curiosidade, refira-se que a Casa do Alentejo tem um restaurante e uma taberna com cerca de 500 lugares. Dá trabalho a 40 pessoas. E organiza eventos: tem a agenda cheia até maio de 2020..


O editor  António Mão de Ferro, domo da chancela "Colibri", no uso da palavra


O maj gen ref Raul Luís  Cunha foi o segundo apresentador da obra, a seguir ao editor do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné... Raul Cunha, ranger e comando, e também juiz militar, nasceu em Moçambique, na antiga Lourenço Marques...  Entre outras funções, foi Conselheiro Militar do Representante Especial do Secretário-Geral da ONU no Kosovo (2005-2009).


Neto e neta do Zé Saúde: a festa é deles..


Aspeto inicial (e parcial) da assistência: na fila da frente, da metade direita do salão:   da esquerda para a direita, reconheço o Fernando Calado, a esposa do maj gen Raul Luís Cunha, a Alice Carneiro, a esposa do Manuel Joaquim... e claro, o Manuel Joaquim, que tem pena de não ser alentejano.. A seu lado, um dos genros do Zé Saúde.


Genros e netos do Zé Saúde, mais a Alice Carneira e a esposa do maj gen Raul Luís Cunha, que é natural de Beja.


Aspeto inicial (e parcial) da assistência: na fila da frente, da metade esquerda  do salão: muitos e bons amigos, além de sócios da Casa do Alentejo, estiveram presentes neste evennto. A "claque de apoio alentejana" não faltou... Até porque o "programa cultural" prometia, com os pesos pesados do Cante...


O maj gen Raul Luís Cunha e o cor pilav Miguel Pessoa, que eu fiz questão de apresentar com um dos nossos bravos da FAP... Passaram ambos pela Academia Militar, mas com 8 anos de diferença. Não se conheciam pessoalmente.


Da esquerda para a direita, os camaradas da Tabanca Grande, Francisco Godinho (, alentejano de Moura), Giselda Pessoa, Miguel Pessoa e Manuel Joaquim, mais a sua Deonilde


Na fila para os autógrafos, o primeiro da esquerda, de perfuil é o nosso tabanqueiro da Tabanca da Linha e da Tabanca Grande, natural da Aldeia Nova de São Bento, o Manuel Macias...


Mais dois grã-tabanqueiros: o Acácio Correia e o António Ramalho... O Acácio Correia foi alf mil, cmdt do 3.º Gr Comb da CArt 3494 (Xime e Mansambo, 1971/74)... O   António Ramalho,por seu turno, foi fur mil at cav, CCAV 2639 (Binar, Bula e Capunga, 1969/71), natural da Vila de Fernando, Elvas, membro da Tabanca Grande, com o nº 757: tem mais de vinte referências no nosso blogue]... Finalmente pude conhecer, "a cores e ao vivo", o nosso camarada Ramalho.


Fernando Calado (que pertence aos corpos sociais da Casa do Alentejo) mais o Humberto Reis, dois camaradas de Bambadinca: alf mil trms (CCS/ BCAÇ 2852, 1968/70), e fur mil op esp / ranger, CCAÇ 12 (1969/71)... Houve mais camaradas que apareceram, e que não ficaram na fotografia: Manuel Resende, régulo da Tabanca da Linha, Hélder Sousa, Joaquim Pinto de Carvalho (e esposa, Maria do Céu)...


A banca com o livro e a representante das Edições Colibri

Lisboa > Casa do Alentejo > 8 de fevereiro de 2020 > Lançamento do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial: Guiné-Bissau, 1973-1974: Memórias de Gabu" (Lisboa, Colibri, 2019, 220 pp.)


Fotos (e legendas: © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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15 comentários:

Anónimo disse...


António Ramalho
9 fev 2020 13:40


Caro Luís, boa tarde.

Que bela tarde de cultura escrita e cantada do meu Alentejo!
Tive um prazer enorme em conhecer-te ao vivo e a cores, continua com o teu blogue que muito me enriquece.

Até uma próxima oportunidade,

Um forte abraço.
António Fernando Rouqueiro Ramalho

Tabanca Grande Luís Graça disse...

António, sei que és um homem ocupado e solidário, voluntário em diversas causas, incluindo o Banco Alimentar contra a Fome... Finalmente pudemos dar "aquele abraço" que faltava. Estou-te grato pela tua presença. Mais oportunidades surgirão... E não te esqueças, o nosso blogue chama-se Luís Graça & Camaradas da Guiné.. Sou eu, és tu e mais 802 que estão atrás de nós, a "empurrar-nos" para que nenhum dos "bravos da Guiné" fiquem na... "vala comum do esquecimento".

Sim, não esqueço a tua costela "alentejana": és natural de Vila Fernando, Elvas!... E quem diz Alentejo,diz Portugal, diz lusofonia... e por aí fora!

Um quebra-costelas para ti!

Anónimo disse...

Juvenal Sacadura Amado (via Facebook da Tabanca Grande):

Muitos parabéns, José Saúde, desta vez não pude estar presente mas daqui vai um abraço de solidariedade e alegria por ver que és um homem realizado.

José Botelho Colaço disse...

Pois é desta vez creio que até o José Saúde deve ter ficado um pouco surpreedido com tantos amigos a saúdarem.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Tive a agradável oportunidade de, na Casa do Alentejo, conhecer pessoalmente o maj gen Raul Cunha (e a esposa)... Mais jovem, que nós, ainda apanhou a ponta final da guerra colonial, em Moçambique, onde esteve, julgo eu, já como tenente... Mas a sua "paixão" são as "missões de paz", ao serviço da ONU, como foi o caso do Kosovo... Nas edições Colibri há um livro dele sobre o Kosovo... Aqui vai um referência, em poste a seguir...

Segundo me confidenciou, o pai foi, tal como o meu, expedicionário durante a II Guerra Munbdial, não em Cabo Verde, mas nos Açores- A mãe é açoriana. Ele nasceu em Lourenço Marques, hoje Maput emo, e entrou na Academia Militar em 1963. Fez, como alferes, o curso de operações especiais em Lamego... FDalou-me tamb+em da sua experiência, de 3 anos, como juiz militar... Um alfabarvo para o nosso general. LG

Tabanca Grande Luís Graça disse...

RTP Notícias (com a devida vénia...)

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/livro-do-major-general-raul-cunha-aponta-incoerencias-no-processo-do-kosovo_n1189251

1 Dezembro 2019, 09:24
Livro do major-general Raul Cunha aponta incoerências no processo do Kosovo
por Lusa

O major-general Raul Cunha, autor do livro "Kosovo -- A Incoerência de uma Independência Inédita", considera que o processo de independência do território fica marcado pelos interesses e parcialidade da "comunidade internacional".

"Sempre que houver intervenção internacional a favorecer um dos lados, o conflito agudiza-se. É preciso favorecer os mecanismos regionais que existam, manter uma postura permanente de imparcialidade e foi isso que a comunidade internacional não fez e cada vez que interveio agudizou o conflito", disse à Lusa o major-general Raul Cunha.

O autor do livro é doutorado em História, Estudos de Segurança e Defesa; como militar prestou serviço na European Comunity Monitoring Mission (Jugoslávia) no início dos anos 1990, esteve no Quartel General da KFOR (Força de internacional) e, mais tarde, foi chefe da Componente Militar da UNMIK (Missão das Nações Unidas no Kosovo) e conselheiro militar do representante especial do secretário geral das Nações Unidas no Kosovo.

Tendo acompanhado o processo do Kosovo em particular, assim como a situação geral nos Balcãs, Raul Cunha considera que o conflito não terminou com a declaração unilateral de independência da província da Sérvia, em 17 de fevereiro de 2008.

"Houve muita parcialidade na forma como foi tratada a questão do Kosovo, ao longo do tempo. As próprias Nações Unidas, que deveria ser neutral, refletia o balanço de forças no terreno. Os acordos que a Aliança Atlântica assinou sobre os sérvios do Kosovo, por exemplo, nunca foram respeitados", lamenta.

"O que mais me desagradou sempre foi a incoerência da comunidade internacional, sobretudo do Ocidente, porque tivemos sempre um comportamento com padrões diferentes consoante as situações e não é isso a que nos habituamos como militares: acreditamos nos valores da democracia e do respeito. No caso do Kosovo e de outros na ex-Jugoslávia nunca senti essa coerência. Senti que havia uma grande injustiça da comunidade internacional", afirma.

O livro trata o tema através dos pontos de vista histórico, político, religioso, cultural, geoestratégico e diplomático, mas alerta sobretudo sobre a intervenção de organizações internacionais e potências estrangeiras e as ligações que mantiveram com a maioria albanesa da província.

"Na realidade, no terreno, nós verificávamos que todos eles cometiam erros, atos indescritíveis. Não eram só os sérvios, e, no entanto, a comunidade ocidental, sobretudo, catalogou os sérvios como os maus e a partir daí tratou-os como tal", refere Raul Cunha sublinhando as interferências de Washington e Berlim em todo o processo.

"No caso do Kosovo, a Alemanha e os Estados Unidos tiveram um papel importante. Os norte-americanos têm atualmente no terreno uma base militar que lhes permite transportar tropas do norte para o sul, do leste para oeste. É uma base importante em termos geoestratégicos. Na zona controlam as rotas do gás natural que eventualmente passem naquela região, por exemplo", diz.

Para Raul Cunha, a ONU e a Aliança Atlântica estiveram no terreno a servir os interesses de duas ou três potências e nota que com o passar dos anos não existe convivência entre as várias etnias, tal como foi prometido.

"Daí eu dizer que quase aceito que a parte albanesa do Kosovo se junte à Albânia. É mais lógico porque a única coisa que os separa é uma fronteira artificialmente criada. Têm duas seleções de futebol? Têm na prática dois votos nas instâncias internacionais. Qualquer dia terão três quando se criar uma parte albanesa da Macedónia e depois quatro quando se fizer uma parte albanesa do Montenegro", afirma acrescentando que o "sonho da Grande Albânia" continua presente. (...)

(Continua)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

(Continuação)


1 Dezembro 2019, 09:24
Livro do major-general Raul Cunha aponta incoerências no processo do Kosovo
por Lusa

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/livro-do-major-general-raul-cunha-aponta-incoerencias-no-processo-do-kosovo_n1189251


(...) "Não vão desistir enquanto não tiverem a `Grande Albânia`, porque na realidade aquelas são zonas onde só estão albaneses, incluindo Montenegro, Sérvia e Macedónia, são comunidades fortes e enraizadas e a tendência desde os tempos da Liga de Paris (1878) é juntarem-se numa só nação", antecipa [ o maj gen Raul Cunha].

O livro dedica igualmente um longo capítulo aos aspetos diplomáticos e políticos que se referem ao reconhecimento (e ao não reconhecimento) da independência por parte dos distintos países, incluindo a "hesitação" de Portugal que acabou por formalizar o reconhecimento no dia 07 de setembro de 2008, poucos dias depois da passagem da secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice por Lisboa.

"Para mim, obviamente, houve pressão norte-americana para Portugal assinar. Nós não reconhecíamos o Kosovo por causa da Espanha, porque é um dos nossos interesses. Eu estou convencido de que Condoleezza Rice exerceu pressão. Portugal assinou passados poucos dias de a `senhora` estar cá", afirma.

Mais de 90% da população do Kosovo é albanesa, sendo as minorias de origem sérvia, bosníacos, "gorani" (montanheses) e "rom" (etnia cigana).

Atualmente, no contexto dos Balcãs, e após as adesões da Albânia e do Montenegro, só a Sérvia, a Bósnia-Herzegovina, a Macedónia e o Kosovo não são membros da NATO.

No Kosovo, 95,6% da população são muçulmanos e 3,7% são católicos.

O livro "Kosovo - A Incoerência de uma Independência Inédita" (edições Colibri, 289 páginas) inclui mapas e fotografias e introduções assinadas pelo major-general Carlos Martins Branco e pelo embaixador António Tânger Corrêa.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Peço desculpa ao Zé Colaço, grande alentejano, bom amigo e camarada... Também o vi por lá, mas nem sequer nos cunprimentámos por falta de oportunidade... Estva na mesa, quando ele chegiu.. Depois meteu-se a "cantoria"... Finda a sessão, a malta dispersou-se... Desencontrámo-nos, mas vi-o a filmar a alguns metros de mim...

Um quebra-costelas. Luís

José Saúde disse...

Luís,

Confesso que não tenho palavras para descrever uma tarde deveras emocional. Camaradas que se reencontraram, famílias que se deslocaram propositadamente à Casa do Alentejo em Lisboa para assistiram ao vivo e a cores a um momento quiçá único, o cante, o nosso cante, alentejano, a fina flor onde o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, a terra que me viu nascer e aquela que me consumirá para a eternidade, o Grupo Musical "Os Alentejanos" de Serpa, sede do meu concelho, a família, filhas, genros e netos, os sorrisos de pessoas que se entregaram aos prazeres de uma tarde talvez inigualável, o aplaudir e o convívio foram "matéria" que jamais esquecerei.

Tenho feito várias apresentações de obras, todavia esta superou todas as minhas expetativas.

O meu profundo obrigado a todos!

Zé Saúde

Valdemar Silva disse...

Zé Saúde
Tal foi a festa.
Amigos e Cantadores não faltaram.
Nas imagens não se sabe se houve festança.
O meu camarada e amigo Macias está ficando barrigudo.
Pena minha não poder ter ido.

Ab. e saúde da boa.
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, os vídeos do "Cante" vêm a seguir... É preciso carregá-los no You Tube... O Manuel Macias também não via o Zé Saúde há muitos anos... Fazes falta, camarada, nestas coisas...

Valdemar Silva disse...

Pois é, Luís.
No meu caso não é por ter barriga de almece é mais não poder andar à cata da rolha.
É uma grande chatice.
Mas o importante é continuar haver estes encontros da rapaziada.

Já contei, conheci bem a espectacular Casa do Alentejo fui cliente do restaurante durante vários anos.

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

José Botelho Colaço disse...

Caro amigo Luís obrigado pelas palavras que me dedicaste, se fosse eu a escrever o comentário seria práticamente igual ou parecido, retirava as palavras "grande alentejano" é talvêz uma das poucas benezes que tu não tens nem nunca virás a ter: Só é alentejano quem nasce no Alentejo. Um abraço.

Anónimo disse...


jorge araujo

segunda, 10/02/2020, 00:13

Caro Luís,
Boa noite.

Já vi/li a excelente reportagem de ontem relacionada com a sessão de lançamento do novo livro do camarada José Saúde. Pelo que depreendo das imagens e do texto, o programa pensado para este evento, muito contribuiu para a existência de um clima social muito particular e de grande camaradagem e, por isso mesmo, propício a estimular boas emoções e sentimentos positivos, onde se recuperaram, certamente, memórias de outros tempos e de outros lugares, em particular (digo eu) entre o Alentejo e o Gabú.

Conforme te dei conta no meu apontamento escrito na véspera, a tarde de sábado foi difícil de gerir, não me permitindo, de todo, fazer um desvio e marcar presença nesse Encontro. Ninguém lamenta mais do que eu.

Entretanto, aproveito para juntar uma resenha histórica relacionada com as origens do «Jornal do Exército», que acaba de comemorar sessenta anos de vida (1960-2020). Que achas desta ideia?

Até breve.
Boa semana.
Um abraço. Jorge Araújo.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Jorge. Vou publicar o mais rápido possível o teu texto sobre os 60 anos do "Jornal do Exércitio"... O Exército, quer se tenha gostado ou não, foi a nossa "casa" durante 3 anos....

Sim, foi bonita a "festa", saí de lá já de noite... Ficamos depois na Taberna da Casa do Alentejo a petiscar e a cantar: diferentes tertúlias, os de Aldeia Nova de São Bento, os de Ficalho, os de Serpa, os de Beja,os de Moura... Há uma grande diáspora alentejana na cidade grande... Faltaste cá tu...
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Volta, volta bem para a tua Maria lá nas Arábias.. E cuida-te, cuidado com a "peste" (de que Deus nos livre!, como dizíamos até há 200 anos atrás...).

Um xi-coração. Luís