Penamacor > Meimoa > c. 2001 > Ponte Romana sobre o rio Meimoa, afluente do rio Zêzere
Foto (e legenda): © JA Bento Soares (2020). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
MEIMOA, Princesa da Cova da Beira
Pergunto o que sou e o que fiz
Questiono, da vida, o seu sentido
Interrogo o que penso e o que quis
Indago porque aqui terei nascido.
Percebi que há nascer, há primaveras,
Houve mesmo as maleitas estivais;
Colhi outonais frutos, quais quimeras,
Perdido em sonhos que não sonho mais.
Mas ficou, da Meimoa, o chamamento,
Bendigo suas gentes e seu chão
Verdejando ou terreando em seu lamento...
Percebi que há nascer, há primaveras,
Houve mesmo as maleitas estivais;
Colhi outonais frutos, quais quimeras,
Perdido em sonhos que não sonho mais.
Mas ficou, da Meimoa, o chamamento,
Bendigo suas gentes e seu chão
Verdejando ou terreando em seu lamento...
Deixando-lhe estes versos numa reza
Ergo uma prece, um voto, uma oração
A quem, da Cova da Beira, é Princesa!
Dia da Senhora da Póvoa – 4 de Junho de 2001 –
João Afonso
2. Trocando mensagens pascais, já em plena pandemia de COVID-19, recebi do João Afonso a seguinte mensagem:
sábado, 11/04, 17:58
Bem haja, e que tudo vá correndo bem aí para baixo. Eu vivo nos arredores de Lisboa, mas nasci na Beira Baixa, numa aldeia chamada Meimoa (concelho de Penamacor) e a ela (que um irmão meu mais velho baptizou de "Princesa da Cova da Beira") fiz os dizeres em anexo, na qualidade de mui fraco bardo (...)
sábado, 11/04, 17:58
Bem haja, e que tudo vá correndo bem aí para baixo. Eu vivo nos arredores de Lisboa, mas nasci na Beira Baixa, numa aldeia chamada Meimoa (concelho de Penamacor) e a ela (que um irmão meu mais velho baptizou de "Princesa da Cova da Beira") fiz os dizeres em anexo, na qualidade de mui fraco bardo (...)
Mais um Abraço
JA Bento Soares
JA Bento Soares
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Nota do editor:
Último poste da série > 1 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20928: 16 anos a blogar (10): Independências - Parte II (Juvenal Amado, ex-1.º Cabo CAR)
3 comentários:
Curiosidade:
Ao ler o belo poema sobre Meimoa, Princesa da Cova da Beira, lembrei-me que também é natural de lá o Padre José Torres Neves. Foi capelão do BCaç 2885, sediado em Mansoa. Privámos em Mansabá e Mansoa e ainda hoje mantemos a amizade e o contacto.
Um abraço,
Ernestino Caniço
João Afonso, boa continuação do confinamento e/ou princípio do desconfinamento...
E obrigado pelo belo soneto de homenagem à vossa linda terra natal, Meimoa... Que, infelizmente, ainda não conheço. Andei por lá perto há uns anos. Tenho que fazer um visita, até porque Penamacor é a terra do Sanches Ribeiro, "meu colega da saúde pública" ... do séc. XVIII... O nosso maior médico do séc. XVIII, autor do "Tratado da Conservação da Saúde dos Povos" (1757(.
O soneto vai publicado nesta série "16 anos a blogar", comemorativa do 16º aniversário do nosso blogue (2004-2020).
Um ciberabraço, Luís
Caro Amigo Ernestino Caniço:
De facto, o Padre Zé Torres Neves é um ilustre meimoense, cerca de 2 anos mais velho que eu.Aquando da minha primeira comissão que ocorreu como capitão, na Guiné em 68-70, estava também lá como Capelão em Mansoa, aquele meu conterrâneo. Fui lá visitá-lo nessa altura num fim de semana de belo convívio.Fiz de carro o trajecto de Bissau para Mansoa.
Um abraço
J A Bento Soares
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