sexta-feira, 1 de abril de 2022

Guiné 61/74 - P23132: Manuscrito(s) (Luís Graça) (209): O (futuro) museu nacional da guerra colonial...


Típico grafito dos "bunkers" da Guiné... Imagem (e legenda): LG (2019)


1. O museu nacional da guerra colonial

por Luís Graça

Um dia até as pombas da paz do Picasso repousarão
no museu da guerra,
em relicários, de aço,
mais as moscas, regressadas dos campos de batalha,
das  bolanhas, das chanas, das savanas, das florestas-galeria
de além-mar em África.
As moscas, e os mosquitos,  espetados em alfinetes lá ficarão  
nos respetivos mo(n)struários.

No museu nacional  da guerra colonial 
só haverá mo(n)struários.

Agora elevadas à categoria de artefacto cultural,
as moscas, exangues. cobertas de terra verde-rubra,
mais a merda das moscas, liofilizada,
como os grelos e o bacalhau que comias na noite de Natal.

No Norte do teu pais,  onde há gente decente, 
diz-se: "Com a sua licença, a merda".

Um dia ouviste o senhor comandante do teu batalhão,
veterano da guerra da Guiné
e especialista em águas minerais,
dizer, enquanto beberricava o seu uísque com água de Perrier,
"Chiça!, sempre mais vale uma mosca na sopa
do que um míssil na messe de oficiais".

A tua não foi uma guerra tamanha, foi tacanha,
de baixa intensidade, 
escreveu o escriba do jornal
agora promovido a historiador oficial.

Eh!, pá, não viste mísseis hipersónicos a cruzar o Geba ou o Corubal,
o Cacheu, o Mansoa,o rio Grande de Buba, o Cumbijã, o Cacine,
mas milhões de insetos caíam-te na sopa.

Salgada, a sopa, da água da bolanha, fria, 
desconsolada, a saber a ferro, 
boa para  a anemia.

A responder-lhe, ao veterano,
seria com a célebre frase de um general prussiano
(um general das guerras napoleónicas,
ainda por cima prussiano,
sempre é mais ovoestrelado
do que um tenente coronel do exército colonial):
"A guerra não é mais do que a continuação da política de Estado
por outros meios".
Fim de citação, ponto final,
... e siga a Marinha até ao Terreiro do Paço.

Dizia-se que era o mais longe onde se podia ir,
para não haver derrapagens no orçamento militar.

De megafone em punho,  à laia de baioneta,
ouvirás o guia-mor do museu,
herói, deficiente, maneta, 
o olhar baço, o peito ainda ardente,
a falar-te da arte e da ciência da guerra.
E da importância que era devida aos detalhes de barba do combatente 
mesmo nos felizes e alegres dias da paz.

Lá estava o aviso exposto na tua camarata:
"Mais vale perder um minuto na vida,
do que a vida num minuto".

Nunca chegaste a perceber
por que razão é que o soldado tinha que ser tosquiado,
como o cordeiro da Páscoa.
Dizia o cronista-mor do reino,
que fez a cobertura mediática do desastre de Alcácer Quibir,
que era para ir ao encontro da deusa da morte, 
devidamente ataviado.

Rebobinando o filme da história desta guerra 
(e afinal de todas as guerras),
vê-se que  faltou sempre a visão do todo
ao marechal de campo,
visão que só podia ser major do que a soma dos detalhes.

A única filosofia de vida que tu, soldado, ouviste na tropa,
for ao teu tenente de instrução de especialidade,
era simples e prática, e não rimava com liberdade:
que a merda era o adubo... da vida, blá-blá;
que era fazendo merda, que tu aprendias, blá-blá.

E sobretudo nunca te devias esquecer
que era com a merda dos grandes, cá,
que os pequenos se afogavam, lá.

À quinta feira (seria ?, que importa o dia!),
depois da feira do gado bovino,
fazia-te, a ti e à malta do pelotão, rastejar na bosta,
enquanto ele namorava com a sopeira do capitão,
debaixo da janela, bem aparadas as patilhas
e perfumadas as virilhas.

É por isso que  ainda hoje não gostas... de xarém,
as papas de milho com conquilhas,
muito menos à moda de Tavira.

Na tropa-do-um-dois-três-e-troca-o-passo,
do vira do Minho a Timor,
nunca soubeste onde ficava o Norte.
Nem nunca soubeste pôr ao pescoço o baraço
para te enforcares no pau da bandeira.
Ou saltar o galho com garbo
ou fazer um manguito de bravata,
nem fazer o nó à gravata,
nem onde pôr a mão esquerda,
nem o ombro arma,
a arma no ombro
ou o ombro na arma
e muito menos, porra!,  ajustar o amuleto da sorte, 
ao peito.
Pior: não sabias sequer a letra do hino,
de cor e salteado
 nem tão pouco fazer o pino.

...Mas nem por isso te chumbaram, desgraçado,
que a pátria te chamava  e tinha pressa.

Depois um dia, no meio da guerra,
quiseram mandar-te para a psiquiatria,
o que era estranho, porque o Erre-Dê-Éme
em todo o seu articulado,
não previa a figura do inimputável
nem a do cacimbado
ou do apanhado do clima
"Deem-lhe um valium dez,
metem-no numa camisa de forças",
gritou o comandante das tropas em parada
ao médico, amável,
ao enfermeiro, calado que nem um rato,
ao maqueiro, rapaz cortês,
e merda para todos os três.

"Sempre era mais cómodo e barato
do que embrulhá-lo em papel selado!"

Deficiente das forças armadas,
prometeram-te depois um mundo melhor,
protésico e radioativo, 
com escudo de proteção,
sem armas de arremesso,
seguro contra todos os riscos e outras tretas:
só não te disseram o preço.

"Não, muito obrigado,
mais vale andar neste mundo em muletas
que do no outro em carretas".

Procuravas, além disso, uma mão...
Sim, a direita, com cinco dedos,
disposta a ajudar o teu pobre braço.
Esquerdo, sinistro, decepado.
 
Davam-se alvíssaras 
a quem salvasse o império,
tu deste o braço.

Morrer eras quando tu chegavas um beco sem saída
e não tinhas um kit de salvação.
Morrer em Nhabijões,
em Madina do Boé,
em Gandembel,
em Mampatá,
na Ponta do Inglês,
em Gadamael
ou em Missirá
... ou no Pilão, numa cena canalha,
tanto te fazia.
A morte não tinha SPM como os aerogramas da Cilinha,
e só morria quem não tem estrelinha,
que a sorte protegia os audazes
e quem morria, morria de vez,
e queria mortalha.

O mesmo era dizer: 
que o deixassem finalmente em paz!


A vida com a morte se (a)pagava.
Havia sempre moscas 
à espera do teu cadáver, prometido e adiado,
E jagudis, e formigas bagabaga, e um dia aziago,
E um primeiro sorja da CCS que te punha os pontos nos ii.
E um capelão que te fechava os olhos,
com extrema unção e a devida compaixão, divina,
e missa simples, sem cantorias nem  sermão.
E um coveiro que te pregava as tábuas do caixão.
E como a viagem era longa até casa,
ias hermeticamente fechadom
não fosse o diabo tecê-las!

"Não perturbem, do defunto, o sono eterno!",
podia ser o teu epitáfio.

A prática, diziam-te, levava à perfeição,
exceto no jogo da roleta russa
que jogavas nas picadas da Guiné,
a G3 contra a Kalash,
a pica contra o fornilho,
o pé contra a mina APê, 
o coiro, encardido, contra o Erre-Pê-Gê Sete,
russo ou chinês, do internacionalismo proletário!
Por isso tu vivias cada dia,
como se aquele fosse o único que te restasse
no calendário de parede, no teu abrigo,
grafitado com gajas nuas.
E muitos traços, em conjuntos de sete,
marcando a eternidade de uma semana.

Ah! E os órgãos de Estaline, não te esqueças,
dos órgãos, mesmo que hoje já estejam embalsamados
lá no mausoléu.
 
Cada dia era o primeiro,
o único, o original, o irrepetivel,
no jogo da vida e da morte!
E antes de rezar as matinas,
as mãos erguidas ao céu,
fazias o teste do dedo grande do pé esquerdo,
o do joanete,
o dos calos,
o das bolhas,
o da unha encravada,
o das matacanhas,
o das pisadelas,
o mais azarento,
o rebenta-minas!

Lembras-te, ó Marquês, sem acento circunflexo ?!

Não sabias se o pintor de Guernica
(ou Gernika, que o topónimo era basco
),
gostaria de ter conhecido Adão e Eva no Paraíso, em pelota,
pobres amantes.
Ou a Terra Prometida quando era rica,
e era sempre primavera, nunca inverno,
e nela corria então o leite e o mel,
mais o ouro,  o petróleo e os diamantes.

Afinal, todos os pintores preferem fazer batota,
querendo entrar no céu
e pintando o inferno.


Não, afinal, nunca chegaste  a conhecer, em vida,  
nenhum museu da paz, 
apenas o desta guerra, ao vivo e a cores,
e que não tinha cenários de opereta:
as balas eram de puro aço ,
e as bombas não eram treta.
Também sempre detestastes  as pombas 
que te cagavam a varanda e a janela,
e muito menos eras fã do Picasso.

Camarada: que a terra da tua Pátria, ao menos, te tenha sido  leve!
Sit tibi terra levis!, 
como já diziam os soldados romanos
que te colonizaram.
 

3 out 2012 (*). Revisto, 21 de março de 2022, dia mundial da poesia (**)



Guernica, de Picasso, 1937. Óleo sobre tela, 349 cm × 776 cm. Museu Rainha Sofia, Madrid, Espanha... Imagem do domínio público: Cortesia da Wikipedia.]


2. Comentário do nosso editor:

Já há, no nosso país, um Museu da Guerra Colonial, que eu por acaso ainda não visitei. Fica em Vila Nova de Famalicão, terra de alguns dos nossos grã-tabanqueiros, como a Rosa Serra ou o Joaquim Costa.

Mas é uma museu municipal... Nasceu, segundo se lê no sítio, no ano de 1999, através de uma parceria entre o município de Vila Nova de Famalicão, a ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas) e a AlfaCoop (Externato Infante D. Henrique de Ruilhe). Teve por base um projeto pedagógico intitulado "Guerra Colonial, uma história por contar"-

Oferece ao visitante uma exposição permanente que pretende retratar o itinerário do combatente português na Guerra Colonial (1961-1974), atrvés de áreas temáticas como: O Embarque; O Dia-a-Dia; As Operações Militares; Os Nativos; A Ação Social e Psicológica; A Religiosidade; Os Horrores da Guerra; A Morte; A Correspondência e as Madrinhas de Guerra.

Pormenor importante: todo o acervo museológico foi cedido ou doado por antigos combatentes ou seus familiares, por delegações da ADFA e pelos vários ramos das Forças Armadas Portuguesas.

Mas, segundo (in)confidências de círculos próximos da senhora ministra da defesa nacional, este museu pode vir a ser "nacionalizado", e passando a ser apenas um polo regional de um projeto museológico muito mais vasto e ambicioso, de âmbito nacional, com várias parcerias: museu do exército, museu da marinha, museu do ar (FAP), arquivo histórico-militar, academia militar, universidades... O projecto integrar-se-ia nas Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril.

Questão delicada e que divide os potenciais promotores é a sua designação: Museu Nacional da Guerra do Ultramar, Museu Nacional da Guerra de África ou Museu Nacional da Guerra Colonial ?


Interessante parece ser a ideia, do ministério da defesa nacional, de tentar salvar e recuperar as páginas e os blogues mantidos por antigos combatentes na Internet. Mas tudo isto ainda está no segredo dos deuses (ou das deusas)...
_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 3 deoutubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10475: Blogpoesia (306): S. T. T. L., Sit tibi terra levis!... Que a terra da tua Pátria, ao menos, te seja leve!.. (Luís Graça)

15 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Dizem que o novo museu nacional, com os seus vários polos regionais, é para ser inaugurado em 25 de Abril de 2024 quando se comemorar os 50 anos da Revolução dos Cravos. A ver vamos, se lá chegarmos...

JB disse...

Gritos de alma,quase instintivos,que certamente ecoam no interior de muitos dos antigos combatentes.

Uma feliz,por oportuna,imagem colocada no topo do texto.

Um abraço do JBelo

Anónimo disse...

Virgílio Teixeira (by email)

Data: sexta-feira, 1 de abril de 2022, 16:06

Assunto: Re.: Blogger: Luís Graça & Camaradas da Guiné - Enviar um comentário

Mandei comentário de PARABENS, mas não consegui enviar.
Fica para mais tarde no computador.
Abraço amigo de
Virgílio Teixeira

Enviado do meu telemóvel Huawei.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

"Orgãos de Estaline" é um trocadilho...

Refere-se ao sistema lançador de foguetes múltiplos (LFM) (em inglês, multiple rocketlauncher), de 122 mm, Grad, uma temível arma desenvolvida e usado pelos soviéticos na II Guerra Mundial, e ainda hoje em uso (veja-se as imagens da atual guerra na Ucrânia).

O Grad foi concebido para destroçar unidades inimigas de infantaria e cavalaria ligeira, em áreas de concentração, em marcha e em formações de batalha, baterias de artilharia e morteiros, unidades de defesa aérea e instalações logísticas... e áreas habutacionais.

Características técnicas:
Calibre do foguete; 122 mm;
Alcance máximo de tiro: 40 km
Número de foguetes: 40
Tempo de salva completo: 20 segundos.
Equipagem: 3

http://roe.ru/eng/catalog/land-forces/missile-systems-multiple-rocket-launchers-mrl-atgm-systems-and-field-artillery-guns/grad/


Na Guiné, o PAIGC dispunha da versão dos "pobres": o lançador, apoiado no ombro, e que disparava um foguete de cada vez...

O famoso "Jacto do Povo" (, na gíria do PAIGC), o foguetão ou foguete de 122 mm, HE, B-11-P "Grad", que terá sido utilizado pela primeira vez 24 de outubro de 1969 contra Bedanda e só depois em novembro de 1969, numa flagelação contra Bolama, segundo o nosso especialista em artilharia , o nosso camarada e amigo Nuno Rubim.

Felizmente para nós, era um arma pouco precisa e fiável e a Guiné, tirando Bissau, a BA 12 em Bissalanca e Bafatá não tinha grandes alvos, civis ou miitares, apropriados...Afinal, a História com H grande, também se faz com a pequena história...

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2019/07/guine-6174-p20012-15-anos-blogar-desde.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Lapso meu: o Grad era lançado por um tubo assente num tripé... O "Strela" é que era lançado ao ombro...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Virgílio,tomei a liberdade de inserir o teu comentário... Mas esta "história" do novo museu nacional da guerra colonial...é uma peta do dia 1 de abril...

Ab, Luis

PS - Julgo que dás os parabéns ao poeta e não à ministra da defesa nacional...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado também ao outro leitor do meu poema, o Zé Belo, pela sua sensibilidade e chamada de atenção ao "grafito" dos nossos "bu...rakos", a representação gráfica do calendário do combatente... LG

Anónimo disse...

Virgílio Teixeira (by email)

Claro que é para o poeta.
Essa peta do dia 1 de Abril fui traído.
Estás desculpado.
Abraço.
Virgílio Teixeira

Enviado do meu telemóvel Huawei.

Valdemar Silva disse...

Este magnífico texto também tem de pertencer ao Museu Nacional da Guerra Colonial.

Em 05/04/1970, também Nova Lamego foi flagelada com os foguetões 122.
Foram lançados seis foguetes que não fizeram estragos, uns não explodiram outros atingiram zonas de mato.
Lembro-me perfeitamente do ruído dos foguetes a passar por cima do nosso Quartel como se fosse
um foguete a subir em dia de romaria, mas não se ouvia explosão.
Foi com o meu Pelotão que no outro dia descobrimos o local de lançamento perto da estrada para Cabuca, no largo de uma antiga tabanca abandonada.
Notava-se ter sido utilizada uma rampa de lançamento (tubo) com acionamento por bateria auto(?).
Foi um grande ronco para os nossos soldados fulas terem sido eles a fazer o reconhecimento.


Saúde da boa
Valdemar Queiroz

gil moutinho disse...

E o museu dos ECU'S na Tabanca dos Melros,simplezinho,pequenino e a rebentar pelas costuras,está lá para quem quiser ver e não é PETA.
Bem,de preferência nos 2ºs Sábados de cada mês,quando há convívio c/ almoço.
gil

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Gil, é verdade, já lá estive na tua tabanca, por várias vezes e vejo o carinho e o desvelo com que tu, o Carlos Silva e outros camaradas têm vindo a aumentar e a melhorar o valioso espólio do vosso núcleo museológico, inserido no fabuloso espaço que é a tua quinta e o teu restaurante... Temos que falar mais da Tabanca dos Melros e do seu núcleo museológico...

Um abraço forte, Luis

Anónimo disse...

Caro Luís,
Pois é! Vila Nova de Famalicão, para além de ser o terceiro concelho exportador do País (Pneus, Lentes, Texteis, etc.) é um dos concelhos com mais museus:

A Rede de Museus é composta pelos seguintes espaços: Museu Cívico e Religioso de Mouquim, Casa-Museu Soledade Malvar, Museu de Arte Sacra de São Tiago de Antas, Museu de Arte Sacra (Capela da Lapa), Museu da Indústria Têxtil, Museu da Guerra Colonial, Museu Nacional Ferroviário – Núcleo de Lousado e Nine, Museu da Confraria da Senhora do Carmo de Lemenhe, Casa-Museu Camilo Castelo Branco, Museu do Surrealismo da Fundação Cupertino de Miranda, Museu de Cerâmica da Fundação Castro Alves, Museu Bernardino Machado e Museu do Automóvel.

O Museu da Guerra colonial, instalado nas instalações do Núcleo da Liga dos Combatentes de Ribeirão, já é uma referencia em todo o país, no género.

Já tive o grato prazer de “enriquecer” o seu espólio com um exemplar do meu livro.

Depois de contactado pela Liga dos combatentes de Lisboa solicitando a disponibilidade de oferecer um exemplar para a sua biblioteca não podia deixar de fazer chegar um ao núcleo da minha terra.

Será também com prazer redobrado que na altura da apresentação das “Minhas Memórias de Guerra de um Tigre Azul” no Choupal dos Melros (Tabanca dos Melros) fazer, também, uma oferta a este magnífico museu do qual o camarada aviador, Gil Moutinho é o guardião.

Um pouco de presunção, mas prontos… veio a propósito

Um Abraço a todos os velhos combatentes sempre despertos para comentarem poesia erótica.

Já que não se pratica... comenta-se
Joaquim Costa

Anónimo disse...

Boas, depois do dia 1 dos enganos:

Luis envio as minhas desculpas pela trapalhada das minhas mensagens. mas explico.
Li no Telemóvel, num café, e logo quis fazer um comentário elogioso.
Escrevi alguma coisa, na hora de enviar, não consegui, e acabou por apagar-se tudo.
Não tenho ainda bem presente como faço isso no telemóvel.
Daí que já não escrevi mais nada, passou a inspiração, e enviei um email.
De qualquer maneira está explicado, eram as minhas felicitações pelo excelente texto.
Infelizmente essa do museu nacional escapou-me, não ando com cabeça para estas paródias do dia dos enganos, aliás nunca liguei muito! São formas de estar, sem criticas para quem leva isso a sério.

Preferia ter o dom de escrever dessa tua forma, poética, mas cada um nasce para aquilo que consegue fazer.

Eu escrevo muito, com muita facilidade, e escrevi milhares de relatórios e estudos, mas são coisas da minha área, também quando tenho alguma inspiração - que já me falta - ainda escrevia uns poemas aos netos, filhos, mulher.
Mas para falar pelos cotovelos, temos a classe politica, que fala e fala e não faz nada...

Um abraço e até breve.

Virgilio Teixeira


Patricio Ribeiro disse...

Luis,

Parabéns ao poeta.
Foi muito agradável de ler a bela poesia, debaixo dos frutos do mangueiro do meu quintal.
Nesta noite fresca de Bissau, como corre algum vento os mosquitos ainda não atacam com os seus os seus mísseis.

Abraço

José Teixeira disse...

Luís.
As tuas poesias mexem cá por dentro. Refletem o pensar de muitos e nós. Continuamos a interrogarmo-nos porque se procura esconder uma guerra que existiu de facto. Sentimo-nos esquecidos, perdidos neste País que nos empurrou para a guerra.
Obrigado pela dica às autoridades competentes (em dia dos enganos) para olharem para a nossa história e a imortalizarem com dignidade num museu nacional.

Abraço fraterno.

Zé Teixeira