1. Mensagem de João Crisóstomo, o "nosso embaixador" em Nova Iorque e o nosso "régulo"da Tabanca da Diáspora Lusófona, conhecido ativista de "causas sociais " (como Foz Coa, Aristides Sousa Mendes, Timor Leste...).
Data segunda, 14/10/2024, 12:14
Assunto - Uma carta do Papa Francisco e o Nobel da Paz de 2024
Meus caros,
Há muito que eu sinto que temos de “tocar os sinos a reboque” antes que seja tarde demais (*), O Comité do Prémio Nobel parece concordar comigo.
Estou a enviar isto a toda a gente a que eu possa chegar. Façam disto o que bem entenderem. Sei que "não é nenhum assunto da Guiné”, mas se alguma vez o pior acontecer nem mesmo a Guiné vai escapar. É um assunto de todos e cada um de nós.
Um grande abraçø
João
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Uma carta do Papa Francisco e o Nobel da Paz
O Nobel Committee acaba de anunciar que o Prémio Nobel da Paz 2024 foi atribuído a Hihon Hidankyo (**), a organização japonesa que tem lutado pela eliminação das armas nucleares.
Este Prémio Nobel da Paz pode ajudar a que as vozes de senso comum sejam ouvidas e prevaleçam. E não esqueçamos nunca que "o destino da humanidade (…) está nas nossas mãos e nas das novas gerações."
João Crisóstomo
==========================
O envolvimento da juventude é também importante no processo de não proliferação e do desarmamento nuclear.
O destino da humanidade e do nosso planeta está nas nossas mãos e nas das novas gerações, que irão 'passar a pasta' a outras gerações. Conforme nos foi mandatado por Deus, é nossa responsabilidade assegurar um futuro digno de ser vivido. Para conseguir isto , temos de ter coragem de mudar de rumo e evitar roubar a esperança às novas gerações.(…)"
(Assinado) , Pietro Parolin
_____________Meus caros,
Há muito que eu sinto que temos de “tocar os sinos a reboque” antes que seja tarde demais (*), O Comité do Prémio Nobel parece concordar comigo.
Estou a enviar isto a toda a gente a que eu possa chegar. Façam disto o que bem entenderem. Sei que "não é nenhum assunto da Guiné”, mas se alguma vez o pior acontecer nem mesmo a Guiné vai escapar. É um assunto de todos e cada um de nós.
Um grande abraçø
João
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Uma carta do Papa Francisco e o Nobel da Paz
O Nobel Committee acaba de anunciar que o Prémio Nobel da Paz 2024 foi atribuído a Hihon Hidankyo (**), a organização japonesa que tem lutado pela eliminação das armas nucleares.
Este prémio veio mesmo no momento certo, como sucedeu em 1996 quando a luta pela independência de Timor Leste recebeu renovada energia pela atribuição deste prémio.
De facto é difícil compreender a indiferença e apatia quase geral com que o problema das armas nucleares é tratado, quando da solução deste problema depende a nossa própria sobrevivência e a do nosso planeta.
A proliferação de armas nucleares, em vez de ser objeto de diálogo e conversações visando uma redução agora e num futuro a sua eliminação, tem aumentado em número de armas nucleares e de países que as possuem.
Situações como as no Médio Oriente, Ucrânia, Coreia do Norte em que os governantes fizeram e continuam fazendo ameaças sobre um eventual uso de armas nucleares, exigem um despertar de consciências e esforços visando a sua eliminação progressiva até à sua eliminação completa. Antes que uma situação sem controle, antes que um lunático seja ele político, militar ou mesmo religioso, com acesso ao botão vermelho, resolva pressioná-lo.
Se o que temos presenciado é já horrível, imaginemos uma situação, comece ela onde for, no Médio ou Extremo Oriente ou qualquer parte do mundo em que armas nucleares fossem usadas. Muito provavelmente o mundo inteiro no espaço de algumas horas será transformado num inferno a nível global. Nada mais horrível do que o desespero de uma morte pelo fogo; mas se nada se fizer para que isso nunca suceda é muito provável que mais cedo ou mais tarde seja mesmo esse o destino de todos nós, o destino da humanidade.
Nessa altura tudo será tarde demais.
No ano passado ao ouvir palavras ameaçadoras em várias regiões de conflito, resolvi juntar a minha inquieta voz às daqueles que tem lutado por uma solução. Uma inesperada situação de saúde não me permitiu fazer muito. Mas o que fiz foi o suficiente para me aperceber de que existe muita gente preocupada e ansiosa pela falta de iniciativas e esforços direcionados na solução desta grande ameaça que paira sobre todos nós.
A rapidez com que recebi uma resposta do Papa Francisco a quem me dirigi também, mostra o seu grau de preocupação:
De facto é difícil compreender a indiferença e apatia quase geral com que o problema das armas nucleares é tratado, quando da solução deste problema depende a nossa própria sobrevivência e a do nosso planeta.
A proliferação de armas nucleares, em vez de ser objeto de diálogo e conversações visando uma redução agora e num futuro a sua eliminação, tem aumentado em número de armas nucleares e de países que as possuem.
Situações como as no Médio Oriente, Ucrânia, Coreia do Norte em que os governantes fizeram e continuam fazendo ameaças sobre um eventual uso de armas nucleares, exigem um despertar de consciências e esforços visando a sua eliminação progressiva até à sua eliminação completa. Antes que uma situação sem controle, antes que um lunático seja ele político, militar ou mesmo religioso, com acesso ao botão vermelho, resolva pressioná-lo.
Se o que temos presenciado é já horrível, imaginemos uma situação, comece ela onde for, no Médio ou Extremo Oriente ou qualquer parte do mundo em que armas nucleares fossem usadas. Muito provavelmente o mundo inteiro no espaço de algumas horas será transformado num inferno a nível global. Nada mais horrível do que o desespero de uma morte pelo fogo; mas se nada se fizer para que isso nunca suceda é muito provável que mais cedo ou mais tarde seja mesmo esse o destino de todos nós, o destino da humanidade.
Nessa altura tudo será tarde demais.
No ano passado ao ouvir palavras ameaçadoras em várias regiões de conflito, resolvi juntar a minha inquieta voz às daqueles que tem lutado por uma solução. Uma inesperada situação de saúde não me permitiu fazer muito. Mas o que fiz foi o suficiente para me aperceber de que existe muita gente preocupada e ansiosa pela falta de iniciativas e esforços direcionados na solução desta grande ameaça que paira sobre todos nós.
A rapidez com que recebi uma resposta do Papa Francisco a quem me dirigi também, mostra o seu grau de preocupação:
"Estamos preocupados com as catastróficas consequências…que poderiam resultar de qualquer tipo de uso de armas nucleares", diz o Papa Francisco na sua carta de cinco de Fevereiro deste ano, para logo a seguir acrescentar: "O destino da humanidade e do nosso planeta está nas nossas mãos e nas das novas gerações"....
A quem me ouvir eu peço que não ignorem este apelo do Papa e de muitos outros indivíduos responsáveis com indiferença. Embora eu não saiba a melhor maneira de acção, permitam-me sugerir que uma das maneiras de fazer ouvir a nossa voz - e fazendo-o sermos influentes no nosso destino - , é a de contactarmos, se possível por escrito, os nossos dirigentes , a nível local, nacional ou mesmo mundial. Dirijo-me especialmente à gente nova a quem desafio a serem os nossos lideres neste movimento.
Não receiem fazê-lo porque na maioria dos casos eles ouvem quem os procura e por vezes até esperam estes contactos que lhes permitam agir com confiança.
A quem me ouvir eu peço que não ignorem este apelo do Papa e de muitos outros indivíduos responsáveis com indiferença. Embora eu não saiba a melhor maneira de acção, permitam-me sugerir que uma das maneiras de fazer ouvir a nossa voz - e fazendo-o sermos influentes no nosso destino - , é a de contactarmos, se possível por escrito, os nossos dirigentes , a nível local, nacional ou mesmo mundial. Dirijo-me especialmente à gente nova a quem desafio a serem os nossos lideres neste movimento.
Não receiem fazê-lo porque na maioria dos casos eles ouvem quem os procura e por vezes até esperam estes contactos que lhes permitam agir com confiança.
Este Prémio Nobel da Paz pode ajudar a que as vozes de senso comum sejam ouvidas e prevaleçam. E não esqueçamos nunca que "o destino da humanidade (…) está nas nossas mãos e nas das novas gerações."
João Crisóstomo
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A carta que recebi, a 5 de fevereiro de 2024, do Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin em nome do Para Francisco é como segue: ( a tradução é minha)
« Sua Santidade o Papa Francisco recebeu a sua carta de 1 de janeiro passado, e pediu-me para lhe agradecer o ter dado a conhecer a sua preocupação com problemas relacionados com a sobrevivência da humanidade, devido às mudanças climáticas e ao potencial perigo das armas nucleares.
A Santa Sé está profundamente comprometida a convencer/estimular a comunidade internacional a tratar efetiva e responsavelmente estes problemas . O Papa Francisco está convencido de que, 'somos todos uma só família. Não há fronteiras ou barreiras, políticas ou sociais, atrás das quais nos podemos esconder e, muito menos ainda, não há espaço para a globalização de indiferença (Laudato si’, n.52).
No que diz respeito às mudanças de clima (… a transição para um “ net- zero” precisa de ser grandemente acelerada. …). Estamos num ponto critico: sem uma mudança nos modelos de consumo e produção, assim como da forma de vida, esta transição será muito vagarosa. Nesta perspetiva , temos de nos comprometer connosco mesmos a promover uma educação para uma ecologia integral, e é essencial o envolvimento da juventude.
No que diz respeito a armas nucleares, posso garantir-lhe que o Santo Padre não se poupa a esforços para promover um mundo livre de armas nucleares. (…)
« Sua Santidade o Papa Francisco recebeu a sua carta de 1 de janeiro passado, e pediu-me para lhe agradecer o ter dado a conhecer a sua preocupação com problemas relacionados com a sobrevivência da humanidade, devido às mudanças climáticas e ao potencial perigo das armas nucleares.
A Santa Sé está profundamente comprometida a convencer/estimular a comunidade internacional a tratar efetiva e responsavelmente estes problemas . O Papa Francisco está convencido de que, 'somos todos uma só família. Não há fronteiras ou barreiras, políticas ou sociais, atrás das quais nos podemos esconder e, muito menos ainda, não há espaço para a globalização de indiferença (Laudato si’, n.52).
No que diz respeito às mudanças de clima (… a transição para um “ net- zero” precisa de ser grandemente acelerada. …). Estamos num ponto critico: sem uma mudança nos modelos de consumo e produção, assim como da forma de vida, esta transição será muito vagarosa. Nesta perspetiva , temos de nos comprometer connosco mesmos a promover uma educação para uma ecologia integral, e é essencial o envolvimento da juventude.
No que diz respeito a armas nucleares, posso garantir-lhe que o Santo Padre não se poupa a esforços para promover um mundo livre de armas nucleares. (…)
Estamos preocupados com as consequências humanitárias e ambientais catastróficas que poderiam resultar de qualquer uso de armas nucleares.
(…) Estamos também preocupados pelas consequências negativas que resultam dum continuo clima de medo, falta de confiança e de resistência, gerados pela simples posse das armas.
O envolvimento da juventude é também importante no processo de não proliferação e do desarmamento nuclear.
O destino da humanidade e do nosso planeta está nas nossas mãos e nas das novas gerações, que irão 'passar a pasta' a outras gerações. Conforme nos foi mandatado por Deus, é nossa responsabilidade assegurar um futuro digno de ser vivido. Para conseguir isto , temos de ter coragem de mudar de rumo e evitar roubar a esperança às novas gerações.(…)"
(Assinado) , Pietro Parolin
Notas do editor:
(...) O Comité Norueguês do Nobel decidiu atribuir o Prémio Nobel da Paz de 2024 à organização japonesa Nihon Hidankyo.
(*) 24 de outubro de 2024 > Guiné 61/74 - P26072: (In)citações (266): Será que é desta ?... Se Xanana Gusmão não vai à nossa Escola nas montanhas de Liquiçá, a nossa Escola vai ter com ele em... Nova Iorque (João Crisóstomo)
(**) The Nobel Prize > Press Release > The Nobel Peace Prize(...) O Comité Norueguês do Nobel decidiu atribuir o Prémio Nobel da Paz de 2024 à organização japonesa Nihon Hidankyo.
Este movimento popular de sobreviventes da bomba atómica de Hiroshima e Nagasaki, também conhecido como Hibakusha, acaba de receber o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços para alcançar um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar, através de depoimentos de testemunhas, que as armas nucleares nunca deverão ser utilizadas novamente.
Em resposta aos ataques com a bomba atómica, em Agosto de 1945, surgiu um movimento global cujos membros trabalharam incansavelmente para aumentar a consciencialização sobre as consequências humanitárias catastróficas da utilização de armas nucleares.
Gradualmente, desenvolveu-se uma norma internacional poderosa, estigmatizando a utilização de armas nucleares como moralmente inaceitável. Esta norma ficou conhecida como “o tabu nuclear”. O testemunho dos Hibakusha – os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki – é único neste contexto mais amplo. (...)
(tr. do inglês, Google translate / LG)
7 comentários:
João: partilho as tuas angústias mas também a tua esperança... Os nossos filhos e netos podem e devem fazer a sua parte. Está em jogo a nossa "casa comum", o nosso planeta,o nosso futuro, o futuro da humanidade... Dizer "não" à proliferação das armas nucleares (e rezar a Deus, a Alá e todos os santos e bons irãs...para que elas nunca mais sejam usadas), está nas nossas mãos...
Tu e eu fizemos uma guerra, e hoje somos pacificistas. Nada como ter sido combatente para dar valor à paz (e à liberdade). Dizer não às "mudanças climáticas", já é mais difícil... Estão já em parte fora do nosso controlo as mudanças climáticas e as suas terríveis consequências: entram quase todos os dias pelos nossos olhos adentro e muitos dos habitantes do planeta estão a sofrer na pele os seus efeitos... Mas continuamos a assobiar para o lado...
São duas grandes ameaças (há outras, como a utilização totalitária da inteligência artificial..., até agora nas mãos das grandes empresas tecnológicas).
Temos direito a morrer em paz e a deixar aos nossos filhos, netos e bisnetos um mundo com futuro, com esperança, com sustentabilidade... Subscrevo o teu apelo. Mas vamos ter de saber operacionalizá-lo... Para já "levando a carta a Garcia", aos líderes espirituais e políticos de todo o mundo, aos nossos amigos e camaradas, aos nossos filhos e netos... E inscrevendo o tema também como assunto de interesse para os amigos e camaradas da Guiné...
Certamente que onde está escrito “tocar os sinos a reboque” deveria estar “tocar os sinos a rebate”, não é assim?
Bem... Se os sinos forem rebocados pelo chão também irão tocar! :-)
João Crisóstomo:
Obrigado Luís Graça por teres ouvido este meu SOS publicando-o no nosso blogue.
Permite-me dirigir-me a todos os que leram este post e estão lendo agora este nosso diálogo: Da mesma maneira que estou ansioso e preocupado com o resultado das eleições americanas,== pois queiramos ou não, o resultado destas pode vir influenciar e ocasionar consequências não só nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro, ==também estou ansioso e preocupado pela apatia e indiferença quase geral, como se este problema não existisse ou fosse uma coisa ou hipótese tão remota que nem vale a pena pensar nela.
Esta presente situação faz-me lembrar a reação dos passageiros do "Titanic" quando ouviram que o navio tinha roçado num iceberg: não prestaram qualquer atenção ao primeiro alarme pois "aquele navio era indestrutível", e numa indiferença total, continuaram gozando os momentos de lazer e prazer duma viagem maravilhosa que estavam vivendo e usufruindo. Viriam a saber depois que estavam errados. . Oxalá o mesmo nunca suceda neste caso. Mas pode mesmo acontecer.
Durante muito tempo também eu acreditava que este perigo era tão remoto que não valia a pena pensar nele. Mas no ano passado soube de várias ocasiões em que o uso de armas nucleares foi falado e seriamente considerado como "uma possível opção". E de que se falou, também seriamente, numa "possível resposta imediata”.
"Mas... o mundo está mesmo maluco , pensei eu” . E logo enviei mensagens mundo fora : apenas alguns, mas felizmente alguns responderam. A maioria porém achou que o meu SOS não era merecedor duma resposta. O mesmo aconteceu em Portugal: fiz mesmo um pedido, que enviei ao actual governo e aos partidos na oposição para que se introduza uma resolução no nosso parlamento: para que Portugal tome uma posição de liderança de apoio a renovadas negociações, seja onde for no mundo, para um controle absoluto das armas nucleares, visando para já um começo da sua redução e uma futura eliminação completa. Devem-me ter achado um lunático completo. As únicas respostas ( feedback”) foi "o jogo do empurra, de que em Portugal, parece, somos especialistas: o meu pedido foi reenviado, ou redirecionado à Presidência da Assembleia Nacional. Repeti, relembrei… mas agora nada sucede. Porquê e para quê interromper os momentos de lazer e prazer duma viagem maravilhosa que estão vivendo e usufruindo?
Talvez se houverem meia dúzia de mensagens de camaradas nossos ajude. Especialmente para o partido socialista, a cujo líder, Pedro Nuno Santos perguntei pessoalmente no dia 19 de Julho em Viseu se tinha recebido a minha carta; e ele logo chamou o seu secretário, João Paulo Rebelo “ jprebelo@ps.parlamento.pt " a quem na minha frente deu instruções para que tratasse do assunto de que eu estava a falar. Este por sua vez logo me deu o seu telefone E mail etc garantindo-me que ia investigar e dar-me uma resposta. Mas agora não responde a telefone, nem a mensagem, nem a E mails…
Recuso-me a enterrar a cabeça na areia, e continuo a fazer o que posso, mesmo sem saber ao certo o que fazer. A minha idade não me ajuda e constato que as minhas limitações aumentaram tremendamente. Mas pelo menos escrevo este e continuo "tocando sinos a rebate” a jornais e outros meios que se me apresentem.
Um abraço do João
João Crisostomo, Nova Iorque
Obrigado Fernando Ribeiro . A idade e "cabeça de despassarado" fazem-me coisas destas. Já nem reparo no que digo e escrevo. Pensei que tinha sido um "engano de computador" que me obriga frequentemente a corrigir palavras, especialmente se são parecidas com palavras em Inglês. Mas verifico que já tinha dito o mesmo logo no início, e portanto não tenho desculpa. Foi burrice mesmo. Valha-me em contrapartida o saber que leste o que escrevi. Obrigado, muito .
João Crisostomo, Nova Iorque
É tanta a informação que nos chega todos os dias, que ficamos com o "canal único" entupido, saturado, "zombie"..."Nihon Hidankyo" não é uma pessoa individual, mas coletiva, uma organização... Raramente damos atenção e valorizamos o Prémio Nobel da Paz!... Alguns destes "hibakusha" são capazes de ter ADN português, descendentes de Portugueses... dos séc- XVI/XVII...
Caro João Crisóstomo,
Não tens nada que agradecer. Eu é que agradeço o teu profundo empenho na luta a favor da paz e da justiça. Confesso que não leio tudo o que se publica nesta "tabanca grande", mas as tuas contribuições, essas leio-as sempre, porque me enriquecem sempre. Muito obrigado.
Prezado Luis Graça,
Não me parece que haja muito ADN português no Japão, porque nunca os portugueses conquistaram qualquer parcela de território nipónico. A presença portuguesa no Japão foi sobretudo comercial, trazendo nas suas naus os mais variados produtos da Arábia, Pérsia, Índia, China, etc. Os biombos chamados "namban" reproduzem com extraordinário realismo esta atividade dos portugueses no Japão. No Museu Nacional de Arte Antiga existem três ou quatro destes maravilhosos biombos e no próprio Japão existem outros mais.
https://artsandculture.google.com/story/4QKC6G7SnDGfKw?hl=pt-PT
Para desenvolverem a sua atividade comercial no Japão, os portugueses contaram com a tolerância, ou mesmo o apoio, dos senhores feudais locais, que lhes permitiram o uso dos portos existentes nos seus domínios e, até, a criação de entrepostos comerciais em locais onde só existia uma pequena aldeia de pescadores ou nem isso. Foi este o caso, precisamente, de Nagasaki, a segunda cidade a ser destruída por uma bomba atómica e que foi fundada pelos portugueses.
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