Lourinhã, Praia de Paimogo, 3 de agosto de 2011 > Enseada e porto de Paimogo, com o forte ao fundo.
Lourinhã > Vimeiro > 8 de agosto de 2011 > Monumento comemorativo e centro de interpretação da Batalha do Vimeiro > Azulejo alusivo ao desembarque das tropas luso-britânicas, na Praia de Paimogo, em 19 de Agosto de 1808... A batalha do Vimeiro desenrolou-se em 21 de Agosto de 1808. Azulejo desenhado e pintado à mão por Salvador (2000).
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 14 de agostod e 2013 > Caprichos da erosão do mar...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 14 de agosto de 2013 > Efeitos, nas rochas, da ersoão do mar e do vento... Verdadeiras esculturas antropomórficas (1)...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 3 de agosto de 2011 > Efeitos, nas rochas, da ersoão do mar e do vento... Verdadeiras esculturas antropomórficas (2)...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 3 de agosto de 2011 > Efeitos, nas rochas, da ersoão do mar e do vento... Verdadeiras esculturas antropomórficas (3)...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 14 de agosto de 2013 > Rocha com imensos vestígios de floresta fossilizada... São da época dos dinossauros do Jurássico Superior... C. 150/200 milhões de anos (1)...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 3 de agosto de 2011 > Efeitos, nas rochas, da ersoão do mar e do vento... Verdadeiras esculturas antropomórficas (2)...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 3 de agosto de 2011 > Efeitos, nas rochas, da ersoão do mar e do vento... Verdadeiras esculturas antropomórficas (3)...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 14 de agosto de 2013 > Rocha com imensos vestígios de floresta fossilizada... São da época dos dinossauros do Jurássico Superior... C. 150/200 milhões de anos (1)...
Lourinhã, Praia de Vale de Frades, 3 de agosto de 2011 > Rocha com imensos vestígios de floresta fossilizada... São da época dos dinossauros do Jurássico Superior... C. 150/200 milhões de anos (2)...
Kourinhã, Pria da Peralta , 14 de junho de 2013 > Bar do Victor, o mestre do petisco... Panelão de lagostas... O Victor faz o melhor choco frito da costa...
Lourinhã, Praia da Areia Branca > 14 de agosto de 2013 > Miradouro, com vista para a praia do Areal (a sul) e a Praia da Areia Branca (a norte).
Lourinhã, Praia do Areal > > 15 de junho de 2013 > Pintura de parede, junto à ciclovia Lourinhã-Praia do Areal, já no final.
Lisboa > Estuário do Tejo > 5 de Fevereiro de 2011 > 19h00 > Pôr do sol no Atlântico... Podia ser numa das minhas praias preferidas, na Lourinhã, a 70 km , a norte, no mês de agosto... Podia ser no Paimogo, no Porto Dinheiro, na Peralta... "Não há farol na Peralta, / Para eu poder avisar a malta. / Enquanto o teu país arde / Ou o que resta dele. / Aqui passam navios ao largo. /Como manadas de elefantes, / Tapando o sol, vermelho."
Foto: © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados.
("Parabéns, Chita, minha companheira de uma vida;
muita saúde e longa vida, porque tu mereces tudo");
muita saúde e longa vida, porque tu mereces tudo");
Aos nosos amorosos filhos Joana e João; e também ao nosso casamento que faz 37 anos este mês...
("Trinta e sete de casado / São muitos anos, querida. / Mais um. de namorado,/ São uma história de vida.");
As nossas praias favoritas, ao nosso querido mês de agosto
e a todos os velhos amigos que neste mês reencontramos;
e a todos os velhos amigos que neste mês reencontramos;
À malta da tertúlia do Tasse Bem e dos Cinco Paus, na Praia da Areia Branca:
Glória e Laurentino, Elisabete e Arcílio, Leonor e Rogério, Dina e Jaime, Emília e Soares,
(E o Lino,às vezes; e ainda ao Joaquim Pinto Carvalho (um bravo de Bedanda, da CCAÇ 6) e à Maria do Céu, agora atarefados e bem sucedidos gestores do Artvilla, turismo rural, Vilar, Cadaval);
Aos nossos bons amigos da Praia da Areia Branca Helena e Orlando (que amanhã faz anos; um especial kandandu para a Lena, que está a precisar de miminhos dos amigos por estes dias);
Aos queridos amigos do Porto que todos (ou quase todos) os anos nos visitam na Lourinhã, em agosto, em especial a Laura, a Nitas, o Gusto, mas também a Susana e o Flávio que este ano nos fizeram uma surpresa;
Ao Pepito que este ano não nos franqueou as portas da Tabanca de São Martinho do Porto, como previsto para o dia 17, porque a sua mãezinha, com 98 anos, pregou-lhe, pregou-nos a todos, um susto, ao cair na casa de praia ("felizmente agora está tudo bem"!);
À dona Clara Schwarz, nossa decana, para que tenha um resto de agosto, tranquilo, com a sua adorável família lusoguineense, em São Martinho do Porto;
Ao Álvaro Carvalho, meu amigo de infãncia, que também acaba de fazer anos;
À Ana Jorge, para quem temos um eterno dever de gratidão como pediatra dos nossos filhos; e também querida amiga com quem, neste mês, pomos a conversa em dia;
À minha querida afilhada e sobrinha Cristina Calado, que amanhã faz anos, tal como a mana da Alice e minha querida cunhada Rosa;
Ao meu saudoso pai, meu velho, meu camarada Luís Henriques (1920-2012) que amanhã faria 93 anos;
Ao Pepito que este ano não nos franqueou as portas da Tabanca de São Martinho do Porto, como previsto para o dia 17, porque a sua mãezinha, com 98 anos, pregou-lhe, pregou-nos a todos, um susto, ao cair na casa de praia ("felizmente agora está tudo bem"!);
À dona Clara Schwarz, nossa decana, para que tenha um resto de agosto, tranquilo, com a sua adorável família lusoguineense, em São Martinho do Porto;
Ao Álvaro Carvalho, meu amigo de infãncia, que também acaba de fazer anos;
À Ana Jorge, para quem temos um eterno dever de gratidão como pediatra dos nossos filhos; e também querida amiga com quem, neste mês, pomos a conversa em dia;
À minha querida afilhada e sobrinha Cristina Calado, que amanhã faz anos, tal como a mana da Alice e minha querida cunhada Rosa;
Ao meu saudoso pai, meu velho, meu camarada Luís Henriques (1920-2012) que amanhã faria 93 anos;
E, por fim, à Sophia, cujo "Livro Sexto" eu levei para as bolanhas da Guiné, em maio de 1969:
como ela, também eu, "quando morrer, voltarei para buscar / os instantes que não vivi junto ao mar".
Praia de Paimogo.
Estas pedras estão aqui
Há milhões de anos.
E eu não sei dizer-te
Por que é que estas pedras estão aqui
Há milhões de anos.
Uma enseada, uma cratera, um lago.
A Praia de Paimogo foi talhada
A ferro e fogo.
Mas se eu fosse deus, o deus Vulcão,
Todo poderoso senhor,
Há milhões de anos.
E eu não sei dizer-te
Por que é que estas pedras estão aqui
Há milhões de anos.
Uma enseada, uma cratera, um lago.
A Praia de Paimogo foi talhada
A ferro e fogo.
Mas se eu fosse deus, o deus Vulcão,
Todo poderoso senhor,
Ou até simples rei mago,
Tê-la-ia desenhado,
Com muita ternura,
Sob a forma de ferradura ou de coração.
Só para ti, meu amor.
Estas pedras estão aqui
Muito antes dos dinossauros
Evoluírem e dominarem o planeta azul,
Que afinal não era assim tão azul
Quanto o pintavam.
Visto da janela do teu quarto,
Em Candoz,
O vale era o mundo e era verde,
Na aguarela do Eça de Queiroz,
Tê-la-ia desenhado,
Com muita ternura,
Sob a forma de ferradura ou de coração.
Só para ti, meu amor.
Estas pedras estão aqui
Muito antes dos dinossauros
Evoluírem e dominarem o planeta azul,
Que afinal não era assim tão azul
Quanto o pintavam.
Visto da janela do teu quarto,
Em Candoz,
O vale era o mundo e era verde,
Na aguarela do Eça de Queiroz,
A Cidade e as Serras,
Muito antes de descobrires o mar,
E o pôr do sol sobre o mar,
Muito antes de saberes
Onde ficava a praia da minha infância.
Nem vale, nem pombas, nem praia.
Na Praia do Vale de Pombas,
Muito antes de descobrires o mar,
E o pôr do sol sobre o mar,
Muito antes de saberes
Onde ficava a praia da minha infância.
Nem vale, nem pombas, nem praia.
Na Praia do Vale de Pombas,
Procuro uma outra errância,
Sinais de antigas guerras.
Mas aqui nunca te trouxe.
______________
Nota do editor:
Último poste da série > 13 de agsoto de 2013 > Guiné 63/74 - P11935: Manuscrito(s) (Luís Graça) (7): Praia do Porto Dinheiro, Ribamar, Lourinhã... À memória dos meus avoengos Maçaricos... Ao Horácio Fernandes, capelão militar em Catió e Bambadinca (1967/69)...
Sinais de antigas guerras.
Mas aqui nunca te trouxe.
À maré cheia, à praia-mar,
Há apenas um fio de água doce,
Correndo entre juncos e canaviais,
Que mantêm os cordões umbilicais
Do infinitamente pequeno da vida
Ligados ao infinitamente grande
Dos corpos celestiais.
Praia de Vale de Frades.
Mas que sei eu de cronogeologia
Para te dizer que estas pedras estão aqui
Há tantos milhões de anos ?!
Sei apenas que, de acordo com a teoria
Das probabilidades,
Estas pedras vão ficar aqui,
Muito depois da minha morte,
Muito depois da extinção da minha espécie.
Praia da Peralta.
O melhor do mês de Agosto, amor,
É enterrar a cabeça na areia
E escutar. O mar. A voz rouca do mar.
Que chegou até aqui,
Muito antes de mim e de ti,
E que vai ficar aqui
Muito depois de mim e de ti.
Não há farol na Peralta,
Para eu poder avisar a malta.
Enquanto o teu país arde
Ou o que resta dele.
Aqui passam navios ao largo.
Como manadas de elefantes,
Tapando o sol, vermelho.
Na malhada grande,
Eu poderia ter sido feliz
Entre apanhadores de lapas e de ouriços.
Mesmo sabendo
Que estas pedras estão aqui muito antes,
De ti e de mim, há milhões de anos.
Porto Dinheiro.
Um espesso nevoeiro
Cobre as falésias
Até aqui chegavam as galés dos romanos.
E os barcos dos piratas.
Não sei se o sítio tem padroeiro
Ou orago.
Nem sei se por aqui passava
O teu caminho de Santiago.
Aqui deito contas à vida.
Aqui conto as marcas do tempo.
Aqui lanço a âncora.
Aqui fui carpinteiro de naus.
Aqui, Plínio, o Velho,
Poderia ter fundado a paleontologia.
Mas, não: morreu em 69 a observar
A erupção do Vesúvio.
Praia do Valmitão.
Ou do Vale do Ermitão.
Podia ter sido ilha de corsário
Ou baía de tubarão.
A ter bandeira, só a preta, com caveira.
Praia do Zimbral.
Aqui caiu uma chuva de estrelas e meteoritos.
Hei-de levar-te lá um dia
Na hora mortal do nevoeiro matinal.
No Porto das Barcas
Não há ciência, apenas sapiência,
Que é a mais antiga das virtudes.
Um navio fantasmagórico
Entra pela terra adentro.
Daqui avistamos as Berlengas.
E a Nau Catrineta
Que já nada tem para nos contar.
Praia do Caniçal.
Aqui gostaria de deixar a minha caixa preta,
Antes de trepar
Pela tua árvore genealógica, como o salmão,
Até ao paleolítico superior.
Pelo leito dos rios que sobem, secos,
Até às grandes fossas marinhas.
Praia da Areia Branca:
Não te conseguiram amar
Sem te possuir e violar.
Livro Sexto, de Sophia.
Praia do Areal:
Há uma seta
Que indica o sol, o sul.
A zona dos chapéus.
A bandeira azul.
O espaço rigorosamente vigiado
Dos amantes.
O risco de cancro da pele.
A rota da seda. A sede.
Os amores de verão.
A morte.
O coração que bate forte.
Saio noutra estação.
Praia de Vale de Frades.
À volta de um prato de sardinhas,
A vida pode não ter
Metafísica nenhuma
E mesmo assim ser
Pura, emoção pura,
E simples, prazer simples.
Mandei pôr mais um prato
Na mesa, sem toalha,
Virada para o sul, para o Mar do Serro.
Não me esqueci do pão,
Das sardinhas, das batatas,
Dos pimentos, da salada e do vinho...
Esperava por ti,
Que eras a oficiante da vida.
Volto à Peralta,
Dando o dito por não dito,
O mar do Serro em frente,
Para partilhar contigo, como sempre,
A magia do sol posto
No Atlântico norte,
O amor em Agosto.
E, com sorte,
Um prato de choco frito
(*) Publicado originalmente em 18/8/2005. Revisto nesta data, 18/8/2013, para inclusão em antologia de poemas, a publicar em 2014..
Há apenas um fio de água doce,
Correndo entre juncos e canaviais,
Que mantêm os cordões umbilicais
Do infinitamente pequeno da vida
Ligados ao infinitamente grande
Dos corpos celestiais.
Praia de Vale de Frades.
Mas que sei eu de cronogeologia
Para te dizer que estas pedras estão aqui
Há tantos milhões de anos ?!
Sei apenas que, de acordo com a teoria
Das probabilidades,
Estas pedras vão ficar aqui,
Muito depois da minha morte,
Muito depois da extinção da minha espécie.
Praia da Peralta.
O melhor do mês de Agosto, amor,
É enterrar a cabeça na areia
E escutar. O mar. A voz rouca do mar.
Que chegou até aqui,
Muito antes de mim e de ti,
E que vai ficar aqui
Muito depois de mim e de ti.
Não há farol na Peralta,
Para eu poder avisar a malta.
Enquanto o teu país arde
Ou o que resta dele.
Aqui passam navios ao largo.
Como manadas de elefantes,
Tapando o sol, vermelho.
Na malhada grande,
Eu poderia ter sido feliz
Entre apanhadores de lapas e de ouriços.
Mesmo sabendo
Que estas pedras estão aqui muito antes,
De ti e de mim, há milhões de anos.
Porto Dinheiro.
Um espesso nevoeiro
Cobre as falésias
Até aqui chegavam as galés dos romanos.
E os barcos dos piratas.
Não sei se o sítio tem padroeiro
Ou orago.
Nem sei se por aqui passava
O teu caminho de Santiago.
Aqui deito contas à vida.
Aqui conto as marcas do tempo.
Aqui lanço a âncora.
Aqui fui carpinteiro de naus.
Aqui, Plínio, o Velho,
Poderia ter fundado a paleontologia.
Mas, não: morreu em 69 a observar
A erupção do Vesúvio.
Praia do Valmitão.
Ou do Vale do Ermitão.
Podia ter sido ilha de corsário
Ou baía de tubarão.
A ter bandeira, só a preta, com caveira.
Praia do Zimbral.
Aqui caiu uma chuva de estrelas e meteoritos.
Hei-de levar-te lá um dia
Na hora mortal do nevoeiro matinal.
No Porto das Barcas
Não há ciência, apenas sapiência,
Que é a mais antiga das virtudes.
Um navio fantasmagórico
Entra pela terra adentro.
Daqui avistamos as Berlengas.
E a Nau Catrineta
Que já nada tem para nos contar.
Praia do Caniçal.
Aqui gostaria de deixar a minha caixa preta,
Antes de trepar
Pela tua árvore genealógica, como o salmão,
Até ao paleolítico superior.
Pelo leito dos rios que sobem, secos,
Até às grandes fossas marinhas.
Praia da Areia Branca:
Não te conseguiram amar
Sem te possuir e violar.
Livro Sexto, de Sophia.
Praia do Areal:
Há uma seta
Que indica o sol, o sul.
A zona dos chapéus.
A bandeira azul.
O espaço rigorosamente vigiado
Dos amantes.
O risco de cancro da pele.
A rota da seda. A sede.
Os amores de verão.
A morte.
O coração que bate forte.
Saio noutra estação.
Praia de Vale de Frades.
À volta de um prato de sardinhas,
A vida pode não ter
Metafísica nenhuma
E mesmo assim ser
Pura, emoção pura,
E simples, prazer simples.
Mandei pôr mais um prato
Na mesa, sem toalha,
Virada para o sul, para o Mar do Serro.
Não me esqueci do pão,
Das sardinhas, das batatas,
Dos pimentos, da salada e do vinho...
Esperava por ti,
Que eras a oficiante da vida.
Volto à Peralta,
Dando o dito por não dito,
O mar do Serro em frente,
Para partilhar contigo, como sempre,
A magia do sol posto
No Atlântico norte,
O amor em Agosto.
E, com sorte,
Um prato de choco frito
(*) Publicado originalmente em 18/8/2005. Revisto nesta data, 18/8/2013, para inclusão em antologia de poemas, a publicar em 2014..
______________
Nota do editor:
Último poste da série > 13 de agsoto de 2013 > Guiné 63/74 - P11935: Manuscrito(s) (Luís Graça) (7): Praia do Porto Dinheiro, Ribamar, Lourinhã... À memória dos meus avoengos Maçaricos... Ao Horácio Fernandes, capelão militar em Catió e Bambadinca (1967/69)...