Foto nº 15 > Quem disse que em tempo de guerra não se limpavam armas ? [Legenda original: "15 Soldiers in the liberated areas in Guinea Bissau"]
Foto nº 6 > Isto não é uma picada, é uma autoestrada... [ Legenda original: "Soldiers marching in the liberated areas in Guinea Bissau"]
Foto nº 23 > Mezinhas para o povo... [Legenda original: "Medical examination in the liberated areas in Guinea Bissau"]
Foto nº 22 > O trabalho da menino é pouco mas quem não o aproveita é louco... [Não, não é a apologia do trabalho infantil, é um ditado popular português...[Legenda original: "Harvesting rice in the liberated areas in Guinea Bissau. The rice was stored in the little house with straw roof in the background"]
Foto nº 5 > Uma visão idílica da guerra de guerrilha por parte dos escandinavos... [Legenda original: "In a boat on the river in the liberated areas in Guinea Bissau.]
Foto nº 31 >
Guiné-Bissau (ou Guné-Conacri) > PAIGC > s/l> Novembro de 1970 > Algures, na Guiné Conacri ou nas "áreas libertadas" (sic) da Guiné-Bissau, fotos do fotógrafo norueguês Knut Andreasson, por ocasião de um visita de uma delegação sueca.
Algumas destas foto foram publicadas no livro Guinea-Bissau : rapport om ett land och en befrielserörelse, da autoria de Knut Andreassen, Birgitta Dahl (Stockholm : Prisma, 1971, 216 pp.). [Título traduzido para português: Guiné-Bissau: relatório sobre um país e um movimento de libertação].
A chefe da delegação, a controversa deputada socialdemocrata e antiga presidente do parlamento sueco, Birgitta Dahl, fez um relatório desta missão, em sueco, e que infelizmente não está disponível na Net: a visita foi à Guiné-Conacri e às "áreas libertadas" da Guiné-Bissau, no período de 6 de novembro a 7 de dezembro de 1970 [”Rapport från studieresa till Republiken Guinea och de befriade områdena i Guinea-Bissau, 6 november–7 december 1970” (”Relatório da viagem de estudo à República da Guiné e às zonas libertadas da Guiné-Bissau, 6 de Novembro–7 de Dezembro de 1970”), Uppsala, Janeiro de 1971 (SDA)].
Fonte: Nordic Documentation on the Liberation Struggle on Southern Africa [Com a devida vénia] [Seleção, edição e legendaqgem livre: LG]
[As fotos podem ser usadas, devendo ser informado o Nordic Africa Institute (NAI) e o fotógrafo, quando for caso disso. Este espólio fotográfico de Knut Andreasson (, relativo à visita ao PAIGC na Guiné-Conacri e, alegadamente, às áreas sob o seu controlo na Guiné-Bissau, em novembro de 1970, de uma delegação sueca) foi doado pela viúva ao NAI.]
1. Última parte da publicação de alguns dados e notas de contextualização, sobre a ajuda sueca ao PAIGC, a partir de 1969, e depois à Guiné-Bissau, a seguir à independência e até 1994, da autoria do nosso camarada José Belo (na Suécia há quase 4 décadas, e a quem a gente chama carinhosamente o "régulo da Tabanca da Lapónia") (*)
Data: 6 de Novembro de 2014 às 20:27
Assunto: Auxílio Sueco à Guiné (pós independência)
Caro Luís Graca.
A partir do dia 12 parto para os States por um bom período de tempo. Aproveitarei para umas longas férias "blogueiras" em todos os azimutes.
Um abraco, José Belo
[O blogue do Zé Belo, Lapland Near Key West tinha a seguinte inscrição à porta do iglô, às 19h00 ontem, de Lisboa: "Sorry, we 're closed for vacation" ( Desculpem, estamos fechados para férias).] (LG)
2. Depois da independência a Suécia continuou a ser o maior fornecedor de assistência à Guiné (*).
O auxílio estatal era dado pela Swedish International Development Cooperation Agency (SIDA) e pela Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries (SAREC), para além de Organizações näo Governamentais (ONG) como por exemplo a Save the Children/Sweden (Rädda Barnen).
O auxílio estatal entre 1974 e 1993 foi de 2 mil milhões (!) de dólares (USA),
De entre projectos financiados pela SIDA [, A Agência Sueca Para o Desenvolvimento e Cooperação Internacionais] salientam-se:
(i) Programa de Desenvolvimento Rural Integrado (PDRI) administrado desde o Centro Olof Palme, em Bula:
(x) Financiamento e assistência ao INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.(Assstência e apoio ás publicações, projectos de pesquisa, conferências académicas, grupos de estudos, bolsas académicas).
Em 1994 uma avaliação muito crítica(!) aos resultados da assistência desde 1974 recomendou uma redução substancial da mesma por, entre outros motivos...menos diplomáticos..."O auxílio dado à Guiné-Bissau durante 20 anos ter resultado num crescimento económico muito limitado".
Cinco anos mais tarde, na sequência da destrutiva guerra civiil de 1998-1999 a embaixada sueca em Bissau foi encerrada.
José Belo
A política seguida pela SIDA até essa data foi a de permitir ao Governo da Guiné a formulação das suas prioridades e solicitar auxílios de acordo com as mesmas. A seu modo auxílios... "requisitados".
Os resultados?
De qualquer modo é interessante o aumento dos números quanto aos milhões de coroas suecas fornecidas de ano para ano.
1988-1989...3 milhões.
1989-1990...6 milhões.
1990-1991...28 milhões
Um abraço do José Belo
PS - 1 Euro = 9,2691 Coroas Suecas (SEK); 1 SEK = 0,10787 €, em 13/11/2014 (LG)
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(*) Últimos postes desta série:
3 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13842: Da Suécia com saudade (40): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte I)... à Guiné-Bissau, de 1974 a 1995, foi de quase 270 milhões de euros... Depois os suecos fecharam a torneira... (José Belo)
4 de movembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13847: Da Suécia com saudade (41): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte II)... Um apoio estritamente civil, humanitário, não-militar, apesar das pressões a que estavam sujeitos os sociais-democratas, então no poder (José Belo)
5 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13849: Da Suécia com saudade (42): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte III)... Pragmatismos de Amílcar Cabral e do Governo Sueco, de Olaf Palme, que só reconheceu a Guiné-Bissau em 9 de agosto de 1974 (José Belo)
6 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13853: Da Suécia com saudade (43): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte IV): Rússia e Suécia, vizinhos e inimigos fidalgais, foram os dois países que mais auxiliaram o partido de Amílcar Cabral (José Belo)
7 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (44): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte V)Quando se discutia, item a item, o que era ou não era ajuda humanitária: catanas, canetas, latas de sardinha de conserva... (José Belo)
9 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (45): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VI): Para além de meios de transporte automóvel (camiões e outras viaturas Volvo, Gaz, Unimog, Land Rover, Peugeot, etc.), até uma estação de rádio completa, móvel, foi fornecida ao movimento de Amílcar Cabral, sempre para fins "não-militares"... (José Belo)
11 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13874: Da Suécia com saudade (46): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VII): Não deveria ter ficado surpreendido, com algumas reações... (José Belo)
A chefe da delegação, a controversa deputada socialdemocrata e antiga presidente do parlamento sueco, Birgitta Dahl, fez um relatório desta missão, em sueco, e que infelizmente não está disponível na Net: a visita foi à Guiné-Conacri e às "áreas libertadas" da Guiné-Bissau, no período de 6 de novembro a 7 de dezembro de 1970 [”Rapport från studieresa till Republiken Guinea och de befriade områdena i Guinea-Bissau, 6 november–7 december 1970” (”Relatório da viagem de estudo à República da Guiné e às zonas libertadas da Guiné-Bissau, 6 de Novembro–7 de Dezembro de 1970”), Uppsala, Janeiro de 1971 (SDA)].
Fonte: Nordic Documentation on the Liberation Struggle on Southern Africa [Com a devida vénia] [Seleção, edição e legendaqgem livre: LG]
[As fotos podem ser usadas, devendo ser informado o Nordic Africa Institute (NAI) e o fotógrafo, quando for caso disso. Este espólio fotográfico de Knut Andreasson (, relativo à visita ao PAIGC na Guiné-Conacri e, alegadamente, às áreas sob o seu controlo na Guiné-Bissau, em novembro de 1970, de uma delegação sueca) foi doado pela viúva ao NAI.]
1. Última parte da publicação de alguns dados e notas de contextualização, sobre a ajuda sueca ao PAIGC, a partir de 1969, e depois à Guiné-Bissau, a seguir à independência e até 1994, da autoria do nosso camarada José Belo (na Suécia há quase 4 décadas, e a quem a gente chama carinhosamente o "régulo da Tabanca da Lapónia") (*)
Data: 6 de Novembro de 2014 às 20:27
Assunto: Auxílio Sueco à Guiné (pós independência)
Caro Luís Graca.
A partir do dia 12 parto para os States por um bom período de tempo. Aproveitarei para umas longas férias "blogueiras" em todos os azimutes.
Um abraco, José Belo
[O blogue do Zé Belo, Lapland Near Key West tinha a seguinte inscrição à porta do iglô, às 19h00 ontem, de Lisboa: "Sorry, we 're closed for vacation" ( Desculpem, estamos fechados para férias).] (LG)
2. Depois da independência a Suécia continuou a ser o maior fornecedor de assistência à Guiné (*).
O auxílio estatal era dado pela Swedish International Development Cooperation Agency (SIDA) e pela Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries (SAREC), para além de Organizações näo Governamentais (ONG) como por exemplo a Save the Children/Sweden (Rädda Barnen).
O auxílio estatal entre 1974 e 1993 foi de 2 mil milhões (!) de dólares (USA),
De entre projectos financiados pela SIDA [, A Agência Sueca Para o Desenvolvimento e Cooperação Internacionais] salientam-se:
(i) Programa de Desenvolvimento Rural Integrado (PDRI) administrado desde o Centro Olof Palme, em Bula:
(ii) Fábrica de Blocos e Tijolos em Bafatá;
(iii) Estaleiros de reparação GUINAVE em Bissau;
(iv) Oficinas mecânicas GUIMETAL em Bissau;
(v) Companhia de madeiras SOCOTRAM que operava 3 serrações, uma fábrica de mobílias,e uma fábrica de revestimentos de madeira para construção civil:
(vi) Uma rede telefónica automática:
(vii) Oficinas Volvo de reparação e manutenção;
(viii) A PESCARTE - Direcäo Nacional da Pesca Artesanal
(ix) Laboratório Nacional de Saúde Pública e apoio em especialistas e material hospitalar para o diagonóstico e tratamento do HIV/SIDA
Dos projectos financiados pela SAREC - Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries, salienta-se:
Dos projectos financiados pela SAREC - Swedish Agency for Research and Cooperation with Developing Countries, salienta-se:
(x) Financiamento e assistência ao INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.(Assstência e apoio ás publicações, projectos de pesquisa, conferências académicas, grupos de estudos, bolsas académicas).
Em 1994 uma avaliação muito crítica(!) aos resultados da assistência desde 1974 recomendou uma redução substancial da mesma por, entre outros motivos...menos diplomáticos..."O auxílio dado à Guiné-Bissau durante 20 anos ter resultado num crescimento económico muito limitado".
Cinco anos mais tarde, na sequência da destrutiva guerra civiil de 1998-1999 a embaixada sueca em Bissau foi encerrada.
José Belo
[ ex-alf mil inf da CCAÇ 2381,Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70; cap inf ref, é jurista, vive Suécia há quase 4 décadas, e onde formou família: e, ultiimamente, reparte o seu tempo com os EUA, aonde família tem negócios].
3. Mail do José Belo, recebido ainda hoje de manhã, por volta das 10h30:
Caro Luís Graça.
3. Mail do José Belo, recebido ainda hoje de manhã, por volta das 10h30:
Caro Luís Graça.
Aproveito já estar na minha casa em Estocolmo a aguardar o voo de amanhã para os States, para enviar sugestão quanto à interessante leitura do documento de um dos estudos sobre os auxílios da Agência Estatal Sueca SIDA à Guiné, Moçambique, Nicarágua e Vietname, na época os países que maior auxílio sueco recebiam: (i) "Aid and Macroeconomics", de Stefan Vylder; (ii) "An evaluation of Swedish Import Support to Guinea-Bissau, Mozambique, Nicaragua and Vietnam".
É interessante a Suécia ter mantido um perfil muito discreto nos diálogos políticos com as autoridades de Bissau sobre os programas de ajustamentos estruturais. No relatório de estudo e análise, mais ou menos crítica, de 1993, constata-se não ter tido a Agência Estatal Sueca-SIDA uma influência nas políticas económicas do governo da Guiné, compatível com a realidade de ser de longe a dadora do maior auxílio económico e dispondo de especialistas nesta área com mais vasta experiência do que a de outros países envolvidos.
É interessante a Suécia ter mantido um perfil muito discreto nos diálogos políticos com as autoridades de Bissau sobre os programas de ajustamentos estruturais. No relatório de estudo e análise, mais ou menos crítica, de 1993, constata-se não ter tido a Agência Estatal Sueca-SIDA uma influência nas políticas económicas do governo da Guiné, compatível com a realidade de ser de longe a dadora do maior auxílio económico e dispondo de especialistas nesta área com mais vasta experiência do que a de outros países envolvidos.
A política seguida pela SIDA até essa data foi a de permitir ao Governo da Guiné a formulação das suas prioridades e solicitar auxílios de acordo com as mesmas. A seu modo auxílios... "requisitados".
Esta política (diferente de a seguida por outros países que têm sempre procurado estabelecer condições formais para fornecimentos de auxílios bilaterais) tem feito com que o governo local olhe a SIDA como um dador "soft", a ser encarado como amigo(!).....
Os resultados?
De qualquer modo é interessante o aumento dos números quanto aos milhões de coroas suecas fornecidas de ano para ano.
1988-1989...3 milhões.
1989-1990...6 milhões.
1990-1991...28 milhões
Um abraço do José Belo
PS - 1 Euro = 9,2691 Coroas Suecas (SEK); 1 SEK = 0,10787 €, em 13/11/2014 (LG)
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Nota do editor:
3 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13842: Da Suécia com saudade (40): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte I)... à Guiné-Bissau, de 1974 a 1995, foi de quase 270 milhões de euros... Depois os suecos fecharam a torneira... (José Belo)
4 de movembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13847: Da Suécia com saudade (41): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte II)... Um apoio estritamente civil, humanitário, não-militar, apesar das pressões a que estavam sujeitos os sociais-democratas, então no poder (José Belo)
5 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13849: Da Suécia com saudade (42): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte III)... Pragmatismos de Amílcar Cabral e do Governo Sueco, de Olaf Palme, que só reconheceu a Guiné-Bissau em 9 de agosto de 1974 (José Belo)
6 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13853: Da Suécia com saudade (43): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte IV): Rússia e Suécia, vizinhos e inimigos fidalgais, foram os dois países que mais auxiliaram o partido de Amílcar Cabral (José Belo)
7 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (44): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte V)Quando se discutia, item a item, o que era ou não era ajuda humanitária: catanas, canetas, latas de sardinha de conserva... (José Belo)
9 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13859: Da Suécia com saudade (45): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VI): Para além de meios de transporte automóvel (camiões e outras viaturas Volvo, Gaz, Unimog, Land Rover, Peugeot, etc.), até uma estação de rádio completa, móvel, foi fornecida ao movimento de Amílcar Cabral, sempre para fins "não-militares"... (José Belo)
11 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13874: Da Suécia com saudade (46): A ajuda sueca ao PAIGC, de 1969 a 1973, foi de 5,8 milhões de euros (Parte VII): Não deveria ter ficado surpreendido, com algumas reações... (José Belo)