1. José da Câmara (*), ex-Fur MIl da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Guiné, 1971/73, um novo camarada que se apresenta à Tertúlia, um açoriano a residir nos EUA.
Caro editor,
Em anexo encontrará a minha apresentação, e a primeira história. A minha escrita não é muito famosa. São cerca de 35 anos fora do país, usando outra língua, e com poucas possibilidades de acesso a livros e revistas. Fico-me pelo jornal semanal de New Bedford. Mas sinto que devo contribuir com algo para a história da guerra na Guiné.
Com os meus cumprimentos
J Câmara
2. Caro Luís Graça e demais editors do blogue,
Muita saúde para vocês, e para todos aqueles que empregam o seu tempo a narrar a história de que fomos protagonistas. Passo muito do meu tempo a ler o que os outros escreveram, e à procura de amigos, conhecidos. Julgo que chegou a hora de contribuir.
Com o devido respeito apresento-me aos editores e camaradas deste Blogue:
José Alexandre da Silveira Câmara, ex-Furriel Miliciano Atirador de Infantaria
Naturalidade: Fazenda, Lajes das Flores, Açores
Curso de Sargentos Milicianos – Recruta e Especialidade – CISMI, Tavira
Colocação: BII19, Funchal, Ilha da Madeira
Mobilização: Guiné
Companhia de Caçadores 3327, do BII17, Angra do Heroísmo, Terceira, Açores
Pelotão de Caçadores de Nativos 56
IAO – Santa Margarida
Lugares na Guiné: Bissau, Mata dos Madeiros, Teixeira Pinto, Bassarel, Bolama, São João, Tite
Profissão: Agente de Seguros
Estado Civil: Casado
Residência: Stoughton, Massachusetts, E.U.América
3. Comentário de CV:
Caro José Câmara
É sempre com alguma alegria que recebemos novos camaradas que se propõem contribuir com as suas histórias para dar a conhecer um pouco mais do que foi a guerra na Guiné. Como diz o nosso editor, não podemos deixar que sejam os outros a contar as nossas histórias.
Por outro lado, recebemos ainda com mais alegria aqueles que, por opção, refizeram as suas vidas longe da Pátria, entre os quais se contam os nossos queridos ilhéus dos Açores, que por tradição parecem não caber nas suas ilhas, quase todos espalhados pelo continente americano.
Caro José, saberás quase tudo sobre nós, mas saberás muito mais se leres o lado esquerdo da nossa página, onde encontrarás algumas respostas a eventuais perguntas, como por exemplo, o que queremos com este Blogue, o que queremos ser e o que não somos.
Como camaradas com o mesmo percurso de vida militar, que calcorreamos o mesmo chão da Guiné, que tivemos os mesmos sentimentos de saudade, que sofremos as mesmas privações, tratámo-nos todos por tu. Assim nos sentimos ainda mais unidos.
Cá ficamos à espera da tua contribuição. Deste dois passos importantes ao apresentar-te e ao mandares já a tua primeira história.
Em nome da Tertúlia e dos editores deixo-te o primeiro abraço virtual de boas-vindas.
Carlos Vinhal
Co-editor do Blogue
__________
Nota de CV:
(*) Vd. postes de:
22 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3777: O Nosso Livro de Visitas (54): Um camarada da diáspora, José Câmara, da açoriana CCAÇ 3327 (1971/73)
e
7 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4153: Bur...akos em que vivemos (3): Acampamentos de apoio à construção da estrada T.Pinto/Cacheu (Jorge Picado/José Câmara)
Vd. último poste da série de 14 de Maio de 2009 >
Guiné 63/74 - P4338: Tabanca Grande (140): Vítor Oliveira, ex-1.º Cabo Especialista da FAP, BA 12, 1967/69
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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3 comentários:
Faço questão de ser o 1º a dedicar-te o primeiro comentário.Não é apenas a retribuição dum comentário que me dedicaste a um poste meu, sobre uma das "Estórias do Jorge Fontinha".É sobretudo um Bem-Vindo á contribuição p'ra Tabanca.Espero que contes muito sobre o tempo da Mata dos Madeireiros, altura em que nos cruzamos algures na construcção da estrada Teixeira Pinto Cacheu.Em Capó, na Ponte Alferes Nunes, quem sabe?Eu e o Chaves, teu conterrâneo, la estavamos.!
Um grande abraço.
JORGE FONTINHA
Cheguei atrasado, mas ainda vou a tempo, para te felicitar por teres metido mãos à obra e dar-nos a conhecer as tuas lembranças daqueles tempos na Guiné.
Fico contente se tiver contribuido para que tivesses arrancado com esta fase e cá estarei a reler, enquanto puder, as tuas histórias por locais que me possam avivar a minha memória.
E já agora, a propósito de memória, aproveito para lembrar uma interrogação que o Luís Graça colocou na legenda da foto da Ponte Alferes Nunes, no Postado sobre o Cap Martins da CCaç 16.
Perguntava o Luís se a Ponte se mantinha assim depois da data dessa foto.
Muito sinceramente, eu que lá passei algumas vezes, que andei apeado pelo "areal" até à célebre, e verdadeira Ponte Alferes Nunes, em cimento,de um só arco,
"Plantada" em seco, por baixo da qual não corria uma gota de água, a não ser talvez quando chovia...não me lembro...da Torre!!!
E "esta hem", como dizia o falecido locutor Fernando Pessa, aveirense da beira mar.
Abraços
Jorge Picado
Uma resposta para os dois "Jorge":
Daqui, do outro lado do Atlânitico, o meu muito obrigado pelas "Boas-vindas", e pelas palavras de encorajamento para o meu projecto.
Tenho tentado, sem sucessso, encontrar o e-mail do Fontinha. Temos muito em comum: uma estrada, um mariense, os mesmos compassos de tang(a)o naquela bem dita mata dos madeiros. Agradeço que o Jorge Picado te passe o meu contacto. Pelo que tenho lido, depreendo que vocês têm contacto directo. Isso facilitaria a nossa aproximação.
Para o Jorge Picado (com a devida vénia) a pequena traição que me pregastes, e que, em devido, tive a oportunidade de agradecer, fez despolotar o desejo de contribuir para a verdade de uma guerra que julgo,apenas acabou no teatro de operações. No mínimo, devo isso aos meus camaradas, à verdade e a mim mesmo.
Quanto à ponte Alferes Nunes, o Luís Graça jà esclareceu. Acrescento que, em 1971, a ponte sofreu reparações no tabuleiro, e alguns postes de suporte foram substituídos. Nessa altura as balustradas tinham sido removidas. O fortim e os bidões com terra lá estavam. Uma secção da CCaç 3327, a minha companhia, esteve de segurança a essa ponte durante algum tempo, a partir de Julho de 1971. No futuro, terei a oportunidade de me debruçar um pouco mais sobre a ponte.
Haja saúde, e cuidado com o abraço que é do tamanho do Oceano Atlántico, que nos separa
José Câmara
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