1. Mensagem de José Rocha, camarada que nos lê em França (?), com data de 13 de Maio de 2009:
Exmo Sr. Luís
Vi o vídeo do senhor Comandante do Cop 5. É uma tristeza ter Oficiais deste calibre nas forças armadas portuguesas. Este senhor não dignificou em nada os colegas que combateram um pouco por todo lado por Portugal. É uma vergonha que o senhor Luís por várias vezes o defendeu. Publicidade para ajudar a vender o seu livro? Por vezes até tratou por cobardes aqueles que não estavam de acordo. Era bom que o vídeo fosse visto por aqueles que sempre defenderam o herói Coutinho e Lima.
Cumprimentos
José
2. Resposta de CV em 16 de Maio de 2009:
Caro Camarada José Rocha; Obrigado pelo teu contacto.
Para nos reconhecermos como verdadeiros camaradas, se não te importas, vamo-nos tratar por tu.
Fazes uma dura crítica ao Cor Coutinho e Lima, pela sua retirada de Guileje.
A esta distância, tantos anos volvidos, achamos que não é positivo condená-lo. O rumo da história deste sacrificado país acabou por tornar a retirada de Guileje mais um episódio, entre tantos. Uma coisa é certa, pouparam-se muitas vidas. A permanência naquele aquartelamento por mais tempo podia redundar numa carnificina. Quem garante o contrário? Tu?
Acusas-nos de defender o Cor Coutinho e Lima e de dar publicidade ao seu livro. Se reparares bem, não omitimos opiniões categóricas. Afinal estamos aqui para relatar as experiências dos nossos camaradas, respeitando as diferenças de opinião. Mantemo-nos equidistantes para não influenciar quem nos lê.
Vamos publicar esta tua mensagem, embora não concordando com o seu tom. Mas não confundimos o tom com o direito emitir uma opinião, e a ela tens direito.
Já agora, podias explicitar melhor a que vídeo te referes?
Esperando as tuas próximas notícias, deixamos-te um abraço fraterno.
Carlos Vinhal
Co-editor do Blogue
__________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 14 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4340: O Nosso Livro de Visitas (61): Amizades muito especiais (Branco Alves)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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14 comentários:
Zé Rocha:
Vê se tens um pouco tento na língua, por favor... e me poupas. Não podes usar este espaço de liberdade, fabuloso, que criámos (para nos entendermos, para comunicarmos, para reforçarmos os nossos laços de camaradagem e de amizade...), com o propósito de pôr em causa o bom nome e a imagem do fundador e editor do blogue...
Julgo já ter dado suficientes provas de equidade, de igualdade de oportunidade no tratamento nas diferentes matérias bloguísticas e dos diferentes... E até fiz questão de pedir ao co-editor, Carlos Vinhal, que publicasse a tua mensagem, embora eu a considere insultuosa, para mim e para o Coutinho e Lima...
Fica descansado que eu darei a mesma publicidade ao livro que tu um dia venhas a escrever sobre os acontecimentos que viveste na zona leste, como operador de transmissões no BART 2857 que era o teu... Quanto a isso fica tranquilo (É preciso, no entanto, que não leves muito tempo a escrever o livro, que a gente pode já não cá estar para o ler e divulgar)... E mais: não te vou exigir em troca nenhum almoçarada... Não estás nos meus hábitos nem nos meus valores, o clientelismo, a troca de favores, o nepotismo, o favorecimento dos meus amigos e conhecidos...
Quero que fique claro uma coisa: Não devo NADA ao Cor Coutinho e Lima, não lhe devo nenhum favor, nem a ele a mim, conheci-o apenas há um ano, não foi meu comandante, não me deu nenhuma porrada nem nenhum louvor, não estive com ele na Guiné durante a guerra, não temos quaisquer afinidades a não ser o facto de ele pertencer - como tu podes pertencer!!! - à nossa Tabanca Grande...
A cara dele, já vi, a tua não. E, como camarada, respeito-o. Como respeito toda a gente. Como militar, não me pronuncio, por que não estive com ele, então major, comandante do COP 5, em Guileje, nem queria estar na pele quando tomou a decisão que tomou...
Não tolero é a tua insinuação de que estou a fazer publicidade do livro para o homem fazer mais uns míseros tostões... E , pior ainda, é inadmissível a tua afirmação de que ATÉ TRATEI DE COBARDES AQUELES QUE NÃO ESTAVAM DE ACORDO (COM ELE)...
Essa é o máximo! Diz-me onde e quando é que eu escrevi isso... Zé Rocha, será que falamos a mesma língua ? Uma coisa é o teu direito de opinião, outra coisa é o meu direito ao bom nome... O que dizes a meu respeito, é INSULTO!
Enfim, ficamos por qui. Sem ressentimentos. Mas gostava de poder tratar-te como camarada... Ainda não fazes parte da nossa Tabanca Grande, embora já tenahs utilizado o nosso blogue para fazer comentários e pedir informaçáo sobre o teu batalhão... Informação que o nosso colaborador José Martins prontamente te enviou (a ficha da tua unidade)...
Sei que estiveste no leste como eu. E que também nunca puseste os pés em Guileje... Olha, por exemplo, eu nunca fui a Buruntuma, e dificilmente me porei em bicos de pés para discutir contigo o que lá se passou...
À bientôt. Au revoir. Luís Graça
Sendo o blog um lugar democrático onde as ideias se exprimem livremente, não deixa de ser passível de invasões de escárnio e maldizer por parte de todos aqueles que outra coisa não sabem fazer.
Regra geral fazem-no sem qualquer consistência cultural, intelectual, moral, ética, etc., etc., etc. o que só por si, mereceria o mais veemente ostrascismo de quem se possa sentir com as alarvidades
Dar andamento a tais futilidades é dar tempo de antena a quem a não merece.
Guileje, Gandamael, Guidaje, G.., G... e mais G... levaria, a prazo, e fruto da sobre-exposição mediática do tema, ao despoletar de confrontos pelas normais simpatias e antipatias que os protagonistas desencadeariam.
O buçalismo da linguagem de Zé Rocha não permite outra interpretação que seja alguém que não consegue resolver os seus problemas ou, tão só, alguém que ouviu umas bocas daqui, outras dacolá, e pôs-se a dissertar ...
Julgo não ser merecedor de atenção especial até tomar a deliberação de homem em expôr a sua cara num sítio onde tal é uma exigência.
Até lá, e por não se tratar de uma posição frontal como a que foi assumida pelos ex-combatentes que aqui escrevem as suas estórias e pareceres, proponho que seja, pura e simplesmente banido o seu post e qualquer outro que venha a ser apresentado ao conselho superior de edição do blog.
António Matos
Camaradas
Quem não se sente...
O António Matos respondeu muito bem.
O tal conselho redatorial é necessário, não para coarctar o direito de expressão, mas sim as expressões insultuosas que de forma alguma podem ser publicadas.
A Nossa Tabanca não é a Assembleia da República, faço-me entender?
Somos todos moralmente bem formados, por isso não podem ser permitidos insultos como estes.
Jorge Picado.
Camaradas!
Serenidade! Calminha, que a noite ainda é menina.
Claro que o José Rocha, anda com patriotismos atravessados, não me parece que avalie o que refere, nem a forma como o faz. Já me pareceu "terrorista". Mas não o acho. Acho, sim, que não tem tento na língua, nem aceita as correspondentes chamadas de atenção. Teimoso. Podia ter tido melhor apresentação, e contou com a disponibilidade de dois camaradas. Mas não é execrável, nem terá a má pinta do AB.
Por isso, pela absoluta raridade na abordagem das coisas e citação de camaradas, este caso, só por si, não justifica um conselho editorial, pelo menos, do meu ponto de vista.
Considero-vos meus amigos, sem ter tido a oportunidade de vos conhecer, sem nos termos ainda medido, com excepção do Graça de Abreu, encontro que decorreu a partir de uma polémica que mantivémos. E, claro, não houve gravidade que obnubilasse o almoço. O Jorge que desculpe a minha reserva, mas a liberdade é, também, uma boa forma de nos darmos a conhecer. E quem abusar, nós catalogamos.
Abraços fraternos
José Dinis
Grande Comandante Luís Graça,
Homem,Poeta e Amigo,
Gostei do teu escrito e louvo o teu fair play,a tua paciência e a forma pedagógica como respondes ao ataque à tua pessoa!
Para quem é o mentor deste maravilhoso espaço, deve custar muito ser acusado de forma tão soez e injusta! Tem paciência Luís e continua.Continua a ser o nosso Timoneiro,o nosso Amigo, o Homem bom, o Homem grande que criou a nossa Tabanca Grande.
Para o poeta Luís, para além dum grande abraço, uma citação de outro Homem Grande, o Miguel Torga:
" os poetas são como os farois dão chicotadas de luz à escuridão"
Vasco
"Serenidade e calminha" não serão as melhores adjectivações que justifiquem o não recurso a um conselho editorial.
Como bem se saberá, os originais são submetidos ao(s) editor / co-editor da publicação que decide ( ou pelo menos eu assim o sugeria ) em carácter sigiloso, sobre a conveniência da aceitação dos conteúdos que são enviados pelos autores, emitindo parecer conclusivo :
a) pela aceitação, na íntegra, da matéria a publicar,
b) pela devolução ao autor para revisão das partes assinaladas pelos parceristas,
c) pela recusa definitiva da matéria.
O blog reservar-se-à o direito de recusar artigos que não atendam à sua linha editorial.
Caro Luís Graça, não me quero imiscuir nos credos do TEU blog mas considero-o já uma obra a preservar e onde, a par de grande abertura às diferentes opiniões, deverão ser acauteladas as intromissões insultuosas.
Não bastará, para o efeito, uma chamada de atenção aqui na tal coluna do lado esquerdo ! Torna-se necessário, na defesa dos bons nomes e dos bons princípios, acautelar princípios éticos.
Antevendo que possa haver comentários a catalogarem esta opinião como censória, não resisto a plagear o antigo primeiro ministro Pinheiro de Azevedo dizendo simplesmente, bardamerda para as consciências pardas do sistema ... ( ele disse bardamerda para os fascistas, lembras-te ? )
Um abraço,
António Matos
Amigo Luís,
Dá como minhas as palavras dos anteriores comentários.
Estou achar muito estranho que em tão pouco tempo, mais que a tua pessoa, o blogue tenha sido alvo de 2 ataques muito idênticos.
Isto cheira-me a "conspiração"!
Será que estou enganado?
Pois se abertura do blogue é total para todas as perspectivas dos factos, que é que se passa?
Já ando a ver fantasmas?
MR
Camarada (?) sem rosto
Na verdade as tuas palavras considero-as abusivas e insultuosas deste espaço de são convívio e de recordações.
Deram-te mais uma oportunidade de conviver connosco. Aproveita-a pois pode fazer-te bem. Mas deves lembrar-te sempre que a tua liberdade acaba onde começa a dos outros!
Se vês que não consegues, então mais vale “axentares-te na letra!”
Luis Graça
Parabens
O teu comentário-resposta - acutilante e simultaneamente conciliador - parece-me elucidativo da forma como te posicionas na Sociedade:honesta,valorativa,recta,
pedagógica,com respeito e honra...
Ao ditado que o J.Picado refere de "quem não se sente,não é filho de boa gente" talvez fosse de acrescentar neste caso um outro "enquanto os cães ladram a caravana avança" (sem ofensas)
Luís Faria
Amigos
Li o texto e os comentários e dou por mim aqui a pensar aonde é que o José Rocha teria ido buscar as "indicações de idéias" que parece querer veicular.
Áquela (falsa) questão da "guerra militarmente ganha e politicamente perdida"?
E a História, com as suas lições, não conta para nada, não se aprende nada?
Ou áquela velha idéia que, já em tempos passados, alguém com responsabilidades governativas ao mais alto grau, num discurso à Nação, sobre os acontecimentos na Índia, atirou a bojarda criminosa, irresponsável e, mais uma vez, cega aos sinais da História, de que "não prejevo possibilidades de tréguas nem prisioneiros portugueses, como não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas pode haver soldados vitoriosos ou mortos".
É que estes pensamentos são como as nódoas, por vezes deixam marcas.
Realmente não me parece que a crítica seja justa e acho que a terminologia utilizada está bastante "desajustada".
Helder S.
Tenho que botar também palavra, por várias razões:
1º Parece-me haver comentários sobre a situação de Guileje feitas sem um mínimo conhecimento do que se passou e do que foi apresentado no livro do Cor. Coutinho e Lima.
Diga-se que nem sabia que este senhor existia, por isso nada temos em comum ou dívida de favores.
No livro são dados a conhecer os documentos que o autor achou importantes para dentificarem a injustiça de que se achou alvo.
Não conheço as contestações feitas de igual forma, documentadas.
2º "Quem não se sente não é filho de boa gente", estou de acordo, por isso não sabendo se os ataques ao blogue que são referidos pelo MR que suponho tratar-se do Magalhães Ribeiro se referem à discordância que manifestei, vejo-me obrigado a demarcar do post que deu origem a estes comentários e/ou ao seu autor.
Em nada tem de comparação uma e outra situação. Aliás, para que conste, tive oportunidade de enviar posteriormente ao Luis Graça e ao Carlos Vinhal um mail justificando a minha atitude e apresentando as desculpas onde e se os ofendi. Só não sei se receberam por não terem acusado a recepção.
O meu mail está na lista do Blogue e é o indicado para os assuntos ou dúvidas pessoais, se as houver.
3º Quanto ao Camarada Jorge Picado dizer "os cães ladram e a caravana passa" não estou de acordo, por termos deixado ladrar tantos cães enquanto as caravanas passavam é que temos agora este circo, sem ofensa para esses enormes profissionais, e pouca democracia.
4º Quanto às decisões dos editores e responsáveis do Blogue, digo o que já referi anteriormente, o corte de certas coisas não quer dizer que seja censura mas bom senso.
Com um abraço para todos,
BSardinha
Belarmino
Como já deves ter reparado,quem referiu "Os cães ladram e a caravana passa"(sem ofensas)fui eu e não o JPicado.
Pensando no que dizes sobre isso,acho que afinal te dou toda a razão!A permissividade e o "deixa andar"devem ter limites.
Um abraço
Luis Faria
Caros camarigos
por razões que não sei explicar só hoje me foi chamada a atenção para este post.
Divergir, com certeza, discordar, absolutamente, discutir, óptimo, tentar perceber as razões dos outros e fazer ouvir as nossas razões, melhor ainda, e tudo isso esta Tabanca Grande tem feito impecavelmente e quando alguma coisa acontece que não pareça tão "imparcialmente correcta", digamos assim, sempre tivemos da parte do Luís e co-editores a explicação, a aceitação a, se necessária, correcção.
Portanto, ao que é dito pelo Zé Rocha, nada mais há que dizer a não se que não corresponde minimamente à verdade e deixar assim o abraço camarigo, muito grande ao Luís e restantes co-editores.
Quanto à linguagem usada, não é de maneira nenhuma a melhor, mas foi a que saiu no momento e que resultou, digo eu, de uma indignação causada por um mau entendimento daquilo que era dado a conhecer na Tabanca.
Reitere-se o convite ao Zé Rocha, como muito bem fez o Luís, esperemos pela sua vinda noutros termos e coloquemos uma pedra sobre o assunto.
Olhem, pelo menos não foi anónimo, como uns que andam para aí!!!
Abraço camarigo sempre
Caro Luis
Educação, boa formação, cavalheirismo e respeito, são coisas muitas vezes substituidas pela buçalidade revanchista, que leva a falsos e a caducos ideais.
Mas se não conhecermos os nossos inimigos, também não saberemos a quantidade de amigos que temos.
No teu caso e mais blogue, os amigos chegam e sobejam para fazer frente aos inimigos, como se viu a quantidade de comentários, que repudiam os textos que por várias vezes tentaram denegrir-te e por vezes aos nossos editores.
Quem não conhecer o pecado, também não saberá onde está a virtude.
Assim sou de opinião, que que se devem rejeitar todos os comentários anónimos e toda e qualquer falta de decoro.
Para fazer frente aos outros não estás sózinho, para além do Matos, Mexia, Picado, Faria, Belarmino, Valério e Vasco há muitos mais dispostos a defender-te e apoiar-te.
Aceita um abraço solidário
Juvenal Amado
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