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Caro vinhal.
Um grande abraço e me parece que já estava na altura de regressar.
Assim aí vai mais um contributo.
Um abraço para toda a tertúlia.
jorge fontinha
A NOSSA CASINHA
Vou aproveitar o facto de o Luís Faria se ter despedido de Binar e estar a chegar a Teixeira Pinto, para retomar as minhas Estórias, pois as dele e as minhas voltam a estar interligadas a partir desta fase. Aproveito também o facto de ele nesta altura ir de férias, para lhe preparar o terreno, pois quando ele regressar vou eu.
Quando finalmente, o resto da Companhia se junta a nós, em Teixeira Pinto, passámos efectivamente a uma acção mais envolvente e efectiva no apoio às Forças Especiais do CAOP 1: Comandos, Páras e Fuzileiros.
De início era apenas um Bi-grupo. O 2.º e o 4.º, e todo o staff da Companhia, com o Capitão Mamede de Sousa, o 1.º Sargento Guerreiro e os restantes Especialistas e os inestimáveis apoios logísticos, muito úteis para quem, dia sim, dia não, prestava apoio à abertura da estrada Teixeira Pinto/Cacheu, intervalado com Operações de grande envergadura ao Balangarez, com as referidas Companhias de Tropas Especiais do CAOP 1. O 3.º Grupo só se juntaria à Companhia, já em Bula, aquando dos Reordenamentos, e o 1.º ao fim de uns dois meses, em Teixeira Pinto, pois manifestamente dois Grupos começava a ser demasiado cansativo para os 2.º e 4.º Grupos. Como diria o Luís Faria, eles abusaram de nós, não sabíamos passar despercebidos!
Todavia este Grupo mais alargado de amigos e camaradas de outros carnavais, passou a ser mais unido e já com os 3 Grupos de Combate Operacionais a revezarem-se, o espaço dentro do quartel começou a ser mais reduzido, para as nossas mais frequentes folgas.
Assim nasce a nossa casinha.
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A alguns metros do quartel, ao fundo da Av. Principal de Teixeira Pinto, eu mais um grupo de compinchas, alugámos uma vivenda, onde poderíamos passar umas horas de descompressão e de puro lazer.
Nessas instalações passou a realizar-se alguns momentos de boa degustação de belos camarões e ostras, mas também de amena cavaqueira entre camaradas de armas. Por vezes juntavam-se a nós alguns intrometidos locais, juntamente com alguns convidados, já por mim referenciados, noutras Estórias, como o Chefe de Posto Júlio e outros amigos.
Ali, não havia guerra apenas umas belas cervejas que curiosamente também eram bazucas.
Esta casa era uma espécie de multiusos. Como tinha, para além da sala e da cozinha, uma bela casa de banho, onde dava para refrescar várias vezes ao dia e 4 quartos, não era difícil arranjar ocupantes para eles. As nossas queridas bajudas e ou caboverdianas não se faziam rogadas.
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Por aquela casa, para além de nós e os nossos amigos, passaram também alguns convidados do Comando do CAOP da altura, alguns elementos semi-incógnitos do PAIGC e vários graduados e praças de todas as forças estacionadas em Teixeira Pinto: Comandos, Fuzas e Páras, para além da anfitriã CCAÇ 2791.
A ideia que nos norteou, ao alugar aquele espaço, foi tão só promover um lugar de convívio entre pessoas de bem e de paz.
Guerra era guerra, lazer era confraternizar sem perguntas.
Nunca houve o mais pequeno problema.
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Um abraço para a tertúlia.
JORGE FONTINHA
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 23 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4237: Estórias do Jorge Fontinha (6): O 4.º GCOMB / CCAÇ 2791, destacado no CAOP 1 - Teixeira Pinto
1 comentário:
Até que enfim reapareces...optimo!
Boas recordações essas,da casa!
Só desconhecia que apareciam tambem por lá "semi-incógnitos do PAIGC" ou será que te referes a gajos passantes ,que de vez enquando nos miravam e remiravam como se nos estivessem a "tirar o azimute"?
Continua,Fontinha pois tens muita coisa para contar
Abraço
Luis Faria
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