1. Mensagem de Carlos Brito (ex-Fur Mil da CCS/BART 645, Mansoa, 1964/66), com data de 14 de Dezembro de 2009:
Amigo Carlos Vinhal,
As fotos que junto, foram-me enviadas pelo meu amigo e ex-camarada Rogério Cardoso da CArt 643/BArt 645 e ambos concordamos que elas são dignas de figurarem na Tabanca Grande.
O Rogério só agora está a iniciar-se nestas coisas da Net. Deu-me carta branca para as difundir e eu pensei que a melhor maneira seria enviá-las para o blog só que... bem, depois se verá. Eu, pessoalmente ainda nao aderi ao blog por razões técnicas (não tenho scanner) e, confesso, também não saberia como as postar no caso de já ter aderido.
Mas aqui vai:
O Rogério Cardoso era Fur Mil Manutenção da CArt 643.
Foi condecorado por ao ter-se oferecido para substuir um camarada doente, ter sido ferido em combate. Ele foi atingido por uma granada de RPG, que não explodiu, mas que lhe fracturou uma perna. Mesmo ferido, teve o bom(?) senso de pegar na granada e atirá-la para longe.
Também ele foi o autor e mentor da AM , feita num Unimog, que aparece nestas fotos e que baptizou de Paulucha, em honra da sua filha Paula.
Na minha modesta opiniao a CArt 643 teve um desempenho, brilhante, talvez os melhores Aguias Negras . Mas, como já disse anteriormente todos foram bons...para nada.
O Rogério é também um dos fundadores da Associação Amizade do BArt 645.
Amigo Carlos Vinhal, por favor põe estas fotos no blog.
Há aínda alguns Aguias sobreviventes, que vão gostar muito de as ver.
Os meus agradecimentos.
Carlos Brito
Ex-Fur Mil
CCS/BArt 645
Fotos 1 e 2 > Rogério e a autometralhadora Paulucha
Foto 3 > A "equipa" que estava a construir a AM Paulucha
Foto 4 > Fur Mils Rogério, Fernando e 2.° Sarg Mil Hipólito e Fur Mil Graça.
Fotos 5; 6 e 7 > Armas capturadas ao IN numa Operação com a CCaç 564
Fotos 8; 9 e 10 > Mais armas, onde se vê a granada de Pancerovka que partiu a perna ao Rogério
Foto 11 > As mesmas armas e a granada citada
Foto 12 > Unimog destruido por uma mina, a 3 Km da pista de aviação de Bissorã. A viatura incendiou do que resultaram 2 feridos, o condutor (natural de Barcelos), que tinha a alcunha de Substikem, (grave), e o Fur Mil Vaguemestre Massano, (ligeiro). Este último já faleceu.
Fotos 13 e 14 > Estrada de Mansoa/Bissorã onde se pode ver uma Daimler e o que julgo ser o pessoal a plantar mancarra.
__________
Notas de CV:
Sobre o BART 645 vd. postes de:
13 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2636: Convívios (42): Encontro do BART 645 em Fátima, no dia 29 de Março de 2008 (Jorge Santos)
28 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2894: O Nosso Livro de Visitas (14): Carlos Brito, ex-Fur Mil Inf, BART 645 (Oio, 1964/66)
e
27 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4594: Fichas de Unidades (3): História do BART 645 (José Martins)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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2 comentários:
Foi com gosto que vi as fotografias do meu amigo e vizinho Rogério. Obrigado pela disponibilização do material documental.
Caro Camarada e amigo Rogério Cardoso
Foi com alguma emoção que vi a fotografia dos companheiros que construiram a PAULUCHA, no quartel de Bisssorã por onde passei algumas vezes. E numa delas,no dia 19/9/66 onde a minha companhia, que estava em treino operacional em Mansoa,pernoitamos. No dia seguinte, infelizmente aonteceu aquela cena de que já sabes e descrita no meu modesto "Diário da Guerra Colonial da Guiné,1966-1968, já em teu poder. Naquele fatídico dia de 20 de Setembro, a PAULUCHA, ficou intacta. Para além de alguns ligeiros arranhões das balas,e sangue dos nossos companheiros, de resto não sofreu mais nada. Mas o Unimogue que a transportava, sofreu danos irreparáveis. O pior ainda, foi uma vida de um nosso camarada que se esfumou. E eu, estou cá hoje neste mundo, porque não me sentei ao lado do condutor Matos, como ele várias vezes me convidou. Não sei se a PAULUCHA foi ou não mais tarde instalada num outro Unimogue. Não tenho dados que me permitam adiantar seja o que for.De qualquer modo, a PAULUCHA, marcou-me para o resto da a minha vida. Obrigado pelas fotografias que me enviástes.
Luís de Matos
Ex-Furriel Miliciano da Ccaç 1590 e do Batalhão 1894.
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