Caros camarigos editores
Mando link sobre notícia do jornal i, que nos diz respeito, antigos combatentes.
Estou tentado a dizer que a gente faz este tratamento virtual bem mais barato, completo e real na nossa Tabanca Grande, e digo-o por experiência própria!
Abraço camarigo para todos
Joaquim Mexia Alves
Não tenho dúvidas que este blog da Guiné serve de terapia para quem já é reformado ou para lá caminha.
Com a idade, (eu, 71 anos), exceptuando os almoços anuais da incorporação militar, ou da área profissional, já poucos amigos se encontram.
Recordar é viver.
Sem dúvida que pode ser um processo de evitar traumas de guerra e outros, acompanhar blogues como este do Luis Graça.
Antº Rosinha
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Nota de L.G.:
(*) Excerto (com a devida vénia):
(...) Depois do Ultramar, José Esteves Cabaço [, Angola, 1969/71,] nunca teve o mesmo emprego durante mais de três anos. Tem 62 anos, as paredes de casa com quadros que pintou nos últimos 10 anos - um deles uma tela comprida, com castanhos acobreados e cor de vinho, estilhaços de explosões e crânios. Não tem título, "é uma batalha". São memórias, "mas não é o que eu sinto". A frase resume: viveu quase 40 anos com stress pós-traumático de guerra, sem tratamento até que, há dois anos e meio, procurou ajuda.
O psiquiatra aconselhou-o a experimentar um programa de realidade virtual, parte de um projecto ainda experimental que está a ser desenvolvido pelo laboratório de psicologia computacional da Universidade Lusófona, em Lisboa. Aceitou, e dos 25 mil veteranos de guerra com stress de pós-traumático que se imagina haver em Portugal, está entre os poucos que sabem o que é melhorar da doença.
Os resultados científicos do projecto liderado pelo investigador Pedro Gamito começam agora a sair. Num artigo publicado no final do ano na revista "CyberPsychology & Behavior" demonstram que, num pequeno estudo-piloto - em que participou José Esteves Cabaço - a realidade virtual reduz os sintomas de ansiedade e depressão associados ao stress pós-traumático.
Regressar à guerra . A psicoterapia é considerada o tratamento mais eficaz das perturbações ansiosas e pressupõe que os doentes possam reviver as situações de trauma. Dentro dela, a realidade virtual permite uma exposição artificial às raízes do medo. (...)
Esta experiência conta com a olaboração da APOIAR - Associação de Apoio aos Ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra.
2 comentários:
AMIGO JOAQUIM,
NÃO TENHO DÚVIDAS EM CORROBORAR A TUA AFIRMAÇÃO DE QUE O NOSSO MÉTODO É BEM MELHOR.
AQUILO DA UNIVERSIDADE LUSÓFONA(?)CHEIRA-ME A NEGOCIATA...
não andará por ali mãozinha de algum ab?
um grande abraço
manuel maia
Este poste levanta,salvo melhor opinião, questões pertinentes.
A "stress pós-traumático de guerra" é,falemos só no nosso País, uma realidade. Infelizmente, tratado sem a devida atenção como a maioria dos problemas da nossa sociedade. Existe e vai-se tratando sem grandes dramas. Existe mas é numa "franja" ou em pequena parte da sociedade...
Ora, neste poste,temos o tema a ser levantado pelo M. Alves com o Artigo do Jornal I e o link; o A.Rosinha a levantar questões importantes:solidão,ocupação do tempo na reforma, a importância da participação em blogues como este e não só.O Luís Graça apresenta breve excerto com um exemplo,breve resumo do Projecto da Lusófona. Nesse breve excerto,breve mas esclarecedor, temos matéria para pensar, meditar e debater.Não me queria alongar. Para depois a APOIAR.Tenho pensado neste problema ultimamente-três ou quatro anos-.O meu regresso(de lá) e adaptação, o quase esquecimento, a participação neste blogue e o trazer (agora) ao presente certa parte de meu passado, a camaradagem, os problemas de outros devido á guerra, e muito mais,muito mais. Faz falta, quanto a mim, falarmos mais nesta temática e nas questões que estes camaradas levantam. São problemas só de outros ou também meus e teus camarada?Pensa nisso!
Abraços do Torcato
Desculpem ser tão longo.
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