segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14289: Pensamento do dia (18): A guerra (colonial) e as nossas mulheres (Tony Borié / António Graça de Abreu)


"Depois de aconselhar o Syriza, em Atenas... e, de Partenon ao fundo, com a minha parceira chinesa, avançarmos para a compra do porto do Pireu".  Foto enviada em 21 do corrente pelo nosso camarada e amigo António Graça de Abreu

Foto (e lgenda): © António Graça de Abreu  (2015). Todos os direitos reservados

1. Comentário de António Graça de Abreu ao poste P14283 (*):

Dizes, meu caro amigo: A dedicada esposa, assim que houve falar em guerra, logo nos diz, “please, stop fighting with your thought”, que quer dizer mais ou menos, “por favor, parem de lutar com o vosso pensamento”. 

Meu caro camarada, como eu conheço estes entendimentos e palavras, mas em chinês, por parte da minha mulher chinesa que abomina a guerra e as sequelas da guerra, e passa a vida a dar-me na cabeça por causa da Guiné. 

Quanto ao Museu Dali de S. Petersburgo, na Florida, tive a sorte, e um desbragado prazer de o visitar, há menos de um ano, em Março de 2014. Aluguei um carro em Miami, viajei pela Florida durante seis dias(Everglades, crocodilos, astronautas, Cape Canaveral, Ferraris aos montes), a descoberta do universo, a ostentação dos ricos, made in America, o equilibrio dos pobres, made in Mexico. E mais os outros todos. America, fascínios do mundo.

O Museu norte americano de S. Petersburgo, (onde caí, por acaso, na ronda pela Florida) é excepcional, maravilhas na obra de Salvador Dali. Pagas a peso de ouro (Dali gostava de ouro, quem é que não gosta, até os tipos gregos do Syriza gostam), por um magnata americano das massas comestíveis, esparguetes e mais mil variedades, amigo de Dali, que ao morrer, em 1991, legou o seu espólio dos quadros de Salvador Dali, à cidade norte-americana que melhor o soubesse conservar e perservar. E foi S. Petersburgo que avançou, construindo este fabuloso museu Dali, na Florida,
um museu encantatório e mágico.

O que é que isto tem a ver com a nossa Guiné? Tudo, porque estamos vivos, trazemos dentro de nós uma guerra que jamais esquecemos, mas somos cidadãos (os melhores!) do mundo.

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Notas do editor:

(*) Vd. psote de 22 de fevereiro de  2015 > Guiné 63/74 - P14283: Libertando-me (Tony Borié) (5): 50 anos depois

(...) Neste começo de ano as coisas estão a parecer-nos um pouco diferentes, pois por alguns momentos vamos retornar à personagem “Cifra” e, aquela personagem, que naquele tempo se chamava “Zargo”, hoje é o nosso amigo Jorge, que está a viver por aqui, na Florida, pelo menos uns meses, portanto encontramo-nos, falando também de guerra, mas raras vezes, pois a sua dedicada esposa, assim que houve falar em guerra, logo nos diz, “please, stop fighting with your thought”, que quer dizer mais ou menos, “por favor, parem de lutar com o vosso pensamento”. (...)

(...) Voltando à guerra que nós vivemos, torna-se um pouco claro que o seu custo é ainda maior do que nós possamos imaginar, porque a guerra tem um apetite insaciável pela morte, que ainda hoje, continua a matar, não só a quem nela participou activamente, pois as pessoas começam com sentimentos de confusão, depois move-as um longo pensamento de raiva e, finalmente, vem a indiferença. Mas aquele esgotamento escuro e emocional ainda se encontra de pé, mesmo à beira de um abismo, convidando-nos a saltar, pensando que com essa estúpida atitude, todos os sentimentos vão acabar. (...)

2 comentários:

Luís Graça disse...

Os Homens São de Marte, as Mulheres São de Vênus (em inglês: Men Are from Mars, Women Are from Venus)... é o título de um livro. de 1992, de John Gray. Há uma edição portuguesa de 2006. Nunca o li. O título é um estereótipo, mas vem a propósito do teu comentário...

Folgo em ver-te com a tua querida esposa, em Atenas... Não volto lá desde o início dos anos 90. Mas quero revisitar a Grécia, que faz parte do meu/nosso ADN cultural...

Um alfabravo. Luis

Bispo1419 disse...

Eu logo vi que tinhas sido tu quem tinha dado o pontapé de saída para "varoufakizar" os gregos, há pouco tempo atrás. Ainda por cima com o apoio duma representante do "perigo amarelo"!

Um grande abraço, meu caro AGA

Manuel Joaquim