Jorge Rosales, alf mil da 1ª CCaç Indígena, Porto Gole, 1964/66, e atual "régulo" da Tabanca da Linha
1. Mensagens de 5 do corrente de três queridos camaradas nossos, a propósito do tema "A bianda nossa de cada dia":
(i) Manuel Seròdio
A guerra não se fazia sem eles, e quando se regressava à "base" a seguir a uns dias de mato e às famosas rações de combate, comer um "pitéu" cozinhado nessas cozinhas de 5 estrelas era uma satisfação para as barrigas esfomeadas.
(ii) Vasco Pires
Pois ém Luis, Esse negócio da bianda era um caso sério. Exceto alguns poucos meses de "férias" em Ingoré, passei a maior parte da comissão em Gadamael. O abastecimento era por via marítima, de dois em dois meses, se não me falha a memória, aí quando a Lancha (LDM/LDP) não vinha, aí a memória também "patina", as coisas ficavam difíceis, apesar da improvisação do pessoal do rancho..
Em Gadamael, existiam pescadores e caçadores, contudo em quantidades insuficientes para abastecer a tropa.
Desde, logo após a minha chegada, eu e os Furrieis, fomos viver na Tabanca. Numa dessas crises, o Furriel Oliveira, cozinheiro e "gourmet, avant la lettre", montou, junto com o meu ordenança, Cabo Apontador da guarnição local, um sofisticado esquema logístico, para interceptar durante a madrugada, pescadores e caçadores, com o fim de adquirir as preciosas proteínas animais, Ter guarnição local tinha algumas vantagens.
Para manter os "canhões troando ",os operadores precisavam de proteína.
Forte abraço
Vasco Pires
Ex-soldado de Artilharia
(iii) Jorge Rosales
Luís:
Em Porto Gole, 30 homens, o problema da "bianda" estava entregue ao Furriel Victor Gregório da "556". A comida e o pão, era ele,que orientava tudo, em como bom caçador, tudo corria bem...
Fomos buscar ao Geba, pequenas pedras, que serviram para acompanhar o molho.
Este grupo, tinha o Alface, sargento do quadro, que com o seu "saber", safava sempre nos dias mais dificeis, Aí aprendi, ou refinei, o espirito de equipe, que resolve tudo.
Um abraço, Jorge Rosales
______________
Nota do editor:
Último poste da série > 9 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14589: A bianda nossa de cada dia (3): o melhor casqueiro da zona leste, amassado e cozido em forno a lenha pelo Jacinto Cristina e pelo Manuel Sobral, no destacamento da ponte Caium... Mas nem só de pão viviam os homens do 3º Gr Comb, os "fantasmas do leste", da CCAÇ 3546 (Piche, 1972/74)
Na minha memória,recordo-me que uma vez o barco não entregou farinha e fermento, e aí é que foi um problema, porque faltava o casqueiro!!!
Fomos buscar ao Geba, pequenas pedras, que serviram para acompanhar o molho.
Este grupo, tinha o Alface, sargento do quadro, que com o seu "saber", safava sempre nos dias mais dificeis, Aí aprendi, ou refinei, o espirito de equipe, que resolve tudo.
Um abraço, Jorge Rosales
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Nota do editor:
Último poste da série > 9 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14589: A bianda nossa de cada dia (3): o melhor casqueiro da zona leste, amassado e cozido em forno a lenha pelo Jacinto Cristina e pelo Manuel Sobral, no destacamento da ponte Caium... Mas nem só de pão viviam os homens do 3º Gr Comb, os "fantasmas do leste", da CCAÇ 3546 (Piche, 1972/74)
3 comentários:
ESCLARECIMENTO.
Boa noite Luis,
Cordiais saudações.
Mais de quarenta anos passados,quando tentava reconstituir a última parte da minha comissão, vinha à memória São Domingos. Com a ajuda do meu Padrinho Carlos Vinhal e dos Camaradas Delfim Rodrigues e Carlos Nóvoa BCAV 3846, conclui que tinha terminado a comissão em Ingoré.
A foto é,pois, de 1972 em Ingoré.
Forte abraço.
VP
Grande artilheiro, já está corrigido... Temos falta de uma foto tua, atual...Um abraço do tamanho do Atlântico. LG
Caro Vasco Pires, Bairradino Abrasileirado
Quando revi a foto, agora re-publicada, julguei-te fantasiado num qualquer Carnaval, não carioca, mas numa daquelas maravilhosas praias da Costa Baiana ou para o norte, polvilhadas de coqueiros..transformados em palmeiras.
Grande Abraço, desde esta região aveirense até esse imenso mundo do samba e "futibol"
JPicado
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