terça-feira, 12 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14605: Blogoterapia (270): Foi há já quarenta e um anos que essas mães e esses pais cumpriram tantas promessas pelos seus queridos filhos que partiram fardados para essas terras longínquas (Francisco Baptista)

1. Mensagem do nosso camarada Francisco Baptista (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72), com data de hoje, 12 de Maio de 2015:

Neste dia 12 de Maio de 2015 que tudo o que eu escreva possa valer como uma homenagem e uma oração a todos esses homens e mulheres que com a alma dorida e o coração desfeito chegaram a Fátima em automóveis, camionetas ou extenuados por longas caminhadas a pé, a pedir a um Deus misericordioso e à sua Mãe, e Mãe de todos os portugueses, a graça de trazer saudáveis os seus filhos, e foram tantos que tinham sido enviados pelo governo para combater em África.

Que seja uma homenagem e uma oração que congregue todos os camaradas, de diferentes religiões e todos os camaradas crentes e não crentes. Há situações na vida em que pelo nosso amor e respeito filial nos devemos curvar perante os Santos e os Deuses dos nosso pais, reconhecendo-os também como nossos.

Foi há já quarenta e um anos que essas mães e esses pais cumpriram tantas promessas pelos seus queridos filhos que partiram fardados para essas terras longínquas. Muitos não voltaram vivos, para grande desgosto deles. Outros voltaram estropiados ou muito magoados no corpo ou na alma. Era o tempo de "Fátima, Altar do Mundo", em que à frente da Igreja e do Governo, estavam dois amigos, que pareciam dar a milhões de portugueses a ilusão da guerra santa que a Pátria travava. Muitos pais e mães continuaram a cumprir essas promessas por muitos anos, alguns até a morte os levar.

Que a Senhora de Fátima em que eles acreditaram tanto lhes reserve um bom lugar no Céu e que não se esqueça também dos seus filhos vivos ou mortos.

Foto: © Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de Maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14601: Blogoterapia (269): O meu pai é o meu herói (Cristina Silva, filha do Jacinto Cristina, o "padeiro da ponte Caium", ex-sold CCAÇ 3546. Piche, 1972/74)

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