1. O nosso Camarada Fernando Chapouto, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 1426, que entre 1965 e 1967, esteve em Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, enviou-nos, a seguinte mensagem.
Camaradas,
Junto envio um veículo que foi nova modalidade na Guiné, se for interessante publiquem.
Como em alguns postes anteriores, andaram a mostrar as habilidades com bicicletas pedaleiras, motorizadas e automóveis, aí vai a nova modalidade de todo terreno… um burro.
Como apareceu em Camamudo algures em princípio de 1966, um indígena com um burro e, tal como podem deduzir, era um achado encontrar um burro por aqueles lados na Guiné e não vi mais nenhum em toda a comissão, pedi ao ilustre dono para dar uma volta para matar saudades.
Ele era tão “grande” que os meus pés quase chegavam ao chão.
Todos tiveram oportunidade de dar uma volta grátis e tirar umas fotos para guardar e um dia recordar, como eu faço de vez em quando.
Agradeci ao senhor em nome de todos com um aperto de mão e ele também ficou contente.
Foi um divertimento diferente do habitual.
Fernando Chapouto
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 1426
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Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
30 DE ABRIL DE 2015 > Guiné 63/74 - P14546: Estórias avulsas (81): Em cuecas debaixo de fogo (Carlos Alberto Cruz)
4 comentários:
Olá Camaradas
Pelas dimensões e proporções do corpo deverá tratar-se de um espécie adaptada ao clima e vivência de África.
Têm a palavra os biólogos do blog.
Reparem no tamanho da cabeça e pescoço em relação ao corpo.
Era certamente um veículo de carga que, se calhar perdeu-se, mas hoje daria jeito...
Um Ab.
António J. P. Costa
Capouto mas Bafatá era famoso pelos seus burros, não tinhas tempo para contemplares os burros de Bafatá quando visitavas a cidade uma vez que estavas em Cantacunda povoação vizinha de Bafatá.
Um dos termos que as bajudas usavam quando as chateávamos era : Bó ssuma a burro de Bafatá.
Um abraço.
Era, era!
Mas também havia quem dissesse que os burros de Bafatá tinham outros encantos, mas que só se podem dizer em blogs com bolinha no canto superior direito...
Um Ab.
António J. P. Costa
Caro Chapouto
Tal como uns camaradas escreveram de que "nem só de pão vive o Homem", parafraseando uma expressão religiosa, permite-me que te diga que "nem só de ataques, emboscadas, quantidade de munições utilizadas e armamento apreendido e baixas ao IN" se viveu na Guiné.
Por isso, a tua foto, ilustrando aspectos menos corriqueiros e menos 'familiares' à generalidade de nós (descontando, é claro, conforme se pode apreciar pelos comentários, os especialistas de Bafatá), tem todo o cabimento, tal como se pode perceber e foi uma boa iniciativa da tua parte enviá-la para publicação.
E memória futura....
Abraço
Hélder S.
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