Foto nº 1 > Bolor, rio cacheu
Foto nº 2 > Bolor, casa
Foto nº 3 > Bolor, vinho de palma e correntes
Foto nº 4 > Bolor, correntes
Foto nº 5 > Bolor, canhões
Foto nº 6 > Djufunco
Foto nº 7 > Varela, casa do homem grande
Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]
Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]
1. Mensagem do Patrício Ribeiro, com data de 31 de agosto último
[Foto à esquerda, em Farim: Patrício Riubeiro, português, natural de Águeda, criado e casado em Angola, com família no Huambo, ex-fuzileiro em Angola durante a guerra colonial, a viver na Guiné-Bssau desde 1984, fundador, sócio-gerente e director técnico da firma Impar, Lda; também conhecido carinhosamente como "pai dos tugas"]
Assunto - Fotos, Bolor, Rio Cacheu e Palha
Ao ler o bom texto do Manuel Vaz, sobre a demarcação das fronteiras da Guiné (*)...
Vem a propósito (já que ando a reler), “ A questão de Casamança e a delimitação das fronteiras da Guiné", de Maria Luísa Esteves, destinado ao IV Centenário da Fundação da cidade de Cacheu 1588-1988.
Envio, para recordarem, algumas fotos tiradas no mês de maio, de visita por terra à Tabanca, do antigo Fortim da Ponta de Bolor, que é mencionado no artigo. (Foto 1)
Era época da mudança da palha (Foto 2): ver a vedação da varanda, em paus de tarrafe, as casas naquela tabanca são autênticos fortins.
Era época das cerimónias, antes das chuvas, corria por todo o lado o vinho de palma (foto 3).
Como sabemos, esta tabanca [Bolor, no estuário do Rio Cacheu, na margem direita, e vizinha de Jufunco ou Djufunco,] está cheia de histórias:
(i) afundamento de um barco inglês e morte dos tripulantes;
(ii) morte de mais de 30 militares portugueses, envenenados por flechas e lanças;
(iii) queda de avioneta com dois franceses, que desapareceram; após muitas buscas em terra e nos rios, nunca foram encontrados...
A quem pertencem estas correntes ? (vd. foto nº 4).
Foi a pergunta que o nosso amigo Pepito (Carlos Shwarz) fez aos Homens Grandes da tabanca, nunca teve resposta … aquando do almoço nesta tabanca de dezenas de brasileiros descendentes de escravos, em 2010, em Cacheu.
Será que alguém sabe a quem pertence? (Foto nº 4).
Fotografei, nesta festa, mais ou menos 5 canhões , do tempo das caravelas, que só neste dia estavam nos largos da tabanca. (Foto nº 5)
Jovens felupes, na tabanca de Djufunco (Foto nº 6). [Falta-nos a carta, de 1/50 mil, de Jufunco, lapso nosso ou do nosso "cartógrafo" Humberto Reis...Esta região faz parte do Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu, "considerado o 5º maior parque com mancha contínua do ecossistema do mangal em África"... LG.]
Sou também um morador daquela zona desde há 20 anos, onde passo muitos fins de semana, na praia de Varela. Fiz como os outros, em maio troquei a palha, na casa do “homem grande” (Foto nº 7) (**)
Patrício Ribeiro
Impar Lda. Bissau
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Notas do editor:
(*) Vdf.poste de 27 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P15045: Como Tudo Aconteceu (Manuel Vaz, ex-Alf Mil da CCAÇ 798): IV Parte - A Guiné: O Parente pobre da Colonização Portuguesa
2 comentários:
O mais difícil em África eram os primeiros 30 anos.
"Jametum?", Patrício Ribeiro...
A propósito do afundamento de um barco inglês, refiro que os Felupes foram o primeiro povo do mundo a derrotar o famigerado corsário inglês Francis Drake, afundando-lhe um barco,ao largo de Susana e Varela, que virá a tornar-se o nosso "amigo de Peniche", no contexto da rebelião do prior do Crato contra a submissão de Portugal ao nosso rei espanhol Filipe I, negando-se a sair dessa praia marisqueira, em auxílio dos rebeldes em Lisboa, como fora contratualizado.
Mantenhas
Manuel Luís Lomba
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