quarta-feira, 29 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16249: Agenda cultural (493): Apresentação do livro do escritor e investigador da história do Barreiro, Armando Sousa Teixeira, "Antigamente da Bela Vista Viam-se os Barcos da Muleta", Casa do Alentejo, Lisboa, sexta feira, 1/7/2016, 16h00.





1. Convite enviado pelo nosso leitor, Armando Sousa Teixeira, escritor e investigador da história do Barreiro, autor ou coautor de obras como "A CUF no Barreiro, Realidades, Mitos e Contradições", "Guerra Colonial, a Memória Maior que o Pensamento”, “A Rua Direita e a Ganilha do Lado da Praia” e “Barreiro, Roteiro das Memórias da Resistência, do Trabalho e da Luta”:


Data: 26 de junho de 2016 às 03:26

Assunto: Apresentação do livro "Antigamente da Bela Vitsa viam-se os barcos da Muleta - Sexta feira, 1/7/16, 16h00, Casa do  Alentejo, Lisboa....


Caros amigos, companheiros, senhores

Por que razão depois de 300 anos de pesca épica no mar que começa onde o rio acaba, desapareceram os Barcos da Muleta com Redes da Tartaranha, sem serem substituídos no Barreiro (e no Seixal) por outros barcos oceânicos?

Porquê as tradições culturais ligadas ao meio piscatório (Queima do Judas, Cegadas, Fado Operário/Vadio), se foram perdendo até só restarem memórias indocumentadas de traços fundamentais de identidade barreirense?

O processo de implantação e de evolução do sistema capitalista nos inícios do século XX, os fenómenos migratórios associados, as movimentações sociais à volta da grande indústria, a socialização desequilibrada e reprimida nas grandes metrópoles da bacia do Tejo, estão no âmago do romance que agora se apresenta na margem direita do grande berço civilizacional, estrada de águas calmas que nos une mas por vezes também afasta.

Estaremos na Casa do Alentejo, a lindíssima e fresca casa solidária que mais uma vez nos apoia, na Sexta-Feira, dia 1/7/16, a partir das 16.00h, para apresentar o livro "ANTIGAMENTE DA BELA VISTA VIAM-SE OS BARCOS DA MULETA". [Editora Página a Página, 2016].


Haverá animação cultural com Teatro, Dança, Fado operário/vadio, Cegada e Cante Alentejano. 

Sobre o livro trocaremos algumas ideias ao entardecer com o escritor Modesto Navarro e com o militar de Abril e prefaciador, almirante Martins Guerreiro.

Serás bem recebido e não darás o tempo por mal empregado se apareceres. E traz outro amigo também! O convite-programa segue em anexo com um abraço do autor.

Armando Sousa Teixeira

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de junho de 2016 > Guiné 63/74 - P16225: Agenda cultural (485): Inauguração da Biblioteca Central da UAC - Universidade Amílcar Cabral, Bissau, 5ª feira, 23 de junho, 10h00... Doação de livros do prof Russel Hamilton, especialista norte-americano em literatura africana de expressão portuguesa, falecido em 27/2/2016

1 comentário:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Com a devida vénia à Wikipédia:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Muleta_do_Seixal


"Muleta do Seixal ou Muleta de Tartaranha é uma invulgar embarcações portuguesas, caída em desuso em finais do século XIX. Os seus portos de armamento eram o Seixal e o Barreiro, onde figura como o elemento principal no brasão destas duas cidades.

"!Embarcação de pesca de arrasto à vela, aparelhava uma arte de rede de arrasto pelo fundo em forma de saco, chamada arte de tartaranha. A sua zona de atuação limitava-se aos estuários do Tejo e do Sado e à plataforma continental entre os cabo da Roca e cabo Espichel. Pescava principalmente peixe areado (azevia, linguado e solha).

"Considerada durante muito tempo como uma embarcação de tipo romano (ou mesmo mais antiga), a moderna investigação situa-a em Portugal numa data muito mais recente (sécs. XVI-XVII). A muleta de tartaranha foi substituída nos finais do século XIX pelo bote de tartaranha, embarcação tradicional do tipo dos barcos do Tejo, que desenvolveu a sua atividade até finais da Segunda Guerra Mundial.

"Um dos aspectos mais característicos da muleta e do bote de tartarenha é o aspeto vélico, constituído por um conjunto grande de velas armadas a vante e a ré, triangulares e retangulares." (...)