1. Mensagem do nosso camarada e novo amigo tertuliano, ANTÓNIO ACÍLIO Quelhas Antunes AZEVEDO, ex-Cap Mil, CMDT da 1.ª CCAV/BCAV 8320/72 (Bula) e da CCAÇ 17 (Binar), 1973/74, dirigida ao nosso editor Luís Graça em 13 de Setembro de 2017:
Boa noite Dr. Luís Graça:
Em referência ao s/ mail de 27 de Julho último, de acordo com o solicitado, ainda que com algum atraso, envio o meu CV.
a) Nome: António Acílio Quelhas Antunes Azevedo
b) Nascimento 28.05.1943;
c) Naturalidade: Maia, distrito do Porto;
d) Habilitações académicas: Licenciatura em Engenharia Civil (que exerci como profissão liberal);
e) Actividade profissional: Técnico Superior da Direcção Geral das Alfândegas e colocado na Alfândega do Porto, de 1971 a 2004, chefiando em períodos distintos a Delegação Aduaneira de Leixões e o Sector de Controlo dos Impostos Especiais sobre o Consumo (vertente dos combustíveis);
f) Cumprimento do serviço militar obrigatório como Cadete, Aspirante Miliciano e Alferes Miliciano, entre Maio de 1966 e Setembro de 1969, sucessivamente, em Mafra (EPI), em Bragança (BCAC 3) e Porto (RI 6), período durante o qual fui obrigado a interromper a minha licenciatura;
f) Em Março de 1973, fui novamente notificado para que como Tenente Miliciano, frequentasse o curso de promoção a Capitão Miliciano (CPC), tendo em Setembro desse mesmo ano sido destacado para prestar serviço na antiga colónia portuguesa da Guiné, onde estive inicialmente a comandar, em Pete/Bula, a 1.ª Companhia do BCAV 8320/72 durante cerca de 2/3 meses, aguardando a chegada da metrópole de um novo Comandante, para depois, e durante cerca de 7/8 meses passar a comandar a CCAÇ 17, em Binar, constituída por 23 militares continentais e 144 militares naturais da Guiné;
g) Aposentado da Função Pública desde Abril de 2004;
h) Desde essa data, exerço, como voluntário, a função de Secretário da Direcção da Associação Humanitária de Matosinhos e Leça da Palmeira - Bombeiros Voluntários, prestando ainda como voluntário apoio no Serviço de Urgência do Hospital de Pedro Hispano em Matosinhos, às sextas-feiras.
Junto a um memorial construído em honra dos nossos militares que ali prestaram serviço e ali falecidos, com 2 militares da CCAÇ 17
Conversando com o Major Dick Daring, responsável pela base do PAIGC no Choquemone, localizada cerca de 5/6 quilómetros a noroeste de Binar e que ali veio várias vezes. A pedido do Comandante do BCAV 8320/72, acompanhei-o a locais onde existia população nativa junto dos nossos aquartelamentos (casos de Bula; Biambe e Bissorã)
Um forte abraço
António Acílio Azevedo
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2. Comentário do editor CV:
Caro Acílio, caro vizinho,
Bem-vindo à nossa Tabanca Grande, ponto de encontro e repositório de memórias dos combatentes da Guiné.
Uma das muitas, e "muito rígidas" normas da tertúlia, diz que entre camaradas que fomos e ainda somos, independentemente da idade; do antigo posto no tempo da Guiné, ou actual; habilitações académicas; profissão e outras possíveis e inadmissíveis, aqui, diferenças sociais, o tratamento é por tu. Entre nós os dois, particularmente, que nos conhecemos há algum tempo, vamos manter a forma como nos tratamos em Leça.
Voltando à norma, na próxima vez que se dirija ao Luís, tem de abolir o "doutor" e tratá-lo com o como mandam as NEPs, ou seja por tu, como toda a malta faz. Posso garantir que esta forma não acarreta menos respeito mútuo, antes aproxima e permite uma troca de ideias mais franca e desinibida.
Claro que é um prazer ser eu a receber o Acílio na nossa Caserna Virtual, onde espero que encontre um lugar confortável, a partir do qual possa comentar, sempre que achar oportuno, as publicações que diariamente saem na nossa página. Há já algum tempo que nos vamos encontrando com alguma frequência, seja no Núcleo de Matosinhos da LC, seja nas diversas cerimónias públicas que se vão organizando em Leça e em Matosinhos, relacionadas, sempre, com a condição de combatentes. Como vizinhos, já que moramos a escassas centenas de metros um do outro, também vamos dando dois dedos de conversa de vez em quando.
Se a memória não me atraiçoa, na nossa tertúlia constam os nomes dos seguintes leceiros (residentes): Abel Santos, António Sampaio, António Maria, Ernesto Ribeiro, José Carlos Neves, Ribeiro Agostinho, Carlos Vinhal e agora o Acílio Azevedo. Recentemente ficámos sem o nosso amigo José Eduardo Alves (o Leça, como era conhecido na sua Companhia).
Se faltar alguém que se acuse.
Para que conste, o Acílio é um frequentador assíduo da Tabanca de Matosinhos, e muito recentemente visitou a Guiné-Bissau integrado num grupo de malta que quis ir matar saudades e reencontrar amigos.
Essa visita deu origem a um trabalho do Acílio que já nos chegou às mãos. Vamos em breve começar a publicá-lo, conforme combinado com o Luís Graça, faltando, ao que sei, alguns pormenores quanto à origem de algumas das fotos lá apresentadas. Na verdade, no Blogue temos sempre o cuidado de respeitarmos a propriedade intelectual do material publicado.
Caro Acílio, acho que está tudo dito, este blogue, nas pessoas dos seus editores, fica ao dispor para receber e publicar fotos e textos, fruto da sua vivência por terras da Guiné, naqueles tempos mais conturbados antes da independência.
É da praxe deixar um abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores. Aqui fica.
Abraço pessoal do
Carlos Vinhal
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Nota do editor
Último poste da série de 5 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17734: Tabanca Grande (445): José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017), o mítico comandante Pombo... Nosso grã-tabanqueiro, a título póstumo, fica connosco, à sombra do nosso sagrado poilão, sob o nº 752
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