quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17763: Estórias do Juvenal Amado (57): Lisboa aqui tão perto... da "Ginjinha" do Rossio ao fórum Tivoli, onde fui assistir ao lançamento do novo livro do José Saúde, "AVC - Recuperação do guerreiro da liberdade"



Foto nº 1 > Lisboa > Avenida da Liberdade > Fórum Tivoli nº 180, 1º piso > Chiado Café Concerto > 10 de setembro, domingo, 17h30 / 19h00 > Sessão de lançamento do livro do José Saúde, "AVC - A recuperação do guierreiro da liberdade" (*) > Na mesa, o autor, a representante da Editora e o nosso apresentador, o nosso editor Luís Graça.


Foto nº 2 >  Lisboa > "A Ginjinha" > Largo de São Domingos, 8, Rossio > Uma verdadeira "instituição" (1)..


Foto nº 3 > Lisboa > "A Ginjinha" > Largo de São Domingos, 8, Rossio > Uma verdadeira "instituição" (2)...


Foto nº 4  >  Lisboa > Largo de São Domingos > Igreja de São Domingos > O largo é o local de encontro das mais "desvairadas" gentes de Lisboa, nomeadamente estrangeiros, e oriundos da África Lusófona...



Foto nº 5  > Lisboa > Av Liberdade > "Lisboa é uma festa"...


Fotos (e legendas) : ©  Juvenal Amado (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem comnplementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



Lisboa Aqui Tão Perto
Juvenal Amado e José Saúde, Lisboa, 10/9/2019.
Foto de Luís Graça


por Juvenal Amado (**)


ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74; autor de "A Tropa Vai Fazer de Ti um Himem....Guiné 1972/74" (Lisboa, Chiado Editora, 2016); natural de Alcobaça,  vive hoje na Amadora]






Domingo,  dia 10 de setembro,  desloquei-me à avenida da Liberdade, em Lisboa,  para dar um abraço ao José Saúde e assistir ao lançamento do seu novo livro.

Foi bem cedo e assim aproveitei para andar por ali e acabei por chegar ao Rossio . Os turistas estão por todo o lado, em grupos aos pares e até sozinhos com as suas roupas leves, muitos com filhos às costas ou ao peito, param pelas esplanadas e até ao redor doas estátuas.

Jovens sentam-se despreocupadamente, felizes digo eu, que no nosso tempo não tivemos condições para ir por essa Europa fora de mochila ou comboio, pelas razões que sabemos.

Na Ginjinha tive de me esforçar para chegar ao balcão e recordar o momento em que o meu pai me lá levou. Não me lembro quanto custava, mas 1,40 € é agora o preço da degustação. Está claro que,  ao bebê-la,  veio-me à lembrança o sabor da melhor ginja do mundo e arredores, que é a do David Pinto, de Alcobaça, até há pouco tempo senão ainda, feita no segredo dos deuses pelo João Serafim, ainda primo direito do meu sogro. Mas é assim primos, primos, segredos da famosa ginja à parte.

Mas deixando Alcobaça, enquanto bebericava o licor deixando os dois pequenos frutos para o fim, apreciei o que se passava no largo S. Domingos, com os grupos de mulheres e homens grandes em conversa ou a venderem cola e pequenos sacos de mancarra e castanha de cajú. Usam as mesmas roupas, sinal que devem manter muitos dos seus hábitos familiares e domésticos. Com alguma estranheza minha, não são alvo da curiosidade dos turistas, vá-se lá saber porquê.

 Entretanto com o aproximar das horas, desloquei-me pela rua Portas de Santo Antão, passei a outro local da minha juventude onde algumas vezes dividi um bife à Come & Bebe também com o meu pai. Passei pelo Coliseu, Politeama, o ex-cinema Condes, onde existe hoje o café da moda Hard Rock e voltei a subir direito ao centro comercial Tivoli, parando para ver uma esplanada onde se dançava. A música brasileira era sensual e muito apelativa. Está claro que não parei por lá muito tempo, pois sou hoje detentor de dois pés esquerdos, o que não me favorece nas danças de salão.

Finalmente chegado, lá me deparei com um grupo onde pontuava o Luís Graça e o José Saúde, mais tarde também o Cláudio Moreira. Foi excelente a apresentação do Luís no tema que também lhe é caro como profissional de saúde, o descobrir que são acometidos dessa doença 3 portugueses por hora e que é a primeira causa de morte em Portugal.

Seguidamente falou o José e foi um momento de muito sentir ouvi-lo falar na primeira pessoa do percurso, da sua luta, das suas vitórias. Também os doentes criaram uma organização de apoio aos atingidos por esta terrível e incapacitante maleita (AVC Portugal), que aconselha e encaminha os doentes para as suas reabilitações.

Foi um bocado bem passado e daqui faço votos para o José Saúde, continue com a mesma força, que o retirou do reino da morte e o trouxe até nós com a força de sobrevivente, que nos deixa o relato da sua odisseia e nos ensina a continuar a luta pese o sofrimento.

Bem hajas, José,  pela a tua partilha.

No regresso para casa no metro, iam duas adolescentes com a cara completamente pintada de azul, deu-me vontade rir e pensei, Lisboa é Liiiiiiiiiiiinda, como diz o pregão e... é uma festa.

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Notas do editor:

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