quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19540: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXIV: Memórias do Gabu (II)


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 1A > 4º trimestre de 1967 > Edifício do comando e do Conselho Administrativo.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 1 > 4º trimestre de 1967 > Edifício do comando e do Conselho Administrativo, de estilo colonial, tal como encontramos, com paliçadas e bidões de protecção, ruas esburacadas e em terra batida, com pó ou lama. Foto tirada a partir dos CTT da outra esquina.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 3A > 4º trimestre de 1967 > >  Rua Principal da vila


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 3 > 4º trimestre de 1967 > Rua Principal, cheia de gente, mas sem carros. Verifica-se um movimento de pessoas locais e não só, com as suas bicicletas, a maioria a pé, com os seus bebés às costas, e não se vê aqui no centro, mulheres despidas.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 4A > 4º trimestre de 1967 > Passeio de bicicleta em dia de domingo.



Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 4 > 4º trimestre de 1967 > Um passeio de Bikla no Domingo, numa rua bem arranjada. São pequenas vivendas, moranças,  para a população local, numa época de criar melhores condições de alojamento e habitação.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 9 >  Janeiro de 1968  > O Posto de abastecimento da velhinha ‘SACOR’. Sendo uma vila  já importante [, cidade só era Bissau...]  tinha a bomba de gasolina, só não sei se era para os civis, ou a ‘bomba’ da tropa. Devo ter abastecido lá a minha motorizada.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 15A >  c. Janeiro / fevereiro de 1968  > A  cerimónia  do hastear da  Bandeira Nacional. 


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 15 >  c. Janeiro / fevereiro de 1968  > A  cerimónia cheia de significado da continência à Bandeira Nacional. Trata-se do hastear da bandeira, pela manhã, depois o arrear era às 18 horas, já quase noite. Hoje onde se vê disto? Em Bissau, por exemplo, toda a gente em sentido, até na Estrada principal, paravam os carros e saiam as pessoas com destino ou vindas de Bissau, a passar em Brá.


Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Foto nº 14 A >  4º trimestre de 1967 > Vista aérea da cidade e quartel de Nova Lamego.  O avião – Dakota – a fazer-se à pista à sua frente, não se conseguem ver bem os contornos nem da cidade nem das ruas, nem casas nem quartel, só a pista.

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)



(**) Vd. poste anterior > 18 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19503: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXII: Memórias do Gabu (I)

6 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, confesso a minha ignorância: desconhecia o termo... Bikla!... Já havia "bikla", "bikes"... nesse tempo ? A tua devia ser uma "pasteleira", não ?... Boa noite, LG

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Os postos de gasolina serviam a população civil, os comerciantes e outros que tinham viaturas automóveis, camionetas, etc... Eram raros os automóveis civis no leste... Mas em Bafatá havia pelo menos um posto de abastecimento de gasolina... da MOBIL.

Mas eram os petroleiros da SACOR que abasteciam a província...Quando havia petroleiro da SACOR em Bissau, havia bacalhau em Bambadinca... O pai do Tony Levezinho mandava-nos regularmente a sua encomenda de bacalhau e outras iguarias... Tive o privilégio de ainda o conhecer depois da vir da Guiné... LG


25 DE ABRIL DE 2013
Guiné 63/74 - P11469: Álbum fotográfico do Leopoldo Correia (ex-fur mil, CART 564, Nhacra, Binar, Teixeira Pinto, Mansoa, 1963/74) (2): Mais fotos de outros tempos (1958/61) : Bafatá, Olossato, Capé...

Anónimo disse...

Alguns comentários,

- eu escrevi Bikla! - isto é bikla, sem ponto de interrogação. A minha bikla - termo que eu conheci só quando os meus filhos passaram a ter a sua «bikla» , ou «bike». Aquela de NL nem era minha, devia ser do Morteiros.
- Estive a ver o Poste de Leopoldo Correia, com fotos de outros tempos, ninguém fazia ideia como era aquela vida na Guiné, antes da guerra, e o comércio da Casa Gouveia, e o bigode do 'Clark Gable'!

- Uma observação pertinente, que já tinha ideias de comentar há muito tempo: Nos anos 50 em diante, até não sei quando, a malta usava as meias «brancas» e sapato preto. Eu usei e tenho ainda algumas fotos com elas, mas pelos vistos usava-se cá e lá e eu lembro-me que até gostava. Hoje e já há muitas luas, acabaram-se as meias brancas, a não ser para ginástica e Ténis. Eu fui dos últimos a abandonar, só depois dos meus filhos e mulher me massacrarem bem a cabeça, é que acabei com elas, uma recordação dum passado de modas. Agora é só azul escuro, no máximo pretas.

- Quem é o Tony Levezinho?

- Os petroleiros da SACOR quando chegavam a Bissau, no meu tempo, na Bomba da Avenida já se faziam filas para a gasolina, com carros, camiões, motorizadas, entre as quais a minha que nem sempre tinha gasolina para ela.

- Mas, em 1984/ 85 já era a GALP a abastecer a Guiné, e lembro-me tão bem que, quando se avistava um petroleiro ao longe, aquela malta, não eu que não tinha meio de transporte próprio, corria toda para a mesma Bomba da Avenida, já ali se faziam «bichas, ou filas» de viaturas, que davam várias voltas ao quarteirão, ficavam ali paradas dias e dias a ganhar o seu lugar à espera da gasolina. Pena não ter tirado umas fotos, era incrível aquilo.

Como é que um povo, uma nação poderia desenvolver-se com falta de tudo?

Abraço,
Virgilio Teixeira



Valdemar Silva disse...

Virgílio
Mais umas interessantes fotografias de Nova Lamego.
É, também, interessante ver/rever aquelas ruas tão movimentadas. Não me recordo de ver os 'gorco' de bicicleta e não era vulgar ver bajudas ou as 'depo' de mamas ao léu, nas ruas centrais.
Realmente, quando tocava o hastear ou arrear a Bandeira parava tudo e nem sequer era tocado o Hino Nacional. Também fiz, com o meu Pelotão, uma cerimónia exatamente no mesmo local da tua foto, mas, julgo, por ter sido ao nível de um Pelotão, ser por outra razão. Não me lembro se foi uma visita do Spínola, mas lembro-me que houve um 'apresentar armas' e eu ter sido o Cmdt. do Pelotão, por o Alf. Pina Cabral estar com problemas de saúde ou, se calhar, de férias.
Essa das meias brancas também passei por isso, mas na parte final da moda já se era comentado com a pergunta: é pá, caíste nalgum alguidar de cal?
Venham mais fotos.
Ab.
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Obrigado Valdemar, és o unico a comentar as fotos de NL, não esqueças que há um lapso grande de tempo, entre a minha saida e a tua do Gabu, muita coisa mudou.


Não me recordo de ver os 'gorco' de bicicleta!! O que é o 'gorco'??

e não era vulgar ver bajudas ou as 'depo' de mamas ao léu, nas ruas centrais. É verdade só nos arredores, nas tabancas, as lavadeiras, etc,

A cerimónia que se vê era realizada duas vezes por dia, hastear e arrear a bandeira. Em toda a parte por onde e passei. Talvez em localidades mais pequenas não fosse assim, mas nas sedes dos comandos era ponto assente, e eu que o diga...

As meias brancas, esqueci-me de dizer, mais tarde, fora de moda, eram conotadas como usadas por 'azeiteiros' aqui para os lados do Porto.

Abraço, e seguem mais fotos dentro de momentos.

Virgilio Teixeira




Valdemar Silva disse...

Virgílio
Em fula:
- mauro gorco = homem grande, gorco = homem;
- sugar depo = mulher nova, depo = mulher.
Não esquecer que os soldados a minha CART11 era todos fulas, mas o nosso Prof. Cherno Baldé saberá explicar muito melhor que eu.
A cerimónia de hastear e arrear a Bandeira era feita todos os dias em todo o lado, com excepção de pequenos destacamentos a nível de Pelotão.
Amanhã que ganhe o melhor... e que o melhor seja o Glorioso SLB.
Ab.
Valdemar Queiroz