quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20200: Agenda cultural (704): lançamento de livro de João Cabral Pinto, "Guerra na Pele – As tatuagens da guerra colonial"... Data: próximo dia 26 de outubro; local: Biblioteca Natália Correia, Rua do Rio Cávado 3, em Carnide, Lisboa.


Capa do livro "Guerra na Pele – As tatuagens da guerra colonial", de João Cabral Pinto,
conceção gráfica de Mário Pais, ediçao de autor, 2019.




1. Mensagem do nosso leitor João Cabral Pinto;

De: Joao Cabral Pinto <jcabralpinto@hotmail.com>

DatA_: quarta, 2/10/2019 à(s) 11:05

Assunti: Convite para lançamento de livro «Guerra na Pele – As tatuagens da guerra colonial»



Ex.mos Srs. [Editores]

Tenho o maior prazer em convidar V. Exas para o lançamento e apresentação do meu livro, evento que se vai realizar em duas datas e locais diferentes:

(i) Lançamento: dia 26 de outubro às16H, na Biblioteca Natália Correia - Carnide, Rua do Rio Cávado, Lisboa

(ii) Apresentação: dia 24 de novembro, às 16H, na Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericeira.

Muito obrigado,

Com os melhores cumprimentos,

João Cabral Pinto


2. Sinopse do livro:

“Fruto da colaboração de militares veteranos, «Guerra na Pele – As tatuagens da guerra colonial» é um contributo para o estudo da tatuagem em Portugal que consiste na divulgação de um trabalho de campo de pesquisa iconográfica independente levado a cabo durante cerca de quinze anos, que teve como objectivo resgatar e preservar para memória futura um conjunto de imagens de tatuagens realizadas por militares das Forças Armadas Portuguesas durante o período da guerra colonial em África de 1961 a 1974.”

João Cabral Pinto







Lourinhã > Praia da Areia Branca > 6 de julho de 2015 > Braço tatuado de um veraneante que foi nosso camarada no TO da Guiné > Costuma passar férias na Praia da Areia Branca, já o encontrei pelo menos três vezes. Chama-se António Baraçal, "Tony", é lisboeta de gema, e trabalha ou trabalhou na EPAL. Diz que pertenceu a uma companhia de comandos. Não lhe ocorreu o nº da companhia, Esteve no TO da Guiné entre janeiro e outubro de 1974. "Fui lá fechar a guerra".

O Tony disse-me que estas tatuagens eram feitas a 4 agulhas... Não tive tempo para perceber a técnica (que não era muito apurada, a avaliar pelo traço grosso) e fazer-lhe mais perguntas... Embora simples, o padrão icónico é diferente de alguns que tenho visto: uma morança e um coqueiro erguidos numa ilhota .. Por baixo tem os dizeres: "Guiné-74 Tony". Estamos a falar do braço direito. No braço esquerdo, há apenas uma vulgaríssima tatuagem com os dizeres "Amor de pais"...




Lourinhã, 12 de agosto de 2018 > 10º encontro dos ex-combatentes do Seixal, participantes na guerra colonial > A tatuagem do João Patrício, da Areia Branca, DFA. m DFA - Deficicente das Forças Armadas (com 36,6% de deficiência)... Pertenceu à CART 1526, e foi gravemente ferido na mata do Ingoré, com uma bala alojada perto do coração... Mostrou-me a "medalha" e também a sua tatuagem.

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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Nota do editor:

3 comentários:

Valdemar Silva disse...

A propósito das tatuagens da guerra feitas com as agulhas e ficarem gravadas para sempre, lembro-me da tatuagem 'AMOR DE LINA Guiné 1967'.
Parece que a Lina da tatuagem era outra Lina.
E que a desculpa foi sempre a mesma:
-Ó Lina ainda não te conhecia, mas já estavas no meu pensamento.

Valdemar Queiroz

p.s. conheci esta situação pessoalmente.

João Carlos Abreu dos Santos disse...

... citando:
- «Diz que pertenceu a uma companhia de comandos. Não lhe ocorreu o nº da companhia, Esteve no TO da Guiné entre janeiro e outubro de 1974.»
1.- Nenhum militar que tenha servido numa "Companhia de Comandos", se esquece de qual o número da companhia;
2.- Aliás, nenhum militar que tenha servido no Ultramar se esquece de qual o número da sua companhia;
3.- Nenhuma "Companhia de Comandos" esteve destacada no teatro-de-operações da Guiné "entre Janeiro e Outubro de 1974";
4.- Nenhuma "Companhia de Comandos" permaneceu naquele teatro-de-operações após 04Jul1974.

Carlos Vinhal disse...

Como este nosso camarada não se lembra da identificação da sua Unidade, no mínimo estranho, talvez tivesse feito parte de uma Companhia de Comando e Serviços de algum Batalhão, e esteja a fazer confusão com a permanência numa Companhia de Comandos, tipo a brava 38.ª que atravessou lá o 25 de Abril depois da passar as passas do Algarve, e que regressou à Metrópole só em Junho de 1974, ou a estranhíssima CCOM 4041/73 que foi para a Guiné em Maio de 1974, onde até fez treino operacional e tudo. Já agora, alguém os avisou que a guerra já tinha acabado? É que passado mês e meio voltaram para casa. Alguém ganhou mais uma medalha ou pelo menos um louvor.
Carlos Vinhal
CART 2732
Guié, 1970/72