Capa do Livro de Banda Desenhada de A. Vassalo (*)
C O N V I T E
DISSERTAÇÃO SOBRE A OPERAÇÃO "MAR VERDE"
Cartaz oficial do evento
Capa do livro do António José dos Santos Silva, "CIOE: DA GUERRA DO ULTRAMAR AOS DIAS DE HOJE" (Lisboa: Nova Arrancada, 2002 173 pp.)
Caras Amigas e Caros Amigos!
Nos 50 Anos (1970-2020) da Invasão da Guiné-Conacri, pelas Forças Armadas Portuguesas, o GRUPO VIRIATOS e ANTÓNIO JOSÉ DOS SANTOS SILVA têm a honra de os CONVIDAR para a Dissertação em cima anunciada.
Entrada Livre.
Como em casos similares, não existem cadeiras que sejam previamente sujeitas a qualquer tipo de marcação.
Melhores Cumprimentos.
GRUPO VIRIATOS
ANTÓNIO JOSÉ DOS SANTOS SILVA (**)
____________
Notas do editor
(*) O [António M.] Vassalo Miranda, nascido em Vila Franca de Xira, em 1941, tem seis referências no nosso blogue: foi furriel mil 'comando', participou na Op Tridente, é um veterano da Guiné, c. 1963/65. Passou também por Angola. Como civil, viveu algum tempo em Moçambique, na Rodésia (hoje Zimbábuè) e na República Sul-Africana. É amigo do Virgínio Briote, do João Parreira, do Mário Dias... E é grande criador de banda desenhada infelizmente com problemas de saúde ocular. Infelizmente, também, não faz (ainda) parte da nossa Tabanca Grande.
(**) Último poste da série de 22 de janeiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20583: Agenda cultural (723): Exposição de fotografia do nosso camarada Renato Monteiro, "Festas de N. Sra. da Troia", sábado, 25 de janeiro, 16h00, em Setúbal, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS)
1 comentário:
19 DE MAIO DE 2014
Guiné 63/74 - P13162: Notas de leitura (592): "Operação Mar Verde" em banda desenhada, por A. Vassalo (Mário Beja Santos)
O autor descreve os acontecimentos da “Mar Verde”, a partir das oito horas da noite de 20 de novembro, envolvendo lanchas, 200 elementos dissidentes, uma companhia de Comandos africana e um destacamento de fuzileiros especiais, o 21, também africano. A banda desenhada elucida o evoluir das diferentes fases das operações, a destruição das lanchas, as 7 explodiram, conforme o previsto. Seguiu-se o avançar dos Comandos sobre a prisão onde estavam os 26 militares, o ataque às instalações do PAIGC, a tentativa de assassinato de Sékou Touré a que se seguiria o ataque ao campo da milícia popular de Conacri. A prisão é assaltada e os prisioneiros libertados; outro grupo irrompe nas instalações do PAIGC, destroem casas, fazem alguns mortos e rebentam com viaturas. Sékou Touré não se encontra em Villa Silly, dirigem-se então para o campo das milícias populares que puseram a ferro e fogo. (...)
(...) Noutra vaga vão 40 Comandos que se aproximam da guarda republicana, a força da elite de Sékou Touré, provocam imensos estragos e libertam 400 presos do regime. Uma outra equipa, composta por 10 Comandos e um engenheiro eletrotécnico dissidente, dirigiu-se à central elétrica, desligou a iluminação e deixou a cidade na escuridão. Outra equipa composta por Comandos e dissidentes dirigiu-se ao campo militar de Samory onde se travou uma luta renhida, ficaram os dissidentes que resistiram à tentativa de reocupação pelas tropas leais a Sékou Touré e acabaram por ser chacinados. A equipa que recebera a missão de calar a rádio Boudinet andou à deriva, isto enquanto outra força atacava uma coluna de blindados com relativo êxito. Calvão vem a terra já que a rádio Boudinet não se calava. A equipa que recebera a missão de destruir os MIG-17 encontrou o aeroporto só com aviões civis. Uma notícia que cai que nem uma bomba: o tenente Januário desertara com 20 dos seus homens. Como escreve o autor na banda desenhada, Januário perpetrara esta deserção, arrastou consigo vinte dos seus homens. Finda a operação Mar Verde, fez declarações na rádio comprometendo Portugal. Sékou Touré foi implacável, mandou fuzilá-los a todos. No turbilhão instalado em Conacri, segmentos da população vitoriam o golpe. Mas as forças atacantes não podem esperar mais, destroem pistas comprometedoras, reembarcam. Calvão tivera tempo para verificar que os dissidentes não tinham a implantação que apregoavam. Diz o autor: “O resultado desta operação foi espetacular, e enuncia os objetivos alcançados com plena execução”. Terminando assim: “Que se calem os velhos do Restelo”. Na reta final da banda desenhada ainda deixou outro elogio: “Terminara a única operação realizada pela nossa Armada desde a batalha de São Vicente (1833) com implicações de ordem estratégica, com possibilidades de alterar o curso de uma guerra. Foi também, a última ação em que os portugueses tiraram partido do domínio dos mares, para tentar ganhar uma guerra”.
Tanto quanto sei, é a única banda desenhada referente a feitos que se realizaram na guerra da Guiné.
Enviar um comentário