1. O nosso Camarada Daniel Mário dos Santos Jacob Pestana, ex-Alf. Mil. de Op. Especiais, CCAÇ 4641/72, enviou-nos um pedido para se juntar a nós, nesta grande tabanca virtual e um apelo.
O meu nome é: Daniel Mário dos Santos Jacob Pestana, e fui Alferes miliciano de Op. Especiais (no 3º turno de 1972). Prestei serviço CCaç 4641/72 (Mansoa e Bissau na Comissão de extinção da Pide/ DGS), tendo regressado em Setembro/74.
Nesta primeira mensagem, solicito a ajuda possível,
tendo em vista a localização de um ex-militar Africano, que estava colocado em
Mansoa, Era, salvo erro, 2º Sargento do quadro permanente, de nome
Jaló, e vendia gado, que vinha do Senegal, para a nossa tropa.
Foi
a ele que alugámos uma casa ao lado da sua residência de família, onde eu vivi
durante uns meses com a minha mulher.
A
mulher dele era Fula, de nome Lama, e, apesar da barreira da língua,
entendia-se perfeitamente com a minha mulher. Tinham três filhos pequenitos,
que eram o encanto da minha mulher.
Gostávamos
muito de os reencontrar, mas até à data não temos tido sucesso. Ficarei, desde
já, agradecido por qualquer informação sobre a sua actual localização. Nesta primeira mensagem, solicito a ajuda possível,
tendo em vista a localização de um ex-militar Africano, que estava colocado em
Mansoa, Era, salvo erro, 2º Sargento do quadro permanente, de nome
Jaló, e vendia gado, que vinha do Senegal, para a nossa tropa.
A
mulher dele era Fula, de nome Lama, e, apesar da barreira da língua,
entendia-se perfeitamente com a minha mulher. Tinham três filhos pequenitos,
que eram o encanto da minha mulher.
Um abraço, camaradas.
ex-Alf Mil Op Esp/RANGER da CCaç 4641/72
Mini-guião de colecção particular: © Carlos Coutinho (2011). Direitos
reservados.
___________
Nota de M.R.:
Vd. último poste
desta série em:
4 DE FEVEREIRO DE 2020 > Guiné 61/74 - P20622: Tabanca Grande (490): Luiz Farinha, ex-alf mil, STM Auto, CCS/BCAÇ 3832 (Mansoa, dez 1970 / fev 1973), psicólogo clínico aposentado, escritor: senta-se à sombra do nosso mágico e fraterno poilão, no lugar nº 803 (*)
(*) O último
camarada a entrar para a Tabanca Grande, foi o Luiz Farinha, ex-alf mil, STM
Auto, o nº 803, a seguir ao o Libório Tavares, ex-alf mil capelão, embora a título póstumo (nº 802).
3 comentários:
Caro Camarada Daniel Pestana
A pessoa em causa só pode ser o 2.º Sarg Mil Augusto Ali Jaló, que pertenceu e possivelmente no teu tempo ainda pertencia ao Pel Caç Nat 58, que no meu tempo (1970/71) era um dos Pel Caç Nat de reforço à CCaç 2589. De facto era, segundo julgo Futa-fula, filho de um importante lider religioso da Zona Leste de nome Mama Ingari habitante em Cambor (?). Foi dos que escapou na fatídica emboscada de 12 de Outubro de 1970 entre Braia e Infandre, que apesar de ferido conseguiu esconder-se num buraco tapado pela vegetação, não sendo assim capturado apesar da grande "caça" que lhe fizeram, pois era um Homem "marcado" pelo PAIGC, dada a grande influencia e importância que tinha face aos africanos.
Conseguiu escapar após a independência, uma vez que "tinha a cabeça a prémio" com se costuma dizer, chegando ao Senegal e por lá andando fugido até conseguir chegar a Lisboa.
Quando tive conhecimento disto ainda tentei contactá-lo pelo n.º do Tlm que me deram, apesar de me avisarem que não conhecendo ele o meu n.º não atenderia, como de facto aconteceu. O meu informador, camarada dessa minha Companhia também já lhe tinha perdido o rasto, uma vez que ele, mesmo em Lisboa, não "parava" muito tempo no mesmo sítio por se saber perseguido.
Em todos os almoços da Unidade pergunto por ele aos poucos camaradas do sul que ainda restam, mas até hoje não há mais informações sobre ele.
Sê bem vindo e Abraço de um também "Mansoanca"
Jorge Picado
Muito obrigado Jorge Picado,
Um abraço camarada
Pela primeira vez aparece uma indicação de um guineense ex-militar no nosso exército, que teve de fugir após a independência como medo de ser morto pelo PAIGC, conseguir chegar a Portugal e por cá continuar ser perseguido e andar com medo de represálias.
Muitos guineenses ex-militares do nosso exército fugiram e alguns cá chegaram, e nunca houve, que eu saiba, nenhuma 'acção secreta' de represália contra eles.
Veja-se a situação do conhecido Marcelino da Mata, de quem nunca se ouviu dizer ter tido uma tentativa de atentado.
Valdemar Queiroz
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