Cesário Verde, por Columbano (1887)
NÓS
I
Foi quando em dois verões, seguidamente, a Febre
E o Cólera também andaram na cidade,
Que esta população, com um terror de lebre,
Fugiu da capital como da tempestade.
Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas
(Até então nós só tivéramos sarampo)
Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas
Que ele ganhou por isso um grande amor ao campo!
Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:
O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;
Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos
Morreram todos. Nós salvamo-nos na fuga.
Na parte mercantil, foco da epidemia,
Um pânico! Nem um navio entrava a barra,
A alfândega parou, nenhuma loja abria,
E os turbulentos cais cessaram a algazarra.
Pela manhã, em vez dos trens dos baptizados,
Rodavam sem cessar as seges dos enterros.
Que triste a sucessão dos armazéns fechados!
Como um domingo inglês na "city", que desterros!
Sem canalização, em muitos burgos ermos
Secavam dejeções cobertas de mosqueiros.
E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,
Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!
Uma iluminação a azeite de purgueira,
De noite amarelava os prédios macilentos.
Barricas de alcatrão ardiam; de maneira
Que tinham tons d'inferno outros arruamentos.
Porém, lá fora, à solta, exageradamente,
Enquanto acontecia essa calamidade,
Toda a vegetação, pletórica, potente,
Ganhava imenso com a enorme mortandade!
Num ímpeto de selva os arvoredos fartos,
Numa opulenta fúria as novidades todas,
Como uma universal celebração de bodas,
Amaram-se! E depois houve soberbos partos.
Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,
Triste d' ouvir falar em órfãos e em viúvas,
E em permanência olhando o horizonte em brasa,
Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.
Ele, dum lado, via os filhos achacados,
Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!
E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,
E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!
E o campo, desde então, segundo o que me lembro,
É todo o meu amor de todos estes anos!
Nós vamos para lá; somos provincianos,
Desde o calor de maio aos frios de novembro! (...)
Excertos, NÓS - I, in "O Livro de Cesário Verde: 1873-1886, posfácio e fixação de texto, António Barahona. Edição definitiva. Lisboa: Assírio & Alvim, 2004, pp. 98.100. (Com a devida vénia...)
1 Hoje celebra-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Pela primeira vez!.. A data foi consagrada, em novembro passado, pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
I
Foi quando em dois verões, seguidamente, a Febre
E o Cólera também andaram na cidade,
Que esta população, com um terror de lebre,
Fugiu da capital como da tempestade.
Ora, meu pai, depois das nossas vidas salvas
(Até então nós só tivéramos sarampo)
Tanto nos viu crescer entre uns montões de malvas
Que ele ganhou por isso um grande amor ao campo!
Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:
O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;
Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos
Morreram todos. Nós salvamo-nos na fuga.
Na parte mercantil, foco da epidemia,
Um pânico! Nem um navio entrava a barra,
A alfândega parou, nenhuma loja abria,
E os turbulentos cais cessaram a algazarra.
Pela manhã, em vez dos trens dos baptizados,
Rodavam sem cessar as seges dos enterros.
Que triste a sucessão dos armazéns fechados!
Como um domingo inglês na "city", que desterros!
Sem canalização, em muitos burgos ermos
Secavam dejeções cobertas de mosqueiros.
E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,
Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!
Uma iluminação a azeite de purgueira,
De noite amarelava os prédios macilentos.
Barricas de alcatrão ardiam; de maneira
Que tinham tons d'inferno outros arruamentos.
Porém, lá fora, à solta, exageradamente,
Enquanto acontecia essa calamidade,
Toda a vegetação, pletórica, potente,
Ganhava imenso com a enorme mortandade!
Num ímpeto de selva os arvoredos fartos,
Numa opulenta fúria as novidades todas,
Como uma universal celebração de bodas,
Amaram-se! E depois houve soberbos partos.
Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,
Triste d' ouvir falar em órfãos e em viúvas,
E em permanência olhando o horizonte em brasa,
Não quis voltar senão depois das grandes chuvas.
Ele, dum lado, via os filhos achacados,
Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!
E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,
E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!
E o campo, desde então, segundo o que me lembro,
É todo o meu amor de todos estes anos!
Nós vamos para lá; somos provincianos,
Desde o calor de maio aos frios de novembro! (...)
Excertos, NÓS - I, in "O Livro de Cesário Verde: 1873-1886, posfácio e fixação de texto, António Barahona. Edição definitiva. Lisboa: Assírio & Alvim, 2004, pp. 98.100. (Com a devida vénia...)
1 Hoje celebra-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Pela primeira vez!.. A data foi consagrada, em novembro passado, pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Por azar, a primeira vez que se celebra a data, esta coincide com a pandemia de COVID-19. Não haverá grandes ajuntamentos na rua ou nos salões... Mas temos as redes sociais, a Internet, o nosso próprio blogue, Luís Graça & Camaradas da Guiné, para podermos celebrar em conjunto esta efeméride com todos os nossos amigos e camaradas que vivem quer em Portugal, quer mais a norte ou mais a sul, a leste ou oeste da pátria de Camões e de Fernando Pessoa.
O Português é a língua que nos une, a todos nós, os mais 260 milhões de lusófonos, sendo língua oficial de 9 países em 4 continentes: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. É também língua oficial da Região Administrativa Especial da Macau, República Popular da China. É língu mais falada no hemisfério sul. Além disso, estimam-se em 7 milhões o nímero de pessoas que falam português e vivem fora de seus países de origem, na diáspora... Por fim, e não menos importante, haverá, em todo mundo, cerca de 4 dezenas de crioulos, de origem portuguesa... Sem paternalismos nem colonialismos, podemos dizer que nós, portugueses, os nossos antepassados, abriram a primeira estrada da globalização, com a "aventura marítima", e ajudaram a dar "mais mundos ao mundo"...
É verdade que nem todos os macaenses ou todos os guineenses ou timorenses ou moçambicanos dominam a língua portuguesa, escrita e falada. Os mais privilegiados, como nós, temos a obrigação de proteger e promover a língua de todos nós, a língua com que dizemos liberdade, com que cantamos a saudade ou com que expremimos os sentimentos de amor, amizade, camaradagem, compaixão, empatia, solidariedade...
O meu pequeno contributo, para este dia, é o de reproduzir aqui um excerto do belíssimo e extenso poema Nós, de um grande poeta português, um dos meus favoritos, que teve uma vida curta: morreu de tuberculose. Trata-se do lisboeta Césario Verde (1855-1886). A sua genialidade só foi mais tarde reconhecida, e logo por outros grandes poetas como Fernando Pessoa.
2. Na primeira parte do poema Nós, Cesário Verde evoca o surto de febre amarela que atingiu Lisboa em 1857 que terá contagiado entre 16 a 17 mil pessoas (perto de 10% do total da população lisboeta) e provocado mais de 5 mil mortes.E dois anos anos, o surto de cólera.
Se bem que séc. XIX venha marcar o fim das grandes epidemias que, ao longo de séculos vitimaram as populações europeias, surgem novos problemas de saúde, com a industrialização e a urbanização da Europa. No nosso país, por exemplo, em menos de um quarto de século, e em duas ocasiões, a cólera irá fazer dezenas de milhares de mortos: cerca de 40 mil em 1833, um terço dos quais na capital; e aproximadamente 9 mil em 1855-56. Embora as estatísticas de mortalidade possam variar de autor para autor, a cólera passa a ser a doença epidémica, por excelência nas cidades em grande expansão.
Se bem que séc. XIX venha marcar o fim das grandes epidemias que, ao longo de séculos vitimaram as populações europeias, surgem novos problemas de saúde, com a industrialização e a urbanização da Europa. No nosso país, por exemplo, em menos de um quarto de século, e em duas ocasiões, a cólera irá fazer dezenas de milhares de mortos: cerca de 40 mil em 1833, um terço dos quais na capital; e aproximadamente 9 mil em 1855-56. Embora as estatísticas de mortalidade possam variar de autor para autor, a cólera passa a ser a doença epidémica, por excelência nas cidades em grande expansão.
A cólera passou a ser conhecida dos portugueses com a chegada à Índia onde era endémica. No caso do surto de febre amarela de 1857, as áreas mais afectadas em Lisboa foram inevitavelmente as dos bairros populares (como Alfama e Bairro Alto), onde se concentravam as chamadas classes laboriosas, misturadas com o lumpen-proletariado, e onde continuavam a ser péssimas as condições de higiene e salubridade.
Originária da América Central, terá chegado a Portugal continental no ínício da década de 1720. A primeira epidemia de febre amarela ter-se-á manifestado em Lisboa, no Outono de 1723. Aao fim de três meses terá feito mais de seis mil vírimas mortais, nas zonas de maior densidade populacional.
Registam-se igualmente importantes surtos de febre tifóide e de tifo, embora estas doenças tendam a regredir a partir de 1865. Mas, mesmo ainda em 1923, Ricardo Jorge considerava Lisboa, no seu estilo tão castiço e peculiar quanto hiperbólico, como "uma das cidades mais infectamente tíficas" (sic) da Europa...
Registam-se igualmente importantes surtos de febre tifóide e de tifo, embora estas doenças tendam a regredir a partir de 1865. Mas, mesmo ainda em 1923, Ricardo Jorge considerava Lisboa, no seu estilo tão castiço e peculiar quanto hiperbólico, como "uma das cidades mais infectamente tíficas" (sic) da Europa...
Cesário Verde era bebé aquando da epidemia de febre amarela de 1857. Mas este acontecimento ficou na memória da família Verde. O seu pai, abastado agricultor e comerciante de ferragens na baixa lisboeta, fez aquilo que os ricos faziam na época: retirar a família para o campo. Neste caso, para a sua quinta em Linda-A-Pastora, hoje concelho de Oeiras. Aí Cesário Verde enamora-se pelas delícias do campo e dá-nos conta da modernização da agricultura da época.
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Nota do editor:
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Nota do editor:
13 comentários:
Quem continua a usar e a abusar da lingua portuguesa, são os angolanos, tal como aconteceu no Brasil.
Noutras latitudes nem tanto.
O caso do Brasil, só é pena aquilo não acertar o passo na política como acertaram com a língua.
Mas aqui a culpa já não pode ser sempre dos atrazados e ladrões dos portugas, como acusam sempre, quando dá tudo para o torto.
Tendo em conta que a língua oficial (não a mais falada)de algumas antigas colónias portuguesas é hoje muito justamente comemorada,torna-se interessante a leitura de um antigo ensaio de José Luandino Vieira sobre este assunto linguístico.
Demasiado extenso para ser apresentado como “comentário “,tanto em tamanho como em importância da análise feita.
Vou enviá-lo para o blogue pondo-o ao critério editorial.
(E,já agora,o que se passa com a Guiné Bissau e a língua francesa?)
Um abraço do J.Belo
Meu Caro António Rosinha.
Oficialmente (sem qualquer dúvida) no Brasil fala-se o português.
No dia a dia quase diria.... também!
Mas eu,nascido,criado e educado na Capital de Portugal senti, por vezes, algumas dificuldades de comunicacäo quando por lá andei.
Apesar de tudo o que têm de original(e às vezes é muito!)nunca senti tais dificuldades ao comunicar com dialectos alentejanos,algarvios,mirandês,acoriano e até...portuense (!).
As minhas infindáveis limitacöes.
Um grande abraco do J.Belo
Olá Camaradas
Se não tiverem mais que fazer comparem as situações que o Cesário viveu com as que estamos a viver. A mim parece-me que não há assim uma diferença muito grande...
ainda havemos de nos rir desta chachada cornavírica.
Gozaram connosco e nós deixámos.
Um Ab.
António J. P. Costa
Caro Camarada.
"Chachada" e "Gozarem" só se referida à política sueca quanto à pandemia.... com os "velhinhos" a morrer como tordos diariamente(!) enquanto os Restaurantes,Bares,Cervejarias,Night-clubs,Dancings,Jazz Clubs,Cinemas,Teatros,Escolas,etc,continuam abertos e a funcionar.
Caso contrário só se nos estivermos a referir ao Sr.Presidente Trump.
Mas, neste caso, "chachada" e gozar" será linguagem bem limitado para tal personagem.
Muito disciplinarmente(como sempre!)aceito correcöes,mas "chachada" quanto aos milhare de mortos diários,näo será quanto a mim o melhor uso da língua portuguesa neste dia em que ela é comemorada.
Um abraco do J.Belo
.
chachada | s. f.
cha·cha·da
(chacha + -ada)
substantivo feminino
1. [Portugal, Informal, Depreciativo] Coisa tola, reles ou incoerente.
2. [Portugal, Informal, Depreciativo] Coisa malfeita, ordinária, de mau aspecto ou de má qualidade.
Sinónimo Geral: CHACHA
Confrontar: sachada.
"chachada", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/chachada [consultado em 05-05-2020].
Olá Camaradas
Sou muito adepto da "teoria da conspiração". Quero dizer: bruxas? Não há! Mas eu acredito (muito) nelas.
Tenho uma certa razão, como se tem verificado. Mas o pior é que se se verificar que os defensores da referida teoria tinham razão, a situação não é reversível e, normalmente, só nos resta varrer os estilhaços e limitar as avarias, na mediada do possível.
Vem isto a propósito desta coisa coronavírus. Sinceramente, começo a desconfiar de que alguém aproveitou para me manipular. As notícias, depoimentos, pareceres ou simples bocas gratuitas são mais que muitas e contraditórias.
Diariamente, ouvia o brieffing da DGS com a ministra ao lado, um ou dois secretários de estado e com os jornalistas a quererem ficar bem na fotografia, atrapalhando os técnicos ou gostando muito de se ouvir... As perguntas, às vezes não vêm a propósito, são longas e antes de surgirem têm n! considerandos que levam a que não se entendam o que querem saber.
As TV não sabem o que hão-de fazer mais e começam a aproveitar para a publicidade. Até já há uma fadista que sai à rua num autocarro patrocinado pela Fidelidade (chinesa) a cantar e a ameaçar que quer ir a outras cidades do país.
Façam uma análise do brieffing e vejam se não se pretende passar a imagem de que o povo é muito ordeiro, de havemos de vencer. Já há bandeiras nacionais à secar nas janelas e até já vi: "Vai ficar tudo baim". Para tal temos que lavar as mãos, andar com um trapo na cara e ficarmos a dois metros uns dos outros. Aceito que os técnicos de saúde - dos diversos níveis - devam andar protegidos e provavelmente muito, mas nós, os pacatos mortais? De quê ou de quem?
Tenho assistido a cenas cómicas como a da DGS a abrir uma garrafa de água, estirada sobre a mesa, como o Rui Patrício (guarda-redes nacional) ou, depois da sessão meterem-se os 4 participantes num pequeno elevador de rabo uns para os outros, para não se contaminarem". Porque não foram pela escada e à distância de segurança ou usaram o elevador aos pares?
E o número de benfeitores que, de repente surgiram a fazer toucas, máscaras, batas e a dar sopa aos pobrezinhos e o que é mais estranho, sem pagar aos empregados que se "disponibilizaram" para participar...
Pelos números do brieffing parece-me que um partido de infectados não meteria um único deputado na Assembleia.
A prova deverá ser feita com a curva da mortalidade comparada com os dez últimos anos - valores homólogos - e creio que a diferença terá significado. Se considerássemos as mortes por pneumonia (apenas) o resultado seria muito discrepante?
Claro que o povo protegeu-se e defendeu-se, mas ... isto começa a deixar de ser um noticiário para passar a ser um massacre em que se pretende alienar-nos. Querem levar-me a aceitar qualquer coisa que eu não sei o que é, mas não é boa e contende com o meu comportamento social. Curiosamente o Xico Balsemão que está na vanguarda da "operação". Os outros não estão tão empenhados excepto o CMTV que tem sempre uma história da "esgarçdinha" para contar
Fica à consideração superior, mas por mim estou farto e desconfio.
Um Ab.
António J. P. Costa
Caro P.da Costa
“As notícias,depoiamentos,pareceres ou simples bocas gratuitas são mais do que contraditórias “.
Absolutamente de acordo.
Não haverá dúvidas que se criou uma histeria coletiva à volta,e por causa ,desta pandemia.
Mas,e muito para além,de tudo o que tem sido criado,e alimentado,pela comunicação social,entidades governamentais e de saúde,profetas amadores,etc,etc, não será no ........”extremamente contagiante de indivíduo para indivíduo “....que se encontra a verdadeira razão para este tipo de reação?
Serão curvas estatísticas ,a longo prazo ,de mortalidades causadas por doenças como a pneumonia,tuberculose,cancerosas,cardíacas,diabéticas,que ao serem sobrepostas às actuais referentes ao vírus irão de algum modo afetar
estas reações generalizadas?
Infelizmente as doenças acima referidas já há muito nos terão habituado à sua existência e níveis de mortalidade..
Já não provocam tais tipos de respostas como as que hoje nos envolvem.
E o caos econômico que por aí vem também não irá ajudar.
Habituados à existência de cada vez melhores métodos de tratamentos para todas as graves doenças acima referidas , e as doenças cancerígenas serão um bom exemplo,continuamos a reagir com terrores imbuídos (quase medievais) perante esta doença extremamente contagiosa de paciente para paciente.
Não será este facto ..... de paciente para paciente ... no ar respirado... que se encontram raízes para tal histeria?
Mais não serão que perguntas que me ponho aquando sentado no meio das minhas renas,sem de modo algum me julgar um exemplar áureo do “Chico-esperto” que , no meu caso pessoal tem muito de “Chico” e pouco de “esperto”.
Um abraço do J.Belo
Olá Camaradas
Parece cada vez mais claro que estamos a ser manipulados.
Por mim sinto-me só e sem apoio de ninguém que ouse criticar, mesmo que seja um bocadinho, o que se passa. Assim, arrisco-me a ficar (muito) mal visto. Passo à "clandestina" e resistirei no interior do meu lar e do meu espírito.
Pensar, ainda, não paga imposto e é a única actividade (desportiva) que até morrermos podemos praticar.
Mas a mim não me indrominam, de novo.
Um Ab.
António J. P. Costa
Olá Camarada
Parece-me que o problema deveria ter sido visto com calma e com bom senso.
Em vez disso, enveredou-se por lançar e estimular o pânico, dentro de cada país ou comunidade de povos. Com intenção? Talvez... nunca se sabe.
Sabemos que o Josef Estaline disso que um homicídio é um drama e genocídio uma estatística.
Infelizmente, tal como noutras situações, o que ficará para a História será uma estatística. Durante e guerra encontrei um camarada que dizia em humor (negro) que questão da minas se punha em dois planos:individual, 50% de perdas ao nível nacional 1/400.000 pernas, um infinitamente pequeno, Uma questão de perspectiva e pontos de vista.
É certo que a morte por covid "disparou", mas sabemos agora que alguns governos varreram para baixo do capacho e só quando se aperceberam da mina sociológica que tinham à sua frente resolveram pôr a "malta" a reagir. E reagir como? lavar as mãos, guardar distâncias (que vão dos 2 aos 8 metros, consoante de fale, tussa ou espirre) e... usar máscaras.
Cá em Portugal não as havia e eram "psicológicas" mas agora, já em desconfinamento(!) é que são obrigatórias e por imposição da OMS. E foram produzidas sem qualquer controlo. Estranho!
Olha se não houvesse OMS... E os médicos portugueses? Não sabiam? Estiveram à espera de que a OMS os ensinasse. Tenho a sensação de que alguém anda mesmo a gozar comigo.
Continuo a entender que só a curva de mortalidade em valores homólogos pode desempatar esta questão e quando e se for publicada, iremos ver que a montanha pariu um rato. Nessa altura já fizemos papel de beduínos. Sem ofensa para os beduínos.
Claro que houve milhões de mortos, mas a questão que se põe é se esse milhões serão mais ou menos do que os outros milhões que morrem todos os dias e de outras infecto-contagiosas e bactérias hospitalares.
No fundo, se calhar deveríamos andar diariamente com máscara, viseira e filtro para respirar, mas eu não estou a ver a humanidade a usar esses dispositivos de modo maciço e permanente... para além do próximo mês
Reporto-me apenas ao meu país.
Se o confinamento deu resultado? Parece que sim! Se era necessário e tão dramaticamente urgente? Definitivamente, não
Não falo dos ignorantes já assinalados como tal e que persistem em dizer e fazer disparates e defender ideias estúpidas.
Um Ab. bastante confinado, mas pouco confinado
António J. P: Costa
Tenho referido Cesário e este Poema dele, desde que começou a pandemia.
Tá visto que vez em quando, a Natureza faz uma limpeza.
Desejo boa saúde para todos vós|
Felismina mealha
Olá Vizinha
Bjs electrónicos e feliz confinamento.
António Costa
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