terça-feira, 1 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21311: Agenda cultural (752): "Os Velhotes: contos eróticos", de António José Pereira da Costa... Feira do Livro: Lisboa, 6/9/2020, 14h30; Porto, 12/9/2020, 15h00

O autor. António José Pereira da Costa. Cortesia da Editora Alfarroba,



O livro: "Os Velhotes: contos eróticos" (Lisboa, Editora Alfarroba, 2020, 184 pp) . [ ISBN: 978‑989‑8888‑78‑9 | Formato: 14 x 21 cm |  Encadernação: Capa mole |1.ª Edição: 07‑2020) | Preço de capa: 11,25 €]


 1. Mensagem do nosso camarada e grã-tabanqueiro, cor art ref António J. Pereira da Costa, Tó Zé, para os amigos:

 
Date: quinta, 27/08/2020 à(s) 14:10
Subject: Comprem o meu livro 

Olá Camaradas


No próximo dia 6 de setembro, às 14h30, todos ao Auditório Sul da Feira do Livro de Lisboa!

As "medidas" de segurança são as normais para a época. Não se esqueçam do avental no nariz. As mãos para serem consideradas como lavadas basta apresentar um certificado de que foram lavadas com sabão-macaco há mês e meio. 

Dizem que a situação só se complica a partir das 3300 pessoas presentes e a feirar

O livro é uma categoria e vocês vão adorar. Trata-se de uma colecção de textos eróticos em que os personagens são gente da nossa idade. 

Vão ver que aprendem alguma coisa. Sugiro que leiam atentamente o prefácio que está disponível no site da editora "Alfarroba" e depois vão consultar o travesseiro e/as bases e digam-me alguma coisa. 

A malta do Porto e região Norte, em geral, deverá ir aos Jardins do Pavilhão Rosa Mota em 12 de setembro, às 15h00,

O livro não é caro e são permitidos açambarcamentos para mais tarde revender. 

Despachem-se antes que esgote.

Um abraço
António J. P. Costa

2. Autor e sinopse do livro:

Sinopse:

Dália é viúva. Casada durante quase cinquenta anos, a perda do marido foi um golpe […] que a vida lhe vibrou. Há umas noites sucedeu o inevitável: sentiu vontade de sexo. Já tinha sentido umas sensações, mas recusara, esmagando a necessidade e reprimindo o desejo. Porém, ontem, ao fim da tarde, aconteceu…

Maria ganhou coragem e foi procurar a bancada de carpinteiro. O coração bateu‑lhe fortemente quando a encontrou. Passou as mãos pelo tampo bem liso [...]. Então, não pôde conter‑se e chorou, chorou muito. Soluçou mesmo. Era ali que se possuíam num abraço violentamente delicioso. Num exercício de forças combinadas, Adriano sentava‑a na bancada e […] penetrava‑a com aquela gentileza que ela sempre tinha apreciado. Depois, vinha o abraço, bem apertado, e o beijo terno e constante…

Ao acordar, olharam‑se bem nos olhos e Pikenina não se conteve e beijou os lábios da amiga, ao de leve, mas de modo a senti‑los bem. Fofa pegou‑lhe nas faces e retribuiu. Não, não eram nenhuns devassos.

Eram um vulgar casal de sexagenários.

Autor:

Produzidos individual ou colectivamente, os meus trabalhos anteriores são de índole científica. Pelas suas características próprias, podem ser contestados por divergência, sem - pre relativamente ao seu teor. Além disso, a divergência e consequente contestação, no campo científico, não envolve apreciações de carácter moral ou preconceito, o que simplifica a sua execução (construtiva ou até destrutiva). Fi-los, às vezes com esforço, e estou sempre esperando a Crítica que lhes possa ser feita. 

Pelo contrário, a contestação a um texto erótico tem sempre como base a moral, os “bons costumes” e o preconceito relativamente à matéria tratada. Já antes tinha mudado de área de escrita e o livro que surgiu, apresentando as minhas memórias da Guerra Colonial, na Guiné, apresenta umas características bem diferentes. Tem uma sólida base de verdade, pelo menos do meu ponto de vista. Ao escrever não recorri à ficção, mesmo dispondo de experiência que mo permitiria. A Verdade é sempre a ideia e a memória com que fiquei e ainda guardo dos factos. Procurando melhorá-la, em alguns casos, submeti as narrativas que fui produzindo à apreciação de outros intervenientes, sempre com bons resultados.

 Foi uma experiência apaixonante e que considero muito positiva por poder divulgar como foi a minha vida na Guiné e também a dos outros que estavam ao pé de mim. E é bom que os vindouros a conheçam. Agora, esta incursão numa área pouco cultivada será mais uma tentativa de ser um pouco mais “eterno”.

Este é um livro erótico, que não pornográfico, cujas personagens são homens e mulheres que se inserem na chamada terceira idade. Não recorri a linguagem obscena, embora esta esteja, muitas vezes associada aos diálogos que acompanham a descrição das práticas sexuais. Tenho para mim que, dessa forma, o leitor nunca se sentirá ofendido sem necessidade. Fica, contudo, a saber que irá ser confrontado com descrições de actos sexuais, de modo franco e explícito. 

Em lugar de me limitar à descrição dos actos, procurei estabelecer também relacionamentos de carácter afectivo entre personagens que, em alguns casos, atingem níveis elevados de ternura. A ternura, ou, no mínimo a amizade são acompanhantes que muito valorizam as práticas sexuais. Se não consegui despertar no leitor interesse e uma reacção de aceitação, apresento, desde já, as minhas desculpas, mas o erotismo não é a minha área de escrita habitual, embora sempre tivesse tido o desejo de me aventurar nela. 

Agora, com setenta e dois anos, resolvi cultivá-la, por uma única vez, mesmo sabendo que isso poderá trazer-me toda a espécie de revezes – que nem prevejo quais possam ser – e de comentários negativos por parte de amigos, conhecidos e, mesmo até daqueles que, não sabendo quem sou, têm boa impressão dos meus trabalhos anteriores.

______________

Nota do editor:

Último poste da série > 1 de setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21310: Agenda cultural (751): "Nos meandros da guerra: o Estado Novo e a África do Sul na defesa da Guiné", de José Matos e Luís Barroso, Lisboa, Editora Caleidoscópio, 2020, 146 pp.

5 comentários:

Valdemar Silva disse...

Pereira da Costa, que pena minha.
Não vou poder, por razões de desta merda das misturas do DPOC com o covid, estar na Feira Livro, em Lisboa, para comprar "Os Velhotes: contos eróticos" e sacar um autógrafo.
Espero que apareça muita gente, e que o comércio e residentes da zona não fujam por causa disso.

Ab., boas vendas e cuidados com o bicho
Valdemar Queiroz

José Marcelino Martins disse...

Votos de que seja a malta a esgotar o "plafond" da Feira do Livro.
Se assim for, é melhor mandares fazer um carimbo com a assinatura ou, em alternativo, colocar a "impressão digital" na impressão do livro.
Felicidades para o lançamento.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O nosso Tó Zé está elegantíssimo. Parabéns pela foto e sobretudo pelo livro, impensável se calhar antes do 25 de Abril... Algum coronel de artilharia, reformado, censor do regime, iria logo riscar, a lápis azul, os parágrafos menos "ortodocos" face à moral vigente... Mesmo sem palavrões...

Ainda pior que o erotismo (,que os censores de então, por incultura geral, confundiam com pornografia...) era falar da Sexual...Idade, neste caso da Terceira Idade...

Tó Zé, manda o IBAN que é para a gente, que não pode ir à feira do livro, poder ter o prazer de ler os teus "contos eróticos"... Parabéns pela ternura do tema... e bons encontros. LG

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
António J. P. Costa disse...

Atenção Pessoal

No próximo dia 12SET é à 15H00 nos jardins do Pavilhão Rosa Mota.
Lá estarei agarrado ao terreno para dar os "autófragos da praxe".
Tragam amigos/as, inimigos/as e neutros/as porque eu tenho caneta para todos/as.
Nesta 1.ª fase, é a Editora Alfarroba (a mesma daquela Tabanqueira do "Homem do Cinema") que vende os livros.
Consultem o respectivo site e aproveitem os "preços de feira".
Um Ab.
António J. P. Costa