Ponte de Lima > 6 de setembro de 2021 > Junto ao posto de turismo e torre da cadeia velha, três bons amigos e camaradas: da esquerda para a direita, o Manuel Oliveira Pereira (ex-fur mil, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884 (Contuboel, 1972//74) e hoje jurista reformado; o nosso editor Luís Graça, em visita à terra; e o Mário Leitão [ex- fur mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971/73; famacêutico reformado, escritor, autor, entre outros, do livro "História do Dia do Combatente Limiano", lançado em 2019 no Museu da Farmácia, em Lisboa]... Ao fundo, os cunhados do Luís Graça, Ana Carneiro (Nitas) e Augusto Pinto Soares (Gusto). A foto foi tirada pela Alice Carneiro.
Ponte de Lima > 6 de setembro de 2021 > O Mário Leitão em sua casa, com o nosso editor Luís Graça. A foto foi tirada pela Lula (diminuitivo da Lurdes, a eposa do Mário)
Fotos (e legendas): © Mário Leitão (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Foi uma visita rápida a Ponte de Lima, para almoçar e visitar Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, este ano na sua 16.ª edição, e tendo por tema "As Religiões nos Jardins". ( O evento encerra no dia 31 de Outubro.)
O nosso editor, dadas as suas atuais limitações de mobilidade, não fez (nem podia fazer) o percurso da exposição, antes aproveitando o convite do Mário Leitão para ir a sua casa tomar um café e dar dois dedos de conversa. E foi evidente regozijo que soube que o Mário Leitão tinha acabado de escrever o seu últmo livro, uma autobiografia (parcialmente ficcionada), com o título provisório de "O aprendiz de mágico"... Ainda sem planos editoriais, madou fazer um tradução em inglês do manuscrito que promete vir a confirmar o talento literário do nosso camarada. Não descartou a hipótese de o livro ter um lançamento, para o próximo ano, de novo em Lisboa e, porque não, no Museu da Farmácia.
À tarde, o Manuel Oliveira Pereira não pôde juntar-se a nós, por compromissos já anteriormente assumidos. Mas gostei de o ver, a ele, e ao Mário Leitão, ambos de boa saúde, ativos e produtivos.
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Nota do editor:
15 comentários:
limiano
limiano | adj. | n. m.
li·mi·a·no
(Lima, potamónimo + -iano)
adjectivo
1. Relativo ao rio Lima.
2. Relativo a Ponte de Lima. = LIMARENSE, PONTE-LIMENSE
nome masculino
3. Natural ou habitante de Ponte de Lima. = LIMARENSE, PONTE-LIMENSE
"limiano", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/limiano [consultado em 08-09-2021].
Caro Luís Graça:
Mais uma digressão tua pelos caminhos da amizade e camaradagem imarcescíveis, aproveitando, como quase sempre, para deixares um ar da tua graça, explicando a mim e a mais alguns que não distinguiam os conceitos "limiano, limarense e ponte-limense".
Um abraço e até sábado.
Carvalho de Mampatá
Pois, o Rio Lima.
Os galegos chamam-lhe Limia e que passa em Zurique chama-se Limmat.
Por cá dizia-se que ali era o limite e os romanos viram-se à rasca para atravessar o rio do limite.
Pudera, os romanos ainda não sabiam beber vinho.... com umas chávenas para disfarçar.
Abraço e boas colheitas
Valdemar Queiroz
É sem dúvida uma das nossas belas terras minhotas a viistar... Pelo seu património (material e imaterial), história, lendas, gentes e... gastronomia
É uma obra-prima a sua "ponte velha" (do ´sec. I e depois recconstruida em tempos medievos)...
(...) Com a chegada dos romanos à Península Ibérica, Ponte de Lima ganha nova ênfase na história associada ao seu rio. Reza a lenda que o rio Limia (dos romanos) era apelidado pelos gregos por Lethes, que significa esquecimento.
Todos aqueles que o atravessassem perderiam a memória; daí surge o episódio da legião romana que ao ter chegado ao rio Lima se recusou a galgar as suas margens e, perante este cenário, o comandante nadou até à margem direita e chamou cada legionário pelo seu nome, provando que a perda de memória não passava de um mito.
Os romanos acabariam por construir uma ponte de pedra neste local e duas outras em freguesias próximas, aumentando e enriquecendo a sua rede viária. O concelho é atravessado de sul para norte pela Via XIX de Antonino, a mesma que continuaria a ser usada na época medieval, coincidindo o traçado, em parte, com o caminho de peregrinação a Santiago de Compostela.
A terra de Ponte, nome pelo qual era designado o burgo medieval teve Carta de Foral outorgada pela rainha D. Teresa e seu filho D. Afonso Henriques, a 4 de março de 1125. Nela são definidos os limites do território, muito inferiores ao que é hoje o concelho de Ponte de Lima. Também neste documento encontramos a mais antiga referência histórica a uma feira, impondo a rainha proteção aos que aqui viessem.(...)
https://www.visitepontedelima.pt/pt/ponte-de-lima/historia-e-historias/
Oh Valdemar!!!
O que vocês sabem. Irra que e saloio.
Abraço.
Abílio, não te esqueças que o Valdemar é minhoto. Desta vez não fui a Viana, nem a Afife, mas andei por perto: Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca... Tudo ao alcance do Porto.
Tenho um amor em Viana ó ai
Outro em Ponte de Lima ai
Outro em Ponte de Lima.
Tenho outro em Barcelos ó ai
Tenho outro mais acima ai
Tenho outro mais acima….
Eu que sou minhoto não passo de um ignorante perante estes catedráticos.
De Ponte de Lima lembro-me do arroz de sarrabulho, do vinho verde branco (tinto é melhor o Ponte da Barca) e do queijo Limianos (que aprovou um Orçamento Geral de Estado) e depois emigrou…
De Viana lembro-me do pica no chão do Camelo em Santa Marta de Portuzelo (cujo Rancho folclórico foi eternizado pelo saudoso Pedro Homem de Melo) e das Bolas de Berlim do Zé Natário.
De Barcelos (terra do nosso querido Gajeiro mor . Valdemar e da Rosa e Ramalho) onde vivi 4 anos, lembro-me do Polvo na Brasa da Bagoeira, da festa das Cruzes... e da Casa Amarela!
Vá Lá, e também: A Igreja Matriz, A Torre Cimo da Vila, A Ponte Medieval sobre o Rio Cávado… e a Pharmácia Popular!
Continuação de boa estada pelo região de entre Douro e Minho-
Joaquim Costa
Caro Joaquim Costa, permite-me acrescentar à tua pequena lista de Barcelos, a Igreja do Senhor da Cruz onde casei com a minha barcelense.
E ainda o belíssimo Jardim das Barrocas onde fiz algumas fotos do casamento.
E o Castelo de Faria onde está representada a lenda do Galo de Barcelos.
Abraço
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira
Tens razão Carlos Vinhal.
Sobre Barcelos até a tua lista è muito pequena.
Um abraço à moda do Minho
Joaquim Costa
Luis, que pena não poderes ir a Afife. Por lá ninguém se perde, excepto quem for ao Monte de Santo António ficar encantado pelo mar ali tão perto e querer partir para qualquer lugar.
Costa, estás a meia hora de Afife, para atacares o Robalo com algas, na "Mariana". E estás na minha terra, que no meu tempo era a mercearia da tia Mariana e vendia fiado. Agora é pra finórios com o bisneto no negócio já há a alguns anos e é frequentado por PRs, Ministros, políticos conhecidos, escritores e poetas. O Jorge Amado e o Vinícius de Morais tinham mesa reservada. Gastei umas "balas" quando em 1998 ataquei uma fritada ao almoço e robalo com algas ao jantar.
Atenção que Afife é uma palavra grave, o A é fechado e nada de ser dito à brasileira ou à maneira do Porto. 'Tá bem que dizemos 'ir à Afife' e o 'à' desaparece dizendo 'ir Áfife', o mesmo acontece com Amadora, mas lá fala-se como deve ser e nem sequer há problemas de betacismo, não fosse Afife a terra escolhida por poetas.
Abraços, saúde e boas comidinhas
Valdemar Queiroz
Oh! Duarte.
Viajares por todo o lado, melhor dizendo por Bucelas, Frankfurt, Xime, Cacun, Pirada, Londres, Seicheles, Piche, Fortaleza, New York, Canquelifá e os Algarves, não dá para conhecer para além da morcãonésia. Mas ainda tens idade para conheceres Ponte de Lima e Viana do Castelo, que o centenário Sport Club Vianense (1898) até equipa com as cores dos Belenenses de Lisboa.
Abraço e um visk que faz bem à saúde.
Queiroz
Valdemar, estou sempre a aprender contigo.
O meu amigo da Meadela já me convidou para um almoço na Mariana (que os dois frequentamos antes dos poetas) que espero concretizar logo que possível
Nos anos 70 e início de 80 calcorreei todos estes areais, com verdadeiro cheiro a mar, com as suas familiares nortadas.
Desde Afife, Arda, Mariana, Paçô (e o seu magnífico farol) e Carreço: mas na altura mais virado para outras pescarias...em que o dia acabava sempre no Luziamar, na praia do Cabedelo.
Por coincidência acabo de chegar de Viana onde fui ao meu andar, que a vianapólis me impôs devido à demolição do Prédio do Coutinho, arejá-lo, já que por razões de saúde da minha esposa raramente lá vou.
Já em Famalicão nos anos 70 frequentei tascas e mercearias que hoje são restaurantes dos roteiros da especialidade, como é o caso do “Pegas”
Um abraço à moda do Minho.
Joaquim Costa
Caro Carlos Vinhal,
Se me dás licença, intervenho na conversa para dizer que o cruzeiro do Senhor do Galo, que é uma bela obra de arte popular do séc. XVIII onde está descrita a lenda do galo de Barcelos, não fica em castelo nenhum, mas sim na vizinhança das ruínas do paço dos Condes de Barcelos. Não és o primeiro a confundir o paço com o castelo de Faria; outros já o fizeram. Embora se associe Barcelos ao castelo de Faria, o qual terá estado na origem da cidade, este já não existe e ficaria nas proximidades do santuário de Nossa Senhora da Franqueira, a um ou dois pares de quilómetros de Barcelinhos. O santuário fica no alto de um monte, que é um local apropriado para se construir um castelo, e tem uma magnífica vista para os lados de Esposende e Póvoa de Varzim: https://goo.gl/maps/naAyn3AmQaeE7FYM6.
O que eu gosto nestes comentários é que o segredo é viajar. Velhinhos, depois da Guiné dos nossos tenros anos, sempre bem vivos continuamos a desbravar Portugal e o mundo. O que eu também faço. Surpresas, encantamentos, barriga cheia, dias felizes no meio de alguma tristeza. A arte de viver.
Abraço,
António Graça de Abreu
Caro Fernando Ribeiro, tens toda a razão, fiz confusão, e já visito aquela bela cidade há mais de 50 anos.
Há uns bons anos que não faço um desvio para ir à Senhora da Franqueira. O Minho tem imensos motivos de interesse histórico para visitar só que cada vez mais tenho menos vontade de meter pés (e pneus) ao caminho.
Abraço
Carlos Vinhal
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